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PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPES

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PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA 
E GESTÃO DE EQUIPES
Programa de Pós-Graduação EAD
UNIASSELVI-PÓS
Autores: Jeisa Benevenuti Sartorelli
 Márcia Silva Luciano Carvalho
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Norberto Siegel
Equipe Multidisciplinar da 
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
 Prof.ª Cláudia Regina Pinto Michelli
 Prof.ª Kelly Luana Molinari Corrêa
 Prof. Ivan Tesck
Revisão de Conteúdo: Prof. Helder Lima Gusso
Revisão Gramatical: Profa. Teresa Pfiffer Franco
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 303.34
 S2512p Sartorelli, Jeisa Benevenuti.
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes /
 Jeisa Benevenuti Sarturelli [e] Márcia Silva Luciano.
 Carvalho. Centro Universitário Leonardo da Vinci. 
 Indaial : Grupo UNIASSELVI, 2009. x
 90 p. : il.
 
 ISBN 978-85-7830-206-1
1. Liderança 2. Gestão de Equipes I. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci. II Núcleo de Ensino a Distância III. Titulo
Copyright © UNIASSELVI 2009
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
Márcia Silva Luciano Carvalho
Possui graduação em Psicologia pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998), 
Mestrado em Neurociências e Comportamento pela 
Universidade Federal de Santa Catarina (2002). Atualmente 
é professora de graduação, em instituições do Vale do Itajaí. 
Neuropsicóloga. Tem experiência na área de Avaliação 
Neuropsicológica, Psicopatologia e Neurociências.
Jeisa Benevenuti Sartorelli
Possui graduação em Psicologia pela 
Universidade do Vale do Itajaí (2000). Estudou 
Psicologia da Justiça e Reinserção Social na 
Universidade do Minho –Braga- Portugal. Possui 
mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de 
Santa Catarina (2004) e é doutoranda em Psicologia pela 
Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é 
professora de graduação, em instituições do Vale do Itajaí. 
Tem experiência na área de Psicologia Organizacional, 
Gestão por Competências, Avaliação Psicológica, 
Relacionamento Interpessoal, Formação Profissional.
Sumário
APRESENTAÇÃO ......................................................................7
CAPÍTuLo 1
LiderAnçA ....................................................................................9
CAPÍTuLo 2
GruPoS e equiPeS de TrAbALho nAS orGAnizAçõeS ......................45
CAPÍTuLo 3
equiPeS de ALTA PerformAnCe ....................................................71
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a):
Caro(a) pós-graduando(a), bem-vindo à disciplina de Princípios de 
Liderança e Gestão de Equipes !
Este é o nosso Caderno de Estudos, material que foi elaborado para servir 
de suporte, para que você possa ampliar seus conhecimentos por meio de novas 
aprendizagens.
Estudar os princípios que regem o comportamento de um líder e relacionar 
isto de forma direta com a equipe em que ele se encontra inserido é o objetivo 
principal deste caderno.
Gostaríamos de ressaltar que você sempre deve levar em consideração que 
o próprio conceito de liderança é um conceito relacional. Isto significa que um 
líder nunca exerce liderança sozinho. Ele é líder em um determinado contexto e 
assume esse papel dentro de uma determinada equipe, para atingir objetivos que 
gerem benefícios para todos os envolvidos.
Há uma característica fundamental que permeia todas as ideias contempladas 
neste caderno: um líder é um indivíduo que possui a habilidade de influenciar 
pessoas para o alcance de objetivos. Esta definição enfatiza que a liderança é um 
fenômeno relacional, focado em pessoas, e não em atividades de folhear papéis 
ou apenas resolver problemas (DAFT, 1994).
Para que estes objetivos sejam alcançados, cabe a você administrar sua 
aprendizagem e o tempo para seus estudos.
No início deste trabalho conjunto, gostaríamos de ressaltar a importância dos 
temas centrais que iremos estudar. No capítulo 1, trataremos do tema liderança, 
enfocando o conceito, as principais teorias que buscam explicar este fenômeno 
e suas relações com outro conceito de muita importância que permeia nossas 
relações em grupo, que é o poder.
No capítulo 2, trataremos a diferenciação entre grupos e equipes de trabalho, 
abordando, principalmente, o estágio de desenvolvimento dos grupos e as 
características das equipes de trabalho eficazes.
No capítulo 3, vamos enfatizar as características, uma modalidade de 
trabalho de equipe eficaz, como são consideradas as equipes de alta performance. 
Lembre-se de que as organizações que adotam um modelo de gestão mais 
moderna valorizam o trabalho de equipes de alta performance, em função dos 
resultados e do desenvolvimento pessoal que se obtém a partir das experiências 
advindas dessa maneira de trabalhar. Neste sentido, os resultados são positivos e 
benéficos tanto para a organização como para seus membros.
Não esqueça que sua participação é essencial para o melhor aproveitamento 
deste caderno!
 Esperamos que, a partir da iniciativa de aprofundar seus estudos por meio do 
ingresso em um programa de pós-graduação, você possa aperfeiçoar e atualizar 
seus conhecimentos que, somados às suas práticas e experiências, podem fazer 
a diferença em suas intervenções profissionais. 
Desejamos que o tempo que você vai dedicar a este caderno seja proveitoso 
e que nossas considerações o auxiliem, de maneira oportuna e assertiva, no 
decorrer de sua trajetória profissional. 
Um abraço!
Jeisa e Marcia.
CAPÍTULO 1
LiderAnçA
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 Conceituar liderança.
 Identificar as principais teorias e abordagens que auxiliam na compreensão do 
fenômeno da Liderança.
 Caracterizar os estilos de liderança organizacional e avaliar quais os mais 
eficazes.
 Avaliar as concepções de poder e sua influência nas organizações.
 Identificar as dimensões da confiança e avaliar a relação com o fenômeno da 
liderança.
 Diferenciar poder e autoridade.
10
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
11
Liderança Capítulo 1 
ConTexTuALizAção
Neste caderno iremos tratar de um assunto com que você provavelmente já 
teve contato, a liderança. Imaginamos que você é ou já foi um líder em alguma 
empresa, ou você é ou já foi um liderado. Enfim, este tema é extremamente 
importante ao discutir o cotidiano das empresas e, por este motivo, é sempre 
muito interessante podermos nos lembrar das nossas aprendizagens prévias, 
tenham elas sido vivenciadas por nós ou apenas observadas, para que possamos 
tirar o máximo de proveito do nosso caderno de estudos.
Outro tema que será trabalhado também poderá ser ilustrado com as suas 
próprias experiências. Estamos falando da dinâmica dos grupos e equipes. Desde 
nosso nascimento já estamos, de alguma forma, inseridos em um contexto social 
e isso nos permite ir desenvolvendo, cada vez mais, repertórios comportamentais, 
no sentido de tornar eficiente nosso desempenho nesses grupos e equipes.
Neste primeiro capítulo, discutiremos como o conceito de liderança vem 
evoluindo, levando em consideração as alterações no campo da gestão de 
pessoas. Em seguida, passaremos a discutir as principais teorias e abordagens 
que nos permitirão compreender o fenômeno da liderança. Trataremos, em 
seguida, de alguns dos diferentes estilos de liderança organizacional, buscando 
avaliar quais os estilos de liderança que se têm mostrado mais eficazes nas 
organizações atualmente. 
Na segunda metade deste capítulo, trataremos das diferentes concepções 
de poder que influenciam as tomadas de decisões dos gestores. Ao final do 
capítulo, trabalharemoscom o objetivo de identificar as dimensões da confiança 
e suas inter-relações com o fenômeno liderança. Nesse momento, teremos como 
objetivo avaliar a influência que este fenômeno tem sobre o desempenho do líder. 
Você deverá refletir conosco e avaliar como esses fenômenos influenciam cada 
vez mais as rotinas organizacionais, e a vida de todos os sujeitos na organização.
 Temos como premissa básica que, para aprender, é preciso que o aluno 
seja ativo no processo de construção; por isso, você deverá conversar com 
pessoas, realizar pesquisas em empresas, buscar artigos e livros em acervos 
bibliográficos ou internet, considerar as suas experiências prévias como líder 
ou como subordinado, para que, no final deste capítulo, você tenha uma ideia 
bem clara e crítica a respeito de como a liderança influencia as relações nas 
organizações.
12
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
ConCeiTo de LiderAnçA
Atividade de Estudos: 
1) Para dar início à nossa reflexão, é importante que você defina 
o que, na sua visão, significa liderança. Sua concepção inicial é 
de suma importância para iniciarmos os estudos, pois este é um 
conceito chave deste caderno de estudo.
