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Bioquímica Clínica + Avaliação renal

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BIOQUÍMICA CLÍNICA 
AMOSTRAS 
 
 Plasma (Material oriundo da 
centrifugação do frasco com EDTA ou 
com fluoreto de sódio) 
 Soro (tubo sem anticoagulante – 
amarelo ou vermelho) 
 Urina (Dá pra ver creatinina, proteína, 
hormônios) 
 Liquor (Sais minerais, glicose 
 Efusões peritoneais e torácicas. 
 Análise de colesterol, triglicérides, 
insulina. 
 
*Absorbância: Comprimento de onda que 
percorre através da amostra e dá o 
resultado que conhecemos. Cada tipo de 
análite (Fosfatase Alcalina, ALT, Creatinina) 
tem uma absorbância diferente. 
 
*Bioquímica seca: Uma gota de soro numa 
fita semelhante a fita de urina, e coloca pra 
máquina ler. 
 
COLORIMETRIA 
De acordo com a coloração da amostra e 
do quanto estiver turva, o comprimento de 
onda necessário para ler a amostra e dar o 
resultado vai ser diferente. 
 Hemolisado 
 Ictérico 
 Lipêmico 
Às vezes também pode acontecer porque o 
animal comeu antes do exame. 
 Lipêmico e hemolisado 
(Comum em animais com hiperlipidemia, 
hiperglicemia, e hiperadrenocorticismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO RENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nos rins há processos diferenciados 
de reabsorção e secreção/excreção. E com 
base no resultado, dá para ter uma noção 
de onde por estar o problema. 
 
DISTÚRBIOS RENAIS 
 
Principais causas de distúrbios renais: 
Idade, Leishmaniose (pp. na nossa região 
que é endêmica), uso prolongado de 
medicamentos nefrotóxicos (alopurinol, 
anfotericina B). 
 
 Doenças glomerulares 
 - Glomerulonefrite: Imunocomplexos 
Deposição de imunocomplexos e nefrites 
causadas por agentes patológicos, ex.: 
Letptospira, problema crônico de Ehrlichia, 
Leishmania, Babesia. 
- Amiloidose Renal 
Raro na veterinária, porém o depósito 
dessa proteína causa processo inflamatório. 
 
 Insuficiência renal aguda 
 
- Pré renal (Aumento da produção protéica) 
Consumo? Problema intestinal, animal não 
consegue absorver? Cuidado com a 
ingestão de proteína, como por exemplo, 
dar ração de filhotes que é cheia de 
proteína para adultos e animais idosos. 
. Diminuição da perfusão renal (fluxo 
sanguíneo e taxa de filtração glomerular) 
. Desidratação 
. Hemorragia grave 
. Choque 
. Insuficiência cardíaca 
 
- Renal (Diminuição da taxa de filtração 
glomerular) 
Um dos melhores exames para avaliar a 
função renal. 
. Nefrite intersticial aguda: Leptospira, 
infecção por Klebsiella sp., Pseudomonas 
aeruginosa. 
. Necrose tubular: Nefrotoxinas – chumbo, 
anfotericina, neomicina, gentamicina, 
polimixinas; Isquemia – obstrução 
vascular, Coagulação Intravascular 
Disseminada. 
Também considerar a análise dos 
sedimentoscopia da urinálise que pode 
dizer de onde vem o problema renal. 
 
- Pós renal (Obstrução do fluxo) 
Creatinina elevada se acumula na 
circulação, junto com a uréia e traz riscos 
para o organismo. Após desobstrução, os 
níveis de CR e U voltam ao normal caso o 
problema seja apenas a obstrução. 
. Obstrução completa do fluxo urinário 
. Cálculos, neoplasias, coágulos 
sanguíneos. (Algumas raças têm maior 
predisposição a formação de cálculos: 
Dalmatas, Schnauzer) 
Também é importante fazer uma avaliação 
ultrassonográfica do paciente. 
O alupurinol altera o pH a nível urinário e 
predispõe a presença de formação de 
cristais. 
. Azotemia pós renal SEM insuficiência 
renal indicativo de rotura (distensão) de 
bexiga ou uretra. 
 
 Insuficiência renal crônica 
Hemoparasitoses, ex. Leishmaniose, 
Erliquiose, Dirofilaria. Seja pela medicação 
ou pelo parasita. 
Associação com poliúria 
- Nefrite crônica 
- Glomerulonefrite 
- Pielonefrite crônica 
- Neoplasia 
 
COMO AVALIAR UM PACIENTE RENAL? 
 Anamnese/Histórico 
 Sinais clínicos: Hálito urêmico, dor 
abdominal, urina concentrada e fétida, 
bebe muita/pouca água. 
 Exame físico: verificar halitose, dor 
abdominal. 
 Exames laboratoriais 
 Exames de imagem (US abd. total) 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
 
 Uréia 
 Creatinina (é o básico) 
 Proteína Total (Reabsorção a nível 
glomerular de proteína, portanto, pode 
indicar problema glomerular) 
 Fosfatase Alcalina (Presente em vários 
cantos, sistema biliar, ossos, sistema 
intestinal, placenta, fígado, rins. Ou 
seja, é um análito inespecífico. Mas não 
deixa de ser importante.) 
 Cálcio, fósforo, sódio, potássio (Auxiliam 
na compreensão do tipo de insuficiência 
renal que o paciente apresenta. Na 
crônica tem hiperfosfatemia, pois o 
fósforo tem excreção estritamente 
renal. 
 Urinálise Importante para avaliar a 
densidade urinária 
 Albumina urinária 
 Taxa de filtração glomerular 
 Relação Proteína/Creatinina Urinária 
 SDMA – Dimetil Arginina Simétrica 
 
