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Embriologia e Anatomia da Hipófise

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Vitória Barbosa Turma XIII – 2020.1 
 
EMBRIOLOGIA DA HIPOFISE 
 
➢ Localização: células túrcicas da fossa hipofisária do osso esfenoide 
➢ Divisões anatômicas: lobo anterior (adeno-hipófise), lobo posterior (neuro-hipófise) 
➢ Relações relevantes: hipotálamo e quiasma óptico 
 
A formação da hipófise: 
➢ O diencéfalo (3º ventrículo), originário do prosencéfalo, é responsável pela formação do tálamo, hipotálamo e hipófise. 
Esse processo geralmente ocorre na 5ª semana de gestação, aos 32 dias gestacionais 
➢ A adeno-hipófise é originada a partir do ectoderma oral da faringe primitiva (estomodeu) 
• A evaginação formada pelo ectoderma oral é chamado de Bolsa de Rathke (formada por constrição) 
➢ A neuro-hipófise é originada a partir do ectoderma neural do assoalho do prosencéfalo 
• A evaginação formada pelo ectoderma neural é chamado de processo infundibular 
➢ A hipófise conclui sua formação por volta da 8ª semana 
 
 
ANATOMIA E HISTOLOGIA DA HIPÓFISE 
 
➢ A hipófise é considerada uma glândula endócrina 
➢ Essa glândula possui dois componentes funcionais: um lobo anterior (adeno-hipófise) que é responsável pela produção 
de hormônios, e um lobo posterior (neuro-hipófise) que é responsável por armazenar hormônios 
➢ Divisão da hipófise na sua posição anterior: pars tuberalis, pars distalis e pars intermedia 
➢ Divisão da hipófise na sua posição posterior: eminência média, infundíbulo e pars nervosa 
➢ Irrigação: a hipófise é basicamente irrigada pela artéria hipofisária superior e artéria hipofisária inferior 
• A artéria hipofisária superior emite ramos que irrigam a par tuberalis e parte do hipotálamo 
• A artéria hipofisária inferior emite ramos que irrigam a neuro-hipófise 
• A adeno-hipófise é irrigada por um complexo capilar conhecido como circulação portal-hipofisária (irrigação mista) 
• O hipotálamo é irrigado pela artéria hipotalâmica 
➢ A adeno-hipófise é responsável por secretar: GH, prolactina, ACTH, TSH, LH, FSH e MSH* 
• O MSH é o hormônio estimulador da produção de melanócitos 
➢ A neuro-hipófise é responsável por armazenar: vasopressina (hormônio antidiurético – ADH) e oxitocina 
➢ DICA: sempre que estiver em dúvida em quem estimula os hormônios da hipófise tenha sempre como 1º opção o 
hipotálamo 
 
 
HIPOTÁLAMO 
➢ É uma estrutura diencefálica 
➢ Corresponde ao maior centro de controle do sistema nervoso autônomo 
➢ Monitora o estado do corpo e estimula ou inibe os comportamentos e a fisiologia do corpo 
 
CÉLULAS QUE COMPÕEM A NEURO-HIPÓFISE 
 
→ Essa estrutura é dividida em eminência mediana, infundíbulo e pars nervosa 
→ Diferente da adeno-hipofise ela é formada por neurônios 
→ Os corpos dos neurônios que formam a neuro-hipófise encontram-se ligados principalmente no hipotálamo, enquanto 
isso, os axônios dos neurônios magnocelulares se estendem do hipotálamo formando o trato hipotalâmico-hipofisário 
(infundíbulo), as suas terminações nervosas formam a pars nervosa 
→ Esses neurônios são responsáveis por sintetizar dois hormônios: 
 Vasopressina (Hormônio Anti-diurético): responsável pela vasoconstricção arterial e retenção de água livre de sódio 
nos rins 
 Ocitocina: estimula a contração do músculo liso do útero durante o orgasmo e o parto, além disso, auxilia na ejeção 
do leite materno – Apresenta retroalimentação positiva 
→ Os hormônios armazenados na neuro-hipófise são produzidos no 
hipotálamo 
 
Células da Pars Nervosa 
→ Formada por pituicitos, ou seja, células semelhantes as células da glia neural 
→ Ela contém grânulos que armazenam os hormônios vasopressina (corpos de 
neurônios supra-óptico) e ocitocina (corpos de neurônios dos núcleos 
paraventriculares) 
→ A neurofisina que é encontrada ao longo do trajeto axonal hipotálamo-
hipofisário é que faz a maturação desses hormônios 
→ Os grânulos armazenadores são corados por hematoxilina e apresentam a 
cor preto-azulada 
 