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Há uma enorme diversidade de abordagens a respeito da 
liderança, o que nos antecipa a ideia de que o assunto é complexo 
e continua evoluindo, indicando que temos muito conhecimento 
acumulado sobre o fenômeno, bem como muito a produzir e a 
conhecer ainda. Observemos, a seguir, organizadas de forma 
cronológica, algumas conceituações de liderança:
• Pode ser considerada como um processo (ato) de influenciar 
as atividades de um grupo organizado em seus esforços no 
estabelecimento e execução de metas (STOGDILL, 1974).
 
• É uma função das atividades existentes em uma determinada 
situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e um grupo. 
O conceito é então funcional, existindo quando um líder é percebido 
por um grupo como possuidor ou controlador dos meios para satisfazer suas 
necessidades (KNICKERBACKER, 1977).
 
• É uma tentativa, no âmbito da esfera interpessoal, dirigida por um processo 
de comunicação, para a consecução de alguma meta ou de algumas metas 
(FLEISHMAN, 1973).
 
• É o processo de dirigir o comportamento das pessoas rumo ao alcance de 
alguns objetivos. Dirigir, nesse caso, significa levar as pessoas a agir de certa 
maneira ou a seguir um curso de ação em particular (CERTO, 1994).
 
Há uma enorme 
diversidade de 
abordagens a 
respeito da liderança, 
o que nos antecipa 
a ideia de que o 
assunto é complexo 
e continua evoluindo, 
indicando que temos 
muito conhecimento 
acumulado sobre 
o fenômeno, 
bem como muito 
a produzir e a 
conhecer ainda.
13
Liderança Capítulo 1 
• É a habilidade de influenciar pessoas para o alcance de objetivos. Esta 
definição enfatiza que o líder está envolvido com outras pessoas para alcançar 
objetivos, sendo então a liderança recíproca. Liderança é um fenômeno 
focado em pessoas e não em atividades de folhear papéis ou apenas resolver 
problemas. Envolve poder. (DAFT, 1994).
 
• É uma influência interpessoal, exercida em uma dada situação e dirigida 
por meio do processo de comunicação humana, para a consecução de um ou 
mais objetivos específicos. Os elementos que caracterizam a liderança são, 
portanto, quatro: a influência, a situação, o processo de comunicação e os 
objetivos a alcançar (CHIAVENATO, 2000).
 
• Envolve a capacidade de influenciar atitudes, crenças, 
comportamentos e sentimentos de outras pessoas. Mesmo 
quem não é líder pode influenciar outras pessoas, mas os líderes 
exercem uma influência desproporcional; ou seja, o líder tem mais 
influência do que aquele que não é líder (SPECTOR, 2002).
Seria importante agora observarmos as palavras que se 
encontram em negrito em cada definição, pois elas são as palavras-
chave, nas quais podemos perceber a evolução da conceituação da 
liderança. Podemos visualizar as palavras influenciar, relação com 
a função, tentativa, direção, dirigir, influenciar as atitudes, crenças, 
comportamentos e sentimentos. Isso nos demonstra que há uma 
tentativa conceitual de tornar a definição mais completa e, ao mesmo 
tempo, mais específica, ligando o fenômeno a comportamentos 
específicos.
Agora que você já elaborou um conceito inicial com os seus 
conhecimentos a respeito da liderança e acaba de ter contato 
com algumas conceituações deste fenômeno e com suas palavras 
mestras, seria importante comparar a sua conceituação com as 
apresentadas anteriormente, para poder listar ideias coincidentes e 
divergentes a respeito do que você pensa sobre liderança.
Ideias coincidentes Ideias divergentes
1.
2.
3.
1.
2.
3.
Envolve a 
capacidade 
de influenciar 
atitudes, crenças, 
comportamentos 
e sentimentos de 
outras pessoas. 
Mesmo quem não é 
líder pode influenciar 
outras pessoas, mas 
os líderes exercem 
uma influência 
desproporcional; 
ou seja, o líder tem 
mais influência do 
que aquele que não 
é líder (SPECTOR, 
2002).
14
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Podemos observar que conceituar um fenômeno com tantas variáveis e inter-
relações não é realmente algo fácil. Desde o início do século passado alguns 
autores têm se dedicado a definir este conceito e derivar dele algumas práticas e 
implicações.
Vamos iniciar nossa discussão a respeito de uma das mais antigas 
formulações teóricas sobre liderança: a teoria dos traços de personalidade. 
Mas, antes disso, seria importante você observar os conceitos que o mascote Leo 
esclarece. 
Personalidade é o conjunto integrado de características 
individuais, incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos 
e socioculturais de sua formação, conjugando tendências inatas 
e experiências adquiridas no curso da existência da vida de um 
indivíduo. (BASTOS, 1997).
Allport considerava que os traços de personalidade eram as 
predisposições a responder igualmente ou de modo semelhante 
a tipos diferentes de estímulos. Em outras palavras, os traços são 
formas constantes e duradouras de reagir ao nosso ambiente. 
(SCHULTZ, D.; SCHULTZ,S., 2002).
Acima apresentamos uma conceituação de Allport. Você 
conhece o Allport? Gordon Willard Allport (1897-1967) foi um 
psicólogo reconhecido por formular uma teoria da personalidade que 
enfatiza o individual, ao mesmo tempo em que utiliza a abordagem 
do traço para possibilitar uma ciência quantitativa da personalidade. 
Allport tornou o estudo da personalidade uma parte academicamente 
respeitável dentro da psicologia, ao publicar, em 1937, Personality: 
a Psychological Interpretation (A Personalidade: uma interpretação 
psicológica). 
15
Liderança Capítulo 1 
Possivelmente, a mais antiga concepção teórica de liderança 
é aquela que procurava identificar os traços de personalidade que 
diferenciariam o líder do restante dos sujeitos que conviviam com ele; 
esta abordagem foi chamada teoria dos traços. 
Segundo esta primeira tentativa de sistematização das 
características inerentes aos líderes, – a teoria dos traços – o que os 
torna diferentes são traços individuais relacionados à inteligência, à 
assertividade, à coragem, à inovação e à astúcia. 
Atividade de Estudos: 
1) Vamos pesquisar? Sugerimos uma pesquisa bibliográfica, 
cujo objetivo é´ responder à seguinte pergunta: Quais as 
qualidades que esperamos encontrar em um bom líder? 
 Você poderá pesquisar nos livros sugeridosabaixo, que lhe darão 
subsídios para a realização da atividade: 
 CROSBY, Philip B. Liderança: a arte de tornar-se um executivo. 
São Paulo: Makron Books, 1991. 
 GRUPO ABRIL. O Grupo Abril: uma história de liderança. São 
Paulo, 1992. 
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Após alguns estudos e teorizações, a teoria dos traços foi considerada 
limitada em alguns aspectos. Alguns deles seriam:
Possivelmente, 
a mais antiga 
concepção teórica de 
liderança é aquela 
que procurava 
identificar os traços 
de personalidade 
que diferenciariam 
o líder do restante 
dos sujeitos que 
conviviam com ele; 
esta abordagem foi 
chamada teoria dos 
traços.
16
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
• A tentativa de explicar o fenômeno liderança a partir de categorias genéricas e 
que acabaram se mostrando de pouca serventia.
• Não há um traço universal com a capacidade de prever a capacidade de 
liderar.
• Evidêvncias pouco claras quanto à separação de causa e efeito. Os líderes 
seriam mais autoconfiantes ou o sucesso da liderança é que provocaria 
autoconfiança?
• Os traços preveem o surgimento da liderança, mas não conseguem distinguir 
líderes com desempenho bom ou ruim.
• Dificuldade de mensuração dos traços.
• Têm implícita a ideia de que o líder nasce com os traços que caracterizariam 
sua capacidade, já que trata de identificar e não de desenvolver liderança.
Em função de suas limitações, tanto o conceito de traços, como a teoria dos 
traços de personalidade encontram-se superados. Outras teorias surgiram para 
tentar definir liderança e suas implicações de forma mais consistente. Nossa 
próxima seção de estudo é dedicada a outras importantes teorias acerca da 
liderança.
Não podemos esquecer que, embora a teoria dos traços esteja 
superada, ela foi uma importante contribuição na época em que 
surgiu e se estabeleceu. Atualmente, essas ideias ainda são passíveis 
de serem observadas com frequência no cotidiano das pessoas 
(senso comum). Elas também são base para algumas teorias da 
administração que não acompanharam o desenvolvimento histórico 
da psicologia.
Podemos refletir a respeito de algumas pessoas que se tornaram 
reconhecidamente bons líderes em sua época. Vejamos alguns 
exemplos: Jesus Cristo; Átila, o Huno; Napoleão; Getúlio Vargas; 
entre outros. Mas, afinal, por que estas pessoas se tornaram líderes 
em sua época e ainda hoje são conhecidas pela maioria de nós? São 
reconhecidos devido às qualidades pessoais que os tornaram 
diferentes de qualquer outra pessoa em sua época. 
