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Teoria e Princípios da Administração Escolar

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MÓDULO DE: 
 
TEORIA E PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
Me. JOÃO CARLOS DOS SANTOS MONTEIRO 
 
Me. RICARDO BELINSKI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
1 
 
 
 
 
Módulo de: TEORIA E PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
Autoria: Me. João Carlos dos Santos Monteiro 
 
Revisão e Ampliação: Me.. Ricardo Belinski 
Revisão de Originais: Me. Juliane Martins 
 
Primeira edição: 2003 1ª 
Revisão: 2005 
 
2ª Revisão: 2008 
3ª Revisão: 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
 
http://www.esab.edu.br 
 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
 
CEP: 29102-040 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
Apresentação 
 
 
A Administração Escolar pode ser vista por diversos ângulos. A visão adotada neste trabalho 
está relacionada com a origem da Administração como ciência da otimização de recursos 
organizacionais em vista de uma missão. A finalidade da aplicação das funções 
administrativas é garantir a perpetuidade de uma instituição ao longo de décadas e assim, 
atender com qualidade a sociedade na prestação de serviços. Neste Módulo, não será feita 
distinção entre iniciativa pública e privada na área de Administração Escolar, visto que 
ambas devem buscar a eficiência e a eficácia em sua estruturação administrativa para 
buscar os melhores resultados na relação custo/benefício. 
 
 
 
Objetivo 
 
 
Este Módulo objetiva oferecer uma visão ampla e geral das principais teorias administrativas 
vigentes no século XX. Para contextualizar o nascimento da Administração Científica vamos 
buscar os fundamentos do Método Científico, assim como a influência da organização 
hierárquica do Exército e da Igreja Católica. Por fim, vamos estudar as principais funções 
administrativas em uma organização. A Administração Escolar, neste contexto, é vista como 
a migração de teorias administrativas antes aplicadas às áreas industriais e agrícolas. A 
escola; como instituição situada na área de prestação de serviços, pode garantir a qualidade 
em seus processos mediante a aplicação correta das teorias administrativas, inclusive pelo 
seu planejamento estratégico de marketing e recursos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Ementa 
 
 
Contexto da Administração Escolar; Metodologia da Qualidade Total e suas normas 
internacionais; Origem da Administração Científica; Principais teorias administrativas; 
 
Reestruturação e reengenharia; Educação na História do Brasil; Just in time e a gestão de 
estoque zero; Influência do Exército e da Igreja Católica na estrutura das organizações; 
 
Atividades da organização: marketing, finanças, produção, recursos humanos; Globalização 
e a construção da escola ideal. 
 
 
Sobre o Autor 
 
 
Ricardo Belinski é Mestre em Administração de Empresas pela PUCPR e Master in Business 
Administration (MBA) em Gestão Estratégica de Empresas, pela UFPR. Sua dissertação 
abordou a Gestão Universitária, na ótica da Gestão do Conhecimento Organizacional. É 
professor de cursos de graduação e pós-graduação lato sensu nas áreas de Comunicação, 
Administração e Saúde. Também é jornalista profissional diplomado pela PUCPR e editor da 
Revista Eletrônica Genitrix. É especialista em Educação a Distância, pelo SENAC Paraná. 
Atua como consultor de negócios, de Comunicação e Educação on-line. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE 1 ........................................................................................................................................................................ 8 
 
Construção da Escola Ideal ................................................................................................................................... 8 
 
UNIDADE 2 ..................................................................................................................................................................... 10 
 
Planejamento, Organização, Direção e Controle ..................................................................................... 10 
 
UNIDADE 3 ..................................................................................................................................................................... 15 
 
O Perfil do Administrador ..................................................................................................................................... 15 
 
UNIDADE 4 ..................................................................................................................................................................... 18 
 
A Administração como uma Ciência Social ................................................................................................ 18 
 
UNIDADE 5 ..................................................................................................................................................................... 21 
 
Princípios Científicos .............................................................................................................................................. 21 
 
UNIDADE 6 ..................................................................................................................................................................... 25 
 
As Ciências Humanas e Exatas ....................................................................................................................... 25 
 
Principais Pensadores ........................................................................................................................................... 27 
 
UNIDADE 7 ..................................................................................................................................................................... 31 
 
Tradição e Autoridade ........................................................................................................................................... 31 
 
UNIDADE 8 ..................................................................................................................................................................... 38 
 
A Tática e a Estratégia dos Exércitos ............................................................................................................ 38 
 
UNIDADE 9 ..................................................................................................................................................................... 43 
 
Estados Nacionais ................................................................................................................................................... 43 
 
UNIDADE 10 ................................................................................................................................................................... 47 
 
Teorias Administrativas ......................................................................................................................................... 47 
 
UNIDADE 11 ................................................................................................................................................................... 52 
 
Racionalismo no Trabalho ................................................................................................................................... 52 
 
UNIDADE 12 ...................................................................................................................................................................58 
 
Teoria Clássica da Administração ................................................................................................................... 58 
 
UNIDADE 13 ................................................................................................................................................................... 66 
 
Teoria das Relações Humanas ......................................................................................................................... 66 
 
UNIDADE 14 ................................................................................................................................................................... 74 
 
5 
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Estilos de Liderança ............................................................................................................................................... 74 
 
UNIDADE 15 ................................................................................................................................................................... 79 
 
Abordagem Neoclássica....................................................................................................................................... 79 
 
UNIDADE 16 ................................................................................................................................................................... 87 
 
Administração por Objetivos (Apo) .................................................................................................................. 87 
 
UNIDADE 17 ................................................................................................................................................................... 94 
 
Abordagem Estruturalista .................................................................................................................................... 94 
 
UNIDADE 18 ................................................................................................................................................................ 102 
 
Abordagem Sistêmica da Administração .................................................................................................. 102 
 
UNIDADE 19 ................................................................................................................................................................ 111 
 
Abordagem Contingencial da Administração .......................................................................................... 111 
 
UNIDADE 20 ................................................................................................................................................................ 115 
 
Conceitos de Marketing ..................................................................................................................................... 115 
 
UNIDADE 21 ................................................................................................................................................................ 121 
 
Administração de Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas ...................................................... 121 
 
UNIDADE 22 ................................................................................................................................................................ 127 
 
Administração Financeira ................................................................................................................................. 127 
 
UNIDADE 23 ................................................................................................................................................................ 132 
 
Administração de Materiais .............................................................................................................................. 132 
 
UNIDADE 24 ................................................................................................................................................................ 136 
 
Conceito de Qualidade ....................................................................................................................................... 136 
 
UNIDADE 25 ................................................................................................................................................................ 142 
 
Just in Time ............................................................................................................................................................. 142 
 
UNIDADE 26 ................................................................................................................................................................ 146 
 
Metodologia 5s ....................................................................................................................................................... 146 
 
UNIDADE 27 ................................................................................................................................................................ 148 
 
Reengenharia ......................................................................................................................................................... 148 
 
UNIDADE 28 ................................................................................................................................................................ 155 
 
Contextualização Histórica da Administração Escolar ....................................................................... 155 
 
UNIDADE 29 ................................................................................................................................................................ 161 
 
Globalização e suas Implicações .................................................................................................................. 161 
 
UNIDADE 30 ................................................................................................................................................................ 167 
 
6 
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Um Novo Recomeço ........................................................................................................................................... 167 
 
GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................................... 168 
 
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................................................... 169 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
 
 
 
UNIDADE 1 
 
Objetivo: Os princípios da Administração podem ser aplicados à Instituição Escolar. 
 
 
Construção da Escola Ideal 
 
Os problemas presentes na Educação Brasileira infiltraram-se 
diretamente nas escolas. 
 
No discurso governamental oficial e da classe dominante, a escola é 
vendida como a panaceia e cura de todos os males de um sistema de exclusão social e de 
exploração dos trabalhadores. Para muitos, a escola significa capacitação para o emprego 
em um mundo sem garantias a longo prazo. Na era da globalização, as empresas buscam 
países em que o custo da mão de obra seja qualificada e com baixo custo, simultaneamente. 
 
 
Os investimentos estatais em educação são insuficientes para qualificar o cidadão para o 
emprego, e muitas famílias não possuem renda suficiente para manter seus filhos nas 
melhores escolas particulares. O foco do Estado está em participar da economia globalizada, 
sobretudo pela exportação de seus produtosem vista de manter um superávit e reservas 
para enfrentar os períodos de recessão econômica. 
 
O Administrador Escolar está imerso nesse ambiente turbulento e globalizado. Qualquer 
mudança na economia mundial pode representar menos investimentos na Educação 
Brasileira, ou ainda menor poder aquisitivo da classe média que usufrui da escola particular. 
 
