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Fernanda F. Ferreira - TXI Diverticulose e Doença Diverticular Um divertículo é um saco anormal saliente a partir da parede de um órgão oco. Doença diverticular é definida como diverticulose sintomática com complicações (sangramento, diverticulite, colite segmentar) ou doença diverticular sintomática, sem complicação. Logo, diverticulose é a presença de divertículos e a doença diverticular é a diverculose com sintomas! A prevalência da diverticulose é dependente da idade, passando de menos de 20% na idade 40 anos a 60% anos 60 anos. Epidemiologia: A distribuição de divertículos dentro do cólon varia de acordo com a área geográfica e fatores culturauas. Nações ocidentais e industrializadas tem taxas de prevalência de 5-45%, dependendo do método de diag. E idade da pop., com predominânica do lado E. Na Ásia a prevalência de diverticulose ocorre entre 13 a 25% e predominantemente do do lado direito. Importante causa de internações com custo significante nas sociedades ocidentais industrializadas. Cerca de 95% dos pacientes com divertículos tem divertículos no cólon sigmoide. PATOGÊNESE Divertículos se desenvolvem nos pontos de fraqueza (da parede) que correspondem ao local onde a vasa recta penetra na camada muscular circular do cólon (que vem de fora pra dentro) mecanismos de aumento de pressão aumento do tamnho do divertículo. Um divertículo típico colônico é um “falso” divertículo, ou divertículo pulsão, na qual a mucosa e submucosa hernia através da camada musc., coberta apenas por serosa. *divertículo verdadeiro tem todas as camada como o de Merckel. Esse é de pulsão que faz a mucosa herniar. Motilidade colônica anormal é um importante fator predisponente no desenvolvimento de divertículos Pacientes com diverticulose tem contrações de segmentação aumentadas levando ao aumento da pressão intraluminal predispõe a hérnia da mucosa e submucosa. A base neural para a motilidade anormal observada em pacientes com diverticulose permanece incerta. *temos nível de pressão maior se tivermos fezes mais difíceis de “saírem”, como as ressecadas, vol. baixo, etc Colon sigmoide é o segmento de menor diâmetro, logo, é o sítio de pressão mais elevada durante asegmentação colonica. Mudanças estruturais do colágeno na parede também podem ser responsáveis pelo aparecimento de divertículos em uma idade avançada e em doenças do tecido conjuntivo, como Síndrome de Ehlers-Danlos e Marfan na doença policística autossômica dominante. FATORES DE RISCO ▪ Dietas pobres em fibras (por estar assoc. Ao vol. e umidade do bolo fecal) e ricas em gordura total ou carne vermelha ▪ Inatividade física ▪ Obesidade (diverticulite e sangramento) ▪ Tabagismo (diverticulite) EXAMES DE IMAGEM ▪ Enema opaco: visualização mais anatômica, observa-se as saculações – divertículos ▪ TC ▪ Colonoscopia virtual: tomografia que remonta a parede externa, além da parte interna ▪ Colonoscopia: observa-se as aberturas das saculações Manifestações clínicas: A DDC evolui de forma assintomática, na maioria das vezes, para se expressar por meio de uma de suas complicações. Alguns pacientes podem apresentar: ▪ Queixas abdominais vagas, às vezes representadas por desconforto abdominal ou dor no quadrante inferior esquerdo do abdome (por acometer mais o sigmoide) ou região do hipogástrio ▪ Cólicas ▪ Constipação intestinal ▪ Evacuação de fezes em cibalos – fezes de cabrito ▪ Alteração frequente do hábito intestinal (constipação/diarreia) ▪ Flatulência ▪ Distensão abdominal Haveria, 2 diferentes expressões clínicas, 2 doenças diferentes: - FORMAS HIPOTÔNICA E HIPERTÔNICA ▪ Forma hipotônica: Assintomática de descoberta tardia ou ocasional da doença diverticular, em que os divertículos são de colo largo (se mais