Na figura, a seguir, observe de forma resumida algumas 
características que são passíveis de serem reconhecidas atualmente 
nos bons líderes. Lembremos que o comportamento de um líder é 
construído por uma série de atitudes. O bom líder tem facilidade de 
Podemos refletir 
a respeito de 
algumas pessoas 
que se tornaram 
reconhecidamente 
bons líderes em 
sua época. Vejamos 
alguns exemplos: 
Jesus Cristo; Átila, 
o Huno; Napoleão; 
Getúlio Vargas; 
entre outros. Mas, 
afinal, por que 
estas pessoas se 
tornaram líderes em 
sua época e ainda 
hoje são conhecidas 
pela maioria de nós? 
São reconhecidos 
devido às qualidades 
pessoais que os 
tornaram diferentes 
de qualquer outra 
pessoa em sua 
época.
17
Liderança Capítulo 1 
comunicação e de relacionamento com colegas de todos os níveis, sabe identificar 
e reconhecer as conquistas alheias e é capaz de aprender com os erros e sempre 
pauta sua conduta pela colaboração e não pela competição.
Figura 1 - Condutas apresentadas pelos bons líderes
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 340-341).
TeoriAS dA LiderAnçA
No tópico anterior, trabalhamos com os diversos conceitos do termo liderança, 
e concluimos que sua significação foi se alterando historicamente e que há várias 
formas de conceituar o termo. Estas conclusões nos remetem à importância 
do presente tópico. Nesta seção, vamos continuar refletindo a respeito das 
diferentes teorias que buscam explicar o fenômeno da liderança; porém de forma 
mais abrangente do que era possível apenas por meio da teoria dos traços de 
personalidade, apresentada na seção anterior.
Para darmos continuidade ao nosso estudo, passaremos agora a enfocar 
outras teorias que buscaram compreender o fenômeno da liderança. Obviamente, 
não esgotaremos aqui a diversidade de abordagens teóricas que buscam explicar 
este fenômeno. Nosso objetivo será examinar apenas algumas das principais 
teorias.
Reconhecimento
das conquistas
e não do status
18
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
a) Teoria da Contingência de Fiedler
Para conhecer esta teoria, contamos com o auxílio de Chiavenato 
(2004). A Teoria da Contingência de Fiedler leva este nome já que 
Fred Fiedler elaborou um modelo para contingência, no qual ele 
afirma que o estilo de liderança vai ser determinado pela situação na 
qual o líder está trabalhando. Ele acredita que os líderes utilizarão 
basicamente um dos dois estilos ao liderar: estarão motivados pela 
tarefa ou motivados pelo relacionamento.
Fiedler utilizou um interessante instrumento para medir o estilo 
do líder – a escala do colega menos preferido. O modo como o líder 
descreve o colega menos preferido é a fonte para descobrir se ele 
é motivado principalmente pela tarefa ou pelo relacionamento. Esta 
escala tem como lógica que, quando as pessoas descrevem seu 
colega menos preferido, usarão termos positivos se forem voltadas 
para o relacionamento e, se descreverem o colega com termos 
negativos, é que estão voltadas para a tarefa. 
As medidas do controle situacional são baseadas em três fatores:
• Relações líder - membro > apoio e aceitação que os membros 
do grupo têm para com seu líder.
• Estrutura da tarefa > percepção que o líder tem daquilo que ele deve fazer 
com detalhes e precisão.
• Posição de poder > forma com que a organização provê ao líder autoridade 
e meios para punir e recompensar os membros do grupo.
Atividades de Estudos: 
1) Procure agora listar quais seriam as características pessoais que 
você espera encontrar num líder motivado pelo relacionamento e 
num líder motivado pela tarefa.
Motivado pelo relacionamento Motivado pela tarefa
1.
2.
3.
4.
1.
2.
3.
4.
A Teoria da 
Contingência de 
Fiedler leva este 
nome já que Fred 
Fiedler elaborou 
um modelo para 
contingência, no 
qual ele afirma que 
o estilo de liderança 
vai ser determinado 
pela situação na 
qual o líder está 
trabalhando. Ele 
acredita que os 
líderes utilizarão 
basicamente um 
dos dois estilos 
ao liderar: estarão 
motivados 
pela tarefa ou 
motivados pelo 
relacionamento.
19
Liderança Capítulo 1 
2) Agora observe, no quadro a seguir, o resumo das características 
pessoais abordadas na teoria da contingência de Fiedler e 
compare com as descrições que você enumerou nos quadros 
anteriores. 
Motivado pelo relacionamento Motivado pela tarefa
1. Menos diretivos.
2. Mais sociais.
3. Sente-se mais satisfeito quando as re-
lações do grupo são harmoniosas.
4. Incentivam o estabelecimento de um 
clima emocionalmente positivo no grupo.
1. Incentivam o sucesso do grupo.
2. Maisautoritários.
3. Mais diretivos.
4. Sentem-se mais satisfeitos na rea-
lização da tarefa do que na forma de 
relacionamento no grupo.
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 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
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Vamos revisar alguns conceitos importantes que vão esclarecer mais um 
pouco as ideias pertinentes a esta teoria? Observe as indicações do Mascote.
Intensidade do controle situacional: relaciona-se ao grau 
de controle que o líder tem do ambiente de trabalho no qual está 
inserido. 
Vamos exemplificar: um diretor de uma empresa, que 
necessite realizar a fusão de dois departamentos em função de 
uma necessidade de redução de custos, deverá ter um alto controle 
situacional, para que as mudanças sejam implementadas da forma 
mais tranquila possível. Levando em consideração que as mudanças 
são, na maioria das vezes, geradoras de estresse nas organizações, 
se o líder não for detentor de um alto grau de controle, a chance de 
desmotivação dos subordinados poderá ser grande.
Agora que você já esclareceu mais algumas conceituações, observe o quadro 
a seguir, no qual resumimos as descobertas da teoria da contingência de Fiedler:
20
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Quadro 1 - Intensidade do controle situacional
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 351-352).
No sentido de dar um fechamento às ideias discutidas até 
agora, procure responder as questões a seguir. Sugerimos que você 
subsidie suas respostas utilizando suas experiências pessoais e os 
seguintes sites de pesquisa:
http://casesdesucesso.wordpress.com/tag/lideranca
http://www.neuding.com.br/cases/index.shtml
http://alideranca2009.blogspot.com/2009/09/case-siemens.html
Em uma organização, em que situações um líder se orienta mais 
pela tarefa ou mais pelas relações? 
Atividades de Estudos: 
1) Em um mundo cada vez mais competitivo e rápido, estão os 
líderes dando a devida atenção para as relações? 
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21
Liderança Capítulo 1 
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
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2) Será que necessariamente há uma oposição entre se orientar 
para a tarefa e se orientar pelo relacionamento? Não será 
possível cuidar dessas duas dimensões?
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b)Teoria da liderança de House 
Agora, trabalharemos com a abordagem estruturada por Robert 
House. Nesta sistematização, ele procura demonstrar como o líder 
influencia a percepção das metas de trabalho dos seus subordinados, 
suas metas de autodesenvolvimento e os caminhos seguidos para 
atingir tais metas.
A responsabilidade do líder é aumentar a motivação dos 
subordinados para alcançar objetivos individuais e organizacionais.
Levando em consideração sua experiência prévia como líder 
e/ou como subordinado, procure listar quais seriam os passos ou 
caminhos que o líder deveria percorrer para atingir o objetivo destacado 
anteriormente. Neste exercício, solicitamos apenas 3 passos:
Abordagem 
estruturada por 
Robert House. Nesta 
sistematização, 
ele procura 
demonstrar como 
o líder influencia a 
percepção das metas 
de trabalho dos 
seus subordinados, 
suas metas de 
autodesenvolvimento 
e os caminhos 
seguidos para atingir 
tais metas.
22
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
O papel do líder, segundo esta abordagem, está centrado na tarefa de 
mostrar ao subordinado o tipo de comportamento que tem uma probabilidade 
maior de levar à consecução da meta estabelecida. A figura a seguir demonstra 
de forma resumida o papel do líder: 
Figura 2 - Liderança segundo House e Dessler
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 356-357).
House e Dessler (1974 apud CHIAVENATO, 2004) propõem 
quatro tipos específicos de liderança:
• Liderança diretiva: o líder explica o que e como os subordinados 
devem fazer para executar suas tarefas. 
• Exemplificando: neste caso, o líder daria todos os comandos e 
explicações a respeito de que forma ocorreria a fusão de dois departamentos 
da empresa. 