Nesse ambiente, o Administrador Escolar , mais que um mero educador, é o responsável 
pela otimização dos recursos disponíveis para promover a Educação. Estes recursos podem 
ser pessoas, prédios, tecnologias. Mas quais são as técnicas que podem ser usadas para 
realizar este trabalho? Esse será o tema deste Módulo. 
 
 
 
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8 
 
 
 
A questão não é vender fórmulas prontas, mas promover uma diretriz, uma linha de conduta 
que propicie a eficácia da estrutura de ensino-aprendizagem. Este breve estudo da História 
da Administração deve servir de base para uma linha de pensamento. O modelo autoritário 
da Administração no princípio do século XX está cedendo, aos poucos, terreno para 
princípios democráticos nas organizações. Na Escola não poderia ser diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
 
 
 
UNIDADE 2 
 
Objetivo: Entender que é preciso planejar, dirigir, controlar, organizar os recursos humanos e 
materiais disponíveis a fim de atingir os objetivos organizacionais. 
 
 
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO e CONTROLE. 
 
O posicionamento de um Administrador Escolar deve ser, essencialmente, democrático e 
 
profissional. A gestão de uma instituição educativa deve utilizar o que há de melhor nas 
 
teorias de Administração. Para administrar uma escola, hoje, é preciso planejamento, 
 
organização, direção e controle, mas de um modo diferenciado: 
 
Planejamento: O Planejamento Escolar é diferenciado daquele da Administração 
 
Tradicional. Esse planejamento é participativo. A comunidade escolar (pais, alunos, 
professores e direção) reunida deve responder a quatro perguntas básicas. Quais são os 
nossos objetivos? Quais são as nossas reais possibilidades de atingi-los? Quais os 
melhores métodos e estratégias para atingi-los? Quais indicadores de desempenho 
devem ser adotados para acompanhar a melhoria do processo? A participação de todos 
neste projeto pedagógico é fundamental, pois, na realidade, o que se pretende atingir é o 
consentimento, a sensação de tomar parte, de que as opiniões particulares são 
importantes para o grupo, ou seja, cada um contribuiu um pouco para formar o todo. Por 
outro ângulo, a Escola tem uma parte, uma contribuição particular. Os pais que 
participam desse projeto devem receber uma cópia dele e, obviamente, assim envolvidos 
continuarão em casa os caminhos trilhados pela escola, ajudando-a sobremaneira; 
 
Organização: O Administrador Escolar deve implementar em sua unidade de ensino: 
Grêmios Estudantis, Associação de Pais e Mestres, Congregação de Professores, a cada 
um destes grupos delegando autoridade (de acordo com o projeto pedagógico) para 
realizar tarefas específicas dentro da Escola, fornecendo os subsídios necessários que 
devem ser cumpridos, tais como: Leis, Normas e Resoluções do Ministério da Educação 
 
 
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10 
 
 
 
e Cultura (MEC), Governo Federal, Estadual e Municipal. As tarefas distribuídas podem 
variar. Instituição da Grade Curricular Mínima, horários das aulas, escolha de material 
escolar, opção pelo uniforme e critérios de avanço dos próprios alunos; 
 
Direção: Na Escola Pública a Direção deve ser eleita pela comunidade escolar, através 
do voto direto, secreto e nominal. Os diretores têm de possuir a legitimidade para exercer 
suas funções, acompanhados pelo Conselho Escolar. Decidir sobre sanções é altamente 
espinhoso e deve ser respaldado pelo Conselho. Não é fácil lidar com a indisciplina e 
danos ao patrimônio da escola, a melhor opção sempre deve ser coletiva. O trabalho 
deve ser comunitário, em que o “Eu farei...” possa ser substituído pelo, “Nós faremos...”. 
Este culto à pessoa do líder tem de ser abolido do ambiente escolar, pois o esse é uma 
das funções da Educação. A liderança democrática do Administrador Escolar é, sem 
dúvida, o centro da escola atual; 
 
Controle: Durante as reuniões de planejamento os critérios de avaliação de desempenho 
foram desenvolvidos, resta ao Administrador Escolar implementá-los sistematicamente 
para verificar se a realidade corresponde às metas e objetivos do projeto pedagógico. O 
controle exercido é o feedback do sistema escolar. As eventuais distorções devem ser 
comunicadas ao Conselho Escolar e à Associação de Pais e Mestres que, por consenso, 
devem mudar de tática e reorientar o rumo do sistema escolar. 
 
O Administrador Escolar que adotar este modelo de gerir uma instituição é chamado de 
Gestor Escolar, pois demarca a mudança do autoritarismo para a democracia. Alguns dizem 
que é teórico, impossível de ser implementado, de qualquer forma, existem pessoas que 
sempre serão do contra. Enquanto alguns assim se posicionam, outros, de mente, mais 
aberta tentam mais claramente atingi-lo. Enxergam um novo mercado que se descortina. 
 
Mais cheio de desafios, onde o trabalho em equipe é fundamental. 
 
A sociedade atual tem como um dos principais critérios a qualidade. Com os problemas nas 
políticas educacionais do país, portanto, a Escola Privada, mesmo em busca do lucro é a 
opção para uma parcela da população.. 
 
 
 
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11 
 
 
 
. Na escola pública, a otimização dos recursos significa fazer mais com o dinheiro público, 
além de garantir a qualidade da infraestrutura e do seu corpo docente. 
 
Querer dissociar a Escola das organizações produtivas é uma ficção poética. Tudo está 
profundamente entrelaçado: mercado, trabalho, produção, conhecimento e escola. Algumas 
empresas conscientes do amadorismo de algumas áreas da Educação estão criando suas 
próprias universidades corporativas, para formar o profissional para seu quadro de recursos 
humanos. Com o acesso “facilitado”, pelas faculdades privadas, ao ensino superior, o 
vestibular possa a ter importância apenas para as melhores escolas públicas brasileiras. 
Sobram vagas nas instituições particulares, mas a população não possui renda suficiente 
para investir em sua formação superior. 
 
O Administrador Escolar é o responsável pela gestão de uma das mais importantes 
instituições modernas de formação do cidadão para a sociedade e para o trabalho. A Escola 
 
Este Módulo está focado na aplicação dos princípios administrativos à instituição escolar. 
Aqui, a Escola é vista como uma instituição com missão, objetivos, valores e processos que 
devem ser otimizados. Iniciando este estudo pela História da Administração e suas 
influências sobre o processo produtivo da sociedade. Por fim, critérios d,e qualidade serão 
apresentados para serem aplicados ao processo administrativo da Escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os principais significados docontrole na Administração: 
 
a) Controle como função coercitiva: é negativo limitativo, coercitivo, delimitativo, 
manipulativo; 
b) Controle como sistema automático de regulação: funcionamento automático de um 
sistema; 
 
c) Controle como função administrativa: é o controle como parte do processo 
administrativo. 
 
Os controles podem ser usados para: 
 
 
Padronizar o desempenho, através de inspeções, supervisão,procedimentos escritos; 
 
Proteger os bens da organização de roubos, desperdícios e abusos, através da 
exigência de registros escritos, auditoria e divisão de responsabilidade; 
Padronizar a qualidade de produtos e serviços oferecidos pela empresa; 
 
Limitar a quantidade de autoridade que está sendo exercida pelas várias posições ou 
pelos níveis organizacionais; 
Medir e dirigir o desempenho dos empregados, através de sistemas de avaliação do 
desempenho do pessoal ou pela supervisão direta; 
Como meios preventivos para atingir os objetivos da empresa, através da articulação 
de objetivos em um planejamento. 
 
 
Fonte :Decorrência da Teoria Neoclássica. Disponível em: 
 
<http://www.professorcezar.adm.br/Textos/DecorrenciaTeoriaNeoclassica.pdf> 
 
ou link curto 
 
http://bit.ly/w1wbEy 
 
Acesso em: 31 jan. 2012 
 
 
 
 
 
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Como o controle é exercido em sua Instituição Escolar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escolha uma instituição educativa e descreva as características de sua gestão escolar, 
a partir das funções administrativas estudadas na unidade 2 (Planejamento, 
Organização, Direção e Controle). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
 
 
 
UNIDADE 3 
 
Objetivo: Entender que o Administrador é uma pessoa que usa algumas técnicas formais 
para cumprir sua missão. O Administrador Escolar também deve ter habilidades e 
competências, ou seja, o gerenciamento de uma instituição educacional. 
 
 
 
 
Perfil do Administrador 
 
 
 
O Adiministrador 
 
O Administrador moderno deve estar atento a todos os 
pormenores de sua instituição de trabalho. Quanto mais alto seu 
cargo na hierarquia organizacional maiores serão suas 
responsabilidades. Assim, o Administrador Escolar é o responsável 
pela sua instituição, quer por ser proprietário, quer por ser eleito 
por seus pares. 
 