estreito mais fácil de obstruir, complica mais fácil) e se distribuem ao longo de quase todo o cólon com diâmetro normal, parede intestinal não espessada, não se nota o encurtamento cólico nem a proeminência das pregas transversas. Geralmente diagnosticada no adulto mais idoso. ▪ Forma hipertônica: Sintomática, de diagnostico precoce, associada a diversas complicações, em que os divertículos são de colo estreito preferencialmente em cólon esquerdo com paredes hipertrofiadas, distorções morfológicas associadas a proeminência das pregas transversas, ao espessamento da musculatura circular e ao encurtamento do segmento afetado. *mais rel. A pessoas com dificuldade de evacuação, etc EXAME FÍSICO Pouco revelador, exceto nas circunstâncias em que o cólon sigmoide é espessado e rígido e palpado na fossa ilíaca esquerda, faz o paciente queixe-se de dor. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O exame coloscópico do intestino delgado com doença diverticular é meio eficaz para o diagnóstico diferencial e confirmação da presença ou não de doença associada, uma vez que diferenciar DDC de outras moléstias, tomando como base apenas o quadro clínico e o conjunto de sintomas pode ser difícil. fazer colonoscopia ou enema baritado COMPLICAÇÕES ▪ Sangramento: · Ocorre em aproximadamente 5 a 5% em 1/3 dos pacientes · Causa mais comum de sangramento gastrointestinal inferior maciço em adultos · Cólon direito é a fonte de sangramento do cólon em 50 a 90% dos pacientes, apesar de ser o cólon esquerdo mais atingido pelos divertículos. Uma possível explicação para isso é que divertículos do lado direito têm cúpulas mais largas e parede mais larga, expondo mais a vasa recta a lesão. Outro fator que contribui pode ser a parede mais fina do cólon direito. ▪ Diverticulite: 4 a 15% dos pacientes desenvolvem ▪ Colite segmentar assoc. A divertículos ou colite diverticular: infl. Da mucosa interdiverticular SEM envolvimento dos orifícios diverticulares · Freq. Baixa e mais freq. Em homens com média de 64 anos · Patogênse não é clara sendo implicados prolapso da mucosa, estase fecal e isquemia localizada causando infl. Crônica da mucosa, que pode resultar de alt. Da flora bacteriana com alt. Na permeabilidade ou microcirc. Aly. Levando isquemia focal da mucosa · Manifestações: diarria crônica, cólicas abdominais no QIE, e em alguns casos hematoquezia intermitente. Aprox. 1/3 dos pacientes apresenta mais de um sintoma no momento do diag. · Não há trat. Definido tratamos como colite infl. TRATAMENTO Não se pode falar em tratamento de forma genérica paliar suprindo seus sintomas desagradáveis Assim, o tratamento pode ser dietético, medicamentoso e cirúrgico. ▪ Dieta: Sabe-se que os pacientes com DDC sintomática forma hipertônica apresentam pressões intracólicas elevadas, relacionadas ao menor diâmetro do bolo fecal. Dieta com alto teor de fibras vegetais produz fezes volumosas e úmidas que, de certa forma, suprime os fatores causadores dos distúrbios motores registrados no intestino grosso, principalmente a segmentação, com ondas peristálticas síncronas e a concomitante criação das bolsas de alta pressão. ▪ Medicamentos: Bloqueadores muscarínicos têm sido usados para inibir os efeitos das atividades do sistema nervoso parassimpático, nas doenças do trato gastrointestinal, que se associam com a hipermobilidade do tubo digestivo. Atropina; escopolamina ou hioscina; ipatrópio; propantelina; dicloverina; diclomina; glicopirrolato; ciclopentolato; tropicamida. A dor tipo cólica e as diarreias leves, ocasionalmente associadas à DDC ou suas complicações podem ser aliviadas com anticolinérgicos. ▪ Cirúrgico: exclusivamente para complicações da doença sangramento e diverticulite 3
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