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Anemias Diagnóstico presuntivo História clínica ➢ Idade, sexo, raça, etnia, dieta, período neonatal, herança, uso drogas, infecção, ex. tóxicos, sintomas sistêmicos Exame físico ➢ Peso, estatura, fácies, icterícia, alt. pele, mucosa oral, olhos, gânglios, hepatomegalia, esplenomegalia, extremidades, Dedos em relógio-pacientes com anemia ferropriva Doenças não hematológicas ➢ Renal, tireóide, metabólicas e outras Avaliação específica ✓ Deficiência de ferro- é microcítica e hipocrômica ✓ Talassemias: anemia hemolítica, mas apresenta cm VCM baixo, normalmente não é hipocrômica. RDW geralmente é menor ✓ Hiperproliferativa: pode estar ocorrendo no baço ✓ Tratamento de hipertensão arterial- faz hemólise também ✓ Por anticorpos quentes ou frios ✓ Malária pode causar hemólise Anemias hipoproliferativas ✓ Anemia de doença crônica ✓ Anemia do doente renal crônico ✓ Anemia megaloblástica ✓ Anemia ferropriva Anemias associadas a doenças crônicas ➢ Normocítica e normocrômica, geralmente de 1 a 2 meses após a instalação da doença de base. ➢ Doenças reumatológicas e câncer. ➢ Estados inflamatórios: aumento da ferritina e lactoferrina (maior afinidade que a transferrina pelo ferro e o transporta para os macrófagos medulares) ➢ Aumento de IL-1 impede a liberação do ferro dos macrófagos para os eritroblastos. ➢ Inflamação persistente pode fazer com que essa anemia normocítica e normocrônica se transforme em microcítica e hipocrômica, pois há problemas no metabolismo do ferro ➢ Aumenta a ferritina e lactoferrina que entregam para o macrogado o ferro. Esse macrófago não vai liberar o ferro. Dessa forma, a quantidade de ferro disponível vai estar muito reduzido. Anemia do doente renal crônico ➢ IRC ➢ Diminuição da EPO ➢ Apesar do pouco número de eritroblastos formados, os eritrócitos são normocíticos e normocrômicos, sem anisocitose. ➢ Pacientes tratados com EPO recombinante : aumento de eritrócitos, policromasia e anisocitose. Reticulócitos altos no inicio do uso da EPO Larissa Cedraz ➢ O quadro vai continuar igual, é eritropoietina dependente ➢ Expressão de genes da biossíntese de heme e do receptor de transferrina Anemias megaloblásticas ➢ Grupo de alterações caracterizadas por defeito de síntese de DNA, e em menor grau de RNA, caracterizando células megaloblásticas; ➢ Presença de megaloblastos na M.O como resultado da grande redução da capacidade de divisão dos eritroblastos. ➢ Precursor eritróide: pró-megaloblastos ➢ A medida que os eritrócitos saem de circulação, não há reposição das hemácias ➢ Deficiência de ácido fólico e B12, que são fundamentais para a divisão da hemácia. A carência de ácido fólico e B12 impede a síntese de DNA, já que o primeiro atua na formação de purinas e pirimidinas e o segundo permite a entrada de folato nas células. Dessa forma, ocorre assincronia na divisão celular e consequente aumento do volume das hemácias que serão reconhecidas e destruídas. Reduz produção de outras células em divisão, ou seja, paciente pode ter pancitocemia- redução de hemácia, plaqueta e leucócitos ABSORÇÃO DE B12 TRANSPORTADORES PLASMÁTICOS Transcobalamina I ▪ Liberada pelos granulócitos; ▪ Deficiência de TcI não leva as manifestações características da deficiência de Vit B12; Transcobalamina II ▪ Produzida: fígado, macrófagos e enterócitos do íleo ▪ Em casos de infecção pode estar aumentada a quantidade de B12 ▪ Diminuição: problemas de má absorção, depleção das reservas, danos hepático e renal, e, deficiência congênita; Transcobalamina III ▪ síntese e liberação: fibroblastos, macrófagos, enterócitos, células renais, hepatócitos, mucosa gástrica e endotélio ▪ alguns estudos sugerem que a Tc III transporta B12 rápida e exclusivamente para o fígado. METABOLISMO DE B12 HCY- homocisteína ▪ Fator de risco