Para o Administrador, o conhecimento das técnicas de Administração irá lhe auxiliar até certo 
ponto, pois além da técnica está o ser humano: imprevisível, inconstante, arredio, de 
opiniões altamente contraditórias. É justamente isto que torna administrar tão difícil e ao 
mesmo tempo excitante e compensador. É uma tarefa técnica e humana, simultaneamente. 
 
O Administrador propõe tarefas, distribui ordens, sugere caminhos, exerce liderança e acima 
de tudo media conflitos dentro de uma organização. Por incrível que possa parecer esta é 
sua principal tarefa: mediar os conflitos, as discussões com o intuito de chegar a um 
denominador comum aceito por todos, partindo daí, para a consecução dos objetivos 
organizacionais. Partilhar de uma única visão organizacional é a principal tarefa do 
Administrador. 
 
 
 
 
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15 
 
 
 
Recentemente uma revista americana pediu que seus leitores enviassem mensagens 
estranhas de seus gerentes na vida real. A seguir, alguns exemplos: 
 
A partir de amanhã, os empregados somente poderão acessar o prédio usando cartões de 
segurança individuais. As fotografias serão tiradas na próxima quarta-feira e os empregados 
receberão seus cartões em duas semanas. (Esta foi a mensagem vencedora, de Fred 
Dales, Microsoft, Redmond, WA). 
 
E-mail não deve ser usado para passar informações ou dados, somente negócios da 
empresa. (Gerente de contabilidade, Eletric Boat Company). 
 
“Minha chefe” “passou o fim de semana inteiro redigitando uma proposta de 25 páginas só 
porque precisava de correções. Ela disse que o disquete que eu a entreguei estava 
danificado, e que não era possível editá-lo. O disquete que eu dei para ela estava protegido 
contra gravação. (CIO, Dell Computers). 
 
Mensagem do chefe: “Equipe de trabalho é um monte de gente fazendo o que eu mando.” 
 
(Executivo de marketing, Citrix Corporation). 
 
Obviamente estes administradores não estavam contribuindo para o desempenho satisfatório 
de suas empresas. O Administrador não é um chefe, pois esta posição relaciona-se com o 
autoritarismo, condição ultrapassada na moderna gestão de negócios. Sua imagem está 
mais para gestor ou gerenciador de recursos que exerce uma liderança eficaz. Ter poder, 
mas sem liderança, pode ser catastrófico em uma instituição escolar. 
 
O Professor Idalberto Chiavenato, ao falar de habilidades ao Administrador, relaciona três 
delas: 
 
A. Habilidade técnica: é exatamente quando o Administrador usa todo embasamento 
teórico para a realização de suas tarefas. Esta habilidade é adquirida pela educação, 
estudo e perseverança; 
 
B. Habilidade humana: é, entre as três, talvez a mais difícil já que se trata de conhecer 
as motivações e os desejos humanos e a partir deles aplicar uma liderança eficaz; 
 
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16 
 
 
 
além disso, o Administrador deve saber ouvir as pessoas e desenvolver a inteligência 
 
emocional; 
 
C. Habilidade conceitual: é a habilidade da visão global, do seu próprio posicionamento 
dentro da organização e dos seus liderados. Com esta habilidade o Administrador 
deve dirigir suas ações voltadas para o todo organizacional, excluindo-se as pressões 
imediatas do grupo. 
 
 
 
 
 
O que define a inteligência de uma pessoa? Além do teste do Quociente Intelectual 
 
(QI), um novo conceito está sendo incorporado na Educação de Jovens E Adultos: a 
Inteligência Emocional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOTTMAN, John Mordechai. Inteligência emocional e a arte de educar nossos 
filhos: como aplicar os conceitos revolucionários da inteligência emocional para uma 
compreensão da relação entre pais e filhos. 38. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997. 
231 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 4 
 
Objetivo: A Administração é uma ciência social que pode ser aplicada a qualquer tipo de 
organização, seja privada ou pública, seja filantrópica ou lucrativa. A Escola, se bem 
administrada, tem seu futuro garantido em uma economia capitalista e globalizada. 
 
 
A Administração como uma Ciência Social 
 
A Administração é a condução racional das atividades em uma 
organização, seja esta lucrativa ou não lucrativa. A tarefa básica a 
que se propõe é cumprir um objetivo ou missão, por meio das 
pessoas. É o modo de propiciar a cooperação de todos em torno 
 
de um único projeto. Propõe-se a dar unidade de propósitos, incentivar o trabalho 
participativo, exercer liderança, promover o dinamismo e adaptabilidade empresarial diante 
dos desafios do mercado. 
 
A Administração se propõe, ainda, a patrocinar um perfeito entrosamento entre todos os 
setores de uma empresa, permitindo que todas as decisões, entre todos os departamentos, 
tenham uma direção única de acordo com uma estratégia maior. Esta estratégia é um 
planejamento antecipado, geralmente anual, de todas as prioridades da organização; 
englobando desde a simples redução de custos, em um departamento, até ganhos 
percentuais de participação no mercado. 
 
A Administração Escolar deve ter um planejamento abrangente definido pela comunidade 
acadêmica, tendo em vista a realização de todas as atividades do calendário letivo, assim 
como a definição das metas e objetivos para cada um dos setores da escola. 
 
A palavra Administração vem do latim, é a justaposição do prefixo ad que significa para, junto 
a, com o radical ministratio ou minister, significando prestação de serviço e subordinação ou 
obediência, respectivamente. Administração é a ciência social que estuda todas as 
 
 
 
 
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atividades de um empreendimento,objetivando que seus propósitos sejam alcançados da 
maneira desejada. 
 
A Administração é ciência porque possui um objeto de estudo que é a ação organizacional 
inicialmente circunscrita ao conjunto de cargos e tarefas, passando, em um segundo 
momento, para o estudo do conjunto de órgãos e funções. Mais tarde são desdobrados em 
uma enorme gama de variáveis, para, finalmente, nos dias atuais, voltar-se ao entendimento 
de organização como um sistema composto de subsistemas. 
 
Obviamente, hoje, o objeto de estudo da Administração é por demais complexo já que é um 
emaranhado de subsistemas que geram um todo organizacional, que, por sua vez, interage 
incessantemente recebendo e enviando influências ao exterior, ou seja, ao meio ambiente. 
Em um primeiro momento, pode parecer complicado entender o inter-relacionamento de 
tantas variáveis. De fato, o estudo da Administração não pode ficar circunscrito ao interior 
das empresas, visto que elas existem no mercado, pelo mercado e dentro do mercado. Hoje, 
entende-se que, o Administrador moderno tem de trabalhar com dois objetivos específicos: a 
visão intraorganizacional, procurando tornar sua empresa mais enxuta (eliminando os 
desperdícios, reduzindo custos, selecionando e treinando mão de obra), e com outra visão 
mais do que atento às eventuais mudanças que possam ocorrer no campo econômico, 
tecnológico, político, ecológico e de usos e costumes da sociedade, na qual está inserida sua 
realidade. Procurando, sempre que possível, fazer uma previsão: do quanto, para quem e 
por quanto tempo se produzir determinado bem econômico. 
 
A Administração Escolar também deve levar em consideração o ambiente interno e externo 
para definir suas metas e prioridades, sobretudo em vista do engajamento de seus alunos na 
atual sociedade. 
 
É bem verdade que um produto vendável agora deixe de sê-lo em poucos dias devido ao 
aumento ou queda dos juros; à declaração de grupos ecológicos que podem reclamar que 
este ou aquele produto é ofensivo à natureza; à proibição de uma autoridade eclesiástica se 
refutando a determinado comportamento por motivos religiosos; ou simplesmente o início de 
uma nova estação com muita ou pouca chuva. É preciso ter um olho no peixe e outro no 
 
 
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gato, sob pena de ver-se o fracasso da organização. Para não ser surpreendido contra os 
imprevistos do mercado, é preciso estar bem informado, tendo acesso aos meios de 
comunicação e usando técnicas de inteligência competitiva. Deste modo, a busca pelo 
conhecimento é o melhor conselho a quem se propõe a administrar um pequeno ou grande 
empreendimento. 
 
 
 
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
 
A Administração também é ciência pelo fato de utilizar os procedimentos do 
Método Científico preconizado por René Descartes (1596-1650) em seu livro O 
Discurso do Método. Neste livro, este grande filósofo francês expôs seu 
método filosófico de como pensar o mundo. 
 