CÉLULAS QUE COMPÕEM A ADENO-HIPÓFISE 
 
➢ Células cromófilas: células com muito citoplasma que facilmente captam corantes (são células que coram) 
 As cromófilas se dividem em: acidófilas (possuem coloração vermelho-alaranjado) e basófilas (possuem coloração 
azul) 
➢ Células cromófobas: células com pouco citoplasma e por isso, não captam corantes 
 
Células acidófilas - Pars distalis 
➢ São as mais numerosas (corante eosina) 
➢ Somatotrofos: produz a somatotrofina (GH – hormônio do crescimento). São estimuladas pelo SRH e inibidas pela 
somatostatina (hipotálamo). O GH também estimula o fígado a produzir somatomedinas (fatores de crescimento 
semelhantes a insulina I e II), que estimulam as divisões mitóticas dos condrócitos e promovem o crescimento ósseo 
➢ Mamotrofos: aumentam de tamanho durante a lactação. São responsáveis por produzir a prolactina (hormônio que 
estimula ou desenvolvimento das células mamárias e a produção de leite). A produção de prolactina é inibida pela 
dopamina, somatostatina, GnRH , e é estimulada pelo fator liberador de PRL 
Células basófilas - Pars distalis 
➢ São distintas com corantes básico como o ácido periódico 
➢ Corticotrofos: possuem formato arredondado e ovalado, são responsáveis pela produção do hormônio adrenocorti-
cotrófico (ACTH) e o hormônio lipotrófico (LPH – relacionado com a produção de células do tecido adiposo). Sua 
produção é estimulada pelo hormônio liberador de corticotrofina 
➢ Tireotrofos: são células parenquimatosas (epiteliais) e são responsáveis pela produção do hormônio tiroestimulante 
(age na tireóide estimulando a produção de tiroxina 3 e 4). Sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de 
tireotrofina 
➢ Godanotrofos: secretam os hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH). A produção desses hormônios é 
estimulada pelo hormônio liberador luteinizante e folículo estimulante 
 
Células da Pars Intermédia 
➢ Formada principalmente por cordões de células basófilas e são altamente vascularizadas 
➢ Dão origem ao hormônio estimulante de melanócitos (MSH) – estimula a liberação de prolactina 
➢ Outras substâncias formadas pelas células basófilas são: corticortropina, beta-lipotropina e a beta-endorfina 
 
Células da Pars Tuberalis 
➢ São compostas por células basófilas e são altamente vascularizadas 
➢ Não se sabe ao certo o que essas células produzem, mas, aventa-se a hipótese de que produzem FSH e LH 
 
ESTRUTURA MICROSCÓPICA DA HIPÓFISE: 
 
 
HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS 
 
 
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) 
 
➢ Estrutura química: proteína 
• Por ser um hormônio proteico, o seu receptor encontra-se na membrana; no sangue ele será carreado 50% por 
uma outra proteína (GHBP; esses hormônios encontram-se inativos e por isso apresentam uma meia-vida maior) e 
os outros 50% se encontrará dissolvido no plasma 
➢ A produção do GH se dá através da retroalimentação 
negativa (a sua própria produção inibe os neurônios 
produtores de GH e consequentemente reduz os 
estímulos que chegam na adenohipofise) 
➢ Síntese do GH: o GH é produzido e lançado na 
corrente sanguínea para agir em órgãos distantes, um 
dos órgãos que ele atinge é o tecido adiposo. No 
tecido adiposo, o GH irá promover o aumento da 
lipólise (estimula a quebra de tecido adiposo) 
➢ Atuação do GH no músculo esquelético: ao se ligar no seu receptor específico, o GH irá estimular a atuação da síntese 
proteica, ou seja, estimular a produção de músculo nesse tecido. Ao mesmo tempo que esse processo ocorre, ele irá 
reduzir a absorção de glicose no tecido muscular. O GH age ainda sob os ossos, aumentando tanto o seu diâmetro 
quanto o seu comprimento 
− Considerado estímulo direto 
➢ Tecido hepático: O GH irá atuar nos hepatócitos ligando-se ao seu receptor de membrana e estimulando a produção 
de algumas substâncias (IGF-1: fator de crescimento semelhante a insulina) que por conseguinte, irão atuar 
Revisando detalhes da lipólise 
Os lipídeos podem ser divididos em três tipos de 
gordura: 
• Gordura simples: triglicerídeos (os principaisquebrados na lipólise) 
• Gordura composta: LDL, HDL e fosfolipídios 
• Gordura derivada: colesterol 
diretamente na adenohipofise inibindo a produção do GH, esse mesmo IGF irá atuar sob neurônios do hipotálamo 
estimulando a produção de somatostatina, a qual age novamente na adenohipofise inibindo também a produção de 
GH. Ao mesmo tempo, a elevação de GH no sangue irá inibir neurônios responsáveis por produzir hormônios 
reguladores do GH 
• Considerado estímulo indireto 
• O IGF possui ação parácrina (quando produzido no próprio tecido) ou endócrina (quando produzido no fígado) 
• O IGF também é um hormônio proteico 
• O GH e o IGF-1 podem atuar de forma conjunta 
 