para aterosclerose e doenças cerebro vasculares, (aumento da geração de espécies reativas de oxigênio e peroxidação lipídica) ▪ Doença vascular prematura em adultos (coexistência de HHcy e dano vascular e degenerativo no cérebro); ▪ Fator de risco para demência e transtornos depressivos; ▪ Estudos in vitro e em animais sugerem que a Hhcy promove a síntese de várias citocinas pró-inflamatórias na parede arterial; ▪ VR = Hcy plasmática (8 e 12μM) Pequenas elevações (~ 5μM) no plasma aumentam em 60% os riscos de DAC para homens, e até 80% para mulheres ▪ Na presença de B12 com ajuda do ciclo do acido fólico, ocorre quebra de hocysteina e formação de metionina que produz a SAM que é doador do grupamento metil ▪ Esse grupamento metil participa da metilação e divisão celular ▪ Outras vitaminas, como a Vita B6 faz com que se forme propil-coenzima A até chegar no Succinil coenzima-A: consegue liberar um produto que é útil para a célula. Forma-se ácido metil malônico e propionico que são liberados na urina ▪ Aumento de ácido- acidose metabólica Anemia ferropriva ➢ Ausência de ferro para a síntese de hemoglobina nos eritroblastos medulares. ➢ Sangramentos crônicos ➢ Necessidades aumentadas de ferro (crescimento, gestação, anemias hemolíticas crônicas. ➢ Defeitos de absorção (cirúrgico) ➢ Falta de ferro na ingesta alimentar HEMOGRAMA • Diminuição da saturação da Hb • Mitose dos eritroblastos medulares • Aumento do número de eritrócitos pequenos e hipocrômicos • Aumento do RDW (microcitose heterogênea) • Diminuição do VCM e CHCM GRÁFICO • Diminuição do ferro, aumento do RDW- existe um tempo para que ocorra • Depois da queda da ferritina, todo o resto vai ocorrer • Ferritina é a principal variável para se avaliar anemia ferropriva FASE 1 ▪ Ferritina caindo, ferro ainda está normal ▪ Ferritina elevada: Marcador de processos infecciosos e inflamatórios ▪ Formas de estoque no fígado FASE 2 ▪ Ferro já vai diminuindo ▪ Aumento da capacidade de ligação total do ferro à transferrina ▪ Diminuição da saturação da transferrina: capacidade de ligar a moléculas pois existe pouco ferro ▪ Estoque de ferritina está caindo, por issonão tem ferro ▪ STfR: receptor solúvel da transferrina – se diminui o ferro, o receptor sai para captar mais ferro. Assim, ocorre aumento desse receptor. FASE 3 ▪ Zzp: Começa a aumentar pois está livre esperando o ferro para sintetizar hemoglobina ▪ Começa a entrar zinco nesse anel, formando o ZPP que tem dificuldade de se associar ao heme e formar hemoglobina ▪ Hemácias com zinco ao invés de ferro no transportador Na persistência do estímulo ou falta de tratamento poderá haver poiquilocitose: elipiptócitos hipocrômicos (charuto ou lápis). ▪ RDW aumentado apenas na fase 3 ▪ VCM caindo, hemoglobina caindo também> ANEMIA FERROPRIVA DIRETRIZES • Antes da apresentação clínica já existem alterações pontuais no exame clínico e laboratorial para o melhor diagnóstico da anemia ferropriva. Quadro comparativo FERROPRIVA ETIOLOGIAS Gastrectomias, enteropatias, carência nutricional, menstruação HEMOGRAMA Anemia microcítica e hipocrômica VCM (-), CHCM (-), RDW (+) Diminuição dos reticulócitos e hb MEGALOBLÁSTICA ETIOLOGIAS Carência de B12 ou ácido fólico, desnutrição, distúrbios gastrointestinais, gastrectomias, gestantes etc. HEMOGRAMA Anemia macrocítica, normocrômica, com leucopenia VCM (+), CHCM (n), RDW (+) Diminuição dos reticulócitos ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA ETIOLOGIAS Doenças reumatológicas, cancer e estados inflamatórios HEMOGRAMA Inflamação persistente pode fazer com que essa anemia normocítica e normocrônica se transforme em microcítica e hipocrômica ANEMIA DO DOENTE RENAL CRÔNICO ETIOLOGIAS IRC HEMOGRAMA Reticulócitos baixose quantidade de hemácias baixa também
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