Anteriormente, o Ocidente tinha por única diretriz a fé explicitada nas Sagradas Escrituras 
(Bíblia). A visão que se tinha do mundo era puramente especulativa, acreditava-se que a 
Terra era chata e que havia abismos após os mares, tudo isso sem nenhuma comprovação 
científica. A revolução de Descartes foi justamente neste ponto, quando disse que toda 
verdade precisava de comprovação pela observação dos fenômenos. Ele, naquela época, foi 
contra a visão religiosa de todos e convenceu a si mesmo e a boa parte dos homens de que 
a razão era a única maneira de se chegar a um conhecimento seguro. Desta forma, firmou-
se, no tempo, sua contribuição junto com os mais variados pensadores em três preceitos 
básicos, hoje integrantes do método científico. Estes preceitos são atualmente aceitos por 
todos os pesquisadores em ciências naturais ou sociais. São eles: 
 
a) Observar os fenômenos, retirando a maior quantidade de informações possíveis; 
 
b) Analisar cada informação decompondo-a; 
 
c) Com base nas observações e na análise, formular leis ou conceitos de aplicação 
geral, objetivando um conhecimento mais judicioso desses fenômenos. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 5 
 
Objetivo: Entender os princípios do Método Científico e métodos mentais utilizados nas 
ciências. 
 
 
Princípios Científicos 
 
Estes preceitos são também acompanhados de princípios, também aplicados por todos os 
cientistas e pesquisadores modernos. Eles são os mesmos preconizados por Descartes no 
século XVII. 
 
São eles: 
 
a) Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência: Consiste em não aceitar como 
verdadeira coisa alguma, enquanto não se souber clara e distintamente aquilo que é 
realmente verdadeiro. “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo), este dito de Descartes 
resume bem o seu pensamento ao propor este princípio. Incrivelmente ele chegou à 
conclusão de que a única coisa que ele tinha certeza era que duvidava de tudo e se 
ele duvidava, significava que ele pensava e se pensava, significava que era um ser 
pensante daí, a sua existência; 
 
b) Princípio da Análise da Decomposição: Consiste em dividir ou decompor cada 
problema em tantas partes quantas seja possível e necessário à sua melhor 
adequação e solução, e resolvê-las, cada uma separadamente. O mais importante 
neste princípio é que problemas menores se tornam mais claros na mente das 
pessoas que assim tendem a resolvê-los mais rapidamente e facilmente; 
 
c) Princípio da Síntese ou da Composição: Consiste em conduzir ordenadamente os 
pensamentos e o raciocínio das pessoas, começando pelos assuntos mais fáceis e 
simples, caminhando imediatamente em seguida para os mais difíceis; 
 
 
 
 
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d) Princípio da Enumeração ou da Verificação: Consiste em fazer, em tudo, 
recontagens, verificações e revisões as mais gerais possíveis, de modo a certificar-se 
de que nada foi omitido ou esquecido. 
 
Mais tarde Isaac Newton (1642-1727) completou o pensamento de Descartes: 
 
a) Na medida do possível, atribuir a uma só e mesma causa os fenômenos análogos. É a 
regra da síntese; 
 
b) Estender a todos os corpos as qualidades que pertencem aos corpos sobre os quais é 
possível fazer experimentações. É a regra da extrapolação; 
 
c) Considerar toda a proposição obtida por indução a partir da experiência, até que um 
novo fenômeno venha contradizê-la. É a regra da indução. 
 
 
 
PROCESSOS MENTAIS: INDUÇÃO E DEDUÇÃO 
 
Os princípios anteriores são até hoje utilizados, mas não basta conhecê-los, é necessário 
aplicá-los e, para isto, faz-se imperativo conhecer os dois tipos de processos mentais de 
composição das soluções dos problemas: 
 
A indução: Este é o processo mental pelo qual, os dados concretos e singulares, da razão 
humana, atingem níveis mais elevados de abstração e generalizações, nos quais se situam 
as leis e as teorias científicas. Partindo da realidade, o cientista, neste caso o Administrador, 
procura as regras gerais que, uma vez formuladas, propiciam uma maneira de prever o 
futuro. É bom salientar que tentar prever o futuro é planejar e esta é uma das funções 
administrativas. Este tipo de pensar é conhecido como método indutivo, pois a mente parte 
das particularidades para o geral.; 
 
A dedução: É o processo mental pelo qual, partindo de princípios gerais, a razão chega a 
suas aplicações particulares, utilizando implícita ou explicitamente um raciocínio silogístico 
(duas proposições, chamadas premissas, são debatidas e confrontadas para se chegar a 
uma terceira, chamada conclusão). No método dedutivo a mente segue um sentido inverso 
 
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ao da dedução, ou seja, do geral procura-se entender as particularidades de um objeto, 
animal ou problema. 
 
O métodocientífico é, então, um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem 
vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar 
determinado fim. É o que fazer, é a estratégia da ciência. 
 
Diferentemente, a técnica é o modo de fazer de forma mais hábil, mais segura, mais perfeita, 
algum tipo de atividade, arte ou ofício. É o como fazer, pois é a tática. 
 
 
 
PARTICULARIDADES DO CONHECIMENTO 
 
A ciência é todo e qualquer conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da 
realidade. O conhecimento científico, fruto desejável da ciência pelo método científico, tem 
algumas particularidades, a saber: 
 
Busca e aplica leis; 
 
Depende de investigação metódica; 
 
É aberto, porque reconhece ser falível; 
 
É analítico, por decompor o todo; 
 
É comunicável; 
 
É explicativo; 
É sistemático; 
 
É útil; 
 
É verificável; 
 
Atém-se aos fatos; 
 
 
 
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Pode fazer predições, por meio dele pode-se imaginar o amanhã; 
Requer exatidão e clareza; 
 
Transcende os fatos, propiciando sua comparação. 
 
Pode-se também definir o que é racional e irracional, o que é razão, ou então falar do real ou 
do imaginário. Mas estes temas são filosóficos e escapam do objetivo do assunto em debate, 
que é o arcabouço teórico da Administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 6 
 
Objetivo: Conhecer os pensadores que deram origem à racionalidade moderna. 
 
 
As Ciências Humanas e Exatas 
 
O século XVI foi uma época de profundas transformações na visão do mundo do homem 
ocidental. Foi marcada por uma verdadeira paixão pelas descobertas. No tempo e no espaço, 
abrem-se novos horizontes: os eruditos redescobrem velhas doutrinas filosóficas dos gregos. 
Estas doutrinas, apesar oriundas do século V a.C., revestem-se de uma sabedoria nova, em 
oposição às concepções da Idade Média. Tudo é sacudido por uma onda reformista, e as 
certezas oriundas da fé são todas colocadas em dúvida pela racionalidade. 
 
Por muito tempo, Ciência e Filosofia confundiram-se em um único corpo de conhecimento, 
foi só a partir do Renascimento, com a adoção do Método Científico, que as duas formas de 
conhecimento humano dissociaram-se; cada uma tendo sua posição no conhecer o mundo. 
 
Assim, a sociedade separou o poder político do poder religioso, cada um com seus princípios 
e abrangência social. 
 
a) Agrippa de Nettesheim (1487 - 1535), nascido em Colônia, após passar em revista 
todos os domínios do saber humano, proclama “a incerteza e a fragilidade das 
ciências”. O pensador português Francisco Sanchez (1552 - 1632) submeteu a exame 
crítico a faculdade humana de conhecer e concluiu: “Não se sabe de nada”. Michel de 
Montaigne (1533 - 1592), grande ensaísta francês, dá um passo adiante e declara: “O 
homem não sabe nada porque ele não é nada”. 
 
O que estes pensadores se revoltavam e queriam demolir eram as superstições, o erro 
escamoteado em certeza, o fanatismo da opinião pessoal que pretendia se impor como 
verdade a qualquer preço, embora sem fundamento racional. Apesar de tão profundas 
críticas, estes pensadores ficaram de mãos vazias, não dispunham de nada que substituísse 
 
 
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os dogmas da fé que imperava em sua época. Montaigne acreditava, então, que o ceticismo 
era a única posição do sábio diante da certeza aparentemente inatingível pelos homens. 
 
As discussões sobre o ceticismo vararam o século XVI, muitos 
proclamaram a certeza sobrenatural da fé, até que no final deste mesmo 
século Francis Bacon (1561 - 1626) propõe um novo caminho, ou seja, o 
método sustentado pela observação e pela experiência. Propunha o 
princípio do que se convenciona chamar hoje de “Método Científico”. 
 
b) René Descartes (1596 - 1650) afirma que sua única certeza inabalável seria: “Se 
duvido, penso. E quanto mais duvido, mais repito em mim mesmo essa experiência: 
se duvidar de novo; pensarei de novo e, se quiser duvidar de que estou duvidando só 
posso fazê-lo pensando a dúvida de que duvido”, manifestando profunda insatisfação 
com o que se apresentava como conhecimento em seu mundo. Propõe uma nova 
crença, que a partir dele passará a animar a investigação científica e filosófica: a fé na 
razão, uma razão concebida a partir do pensamento lógico/matemático. 
 
c) Galileu Galilei (1564 - 1642) salientou a importância das observações científicas 
 
serem expressas em uma linguagem matemática precisa 
(medições de peso, quantidades específicas, tempo de reação 
cronometrado). Em seu modo de se expressar, dizia que o livro 
da natureza estava escrito em linguagem matemática. Dizia 
ainda que: “é necessário medir o que é mensurável e tornar 
mensurável aquilo que não é”. 
 