Liderança diretiva: 
o líder explica o 
que e como os 
subordinados devem 
fazer para executar 
suas tarefas. 
Exemplificando: 
neste caso, o 
líder daria todos 
os comandos e 
explicações a 
respeito de que 
forma ocorreria 
a fusão de dois 
departamentos da 
empresa. 
23
Liderança Capítulo 1 
Atividades de Estudos: 
1) Relate suas experiências de trabalho com um líder diretivo (se 
você já as teve):
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
a) Liderança apoiadora: líder focaliza as necessidades dos 
subordinados e seu bem-estar e promove um clima de trabalho 
amigável.
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
• Exemplificando: o líder promoveria um ambiente de bem-estar, 
tendo como foco suas necessidades e, dentro deste contexto, 
implementaria a fusão de dois departamentos da empresa.
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 
Relate suas experiências trabalhando com um líder apoiador (se 
você já as teve):
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
b) Liderança orientada para resultados: o líder enfatiza a definição 
de objetivos claros e desafiadores.
24
 Princípios de Liderançae Gestão de Equipes
• Exemplificando: o líder busca em primeiro lugar a execução da 
tarefa, sendo que todas as suas ações têm como objetivo a fusão 
de dois departamentos.
 Relate suas experiências trabalhando com um líder orientado 
para resultados (se você já as teve):
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
c) Liderança participativa: líder focaliza a consulta aos 
subordinados, pede sugestões e as leva em consideração antes 
de tomar decisões.
 Exemplificando: o líder buscaria nos subordinados a melhor 
forma de fundir dois departamentos e só depois implementaria as 
ações de fusão, levando em consideração suas sugestões.
 Relate suas experiências trabalhando com um líder participativo 
(se você já as teve):
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
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c) Teoria Comportamental – Grade de liderança 
A grade de liderança foi desenvolvida por Blake e Mouton 
para medir a preocupação que o líder tem com as pessoas e com 
a produção. Os resultados foram organizados numa grade de nove 
posições. Trata-se de um modelo baseado em cinco estilos de 
liderança colocados em uma grade com eixos vertical (preocupação 
com as pessoas) e horizontal (preocupação com a produção). Cada 
eixo tem uma escala de nove pontos, onde 1 corresponde a uma 
baixa preocupação e 9 corresponde a uma elevada preocupação. 
(DUBRIN, 2003). Confira o modelo a seguir:
Grade de Liderança: 
modelo baseado 
em cinco estilos de 
liderança colocados 
em uma grade 
com eixos vertical 
(preocupação com as 
pessoas) e horizontal 
(preocupação com a 
produção). Cada eixo 
tem uma escala de 
nove pontos, onde 1 
corresponde a uma 
baixa preocupação 
e 9 corresponde 
a uma elevada 
preocupação. 
(DUBRIN, 2003).
25
Liderança Capítulo 1 
Figura 3 - Grade de Liderança
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 349).
Para você entender a figura 3: à esquerda, percebemos pouca 
preocupação com as pessoas; já no lado direito, a preocupação 
aumenta progressivamente.
Vejamos agora com maior detalhamento cada uma das classificações 
adotadas na figura 3 e de que forma elas são observadas no comportamento dos 
líderes.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
BAIXA ------------------------------- Preocupação com a Produção --------------------------ALTA
26
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Figura 4 – Clube de campo
Clube de Campo
O líder dá atenção às necessidades das pessoas para alcançar 
relações que assegurem uma atmosfera confortável e amigável.
Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.aspx?
qu=meio+do+caminho&sc=20>. Acesso em: 16 set. 2009.
Figura 5 – Gestão Pobre
Gestão pobre
O líder apresenta exercício de um mínimo de esforço para fazer o 
trabalho e manter-se como membro da organização.
Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.
aspx?qu=meio+do+caminho&sc=20>. Acesso em: 16 set. 2009.
Figura 6 – Autoridade submissão
Autoridade submissão
A eficiência nas operações depende das condições do trabalho, de 
maneira que as pessoas interfiram pouco. 
Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.
aspx?qu=meio+do+caminho&sc=20 >. Acesso em: 16 set. 2009.
Figura 7 – Gestão de equipes. 
Gestão de equipes
O cumprimento do trabalho decorre de pessoas comprometidas 
- interdependência por meio de um senso dos propósitos organiza-
cionais que levam a relações de confiança e respeito.
 Fonte: Disponível em: <http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/results.
aspx?qu=meio+do+caminho&sc=20>. Acesso em: 16 set. 2009.
27
Liderança Capítulo 1 
Até agora estudamos a respeito dos diversos conceitos de liderança, bem 
como as diferentes teorias que buscam explicar como os lideres se comportam. 
Para aprofundarmos um pouco mais nossos estudos, gostaríamos que você 
realizasse a tarefa a seguir. Com certeza você irá aprender muito! 
Atividade de Estudos: 
1) Sua tarefa será realizar uma pesquisa, seja ela bibliográfica 
ou de campo, na qual você deverá relacionar os principais 
comportamentos apresentados por estes principais tipos de 
gestor:
Gestor de Clube de 
Campo
Gestor com 
gestão pobre
Gestor de 
equipes
Gestor com
 gestão
 autoridade-
submissão
1.
2.
3.
1.
2.
3.
1.
2.
3.
1.
2.
3.
eSTiLoS de LiderAnçA
Afinal, o que são estilos comportamentais de liderança? 
Bergamini (1982) esclarece que o “estilo” de cada líder diz respeito 
às marcas individuais que caracterizam a sua identidade. Sendo que 
essas características não estão presentes apenas em determinado 
momento, mas apresentam uma continuidade através dos tempos e 
ao longo da vida do indivíduo. O estilo caracteriza o tipo de decisão 
que cada um toma, suas formas particulares de enfrentar problemas 
do dia a dia ou enfoques dos quais se serve para manutenção de 
relações interpessoais.
28
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Um líder de equipe sempre tende a se tornar um modelo, a 
pessoa que “dá o tom” ao grupo. Procure a todo tempo ser um exemplo 
para os demais, ensinando e estimulando condutas positivas. Cabe 
ao líder criar um ambiente adequado para que a equipe alcance 
o sucesso. Pesquisas revelam que há dez qualidades que são 
as mais admiradas nos líderes. Elas se relacionam menos com a 
correção das decisões e mais com a integridade e determinação de 
comportamento. São elas:
Figura 8 - O líder de equipe
Fonte: Elaborado pelas autoras (2009).
Após observarmos quais são as qualidades mais admiradas nos líderes, 
passaremos agora à apresentação de alguns estilos de liderança, que compõem 
o conjunto de comportamentos dos líderes.
Carisma é, segundo House (1971, p.189-207):
• Faculdade excepcional de uma pessoa e que a diferencia 
das demais. O carisma decorre de certas características 
individuais marcantes e um certo magnetismo pessoal que 
influenciam fortemente as pessoas.
• Habilidade em lidar com os outros baseada no charme, 
Um líder de equipe 
sempre tende a se 
tornar um modelo, 
a pessoa que “dá 
o tom“ ao grupo. 
Procure a todo 
tempo ser um 
exemplo para os 
demais, ensinando 
e estimulando 
condutas positivas. 
Cabe ao líder 
criar um ambiente 
adequado para que 
a equipe alcance o 
sucesso. Pesquisas 
revelam que há dez 
qualidades que são 
as mais admiradas 
nos líderes. Elas se 
relacionam menos 
com a correção das 
decisões e mais 
com a integridade 
e determinação de 
comportamento.
29
Liderança Capítulo 1 
magnetismo, inspiração e emoção.
Atividade de Estudos: 
1) Você já havia estudado a respeito dos traços de personalidade e 
agora detém conhecimento sobre estilos de liderança. Sua tarefa 
é, então, estabelecer uma relação entre a concepção dos estilos 
de liderança e dos traços de personalidade.
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a) Líder carismático
A liderança carismática está relacionadacom a força das habilidades 
pessoais que permitem um profundo e extraordinário efeito sobre os seguidores. 
Líderes carismáticos mudaram a face do mundo, como Moisés, Jesus Cristo, 
Gandhi, Napoleão, Getúlio Vargas, John Kennedy, entre outros.
Mas como se comportam os seguidores dos líderes carismáticos? Os seus 
seguidores se identificam com o líder e com sua missão, exibem extrema lealdade 
e confiança em seu líder, imitam seus valores e seu comportamento e têm uma 
enorme estima por ele. Podemos citar, mais recentemente, alguns líderes do ramo 
dos negócios que se tornaram novos líderes carismáticos, entre eles: Bill Gates e 
Jack Welch. 