Atenção: Hipotálamo 
➢ Neurônios liberadores de GHRH – hormônio liberador 
de GH 
➢ Neurônios liberadores de somatostatina/GHIH – 
hormônio inibidor da liberação de GH 
➢ O GH é secretado por células conhecidas como células 
somatotrópicas 
 
Fatores que influenciam a secreção do GH: 
➢ Feedback negativo 
➢ Estresse (via NE e CRH) 
➢ Exercício físico (NE, endorfina) 
➢ Fome (glicemia) 
➢ Hipoglicemia 
 
Efeitos biológicos do GH: 
➢ No metabolismo: diminuição da utilização de carboidratos (efeito hipergliceminante) 
• Diminuição da captação de glicose pelo músculo esquelético e adipócitos 
• Aumento da formação de glicose pelo fígado 
➢ No metabolismo: Utilização de gordura como fonte de energia 
• Aumento da lipólise e liberação de ácidos graxos pelos adipócitos 
➢ No metabolismo: deposição de proteínas nos tecidos 
• Aumento do processo de transcrição e tradução 
• Aumento do influxo de aminoácidos para a célula – aumento da síntese e expressão de transportadores 
• Diminuição do catabolismo proteico 
➢ Crescimento/hipertrofia nos tecidos moles 
➢ Sobre a cartilagem e osso: crescimento endocondral (alongamento ósseo) 
• O GH atua sobre a cartilagem favorecendo o crescimento do osso endocondral (tipo de tecido conjuntivo ósseo 
que cresce muito próximo ou na epífise óssea) favorecendo o crescimento longitudinal do osso e consequentemen-
te o crescimento do indivíduo. Além desse crescimento, o GH estimula células progenitoras de osteoblastos que 
estimulam e se diferenciam em osteócitos e consequentemente ocorre o crescimento do tecido conjuntivo ósseo 
fibroso (parte mais compacta) aumentando assim a sua espessura (espessamento ósseo); ao mesmo tempo, o GH 
indiretamente inibe a ação dos osteoclastos (células ósseas responsáveis pelo remodelamento negativo – redução 
da espessura) 
 
 
• O excesso de produção do GH provoca gigantismo (crescimento linear em altura devido à ação excessiva do IGF-1 
durante a infância, visto que as cartilagens epifisárias ainda estão presentes) e a acromegalia (também por excesso 
de IGF-1, porém na idade adulta, quando as cartilagens epifisárias já se fundiram 
• A produção inadequada de GH ou a resistência da ligação do GH aos seus receptores provocam o nanismo 
 
Padrão de secreção ao longo da vida 
• Até os 18/24 anos de idade atinge-se o pico da 
produção de GH, no entanto, ao longo da vida 
decai-se a produção deste hormônio 
• A partir dos 60 anos o decaimento é ainda maior, 
justificando a perda de tecido muscular com au-
mento do tecido adiposo (diminuição da lipólise) 
 
Padrão circadiano de secreção do GH 
• o pico da produção de GH se dá no sono mais 
profundo, por isso o repouso é de suma importân-
cia 
• O pico de GH está associado a produção do corti-
sol, quando se tem a menor produção do cortisol, 
tem-se a maior produção de GH 
PROLACTINA 
➢ Produzida por células lactotrofas, ocupando cerca de 15% da adenohipofise, no entanto durante o período gestacional 
o número de lactotrofos pode ocupar até 70% da adenohipofise 
➢ Função da prolactina: produção de leite pelas glândulas mamárias 
➢ Os níveis de prolactina (PRL) são semelhantes em homens e mulheres não gestante 
• Não se sabe ao certo qual a função da PRL nos homens 
➢ O controle/inibição da prolactina pela hipófise anterior se da a partir do hipotálamo 
• Hormônio regulador da liberação de PRL: TRH 
• Hormônio regulador da inibição de PRL: Dopamina 
➢ Fatores que afetam a secreção de prolactina: 
• Estimulantes: gravidez (estrogênio, serotonina), aleitamento materno (sucção, ocitocina), sono (melatonina) 
• Inibidores: dopamina, somatostatina, GnRH 
 
Amenorreia e ausência de ciclo ovariano durante a lactação 
➢ A amenorreia corresponde a cessação da menstruação 
➢ A gestação e amamentação promovem o feedback de retroalimentação positiva sobre a PRL, esse processo é 
conhecido como hiperprolactinemia. A hiperprolactinemia provoca a diminuição do hormônio estimulador trófico 
(GnRH) do FSH e do LH (hormônio folículo estimulante e o luteinizante) que agem no ovário, consequentemente não 
há estímulo para que haja a maturação folicular e a secreção de hormônios ovarianos, gerando assim a amenorreia