URÉIA 
 
 Sintetizada no fígado e excretada nos 
rins 
 Aumento: Dietas ricas em proteína e 
excreção prejudicada (obstrução). 
 Aumento da produção de nitrogenados 
provenientes da degradação de proteína 
no sangue (Azotemia). 
 Associar com alimentação ou processo 
inflamatório (aumento da produção de 
albumina contribuindo para azotemia) 
 Azotemia pré renal: Dieta com alto teor 
protéico, hemorragia intestinal, 
desidratação 
 Azotemia renal:Insuficiência renal 
aguda e crônica, Nefrite, 
Necrose,Tubular, Neoplasia, 
Glomerulonefrite, Cistos renais 
 Azotemia pós-renal: Cálculo, hérnia, 
neoplasia, prostatite. 
 Diminuição da concentração: Dieta com 
baixo teor protéico, insuficiência 
hepática (tem dor abdominal), diabetes 
insipidus (como não há controle da 
concentração da urina, a ureia é 
bastante excretada). 
 
CREATININA 
 
 Produção: deriva do catabolismo da 
creatina nos tecidos musculares 
 Excreção: somente renal 
 Aumento da concentração: Desidratação 
(Pré renal), Insuficiência renal aguda e 
crônica (Renal), Obstrução do fluxo 
urinário (Pós renal). 
 
PROTEÍNA TOTAL 
 Proteína plasmática = albumina + 
globulinas c/ fibrinogênio 
 Proteína total sérica = Albumina + 
globulinas s/ fibrinogênio 
Eletroforese de proteínas 
Alfa globulina – inflamações agudas 
Beta globulina – Antígenos e neoplasias 
Gama globulina – Maioria, infecções 
crônicas e auto-imunes 
Relação albumina/globulina: Numa 
hiperproteinemia por conta da 
leishmaniose, a relação está menor, pq a 
albumina está menor e a globulina maior, 
por isso é a mais pedida. 
 Causas de hiperproteinemia: aumento 
da ingestão protéica, desidratação, 
aumento da globulina e aumento da 
concentração de fibrinogênio. 
 Causas de hipoproteinemia: Perdas ou 
desnutrição 
FOSFATASE ALCALINA 
 
 Grupo de isoenzimas presentes no 
fígado, ossos, intestino, rins, placenta, 
ductos biliares. 
 Não pode ser pedida sozinha por conta 
da sua inespecificidade. É suporte no 
diagnóstico. 
 
COLESTEROL 
 Principal lipídeo do corpo 
 Insuficiência renal e nefrite 
Na insuficiência renal é difícil de filtrar 
essas moléculas de colesterol, por isso 
ficam em aumento na corrente sanguínea. 
 
CÁLCIO 
 
 Hipercalcemia: Insuficiência renal aguda 
(o rim produz vitamina D que é 
necessária para absorver cálcio, pela 
falta dela o animal pode desenvolver 
hiperparatireoidismo secundário), 
insuficiência renal crônica, 
hiperparatireoidismo e tumores ósseos 
(fosfatase alcalina + cálcio) 
 Hipocalcemia: Insuficiência renal aguda 
(pós renal), hiperparatireoidismo, 
pancreatite aguda (há um seqüestro 
maior de cálcio por conta da inflamação) 
e neoplasias. 
 
FÓSFORO 
 Originário da dieta (leite e carne) 
 Regulado pelo paratormônio 
(juntamente com o cálcio, portanto em 
animais suspeitos de 
hiperparatireoidismo tem que dosar os 
dois íons) 
 Excreção renal (monitoramento do 
paciente renal) 
 Hiperfosfatemia: Insuficiência renal, 
rotura de bexiga, hipoparatireoidismo, 
hipertireoidismo em felinos. 
SÓDIO 
 Presente no meio extracelular 
 Regulado pelos rins 
 Hipernatremia: Aumento daingestão 
(atenção na ração) ou perda excessiva de 
líquidos (vômitos, diarréia, 
hiperadrenocorticismo). 
 Hiponatremia: Insuficiência renal crônica 
em fase final; Aumento da perda 
(vômitos, diarréia); Doença de Addison 
(Hipoadrenocorticismo). 
 
POTÁSSIO 
 
 Intracelular (bombas de potássio) 
 2% presente no fluido extracelular 
 Aldosterona regula a excreção pelos rins 
 Insulina estimula entrada de potássio 
nas células (diabetes, 
hiperadrenocorticismo, é importante 
dosar o potássio). 
 Hipercalemia: Ingestão diminuída de 
sódio, insuficiência renal aguda. 
 Hipocalemia: Diarréia, vômitos, terapia 
com diuréticos (dosar o nível de 
potássio antes do início do tratamento 
com diurético pelo risco de ser I.R.A.), 
insuficiência renal aguda com poliúria, 
diminuição de ingestão. 
RELAÇÃO PROTEÍNA/CREATININA 
URINÁRIA 
 Proteína / Creatinina urinária= 
Solicitada pela amostra de urina. 
 Cão: < 0,5 / Gato: < 0,4. 
 
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
 
Feito com pouca freqüência por conta da 
coleta que é feita durante o dia que não é 
tão prático. 
 
 Clearence da Creatinina = 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑢𝑟𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜 (𝑚𝑙) × 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑢𝑟𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 (
𝑚𝑔
𝑑𝐿)
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 (𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠) × 𝐶𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑐𝑎 (
𝑚𝑔
𝑑𝐿
) × 𝑝𝑒𝑠𝑜
 
Normalidade ClCr = 2,4 a 5,0 mg/min/kg 
 
 
 
SDMA (Dimetilarginina simétrica) 
 
 É avaliado principalmente o custo 
benefício, pois é um exame caro. 
 Mais precoce que a creatinina

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