Se você quiser conhecer um pouco mais sobre as principais 
características da liderança de Jack Welch, presidente da GM, 
consulte a obra Jack Welch – Os Segredos da liderança. Veja a 
referência completa desta obra: SLATER, Robert. Jack Welch – Os 
Segredos da liderança. São Paulo: Campus, 2004.
30
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Com o objetivo de tornar mais claros os conceitos apresentados 
a respeito da liderança carismática, sugerimos que você leia o artigo: 
O papel do líder carismático em um contexto político-religioso. 
O texto está disponível no material de apoio e no endereço a seguir: 
http://www.csonline.ufjf.br/artigos/arquivos/edicao2/artigos/cso2_
edson.pdf
Boa leitura e aproveite o relato do caso !
b) Líder transacional e transformacional
O líder transformacional é aquele que auxilia as organizações e 
as pessoas a fazerem mudanças positivas no modo como conduzem 
suas atividades. A liderança transformacional está intimamente ligada 
à liderança estratégica, que provê direção e inspiração aos membros 
da organização. A ênfase dada à liderança transformacional está 
no impulso, nas mudanças positivas. Um dos principais fatores que 
contribuem para reforçar este estilo de liderança é o carisma.
O líder transformacional exerce um nível de influência mais alto 
do que um líder transacional, porque motiva as pessoas a fazerem 
mais do que é esperado. Esse estilo de liderança é hoje considerado 
a chave para revitalizar grandes organizações. Podemos elencar seis 
transformações comuns de se observar neste estilo de liderança. 
O líder transformacional age, segundo Spector (2002, p.346-347), 
dentro dos seguintes preceitos:
O líder 
transformacional 
exerce um nível de 
influência mais alto 
do que um líder 
transacional, porque 
motiva as pessoas a 
fazerem mais do que 
é esperado. Esse 
estilo de liderança 
é hoje considerado 
a chave para 
revitalizar grandes 
organizações. 
Podemos elencar 
seis transformações 
comuns de se 
observar neste estilo 
de liderança.
31
Liderança Capítulo 1 
 Com o objetivo de tornar mais claros os conceitos apresentados 
a respeito da liderança transformacional, sugerimos que você leia 
o trabalho: Liderança transformacional: uma análise do cargo de 
coordenador em uma instituição de ensino superior. Boa leitura e 
aproveite o relato!! O texto está disponível no material de apoio e no 
endereço a seguir:
http://www.cefint.com.br/publicacoes/artigos/artigo2.pdf
Uma preocupação a respeito da liderança transformacional é que às vezes 
ela não é necessária. O líder transformacional poderia tentar fazer grandes 
mudanças em um sistema que precisa apenas de pequenas modificações.
 A liderança transacional envolve apenas uma relação de intercâmbio 
entre líderes e seguidores.
 A seguir, você poderá observar as características principais que distinguem 
um líder transacional e um líder transformacional, conforme Chiavenato (2004, 
p.361). 
32
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Atividade de Estudos: 
1) Com o objetivo de aprofundar nosso estudo a respeito dos estilos 
de liderança, vamos propor agora que você faça uma atividade, 
primeiro de pesquisa bibliográfica, a partir do que estudamos 
neste caderno, e, em seguida, de campo. Saia de sua casa e vá 
a uma empresa (você poderá fazer a pesquisa na empresa na 
qual você trabalha; caso não trabalhe, agende a visita em uma 
organização) e busque identificar os estilos de liderança utilizados 
pelos gestores. Seja ousado no sentido de se aprofundar nas 
formas de agir do líder para, em seguida, ter clareza a respeito de 
que forma (com que estilo) ele lidera seus subordinados.
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LiderAnçA e Poder nAS orGAnizAçõeS
São muitas as concepções sobre o poder encontradas na literatura. O 
nosso desafio será conhecer como esse fenômeno interfere nas Organizações 
e de que forma, enquanto profissionais, poderemos utilizar o poder como um 
fenômeno mobilizador das instituições. Sem dúvida, esse é um fenômeno com 
muitas possibilidades de caracterização e definição, que foi estudado a partir 
33
Liderança Capítulo 1 
de diferentes perspectivas. Autores da sociologia, psicologia, ciência política, 
antropologia, filosofia, dentre outras áreas de conhecimento, contribuíram e 
mostraram a importância desse fenômeno em nossas vidas. Além disso, é 
importante lembrar, desde já, outro conceito já estudado nesse caderno, que é o 
conceito de liderança sob diferentes perspectivas. Fique atento para o fato de que 
liderar sempre implica uma relação de poder. 
Paz, Martins e Neiva (2004) enfatizam que o fenômeno poder 
possui diversas caracterizações e perspectivas que dificultam sua 
observação, sua discussão, investigação e até mesmo seu ensino. É 
importante reconhecer que são várias as concepções que contemplam 
a dimensão negativa do poder. Há estudos, por exemplo, vindos de 
uma perspectiva comportamental, que descrevem a imposição da 
vontade de uns perante a vontade de outros indivíduos, mesmo que 
esses outros sejam contrariados. 
Ainda existem os estudos que ressaltam o desejo de poder 
como próprio da natureza humana. De acordo com Paz, Martins e 
Neiva(2004), a visão negativa do poder aplicada às relações de produção, como 
dominação de uma classe social sobre a outra, torna possível o desenvolvimento 
de apropriação de forças produtivas. Sendo assim, é possível perceber que o 
poder assim compreendido é visto como forma de manutenção e reprodução 
das relações econômicas, que constituem relações desiguais de exploração do 
trabalho pelo capital.
Estes autores destacam que, nas organizações, os indivíduos sempre têm 
algum poder, alguma capacidade de influenciar. Destacam ainda que a quantidade 
de poder que qualquer pessoa possui pode influenciar de diferentes maneiras, 
à medida que o ambiente no qual é exercido esse poder muda seus membros. 
Avaliar o fenômeno do poder como positivo ou negativo é considerar que essas 
qualidades denotam os fins para os quais o poder pode ser utilizado dentro das 
organizações. 
Com o auxílio de Chiavenato (2004) podemos compreender os principais 
marcos teóricos em relação ao fenômeno do poder:
Paz, Martins e Neiva 
(2004) enfatizam que 
o fenômeno poder 
possui diversas 
caracterizações 
e perspectivas 
que dificultam 
sua observação, 
sua discussão, 
investigação e até 
mesmo seu ensino.
34
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Hobbes, Locke, Hume, Marx, Dahl, Bachrach, Baratz
Concebem o poder como fenômeno causal, um fenômeno em que um ganha e o outro perde. 
As fontes de recursos se constituem em espaços de luta pelo poder. Há a inclinação do ser 
humano por mais poder, que só cessa com a morte. O poder é entendido como algo empre-
gado para obter uma aparente vantagem futura. O estado natural é o estado de guerra de 
todos contra todos.
Foucault
Analisa o fenômeno de um ponto de vista mais positivo. Esse autor destaca que o que faz o 
poder ser aceito e mantidoé o fato de ele não pesar como uma força que diz não, mas o poder 
permeia relações, produz coisas, induz ao prazer, forma saber e produz discurso. O poder é 
considerado uma rede produtiva que afeta todo o corpo social muito mais do que uma 
instância negativa que tem como função reprimir. O poder constrói práticas sociais. Há 
sempre uma possibilidade de resistência a uma relação de poder. O poder só existe em ação e 
não é tão somente manutenção nem reprodução das relações econômicas.
Weber, Russel
Relacionam o conceito de poder à noção de intencionalidade. São considerados os teóricos 
mais genéricos do poder. No âmbito das organizações do trabalho, mostram análises em que 
as organizações se prestam à descrição do exercício da dominação social que ocorre nas 
instituições, que compõem os meios de produção, geradoras de capital, onde os trabalhadores 
vendem sua força de trabalho, ou são consideradas para investigar o discurso do poder, que 
legitima práticas sociais como as que ocorrem nos presídios e instituições psiquiátricas. As 
organizações são vistas como ambientes permeados por relações de poder entre indiví-
duos e grupos.
Atividade de Estudos: 
1) Agora, a partir das concepções sobre poder estudadas até 
aqui, você deve escolher uma delas e descrever, nas linhas a 
seguir, que outras descobertas você consegue realizar a partir 
de pesquisas em outras fontes. Dessa forma, você poderá 
aprofundar o estudo de aspectos do poder que influenciam nossa 
realidade social. 
 Para ajudá-lo na atividade, selecionamos alguns sites que podem 
ser úteis: http://www.webartigos.com/articles/6107/1/conceitos-
35
Liderança Capítulo 1 
de-poder/pagina1.html e http://oquestamosafazer.blog spot.
com/2007/12/ainda-o-conceito-de-poder-em-arendt.html.