As ideias desses pensadores, em conjunto, formaram o modo do mundo ocidental em fazer 
ciência. Foram criticados em suas respectivas épocas, especialmente pelos seguidores do 
Filósofo grego Aristóteles, que preconizavam que para se conhecer a verdade precisava-se 
unicamente da reflexão filosófica. Muitos foram seus seguidores e divulgadores, e o método 
por eles preconizado é o prevalecente atualmente. As ciências naturais o utilizam nos 
estudos dos fenômenos físicos. 
 
 
 
 
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Deste modo, as ciências naturais, da natureza ou exatas são todas aquelas quantificáveis 
como a Matemática, a Biologia, a Botânica, a Medicina, a Zoologia, entre outras. Nessas, o 
pesquisador se mantém como observador neutro, sem exercer influências em seu objeto de 
estudo, procurando descobrir regularidades ou leis que possam reger ações presentes e 
futuras. Nestas ciências o importante é reproduzir o fenômeno estudado na quantidade e 
qualidade desejadas com o claro objetivo do entendimento e controle. 
 
 
 
 
PRINCIPAIS PENSADORES 
 
Tudo parecia de acordo quando os estudiosos se depararam com fenômenos produzidos 
pelo próprio homem: seus costumes, seus tabus, modo de vestir, revoltas, revoluções, 
preconceitos de toda espécie, religiões, e viram que seria necessário também estudá-los, 
pois a sociedade não poderia ficar no controle da natureza e ignorar os seus movimentos. Os 
fenômenos sociais eram igualmente importantes para a sobrevivência da própria sociedade e 
não poderiam permanecer no anonimato. 
 
d) Augusto Comte (1798 - 1857), o fundador do Positivismo, foi o primeiro pesquisador a 
demonstrar interesse sistemático pelos fenômenos sociais. Defendia a 
unidade de todas as ciências e a aplicação da abordagem científica à 
realidade social humana. Para justificar sua teoria, elaborou uma 
hierarquia de ciências: a Matemática ocupava o primeiro lugar, e a nova 
ciência que pretendia inaugurar a Sociologia ou “Física Social”, o último lugar. Para 
Comte, cada ciência dependia do desenvolvimento da que a precedeu. Assim, a 
Sociologia não poderia existir sem a Biologia, que não poderia existir sem a Química, 
e assim por diante. 
 
e) Émile Durkheim (1858 - 1917), preocupado, como Comte, com a ordem na sociedade 
e com a primazia desta sobre o indivíduo, também se posicionou a favor 
da unidade das ciências. Tomando “os fatos sociais como coisas”, 
defendia que o social é real e externo ao indivíduo, ou seja, o fenômeno 
 
 
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social, como o fenômeno físico, é independente da consciência humana e verificável 
pela experiência dos sentidos e da observação. Tinha a visão de que a ciência social 
serianeutra e objetiva, na qual sujeito e objeto do conhecimento estão radicalmente 
separados. 
 
f) O Filósofo alemão Wilhelm Dilthey (1833 - 1911) foi um dos primeiros a criticar o 
uso da metodologia das ciências naturais pelas ciências sociais, em função da 
diferença fundamental entre o objeto de estudo delas. 
 
Nas ciências naturais, os cientistas 
conhecidos de forma objetiva, como 
microscópio; 
 
lidam com objetos externos passíveis de serem por 
exemplo, um micróbio sob as lentes de um 
 
Enquanto as ciências sociais lidam com emoções, valores, subjetividades. Por exemplo, a 
paixão nacional pelo futebol. Esta diferença se traduz em diferenças nos objetivos e nos 
métodos de pesquisa, ou seja, não é possível se utilizar nenhum instrumento material para 
se medir a paixão pelo futebol. 
 
Para Dilthey, portanto, os fatos sociais não são possíveis de quantificação, já que cada um 
deles tem um sentido próprio, diferente dos demais, fazendo que cada caso concreto seja 
compreendido em sua singularidade. Deste modo, as ciências sociais devem se preocupar 
com a compreensão de casos particulares e não com a formulação de leis generalizantes, 
como fazem as ciências naturais. 
 
g) Para Max Weber (1864 - 1920) os cientistas sociais pesquisam os significados das 
ações sociais de outros indivíduos e deles próprios, sendo, portanto, sujeito e objeto 
de suas pesquisas. É, pois, impossível destacar a sociedade do pesquisador, já que 
influências diretas entre este e o meio social. A presença do pesquisador, por si só, 
alteraria as condições reinantes daquele momento de interação social. 
 
Os principais métodos propostos para o estudo dos fatos sociais são os seguintes: 
 
Frédéric Le Play ensina a Observação Direta, controlável e objetiva, ou o método das 
monografias; 
 
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Franz Boas vem com seu Trabalho de Campo; 
 
Ralph Linton, Ruth Benedict e Margaret Mead trazem métodos de pesquisa qualitativa 
somados com modelos conceituais próximos da Psicologia e Psicanálise; 
 
Malinowski apresenta sua Observação Participante; 
 
ClifFyol Geertz, um dos principais expoentes da Antropologia atual, propõe sua 
abordagem interpretativa. 
 
Muito interessante o ponto de vista de Geertz sobre a Pesquisa Social, sugere que o 
pesquisador negocie os pontos de vista com o objeto de pesquisa. Ele diz que isto é 
possível, já que nas ciências sociais o objeto de estudo são seres humanos e, por isso 
mesmo, passível de exprimir seus sentimentos. Advoga, então, que a observação pura e 
simples não induz a formação de nenhum conhecimento novo, antes pode levar a enganos 
interpretativos. 
 
 
 
APLICAÇÃO À ADMINISTRAÇÃO 
 
Assim, a Administração é uma ciência social, pois lida com ações humanas, motivações 
individuais e grupais, produtividade e interação interpessoal, procurando compreender estes 
fatos sociais, para depois se utilizar desta mesma compreensão e conseguir a consecução 
do objetivo maior que é a realização dos planos empresariais. 
 
Apesar disso, a Administração (por ser uma ciência social) se utiliza de muitos parâmetros 
das ciências naturais para realizar suas medições e quantificações, afinal ela tem um papel 
predominantemente econômico e, por isso, mesmo faz-se imprescindível o uso de padrões 
quantitativos, sem perder de vista seu caráter predominantemente social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Max Weber, Sociólogo alemão falecido em 1918, foi um dos primeiros cientistas 
sociais importantes a levar em conta a importância da religião ou da mentalidade 
religiosa na configuração da Economia Política. O objetivo dele foi refutar a tese de 
 
Karl Marx, segundo a qual o capitalismo nascera somente da exploração do homem 
pelo homem. 
 
Para Weber, o moderno sistema econômico teria sido impulsionado por uma 
mudança comportamental provocada pela Reforma Luterana do século 16. Ocasião 
quando dela emergiu a seita dos calvinistas com seu forte senso de predestinação e 
vocação para o trabalho. 
 
Fonte: Max Weber, religião e ciência. Disponível em: 
 
<http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2005/04/02/000.htm> 
 
ou link curto 
 
http://bit.ly/yKPhYj 
 
Acesso em: 31 jan. 2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 7 
 
Objetivo:Entender que a hierarquia é um dos princípios da vida em sociedade. 
 
 
Tradição E Autoridade 
 
A tradição e a autoridade podem ser consideradas como as duas principais bases das 
formas primitivas de organização da atividade econômica. 
 
A tradição, como base da organização social, política e econômica, dominou os sistemas que 
garantiam a continuidade do seu esforço produtivo, “transmitindo”, como observa Heilbroner, 
as várias e necessárias tarefas de geração a geração, segundo o costume e o hábito: o filho 
acompanhava o pai, e o sistema era preservado. 
 
