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Staphylococcus: Características e Patogenicidade

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Staphylococcus 
▪ Formado por cocos gram-positivos, 
bactérias arredondadas que formam um 
arranjo de cacho de uva; 
▪ Pertencem a família Micrococcaceae, 
juntamente com Panococcus, Micrococcus e 
Stamatococcus; 
▪ O gênero Staphylococcus 
compreende 36 espécies, das quais 17 já 
foram isoladas em humanos; 
▪ São anaeróbios facultativos, são 
quimio-heterotróficos com metabolismo 
respiratório e fermentativo; 
▪ São bastante comuns na pele (10-
40% das pessoas) e na vulva (60% das 
mulheres). Comum também nas fossas nasais 
de funcionários de hospitais (50-70%) e nos 
portadores de dermatoses (80%); 
▪ Resistem ao calor por 30 minutos em 
temperatura a 60°C; 
▪ Resistem a pressão osmótica 
(sobrevivência em carnes salgadas, como 
presuntos); 
▪ Podem causar intoxicações 
alimentares, devido a liberação de toxinas. 
Identificação laboratorial 
1. Coleta com swab, o material coletado 
é colocado em um tubo que possuirá um 
meio de enriquecimento, possibilitando que 
as bactérias se proliferem e facilitem assim a 
identificação. Um pouco da amostra 
também é preparada em uma amostra para 
a realização da coloração de gram; 
2. Após o período de 2 a 6h em 
temperatura de 37°C, as bactérias são 
semeadas em dois meios de culturas (agar 
sangue e o agar manitol salgado), após a 
semeadura, as placas de Petri são 
incubadas por um período de 18 a 24h em 
uma temperatura de 37°C; 
3. Após o período da fase passada, 
acontece o crescimento bacteriano, com 
isso, retira-se uma colônia e realiza o teste 
da catalase, realizado com a adição de 
peroxido de hidrogênio (água oxigenada). 
Se a amostra borbulhar, resultado positivo, 
significa que a bactéria produz catalase (a 
catalase converte peróxido de hidrogênio 
em água e oxigênio), com o resultado 
positivo, sabe-se que a bactéria é do 
gênero Estafilococcus, se der negativo, 
precisa de um esquema adicional de 
identificação; 
4. Após a identificação que a bactéria 
é do gênero Estafilococcus, precisa-se de 
testes adicionais para detectar a espécie, 
os testes de coagulase/DNAse e o teste de 
sensibilidade ao antibiótico Novobiocina. 
Testes da coagulase e DNAse positivos, 
sabe-se que a bactéria é Staphylococcus 
aureus, se ambos os testes derem negativos, 
observa-se o teste de sensibilidade ao 
antibiótico, se houve a formação de halo de 
inibição, sabe se que a bactéria é S. 
epidermidis, se não houver a formação de 
halos é S. saprophytius. 
 
 
Outro teste que pode ser feito, é o teste 
sorológico, se este der positivo, confirma-se 
S. aureus, se der negativo, juntamente com o 
teste de coagulase negativo, suspeita-se de 
S. epidermidis. 
 
Mecanismos microbianos de 
patogenicidade 
Cápsula: 
Algumas cepas de S. aureus produzem uma 
cápsula exopolissacaridica que inibe o 
processo de fagocitose das células e 
facilita a aderência na superfície celular e 
próteses. Os exopolissacarídeos são muito 
importantes na identificação de testes de 
antígeno-anticorpo para algumas espécies. 
Em algumas cepas pode ter uma natureza 
toxigênica, produzindo a síndrome do 
choque endotóxico (tipo 8) e pode também 
conferir resistência a oxacilina. 
Parede celular: 
Algumas cepas apresentam ácido teicóico 
externamente a parede celular. 
Enzimas que reduzem a resposta imune: 
▪ Catalase (diferencia dos 
Streptococcus); 
▪ Coagulase livre ou unida. 
Enzimas que contribuem para a 
disseminação tecidual: 
▪ Fibrinolisinas: fazem a dissolução de 
coágulos; 
▪ Hialuronidase: hidrolisam a matriz 
extracelular; 
▪ Lipases: clivam ácidos graxos nos 
tecidos cutâneos e subcutâneos. 
Enzimas de resistência aos antibióticos: 
▪ Beta-lactamase: confere resistência à 
penicilina e ampicilina (plasmídeo). Elas 
podem ser indutivas (produzidas somente 
quando o individuo está tomando 
antibióticos) e construtiva (produzida 
continuamente); 
▪ Genes de resistência a eritromicina e 
tetraciclina. 
Hemolisinas: 
▪ -hemolisina: apresenta ação letal 
sobre leucócitos e hemácias; 
▪ Β-hemolisina: esfingomielinase – 
hemólise sinérgica com estreptococcus tipo 
B (fator CAMP); 
▪ δ-hemolisa; 
▪ γ-hemolisa. 
Toxinas: 
▪ Alfa-toxina: hemolisa/leucocidina 
(destrói membrana celular -proteólise); 
▪ Beta-toxina: hemolisa/leucocidina 
(destrói esfingomielina das membranas de 
hemácias e outras células); 
▪ Gama-toxina: hemolisa/leucocidina; 
▪ Delta toxina: hemolisa/leucocidina; 
 
▪ Leucocidina Panton: Valentine (forma 
poros na membrana dos fagócitos); 
▪ Toxina espoliativa A e B: causa 
síndrome da pele escalda; 
▪ Toxina TSST-1: causa síndrome do 
choque tóxico; 
▪ Enterotoxina A e E: causa intoxicação 
alimentar. 
Fatores predisponentes a infecções 
▪ Alterações na quimiotaxia dos 
leucócitos: imunodeficiências primárias 
(síndrome de Wiskott-Aldrich, síndrome de 
Chédiali-Hiashi) e imunodeficiências 
secundárias (diabetes, artrite, reumatóide); 
▪ Alterações na opsonização: 
imunodeficiências primárias 
(hipogamaglobulinemia ou 
agamaglobuemia); 
▪ Alterações na destruição intracelular: 
imunodeficiências primárias (doença 
granulomatosa crônica); 
▪ Lesões cutâneas: queimaduras, 
incisões cirúrgicas, eczema; 
▪ Presença de corpos estranhos: suturas 
cateteres endovenosos, próteses; 
▪ Infecções por outros agentes: vírus da 
influenza; 
▪ Tumores malignos, alcoolismo e 
cardiopatias; 
▪ Administração profilática ou 
terapêutica de agentes anti-microbianos. 
Principais infecções causadas 
▪ Endocardite (infecção do músculo 
cardíaco) bacterina aguda (S.aureus e S. 
epidermidis), subaguda (Streptococcus 
beta-hemolítico; 
▪ Glomerulonefrite; 
▪ Foliculite; 
▪ Intoxicação alimentar; 
▪ Impetigo; 
▪ Otite média; 
▪ Cistite; 
▪ Síndrome da pele escaldada; 
▪ Síndrome do choque tóxico.

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