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Novamente, ao realizar essa atividade, você deve ter 
encontrado novas concepções sobre o poder. Perceba que o poder 
gera transformações na vida das pessoas e, em especial, nas 
organizações. Mas, afinal, o que significa poder? Nós já estudamos 
que o fenômeno do poder é de difícil conceituação e que diversos 
estudiosos compreendem esse constructo a partir de diferentes 
perspectivas. Araújo (2009) avalia que a resposta a essa pergunta 
é complexa, levando em consideração tanto o número de conceitos 
clássicos quanto o número de atualizações desses conceitos. O autor destaca 
que os conceitos são extremamente vastos, dificultando uma compreensão única 
e adequada a respeito do assunto.
 Perissinotto (2004 apud ARAÚJO, 2009) relata que algumas definições de 
poder são rigorosas do ponto de vista metodológico, o que viabiliza a mensuração 
desse fenômeno. No entanto, o autor destaca que essas definições são artificiais. 
Outras, ao contrário, sugerem uma definição mais abrangente, mas, são maiores 
as dificuldades para operacionalizá-las.
 Novamente, isso nos mostra a diversidade de opiniões e pontos de vista 
sobre o assunto que estamos estudando, o que permite, inclusive, interpretações 
divergentes.
 Drummond (2003 apud ARAÚJO, 2009) apresenta duas formas de 
compreender o poder: uma se refere ao poder sobre, que tem a mesma linha 
de raciocínio de Maquiavel (1996), ou seja, enfatizando interesses próprios e 
ações enérgicas. A outra forma consiste em ter poder para fazer algo, ou seja, 
capacidade que as pessoas possuem para fazerem algo diferenciado. Araújo 
(2009) aponta que é importante entender que alguns estudiosos definem o 
poder segundo a capacidade de influenciar alguém, focando mais os aspectos 
O fenômeno do 
poder é de difícil 
conceituação [...]
diversos estudiosos 
compreendem 
esse constructo a 
partir de diferentes 
perspectivas.
36
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
de relação pessoal, enquanto que outros autores dão maior ênfase ao poder 
para fazer, que faz referência ao status quo, tão valorizado e alimentado pela 
sociedade.
Morgan (1996) mostra que a sua compreensão em relação ao 
poder revela uma verdadeira demonstração de status. Esse autor 
acredita que o poder é o meio pelo qual os indivíduos resolvem seus 
conflitos de interesses. 
Não podemos ainda deixar de destacar a forte influência e 
relação existente entre liderança e poder. Para alguns estudiosos, 
inclusive, liderança é poder. Araújo (2009) chama a atenção para o 
fato de que o inverso não é verdade, ou seja, poder não é sinônimo de liderança, 
já que o indivíduo não escolhe ser líder, ele é escolhido. Sendo assim, esse tipo 
de poder surge informalmente. 
 O autor oferece um exemplo que podemos utilizar para refletir: sabemos 
que nem todo chefe é um líder, mas todo líder tem certo poder. Araújo (2009) 
sugere uma visão mais ampla do conceito de poder, focando os aspectos de 
relações pessoais ou mesmo a dimensão estrutural do status quo. O ideal, para 
Araújo (2009, p.324):
[...] é perceber que uma pessoa tem poder segundo o seu 
status, baseando-se na estrutura hierárquica e nas relações 
entre os diferentes níveis (poder legítimo), sendo este poder 
inerente à autoridade e legitimado por meio de regras, ao 
mesmo tempo em que influencia pessoas, independentemente 
de seu lugar na estrutura da organização.
 Galbraith (1999 apud ARAÚJO, 2009) delimita algumas razões pelas 
quais as pessoas querem o poder: 
• Para autopromoção: a pessoa quer o poder para se autopromover; este 
ideal é totalmente contrário à democracia.
• Para disseminar seus valores: pessoais, religiosos e sociais. Envolve 
o poder de persuasão ou a imposição de valores por parte de quem visa o 
poder.
• Para obter apoio à sua visão de mundo: neste caso, o poder não necessita 
ser conquistado e mantido a qualquer custo; ao contrário, a pessoa busca o 
poder para conseguir disseminar o seu modo de enxergar o mundo.
Morgan (1996) 
mostra que a sua 
compreensão 
em relação ao 
poder revela 
uma verdadeira 
demonstração de 
status.
37
Liderança Capítulo 1 
Atividade de Estudos: 
1) Depois de termos conhecido algumas concepções sobre o 
fenômeno do poder, vamos tentar identificar outras situações que 
delimitam ou mostram motivos que levam as pessoas a quererem 
mais poder. Você é capaz de pensar e registrar nas linhas abaixo 
outros motivos?
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 ____________________________________________________
Existem várias formas de entender as fontes de influência e poder. French 
e Raven (1959 apud SPECTOR, 2002) descreveram que a influência ou o poder 
que uma pessoa tem sobre a outra está baseado em cinco fatores que envolvem 
características individuais e condições organizacionais e fazem referência ao 
relacionamento entre líderes e liderados. Nesse sentido, o poder surge como 
interação. 
São cinco as bases de influência e poder interpessoais descritas 
por esses autores e que podem ser utilizadas da seguinte maneira: 
• Experiência: utilizada para fornecer informações.
• Referência:fazer com que os subordinados gostem de você.
• Legitimidade: obter um alto cargo ou escalão.
• Recompensa: dar recompensas pela conformidade.
• Coerção: punir a não conformidade.
 
Depois de realizar essas descobertas sobre as noções de poder e de 
liderança, é possível refletirmos o quanto esses conceitos estão próximos e 
formam, inclusive, uma unidade relacional. Em todo processo de liderar há 
relações de poder envolvidas. Algumas vezes, a própria condição de ser líder 
em alguma área, quando não é bem administrada pelo indivíduo, permite que 
Em todo processo de 
liderar há relações 
de poder envolvidas. 
Algumas vezes, a 
própria condição de 
ser líder em alguma 
área, quando não é 
bem administrada 
pelo indivíduo, 
permite que ele faça 
uso inadequado 
do poder e acabe 
confundindo esse 
conceito com o de 
autoridade.
38
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
ele faça uso inadequado do poder e acabe confundindo esse conceito com o de 
autoridade. 
Outro aspecto a considerar é a noção de que ser líder está relacionado a 
um papel que o indivíduo vai desempenhar dentro de um determinado contexto e 
situação, e em relação a um grupo determinado. Portanto, em diferentes contextos 
e situações esse papel pode ser modificado e o seu poder consequentemente 
diminuído.
Alguns livros como: “A arte da guerra” de Sun Tzu, “48 leis 
do poder”, de Joost Elffers e Robert Greene, e “O Príncipe”, de 
Maquiavel, são exemplos de literaturas que vão ajudá-lo a identificar 
os usos e abusos do poder.
Vamos, agora, iniciar o estudo da confiança, intimamente relacionada à 
liderança 
LiderAnçA e ConfiAnçA
 No decorrer deste caderno, já estudamos e pudemos 
aprender que os líderes são pessoas que estão em evidência 
em diferentes contextos: em algum setor de uma organização, 
supervisionando o trabalho de alguns colaboradores; em salas de aula, 
como professores; administrando as condições de aprendizagem; 
ou em outros locais onde se faz necessária a presença de um líder. 
Nós, agora, já sabemos também que essas pessoas compartilham 
algumas responsabilidades em comum. 
 Uma delas é o fato de terem que administrar e encontrar 
um equilíbrio entre as exigências que precisam fazer aos liderados 
e, em contrapartida, o “modelo” de comportamento que precisam 
oferecer para ganhar credibilidade e confiança dos seus liderados. 
Sendo assim, parece ser fundamental que os líderes sejam pessoas 
de confiança e apresentem alguns comportamentos compatíveis com 
essas exigências. 
Sabemos que a satisfação pessoal dos colaboradores de uma organização, 
por exemplo, está diretamente relacionada à capacidade de influenciar do líder. 
Alguns comportamentos então parecem ser essenciais para que uma pessoa 
possa ser considerada um líder. 
Uma delas é o 
fato de terem 
que administrar 
e encontrar um 
equilíbrio entre as 
exigências que 
precisam fazer 
aos liderados e, 
em contrapartida, 
o “modelo” de 
comportamento 
que precisam 
oferecer para ganhar 
credibilidade e 
confiança dos seus 
liderados. 
39
Liderança Capítulo 1 
Atividade de Estudos: 
1) A seguir, vamos discutir um pouco as características da 
personalidade dos líderes. Realize uma pesquisa bibliográfica e 
anote algumas descobertas feitas em relação à personalidade 
dos líderes. 
 Para fazer esta atividade, sugerimos algumas referências:
- Você pode visitar o site: http://www.efagundes.com/artigos/A_
Personalidade_do_Lider.htm.