Nesses sistemas, os escassos recursos disponíveis não seriam distribuídos por orientação 
de uma autoridade central. Não seriam também alocados segundo as indicações do sistema 
de preços, mesmo porque as comunidades que recorreram à tradição para sua organização 
econômica não possuíam um sistema monetário capaz de suportar o funcionamento de um 
aparelhamento produtivo guiado pelos preços dos recursos mobilizados e dos produtos afinal 
obtidos. A tradição era mesmo a única condutora da ação econômica: os recursos eram 
utilizados segundo esquemas que não se alteravam com o tempo. As ocupações eram 
tradicionalmente transmitidas no reduto da própria organização familiar, de tal forma que se 
perpetuavam as fontes de suprimento dos bens e serviços necessários. “No Antigo Egito”, 
observou Adam Smith, “todo homem era obrigado, por princípio religioso, a seguir a 
ocupação de seu pai; e cometia o mais horrível sacrilégio se a trocasse por outra”
. 
 
Mas é também no Egito que serão encontradas formas primitivas de organização baseadas 
na autoridade. Atividades como a construção de pirâmides era desenvolvidas a partir de 
ordens emanadas de uma eficiente organização central, que comandava igualmente toda a 
ação econômica da sociedade. 
 
 
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Nas organizações baseadas na tradição, os problemas da organização social e da 
sobrevivência econômica eram solucionados pelo caráter hereditário das ocupações e pela 
transmissão, de geração para geração, dos principais conhecimentos produtivos 
acumulados. Conversas nas organizações, com base na autoridade, os mesmos problemas 
admitiam solução diferente: era um poder central que então indicava como deveriam ser 
utilizados os recursos disponíveis, quais os objetivos principais do sistema e ainda de que 
forma seria procedida a repartição do produto obtido. Os controles centralizados é que 
comandavam as atividades, então subordinadas a uma disciplina autoritária. 
 
Nas primitivas organizações, fundamentadas na autoridade, esclarece G. A. Steiner, os 
controles econômicos eram extremamente duros e atingiam a sociedade em seus menores 
detalhes. O modelo típico era o controle central, em graus variáveis, sobre salários, preços, 
custo dos serviços profissionais, produção, propriedade e distribuição de mercadorias e 
serviços. As estradas, os mercados, as terras, e, praticamente, todas as outras facilidades 
existentes eram possuídas, em geral, diretamente pelo Estado. Essas autocracias eram 
usualmente fundadas em uma sanção religiosa para domínio e controle. Os faraós egípcios, 
por exemplo, eram frequentemente encarados como os representantes terrenos da suprema 
divindade. 
 
 
 
DIVISÃO DO TRABALHO 
 
Esse mistode autoridade e sanção religiosa acompanhou toda a humanidade durante sua 
história. As punições se efetuariam nesta vida e na pós-morte. Pode-se citar o caso brasileiro 
de Tiradentes, que teve o corpo esquartejado e casa demolida e salgada para que seu mau 
exemplo não se perpetuasse. No geral, se tem que considerar que as pessoas eram sempre 
escravas de alguma coisa. De uma autoridade que se originava de crenças sobrenaturais, de 
um rei déspota, de um líder militar ou simplesmente de um sistema de produção que atrelava 
o indivíduo a este ou àquele meio de produção. De qualquer forma, a Administração sempre 
existiu, como citado anteriormente, intrínseca aos agrupamentos humanos. Sem ela se 
tornaria impossível a simples repartição do trabalho entre os homens. Os primeiros homens 
 
 
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se reuniram com o objetivo da autoproteção, ou seja, a partir da necessidade de 
sobrevivência, verificamos intuitivamente que seria obrigatória alguma divisão do trabalho 
dentro do grupo: uns pescariam, outros caçariam, plantariam e os mais fortes cuidariam da 
proteção do grupo diante dos predadores e outros grupos hostis. Daí para a noção de 
autoridade foi um curto caminho e a humanidade engatava sua marcha na história. 
 
Várias são as teorias que procuram explicar a origem da sociedade. Samuel Koening, em 
seu livro Elementos de Sociologia, diz que o “Filósofo inglês Thomas Hobbes, um dos 
primeiros de uma série de pensadores dos séculos XVII e XVIII, preocupado com a origem 
dos fenômenos, inclusive da sociedade humana, conclui que o homem foi, no início, pouco 
mais do que um selvagem, levando uma vida isolada e egoísta, visando apenas à satisfação 
de seus próprios desejos e impulsos. O homem primitivo estava sempre em guerra com 
outros homens, e vivia no terror perene de ser atacado e morto pelos vizinhos. Com o tempo, 
no entanto, compreendeu que, reunindo-se em bandos e concordando em viver em paz com 
os vizinhos, seria capaz de livrar-se das condições insuportáveis em que se encontrava. A 
sociedade organizada emergiu desse período da existência humana”. 
 
Para Hobbes, o homem em seu estado natural é mau; daí, a máxima: “O 
homem é o lobo do homem”. Jean-Jacques Rousseau divergiu de Hobbes, 
afirmando que não houve esse estado de luta na fase primitiva do homem. 
 
Afirmou que ele nasce bom. Contudo, para atingir o seu progresso, mediante um contrato 
social, cria a sociedade humana, que corrompe o homem, tornando-o mau. O contrato social 
seria uma espécie de acordo tácito, onde os homens renunciam a sua liberdade para viver 
na proteção da sociedade, de modo que, ao nascer, obrigatoriamente, fosse endossado sob 
pena de sermos expulsos e jogados no ambiente hostil existente fora da comunidade. 
 
Opinião semelhante foi a de John Locke, que também não concordou com a teoria de 
Hobbes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A IGREJA CATÓLICA E SUA CONTRIBUIÇÃO 
 
Na Bíblia tem um exemplo, dos mais eloquentes, de como trabalhavam os 
antigos com respeito à organização das suas atividades. O trecho extraído 
é do livro do Êxodo, capítulo 18, versículos 13 a 27: 
 
Ao outro dia assentou-se Moisés para dar audiência ao povo, que se 
apresentava diante dele, desde a manhã até à tarde. 
14
 E seu sogro, tendo visto tudo o que 
ele fazia ao povo, disse: Que é isto que tu fazes com o povo? Por que estás tu só assentado, 
e todo o povo esperando desde a manhã até à tarde? 
15
 Ao qual Moisés respondeu: O povo 
vem a mim para ouvir pronunciar a sentença de Deus. 
16
 E quando entre eles sucede haver 
alguma diferença, vêm ter comigo, para que eu julgue entre eles, e para que lhes mostre os 
preceitos de Deus, e as suas leis. 
17
 Não fazes bem, disse Jethro. 
18
 Tu te consomes com 
um trabalho vão, a ti e a este povo, que está contigo: este é um trabalho sobre as tuas 
forças, e tu só não o poderás aturar (grifo nosso). 
19
 Mas ouve as minhas palavras e 
conselhos, que te vou a dar, e será Deus contigo. Presta-te ao povo naquelas cousas, que 
dizem respeito a Deus, para expores ao Senhor os seus requerimentos. 
 
20
 Para lhes ensinares as cerimônias, e o modo com que devem honrar a Deus; o caminho, por 
onde devem andar; e as obras que devem fazer. 
2 1
 Mas escolhe de entre os do povo uns tantos 
homens poderosos e tementes a Deus, nos quais haja verdade, e que aborreçam a avareza: e 
do número destes homens constitui a uns no governo de mil, a outros de cem, a outros de 
cinquenta, a outros de dez, 
22
os quais julguem o povo em todo o tempo, porém que te deem 
conta do que for de mais suposição, e eles julguem somente os negócios menos graves. Desta 
sorte, o peso que te oprime virá a ser mais leve, sendo repartido entre outros. (grifo nosso). 
23
 Se 
fizeres isto, cumprirás com o que Deus manda; poderá ser capaz de executar as suas ordens; e 
todo este povo voltará em paz para suas casas. 
24
Moisés, tendo ouvido isto, fez tudo o que seu 
sogro lhe sugerira. 
25
 E tendo escolhido de entre todo o povo de Israel homens de valor, os 
constituiu príncipes do povo, para uns governarem mil, outros cem, outros cinquenta, outros dez, 
26
 os quais faziam justiça ao povo em todo o tempo: mas davam conta a Moisés de todos os 
negócios mais difíceis, sentenciando eles somente os 
 
 
 
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mais fáceis. (grifo nosso). 
27
 “E Moisés despediu seu sogro, o qual, voltando se recolheu 
para a sua terra.” 
 
Jetro, o sogro de Moisés, obviamente deu estes conselhos baseado em algum tipo de 
organização que ele teria visto anteriormente. Possivelmente, esta estrutura hierárquica 
deveria ser de origem egípcia. Deve-se atentar que o conselho consistia da maneira de como 
recrutar o pessoal (homens poderosos, tementes a Deus, nos quais haja verdade, e que 
aborreçam a avareza) e na repartição da autoridade (uns governarem mil, outros cem, outros 
cinquenta, outros dez). Este tipo de estrutura piramidal foi eficiente, possibilitando a 
sobrevivência do povo de Israel diante das enormes dificuldades encontradas na fuga do 
 
Egito para a Terra Prometida (Canãa) e influenciou extraordinariamente os primeiros 
estudiosos da Administração. Afinal, os teóricos teriam de partir de algum ponto e este tipo 
de organização foi vitoriosa e ainda o é, pois continua a ser utilizada em várias organizações 
modernas como as forças armadas, polícias, grupos de vigilância. 
 
