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Consultoria e auditoria de processos de gestão de pessoas Aula 8: Implantação da consultoria interna em RH Apresentação Nesta aula, apresentaremos as etapas para implantação da consultoria interna ou externa. O aluno também será levado a compreender a articulação entre as ações de Consultoria e o Planejamento Estratégico da Organização. Também discutiremos as técnicas para levantamento dos dados para elaboração do diagnóstico da situação. Objetivos Reconhecer as etapas para implantação da consultoria interna ou externa; Discutir a articulação entre as ações de Consultoria e o Planejamento Estratégico da Organização; De�nir as técnicas para levantamento dos dados para elaboração do diagnóstico da situação. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Etapas para implantação da consultoria A implantação de uma consultoria deve percorrer algumas etapas para que o trabalho realizado seja bem-sucedido. São elas: Clique nos botões para ver as informações. Nesta etapa, o projeto de trabalho é elaborado, como estabelecimento de metas que se coadunem às demandas do cliente. Este é o momento em que são negociados os serviços de consultoria, os objetivos são esclarecidos e alinhados e as expectativas e interesses são de�nidos. Estabelecimento do Contrato Nesta segunda fase, são coletados os dados para a realização do diagnóstico do problema. Os consultores de�nem as ferramentas que serão utilizadas para o diagnóstico e para a coleta de dados. Após a coleta, o consultor faz a análise dos dados e elabora conclusões e hipóteses sobre o problema. Diagnóstico O consultor deve apresentar os resultados da sua análise e as sugestões para a resolução do problema. Neste momento, o consultor ajudará a organização a elaborar um plano de ação, com escolha das alternativas possíveis e estabelecimento de metas. Feedback e tomada de decisão Esta é a fase em que se executa o plano construído anteriormente. O envolvimento do consultor dependerá do que foi acordado anteriormente com a organização. Não é essencial que ele participe, mas, mesmo nas situações em que a execução for realizada pelo cliente, pode ser salutar que o consultor realize encontros para avaliar a execução do plano. Engajamento e implementação Momento em que consultor e organização avaliam se o trabalho realizado necessitará de continuidade para outras áreas ou se ele será concluído. O consultor deve fazer a avaliação do trabalho realizado com a organização e entregar o relatório �nal da consultoria. Extensão ou término Etapas para implantação da consultoria interna Especi�camente, para a implementação de uma consultoria interna, podem ser adotadas as seguintes etapas: 1. Benchmark Execução de pesquisas em outras organizações para entender o modelo de consultoria interna existente. Com base na pesquisa, a organização poderá desenvolver um modelo que seja aderente ao contexto ou realidade desejada. 2. Conscientização (Esclarecimento do modelo) Para que a consultoria interna tenha sucesso, é preciso que todos os envolvidos entendam o que se pretende com este modelo. A empresa precisa ser transparente e divulgar objetivos, suas necessidades e consequência do modelo. 3. Racionalização dos processos A gestão das empresas tem por objetivo alcançar sempre a maior e�ciência possível. A consultoria interna deve prezar pela análise e melhoria dos processos de gestão, principalmente aqueles que dizem respeito à área de gestão de pessoas. 4. Políticas de RH Um aspecto importante para o sucesso da consultoria interna é a existência de políticas claras de Recursos Humanos. Elas ajudarão o consultor a decidir os melhores caminhos e solucionar os problemas dos clientes, preocupando-se em consultar a área corporativa apenas nas situações de exceção. 5. Rotação dos consultores internos O modelo de consultoria interna deve prever que exista uma rotação periódica dos consultores pelas diversas áreas para que todos conheçam as diversas áreas, evitando que o consultor perca a identidade funcional com o RH, confundindo-se com a área que assiste. 6. Suporte administrativo A implantação da consultoria interna precisa ser acompanhada de ferramentas de suporte, como sistemas informatizados, apoio logístico e auxiliares, caso seja necessário. 7. Capacitação dos consultores internos A função de consultor interno exige conhecimentos especializados de várias áreas da Gestão de Pessoas. Isto implica na necessidade de realizar capacitações que supram eventuais gaps de conhecimentos dos pro�ssionais que atuarão como consultores. Uma estratégia de educação continuada para estes pro�ssionais pode incluir fóruns permanentes em que se possa discutir os problemas das áreas ouvindo sugestões dos pares. 