- O livro “O Líder 360º graus” de Maxwell, John C e Thomas Nelson 
Brasil, também pode auxiliá-lo a realizar novas descobertas.
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Depois de realizar essa atividade, procure ter em mente o que você acaba de 
descobrir e estabeleça relações com as características descritas no texto a seguir. 
Lembre que estas características podem ser sempre melhoradas e aperfeiçoadas, 
assim como qualquer outro comportamento de uma pessoa. 
Seria oportuno que os líderes, de uma maneira geral, apresentassem alguns 
comportamentos indicados por Mirshawka (2006):
a) Os líderes têm estima pelas pessoas: sabem valorizar as pessoas não 
apenas pelo que elas são, mas principalmente pelo que são capazes de fazer.
b) Os líderes procuram ter uma brilhante comunicação interpessoal: 
eles conseguem convencer com confiança. Acreditam e sabem comunicar com 
clareza e precisão o que estão dizendo.
c) São mestres no gerenciamento do tempo: sabem estabelecer 
prioridades, não usam da autoridade para impor algo aos demais. Usam bem o 
40
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
seu tempo, sem desperdícios de situações. Mirshawka (2006) destaca que os 
líderes sabem muito bem como proceder diante de algumas situações: “fazer isso 
é vital agora”; “estamos diante de uma condição crítica”; “precisamos terminar 
tudo isso hoje”; “isso é nossa prioridade máxima”; “é urgente providenciarmos 
tudo agora” e outras situações que exigem tomadas de decisão. Esse mesmo 
autor destaca que os líderes procuram executar coisas que possam alterar de 
forma positiva o futuro.
d) Os líderes buscam executar suas ações com perfeição: buscam 
aperfeiçoar sua performance por meio de treinamentos, estudos constantes, que 
mudem seus comportamentos de maneira a obterem maior satisfação pessoal e 
resultados.
e) Os líderes apoiam o surgimento de “novos campeões”: valorizam sua 
equipe de trabalho e querem indivíduos autônomos, hábeis, que fortaleçam seu 
trabalho.
f) Os líderes sabem ditar o ritmo: para impor os limites necessários, 
os líderes fazem uso dos 3Ds: determinação, disciplina e desejo. O líder deve 
apresentar também carisma, que é uma qualidade que atrai as pessoas e facilita o 
relacionamento interpessoal.
g) Incutem a integridade e a habilidade de aprender entre todos os 
membros de uma organização: são qualidades essenciais que permitem o 
contínuo desenvolvimento dos indivíduos de um grupo. A integridade é aquela 
qualidade que dá confiança ao líder de que seus auxiliares provavelmente irão 
cumprir objetivos e metas determinadas.
h) Determinação: um líder assume a responsabilidade pelas suas ações e 
não coloca dúvidas ao decidir sobre uma situação ou problema.
i) Conhecimento: sabe utilizar seu capital intelectual para transformar 
seu conhecimento em capacidade de atuar. Promove ações eficazes e não tem 
problemas em buscar ajuda quando necessário.
j) Conhecer o rumo: consegue estabelecer metas e objetivos estratégicos 
para as pessoas e para a organização.
k) Clareza: comunica-se com muita objetividade e clareza, a tal ponto que as 
coisas ditas permanecem lembradas por todos.
l) Carisma: ser compreensivo e apresentar uma postura amigável diante do 
grupo. Mostra, por meio de ações ao grupo, que é uma pessoa agradável e digna 
de estima. 
41
Liderança Capítulo 1 
Esperamos que, com a descrição de todas essas características, você tenha 
conseguido visualizar melhor quais são os comportamentos que devem ser 
apresentados e que facilitam a aprendizagem de se tornar um líder. É a integração 
de todos esses comportamentos que constitui um conjunto equilibrado de ações 
que podem fazer a diferença para um líder.
Atividade de Estudos: 
1) Agora que você já estudou os diferentes conceitos da liderança, 
as diversas abordagens teóricas, as relações entreliderança, 
poder e confiança, gostaríamos que você fizesse uma síntese, 
considerando todas as aprendizagens que você desenvolveu até 
aqui, por meio do estudo deste caderno, da literatura consultada, 
das atividades realizadas e outros. Não se esqueça de considerar 
que você já é um profissional, que possui experiências. Sendo 
assim, utilize-as para melhor desempenhar sua tarefa.
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 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
ALGumAS ConSiderAçõeS
Caro aluno, nesta primeira etapa do nosso caderno de estudos, conceituamos 
liderança e poder e percebemos juntos que não há uma forma única de 
compreender este fenômeno que permeia as relações humanas e que está tão 
presente dentro das organizações. 
Avançamos mais um pouco e identificamos as principais abordagens teóricas 
que buscam compreender estes fenômenos. Concluímos juntos, mais uma 
vez, que já houve e há diversas tentativas de buscar uma compreensão mais 
completa da liderança e suas relações com o poder. Seguimos aprofundando 
nossas reflexões e ações e finalmente nos envolvemos em caracterizar e avaliar 
os estilos de liderança organizacional mais utilizados atualmente, e que se têm 
mostrado mais eficazes para os líderes desenvolverem melhor suas competências 
no ambiente de trabalho. Esperamos terem sido proveitosas as descobertas 
realizadas. Continuaremos investigando e descobrindo novos conhecimentos 
acerca de grupos e equipes de trabalho nas organizações, no próximo capítulo.
referênCiAS 
ARAÚJO, L.C. G. de. Gestão de pessoas: estratégias e integração 
organizacional. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
BASTOS, A. V. B. Comprometimento no trabalho: os caminhos da pesquisa 
e os desafios teórico-metodológicos. In: TAMAYO, A.; BORGES-ANDRADE, 
J.E.; CODO, W. (Org.). Trabalho, organizações e cultura. São Paulo: Editores 
Associados, 1997.p. 105-127.
BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas. São 
Paulo: Atlas, 1982.
CERTO, C. S. Modern management: diversity, quality, ethics and the global 
environment. Boston: Allyn & Bacon, 1994.
CHIAVENATO, I. Comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2004.
______. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
DAFT, R. L. Management. Forth Worth: Dryden,1994.
43
Liderança Capítulo 1 
DUBRIN, A. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: 
Pioneira Thomson Learning, 2003.
FLEISHMAN, E. A. Twenty years of communication and structure. In: 
FLEISHMAN, E. A; HUNT, J. G. Current developments in the study of 
leadership. Carbondale: Southern Illinois University, 1973.
HOUSE, R.J.A path-gool theory of leader effectiveness. Administrative 
Science Quartely, n. 16, 1971.
KNICKERBACKER, I. Liderança: um conceito e algumas implicações. In: 
BALCÃO, Y. F.; CORDEIRO, L. L. O comportamento humano na empresa: 
uma antologia. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. 1977. p. 102 -112.
MAQUIÁVEL, N. O príncipe. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MIRSHAWKA, V. Qualidade com humor. São Paulo: DVS Editora. 2006. 
MORGAN, G. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.
PAZ, M.G.T.; MARTINS, M.C.F.; NEIVA, E.R. O poder nas organizações. 
In: ZANELLI, J.C.; BORGES- ANDRADE, J.E; BASTOS, A.V. Psicologia, 
organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. Teorias da personalidade. São Paulo: 
Cengage Learning, 2002.
SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.
STOGDILL, R. M. Handbook of leadership. Nova York: Free, 1974.
CAPÍTULO 2
CoaChing Como eSTrATéGiA no de-
SenvoLvimenTo de equiPeS
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Reconhecer Equipe de Alta Performance e como o Coaching pode contribuir 
para o desenvolvimento desta equipe. 
 3 Identificar uma equipe de alta performance. 
 3 Apresentar estágios precisos para o desenvolvimento destas equipes.
46
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
47
Grupos e equipes de Trabalho nas orGanizações Capítulo 2 
ConTexTuALizAção
Já avançamos bastante em nossos estudos a respeito de fenômenos que 
buscam tornar as organizações mais eficazes.
Lembre-se de que no capítulo 1 estudamos a respeito dos conceitos e teorias 
da liderança. Nesse capítulo foi possível perceber que o líder está sempre inserido 
em um contexto grupal, exercendo poder de alguma forma. Tratamos também das 
relações de poder a que sujeitamos os outros e a que estamos sujeitos em todos 
os momentos dentro dos grupos de trabalho. 
A partir de agora, vamos iniciar nossa discussão a respeito da formação de 
grupos e equipes de trabalho: um assunto que você terá muito prazer em estudar, 
já que desde muito cedo estamos inseridos em diversos grupos e/ou equipes, o 
que provavelmente facilitará o seu entendimento e proporcionará mais subsídios 
para suas intervenções profissionais. 