Quando, no início da Era Cristã, o Apóstolo Paulo empregava o termo grego ekklesia (Igreja), 
referia-se não apenas aos grupos locais de cristãos, mas também a toda a cristandade, isto 
é, ao conjunto dos adeptos de Jesus espalhados pelo mundo. 
 
A História da Igreja de Cristo começou com a ação evangélica dos 
apóstolos e de outros seguidores de Jesus, que se espalharam por todo 
o mundo conhecido difundindo os ensinamentos do Cristo. Por serem de 
origem judaica, os primeiros cristãos adotavam as orações e rituais da 
religião de Israel. Mas, logo no início do século I, o Cristianismo passou a adquirir 
características próprias, distinguindo-se do Judaísmo e rumando para a miscigenação com 
outras culturas. 
 
A preocupação dos fundadores da Igreja em manter a uniformidade tanto da doutrina quanto 
dos rituais permitiu que o Cristianismo criasse uma hierarquia respeitada e poderosa, capaz 
de resistir a grandes dificuldades. Perseguidos em todo o Império Romano por se recusarem 
a cultuar as divindades pagãs, os primeiros cristãos foram obrigados a se organizar na 
clandestinidade. Apesar disso, a Igreja fortaleceu-se: padres e missionários pregavam 
 
 
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secretamente e os rituais ganhavam cada vez mais popularidade. E, depois de séculos de 
perseguição,ela foi reconhecida pelo imperador romano Constantino, passando então a 
gozar de liberdade a partir do século IV. Porém, a hierarquia da Igreja Católica ultrapassa as 
ideologias e os regimes políticos ao longo dos séculos. 
 
Por meio de sua longa história, a Igreja tem sofrido cismas, isto é, divisões, que sempre 
resultam na formação de novas igrejas ou seitas religiosas. O mais importante dessas 
cismas foi o iniciado por Calvino e Lutero no século XVI, resultando no movimento chamado 
Reforma Protestante. Mas a tendência protestante de considerar as igrejas locais como 
autônomas tem raízes no Cristianismo Primitivo, quando as referências a uma igreja (a de 
 
Alexandria, por exemplo) indicavam um grupo religioso chefiado por determinado Bispo. 
 
Estas igrejas quase autônomas possuíam em comum a unidade de comando e de 
propósitos. Atualmente, algumas seitas protestantes procuram manter unidade doutrinária e 
hierárquica, enquanto outras pregam a descentralização. Mas o termo Igreja, em sentido 
amplo, refere-se apenas à Igreja Católica, chefiada pelo Papa (abreviatura de Pontifex 
Altissimo Petri Apostolorum), considerado vigário de Cristo na Terra e Bispo de Roma. 
Administrativamente, a Igreja divide-se em dioceses (territórios submetidos à autoridade dos 
bispos ou arcebispos), as quais, por sua vez, se subdividem em paróquias, que são 
entregues aos cuidados dos sacerdotes ou párocos. 
 
As questões doutrinárias e de disciplina eclesiástica são decididas pelas assembleias de 
bispos chamadas Concílios, que têm caráter deliberativo. Mas assume importância cada vez 
maior o Sínodo, assembleia instituída pelo papa, que reúne todo o episcopado católico de 
tempos em tempos. 
 
A estrutura da Igreja Católica, sem dúvida, foi a mais prontamente estudada pelos primeiros 
teóricos da Administração. Sua organização extremamente simples, sua hierarquia de 
basicamente três níveis, sua unidade de propósito (evangelizar o mundo) e sua longa história 
no tempo, resistindo a divisões, mudança de sistemas produtivos (Imperialismo Militar dos 
Romanos, Sistema Feudal e agora o Capitalismo) é algo surpreendente na escala das 
realizações humanas, anterior a ela só mesmo os antigos e primeiros estados que não 
 
 
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resistiram sequer aos primeiros seis séculos da Era Cristã. A contribuição da igreja é 
exatamente em cima de sua abrangência no tempo que, de longe, ultrapassa todos os 
esforços de todas as modernas organizações no critério de longevidade e motivação de seus 
membros. 
 
As universidades e escolas ocidentais estão intimamente relacionadas ao trabalho da Igreja 
 
Católica em educar as novas gerações segundo os princípios cristãos. Contudo, nas últimas 
décadas, estas duas instituições estão cada vez mais atreladas aos interesses de 
investidores privados, além de domínio de governos laicos, segundo uma concepção de 
Estado desvinculado de determinada religião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 8 
 
Objetivo: A organização do exército também exerceu grande influência na Teoria da 
Administração, portanto, nesta unidade serão estudadas a formação e a estruturação das 
forças armadas. 
 
 
A Tática e a Estratégia dos Exércitos 
 
Na Antiguidade, quando os interesses de dois grupos humanos 
entravam em conflito, o impasse podia ser resolvido pela negociação. 
 
Entretanto, se a questão era complexa demais para permitir um acordo 
entre as partes, se nenhum dos grupos tivesse superioridade de força 
suficiente para impor a solução que lhe convinha, se os interesses em 
 
jogo fossem grandes demais para que um dos lados acabasse cedendo, então esses grupos 
recorriam à guerra. 
 
Na época, quando os agrupamentos humanos foram abandonando o 
nomadismo e se tornando sedentários, as guerras visavam a disputar as 
terras mais férteis para o cultivo. A princípio, o governante era o próprio 
chefe militar, e todos os homens eram chamados à luta. 
 
Com o tempo, as sociedades foram se tornando mais complexas, aumentou a divisão do 
trabalho e, aos poucos, foi surgindo o Estado, este com o propósito maior de manter a 
unidade de um determinado agrupamento de indivíduos. No Estado a violência se 
centralizou. É ele o detentor da força, que deve aplicá-la, seja para defender o povo de um 
inimigo, seja para fazer cumprir suas leis. Para usar essa violência, o Estado especializou 
homens em lutar. Desta forma nasceu o exército. 
 
Na luta contra os invasores hicsos, que dominaram o Egito entre 1788 e 1580 a.C., o poder 
faraônico constituiu pela primeira vez um exército regular. Anteriormente, havia milícias 
regionais, comandadas por autoridades civis, e que só eram convocadas em caso de 
 
 
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necessidade. Após a expulsão dos hicsos, o exército passou a ter caráter permanente. 
Apenas nas ocasiões em que o inimigo fosse reconhecidamente poderoso é que este 
exército admitia a participação de combatentes não profissionais. 
 
Na Mesopotâmia, onde as poucas terras férteis entre os rios Tigre e o Eufrates eram 
disputadas, os assírios organizaram-se em uma nação de guerreiros. O Estado confundia-se 
com o Exército, e seus comandantes formavam a classe mais poderosa. Entre 1300 a.C. e 
 
612 a.C., mantiveram uma numerosa força militar permanente. Além da superioridade em 
homens e equipamentos, contavam com outra eficaz arma de combate: o terror. Como 
advertência aos inimigos, costumava-se exibir em gaiolas os adversários capturados, aos 
quais amputavam orelhas, nariz ou outros órgãos, depois os empalavam ou esfolavam vivos. 
 
No Império Persa, embora os guerreiros constituíssem uma das camadas da nobreza, o 
exército regular compunha-se apenas de um pequeno núcleo de Infantaria, apoiada pela 
cavalaria de arqueiros. No entanto, em caso de guerra, era feito um recrutamento geral, e 
disso resultava a formação de um gigantesco exército, o maior da Antiguidade. Pela falta de 
treinamento, contudo, esse enorme exército se apresentava como uma massa 
desorganizada, o que lhe custou ser batido várias vezes pelos gregos, numericamente 
inferiores, nas Guerras Médicas (entre 493 e 479 a.C.), e mais tarde pelas tropas de 
 
Alexandre da Macedônia. 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DO EXÉRCITO PERMANENTE 
 
A organização política grega, em cidade-estado, impediu a existência de um exército fixo de 
numeroso contingente na Península Helênica. Esparta, a cidade grega que mais se 
preocupou com a organização de um exército, jamais possui um efetivo de homens em 
armas que fosse numericamente significativo. Os gregos tampouco valorizaram a cavalaria, 
e as forças das cidades-estados compunham-se basicamente de infantes. Estas deficiências 
eram compensadas por couraças e elmos que propiciavam eficiente proteção aos 
combatentes, bem como o armamento de lanças e espadas leves, que asseguravam 
 
 
 
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mobilidade à tropa. Mas os generais gregos se sobressaíram, sobretudo, na estratégia 
militar, planejando antecipadamente suas batalhas. 
 