8. De�nição do papel do consultor interno As competências e atribuições do consultor interno precisam ser de�nidas antes do início das atividades nas áreas. Para que a sensibilização seja feita e para que possa ser realizada a capacitação, é necessário que estas atribuições sejam descritas prioritariamente. 9. Comprometimento da alta direção O início das atividades de consultoria interna deve ser feito somente se a alta direção da empresa patrocinar o modelo. As chances de sucessos serão grandes se houver este patrocínio. Do contrário, o modelo estará fadado ao fracasso na partida. 10. Transformação da área de RH uma unidade de negócios O modelo de consultoria interna exige que a área de RH seja encarada como uma unidade de negócios, que presta serviços a clientes internos na organização. Isto implica em a�rmar que os serviços prestados devem ser preci�cados. Os custos desta unidade de negócio devem ser compartilhados proporcionalmente com os clientes internos, ao menos gerencialmente. Cada área atendida precisa saber quanto custa o trabalho de consultoria para avaliar os benefícios. 11. Acompanhamento constante O gestor da unidade de gestão de pessoas deve promover reuniões periódicas para avaliar como os trabalhos estão sendo conduzidos e que di�culdades são enfrentadas no dia-a-dia. 12. Adequação de per�s O gestor de RH deve avaliar o per�l de cada consultor antes de designá-lo para as áreas. Alguns fatores a serem considerados: aderência do per�l e sinergia com a área cliente. 13. Valorizar os per�s individuais As diferenças individuais e expertises especí�cas devem ser valorizadas, pois isto enriquece o trabalho da consultoria. 14. Revisões do modelo O modelo planejado precisa ser revisto periodicamente. Erros e acertos precisam ser avaliados e, se necessário, outro modelo deve ser reestruturado com base nas ponderações realizadas. Atividade 1. É correto a�rmar que o diagnóstico é a primeira etapa da consultoria organizacional? Justi�que. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Articulação entre as ações de Consultoria e o Planejamento Estratégico da Organização O Planejamento Estratégico Organizacional de�ne as diretrizes de ação para um determinado período. Os produtos da estratégia organizacional são planos desenvolvidos para os níveis estratégico, tático e operacional. O trabalho de consultoria deve se alimentar destes planos para a realização do trabalho, pois a �nalidade é que a consultoria ajude a alcançar os objetivos traçados ou ajude a reformular o planejamento, caso seja necessário, para que a consultoria tenha este objetivo. O planejamento estratégico de recursos humanos é parte integrante do planejamento organizacional, sendo, portanto, dependente deste último. Nesse sentido, o plano de RH nada mais é que um dos planos táticos da organização. O consultor de processos de RH deve se apropriar destes planos para a realização do seu trabalho. Por Peshkova (Fonte: Shutterstock). O planejamento estratégico de RH diz respeito à maneira como a função de RH pode contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos objetivos individuais dos funcionários.Esse planejamento deve resultar em políticas e práticas de gestão de pessoas que ajudem a organização a alcançar seus objetivos estratégicos e a superar desa�os. Um exemplo desse desdobramento seria a orientação estratégica de uma empresa para construir equipamentos eletrônicos baseados em nanotecnologia. Ora, caberá à área de gestão de pessoas decidir entre duas possibilidades de ação: Traçar plano para ifenti�car, captar, selecionar e contratar pessoas que dominem essas competências (macroprocesso-agregar pessoas), caso a empresa não as tenha. Essa área também deverá manter políticas de remuneração que estimulem as em ???? troca de outras ofertas de trabalho (macroprocesso-recompensar pessoas). Promover o desenvolvimento dessa competência internamente, promovendo treinamento e programas de desenvolvimento para os ???? desenvolver pessoas Todas as alternativas envolvem um curso de ação, que deverá ser determinado previamente pela área de gestão de pessoas, como desdobramento do planejamento estratégico da organização. Em grande parte das situações, o trabalho do consultor na área de Gestão de Pessoas será avaliar a consistências das políticas construídas e das práticas de Gestão de Pessoas nas organizações. Neste sentido, ele irá veri�car também o quanto estas políticas e práticas contribuem para o alcance dos objetivos estratégicos organizacionais. A construção do planejamento especí�co de RH pode ser feita de três maneiras: Planejamento adaptativo Quando o planejamento estratégico de RH é realizado após a elaboração do planejamento estratégico da empresa, para sua implementação. Planejamento autônomo Quando o planejamento é feito sem qualquer preocupação ou articulação com o planejamento estratégico da organização. Planejamento integrado Quando o planejamento de RH é realizado de maneira integrada ao planejamento estratégico da organização. Esta é a melhor alternativa. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividades 2. É correto a�rmar que o processo de consultoria interna necessita que todos os consultores internos tenham quali�cações e per�s iguais? Justi�que. 3. É correto a�rmar que o consultor organizacional em Gestão de Pessoas pode realizar seu trabalho mesmo que não exista um planejamento estratégico elaborado pela organização? Justi�que. Técnicas para levantamento dos dados para elaboração do diagnóstico da situação O consultor tem muitas ferramentas à disposição para elaboração do diagnóstico de situação de uma área ou organização. Anteriormente, já foram descritas as ferramentas Fluxograma e Diagrama de Ishikawa, que podem auxiliar o consultor a mapear processos e determinar causas e efeitos de um problema respectivamente. Outra ferramenta importante para o diagnóstico é a análise de SWOT. A análise SWOT é uma ferramenta estrutural utilizada na análise do ambiente interno para a formulação de estratégias. Ela permite identi�car as forças e fraquezas, extrapolando, então, oportunidades e ameaças externas para a empresa. É com base nesta ferramenta que são realizados os diagnósticos interno e externo. Por Trueffelpix (Fonte: Shutterstock). Fatores internos As Forças e Fraquezas (Strenghts e Weakness) são fatores internos de criação (ou destruição) de valor, como: ativos, habilidades ou recursos que uma companhia tem à sua disposição em relação aos seus competidores. A organização exerce controle sobre estas variáveis. Fatores externos As Oportunidades e Ameaças (Opportunities e Threats) são fatores externos de criação (ou destruição) de valor, que a empresa não pode controlar, mas que emergem da dinâmica competitiva do mercado em questão ou de fatores demográ�cos, econômicos, políticos, tecnológicos, sociais ou legais. Vejamos cada uma das dimensões da Análise de SWOT: Pontos Fortes Vantagens estruturais controláveis pela instituição, que a favorecem perante as oportunidades e ameaças do ambiente. Pontos Fracos Desvantagens estruturais controláveis pela instituição, que a desfavorecem perante as oportunidades e ameaças do ambiente. Oportunidades Forças ambientais que a instituição não pode controlar, mas que, quando reconhecidas e aproveitadas de modo satisfatório, favorecem a ação estratégica da instituição. Ameaças Forças ambientais que a instituição não pode controlar, mas que, quando reconhecidas a tempo, podem ser evitadas juntamente com os obstáculos que criam a ação estratégica da instituição Atividades 4. (CESPE/2015/CGE-PI/ AUDITOR GOVERNAMENTAL). Julgue a a�rmativa a seguir e indique se está certa ou errada. Justi�que. A matriz SWOT ajuda a empresa a usar suas próprias forças, diminuir fraquezas, aproveitar oportunidades e vislumbrar riscos ou ameaças ao seu negócio. 5. CESPE/2015/TRE-GO/ ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA). Julgue a a�rmativa a seguir e indique se está certa ou errada. Justi�que. Considere que em um tribunal regional eleitoral haja pequena quantidade de pro�ssionais com conhecimento profundo na área de direito eleitoral e que, nesse mesmo tribunal, seja feito um planejamento estratégico com uso da análise SWOT. Nessa situação, de acordo com os princípios desse tipo de análise, a carência de especialistas deve ser considerada uma ameaça ao cumprimento da missão do tribunal. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências BLOCK, Peter. Consultoria - o desa�o da liberdade: um guia para colocar em prática todo seu conhecimento. 2.ed. São Paulo: Pearson Education d B il 2001 do Brasil, 2001. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. São Paulo: Manole, 2014. DIAS, Sergio Vidal dos Santos. Auditoria de processos organizacionais: teoria, �nalidade, metodologia de trabalho e resultados esperados. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2015. IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organização. Estatuto e Código de Ética IBCO 2017. Disponível em: //ibco.org.br/estatuto-e-codigo- de-etica-ibco/. Acesso em: 27 ago. OLIVEIRA, D. P. R. de. Manual de consultoria empresarial: conceitos, metodologia, práticas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999. ORLICKAS, E. Consultoria interna de recursos humanos: conceitos, cases e estratégias. São Paulo: Futura, 2001. Próxima aula Metodologias para implantação da Consultoria; Estratégias de Consultoria Organizacional; Ações necessárias para execução, avaliação e acompanhamento da consultoria. Explore mais Estudo do desempenho pessoal e organizacional: bases para o desenvolvimento de equipe de consultores.. javascript:void(0); javascript:void(0);
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