A Administração coletou a metodologia do planejamento estratégico e a execução desta 
diferença entre a guerra e as batalhas, ou seja, a estratégia e a tática. 
 
Assim os 11 mil soldados de Milcíades derrotaram, na batalha de Maratona, força persa 12 
vezes superior. O planejamento valeu também a outro ateniense, Temístocles, na vitória 
naval de Salamina sobre os mesmos invasores. Leônidas resistiu nas Termópilas a tropas 
cem vezes superiores. E, finalmente, o espartano Pausânias e o ateniense Aristides 
eliminaram a ameaça persa, quando,em Platéia, bateram tropas três a quatro vezes mais 
numerosas. 
 
O gênio militar da Antiguidade foi, sem dúvida, Alexandre da Macedônia. Seu exército 
possuía uma unidade central, a falange, que se compunha de dezesseis compactas fileiras 
de soldados armados com uma lança de sete metros de comprimento, a Larissa. Essa tropa 
blindada era reservada para ataques frontais ao inimigo, pois, a despeito de sua ação 
mortífera, possuía pouca mobilidade. O fustigamento do adversário, os ataques pelos flancos 
e as manobras de envolvimento eram deixados à cavalaria e aos “psiloi”, infantaria de 
armamentos mais leves. A falange era protegida por unidades de atiradores de funda e 
arqueiros. Além disso, Alexandre foi precursor da “artilharia”, introduzindo a catapulta e a 
balestra como armas de guerra. Foi também o primeiro a agregar “físicos” ao exército, que 
se destinavam a prestar socorros médicos aos combatentes feridos. 
 
Durante a campanha da Ásia Menor, o exército de Alexandre não possuía mais que 30 ou 40 
mil homens; mas sua organização, aliada ao seu gênio militar, fez com que jamais sofresse 
uma só derrota. 
 
Os romanos notabilizaram-se não só pela organização militar, mas também pelas formações 
táticas que imprimiam às suas tropas. A princípio, a vida militar era privilégio dos cidadãos de 
Roma e os estrangeiros e escravos não participavam da luta. Mesmo porque os combatentes 
deveriam possuir suas próprias armas, o que implicava uma seleção financeira na 
composição das tropas. 
 
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Com a expansão de Roma, esse critério foi paulatinamente abandonado, e as populações 
urbanas passaram a se engajar em massa nas legiões romanas. A motivação patriótica foi 
cedendo lugar à profissionalização do exército. A lealdade a Roma foi substituída pela 
confiança no chefe da tropa. Por essa razão, quando o império se desintegrou, o exército 
romano dividiu-se em vários grupos fiéis aos seus generais e aos interesses dos diversos 
povos que compunham a tropa. 
 
Um exército consular romano era composto de 18 mil homens, divididos em quatro legiões. 
 
Cerca de 10% do efetivo formava a cavalaria, cuja missão era geralmente a de defender os 
flancos do corpo central de infantaria. Uma legião tinha em regra 4500 homens e 300 
cavalos. No campo de combate formava três linhas de soldados (agrupados conforme a 
idade). Seu armamento e as táticas que empregava tornaram-na um modelo de precisão, 
mobilidade, flexibilidade e ação de choque. 
 
A Administração chegou a estudar a influência da liderança no ambiente empresarial, 
sobretudo a liderança carismática e seus seguidores. Quais são os efeitos de uma liderança 
carismática em uma instituição escolar? Como ficam as decisões racionais? 
 
Esta divisão entre setores e departamentos foi assumida pela Administração como a 
formação tática de guerra no mundo dos negócios. A divisão do trabalho exige 
especialização e, atualmente, um conjunto de habilidades e competências para exercer 
diversos papéis na instituição escolar. 
 
No entanto, a despeito de o exército romano haver sido o mais poderoso da Antiguidade, 
houve um momento em que toda a sua pujança periclitou diante da ação dos elefantes e do 
gênio militar de Aníbal Barca. Este comandante cartaginês, à frente de uma tropa de 
mercenários, bateu os romanos sucessivamente durante quase duas décadas, causando 
terrível devastação em toda a Itália. Algumas vezes o cenário muda e velhas fórmulas que 
deram certo passam a não surtir efeito. Como isso acontece na Administração Escolar? 
 
Depois da queda de Roma, o exército desapareceu como instituição. Os povos guerreiros 
que esmagaram a cidade fizeram-no pela sua força numérica, pois eram hordas 
desorganizadas, isto é, sem um líder. Não possuíam máquinas de guerra e combatiam sem 
 
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qualquer plano tático. A desordem interna, governantes incompetentes e a dissolução dos 
costumes também contribuíram para a queda do Império Romano, mas, mesmo assim, o 
modelo romano de organização influenciou toda a civilização ocidental. 
 
Depois dos romanos, entre os francos, Carlos Magno (741 - 814) institui o serviço militar 
obrigatório para todos os proprietários com mais de seis hectares de terra. Entretanto, essa 
organização não sobreviveu à sua morte. O intricado sistema de soberania e vassalagem, 
em prática no período feudal, levou à formação de núcleos isolados de guerreiros, formados 
pelos senhores feudais e seus vassalos. Desta maneira, todos os nobres possuíam uma 
espécie de guarda pessoal, que passava o maior tempo a lutar entre si. 
 
 
 
INFLUÊNCIA ORIENTAL 
 
O fanatismo religioso foi a base do exército árabe, que no século VII varreu a Ásia, a África e 
a Europa. Diziam que “A espada é a chave do céu e do inferno”, e, pela luta, os cavaleiros de 
Alá pretendiam atingir a salvação. As forças muçulmanas viviam em acampamentos militares 
e engrossavam suas fileiras recrutando homens entre os povos conquistados, aos quais 
armavam de espadas, dardos, arcos, adagas e cimitarras. A cavalaria era reservada aos 
árabes armados de espadas retas e lanças de quase dois metros. 
 
A partir do século XI, os nobres feudais organizaram as ordens de cavalaria, para participar 
das Cruzadas e assim combater os muçulmanos. Os grandes senhores apresentavam-se 
poderosamente armados, seguidos por seus vassalos com armamento mais leve e servos 
desarmados. Mas não chegaram a constituir um exército, e, com frequência, agiam 
isoladamente. 
 
Entre os séculos XII e XIII, sobretudo nas nascentes cidades italianas, começaram a surgir 
tropas mercenárias, dirigidas por guerreiros profissionais (os capitães de ventura), que 
combatiam ao lado de quem mais lhes pagasse. Por vezes formavam verdadeiros exércitos, 
em cujo comando se notabilizaram os “condottieri”, que desempenharam importante papel 
nas lutas entre as cidades marítimas italianas e os “landsknechts” suíços. 
 
 
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UNIDADE 9 
 
Objetivo: Compreender a influência das forças armadas na organização empresarial. 
 
Estados Nacionais 
 
 
Os exércitos permanentes nasceram com a formação dos Estados nacionais, organizados 
pelas monarquias absolutistas. De um lado, libertaram os aldeões dos compromissos que os 
ligavam à terra do senhor, desde que ingressassem no exército; de outro, sendo uma força 
profissional e melhor equipada, o exército real tornou-se superior ao dos nobres feudais. 
 
Foi a vitória final sobre o Sistema Feudal que dominou a Europa durante toda a Idade Média. 
Significou também o fim das tropas mercenárias que espalhavam o terror e a destruição por 
todo o continente. Um exemplo disso foi o rei Carlos VII, da França, que suprimiu por força 
da lei, em 1439, este tipo de organização em todo seu território. 
 
Max Weber, Sociólogo alemão do início do século XX, relaciona a formação do 
exército moderno à própria formação do Capitalismo. Assim como o Capitalismo 
se caracterizou pela perda por parte dos trabalhadores de seus meios de 
produção (os instrumentos de trabalho), assim também o Estado Nacional retirou 
dos soldados os seus meios de combate (as armas), extinguindo os exércitos de 
 
ventura e os soldados mercenários, e instituiu o exército permanente subordinado apenas 
aos desígnios do Estado. 
 
Enquanto isso, as armas de fogo começaram a substituir as armas brancas nos campos de 
batalha. Como consequência, a guerra de movimento sucedeu-se à guerra de posição, a 
cavalaria ficou relegada a um segundo plano, e foi valorizada a infantaria. Paralelamente, 
surgiu um novo processo bélico: a artilharia. A Administração moderna utiliza tática de 
posicionamento no mercado, ou seja, para cada serviço oferecido há um nicho no mercado. 
 
 
 
 
 
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