Para que o estudo deste tema se torne mais fácil e prático, procure ter 
sempre em mente as suas vivências grupais e as relações interpessoais. Estas 
experiências com certeza favorecerão muito o entendimento dos conceitos e das 
situações apresentadas neste capítulo.
formAção de GruPoS e equiPeS
Atualmente, ouvimos muito falar a respeito dos líderes gerindo 
grupos e equipes de trabalho, tornando o trabalho mais eficaz quando 
é executado em um formato, em detrimento de outro. Levando isso em 
consideração, neste capítulo estudaremos as conceituações de grupos 
e equipes, seu processo de formação, para, no final, discutirmos as 
características das equipes eficazes.
a) Conceituações sobre grupos 
As empresas estão alterando sua estrutura de funcionamento, 
de uma empresa mais tradicional, baseada em setores e subsetores 
que trabalham de forma praticamente isolada, para um formato mais 
integrado, de equipes coesas e de alto desempenho. Podemos agora 
nos perguntar: por que as empresas estão alterando sua forma de 
funcionamento que deu bons resultados por tantos anos?
As empresas 
estão alterando 
sua estrutura de 
funcionamento, 
de uma empresa 
mais tradicional, 
baseada em setores 
e subsetores que 
trabalham de forma 
praticamente isolada, 
para um formato 
mais integrado, de 
equipes coesas e de 
alto desempenho.
A resposta é 
bastante simples: 
O mundo mudou 
e o mundo das 
organizações 
obviamente também. 
48
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
A resposta é bastante simples: o mundo mudou e o mundo das organizações 
obviamente também. Hoje percebemos o mundo dos negócios caracterizado por 
rápida mudança, muitas incertezas, acirrada competitividade, necessidade cada 
vez maior de condições de trabalho flexíveis e adaptáveis a esse contexto em 
constante mutação.
Atividade de Estudos: 
1) Sua tarefa será realizar uma pesquisa de campo, interrogando 
5 colegas que trabalham ou estudam com você. Eles deverão 
responder esta pergunta: afinal, o que é umgrupo? 
 Registre os conceitos obtidos ao longo da pesquisa. Depois 
verifique as similaridades e divergências dos conceitos elaborados 
e elabore o seu. Procure perceber que a conceituação de grupo pode 
ser determinada de várias perspectivas diferentes, dependendo da 
visão de quem a respondeu.
 Registre aqui o seu conceito de grupo.
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 Esperamos que você tenha feito a pesquisa a respeito da conceituação sobre 
grupo. Suas impressões acerca das similaridades e diferenças encontradas serão 
muito proveitosas agora, ao analisarmos algumas definições com as quais alguns 
teóricos nos contemplam sobre o que é um grupo. 
49
Grupos e equipes de Trabalho nas orGanizações Capítulo 2 
Quadro 2 – Definições sobre grupo
Homans (1950, p.1) Grupo é um certo número de pessoas que se comu-
nicam entre si com frequência, durante certo tempo, 
e que estejam em número suficientemente pequeno, 
de modo que cada pessoa possa comunicar-se com 
todas as outras, não de maneira indireta, mas direta-
mente face a face.
 Bass (1960, p.39) Grupo é um conjunto de pessoas cuja existência como 
conjunto seja compensadora para elas.
McDavid e Harari (1968, p.237) Grupo é um sistema organizado de dois ou mais 
indivíduos inter-relacionados, de modo que o sistema 
cumpra alguma função e que haja um conjunto de 
relações de papéis padrão entre os membros e um 
conjunto de normas que regule sua função e a função 
de cada um dos seus membros.
Shaw (1971, p.133) Um grupo é constituído por duas ou mais pessoas que 
interagem entre si, de tal maneira que o comporta-
mento e o desempenho de uma delas são influencia-
dos pelo comportamento e pelo desempenho da outra.
Gibson, Ivancevich e 
Donnelly (1976, p.163)
O grupo existe quando seus membros: 1) estão moti-
vados para nele ingressar e permanecer; 2) percebem 
o grupo como uma unidade integrada de pessoas que 
interagem entre si; 3) contribuem de vários modos 
para os processos grupais (contribuem com tempo e 
energia); 4) concordam e discordam mediante várias 
formas de interação.
Fonte: As autoras.
Ao terminar a leitura do quadro, releia a definição que você elaborou na 
atividade de estudos. Como você pode constatar, não há uma forma única e 
universal de definir grupos. 
As palavras negritadas no texto nos permitem perceber o enfoque que cada 
autor dá a sua conceituação. Constatamos também que o tópico coesão permeia 
todas as conceituações, algumas vezes de forma mais direta e de outras vezes 
mais indireta, tendo em vista que este é um assunto de muita relevância quando 
discutimos a respeito dos grupos e equipes.
50
 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
Mas, afinal, o que é coesão?
Cartwright e Zander (1975) sugerem que um grupo coeso pode 
ser conceituado como aquele cujos membros se propõem a trabalhar 
por um objetivo comum, e em que todos aceitam a responsabilidade 
pelo trabalho coletivo. 
Festinger (1975) define a coesão como o campo total de forças 
que atuam sobre um mesmo grupo para que permaneçam nele. 
Grupo coeso é um grupo de indivíduos que pensam, sentem e atuam 
como uma unidade.
 A equipe como organização coesa não ocorre no início da 
formação do grupo de modo repentino, ela é construída pela vontade 
comum de todos (TUTKO; RICHARDS, 1984).
A coesão é uma das principais características dos grupos, por 
isso este conceito merece tanto destaque. Um líder que atua em um 
grupo coeso terá maior facilidade de programar e executar as ações 
que julgar necessárias. Para tanto, deverá estar sempre atento, a fim 
de implementar comportamentos que busquem o estabelecimento ou 
o fortalecimento da coesão grupal. 
Vamos considerar agora algumas circunstâncias que tornam o 
grupo mais coeso (MINICUCCI, 2001):
• É ameaçado.
• Tem pequeno número de componentes.
• Os membros têm interesses comuns, bem definidos, salários 
equivalentes, além de nível social equilibrado.
• A comunicação entre os membros se realiza com facilidade, sem 
bloqueios e distorções.
• Está isolado de outros grupos.
• O supervisor utiliza recursos de técnicas de grupo em suas atividades.
• Obtém sucesso no trabalho.
A coesão é uma 
das principais 
características dos 
grupos, por isso este 
conceito merece 
tanto destaque. Um 
líder que atua em 
um grupo coeso terá 
maior facilidade de 
programar e executar 
as ações que julgar 
necessárias. Para 
tanto, deverá estar 
sempre atento, a 
fim de implementar 
comportamentos 
que busquem o 
estabelecimento ou 
o fortalecimento da 
coesão grupal.
51
Grupos e equipes de Trabalho nas orGanizações Capítulo 2 
Para aprofundar seus conhecimentos acerca da coesão, 
sugerimos a leitura do artigo Grupo de gestantes: espaço de 
conhecimentos, de trocas e de vínculos entre os participantes. O 
estudo relata a experiência de um grupo de gestantes que vivenciou 
o processo de formação e de coesão grupal. Esperamos que este 
relato lhe auxilie a perceber que este processo pode se configurar 
com formatos muito diversificados. O artigo está disponível no site: 
http://www.fen.ufg.br/revista/revista6_2/gestantes.html
Continuando nossos estudos acerca da coesão, podemos dizer que a coesão 
de um grupo depende de:
• Seu status
• Homogeneidade
• Comunicação
• Isolamento
• Práticas de supervisão
• Ameaças de agressão
• Sucesso
Vamos ao dicionário Michaelis que pode auxiliá-lo a entender 
dois dos conceitos anteriormente enumerados:
“Status é a posição de um indivíduo em um grupo (ou do grupo 
noutro maior de que faça parte), determinada pelas relações com 
todos os outros membros, através de competição consciente.” 
“Homogeneidade é a qualidade de homogêneo. A qualidade 
característica de uma população quando os indivíduos que a compõem 
oferecem marcadas semelhanças biológicas ou culturais.” 
Vamos prosseguir explorando a coesão, mas agora na perspectiva de Kurt 
Lewin, para quem a coesão é uma característica essencial aos grupos.
A coesão de um 
grupo depende de:
• Seu status
• Homogeneidade
• Comunicação
• Isolamento
• Práticas de 
supervisão
• Ameaças de 
agressão
• Sucesso
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 Princípios de Liderança e Gestão de Equipes
O funcionamento dos grupos é um fenômeno da interação social explorado 
há muitos anos por psicólogos sociais, antropólogos, filósofos, educadores, entre 
outros. Kurt Lewin é um importante e pioneiro teórico, que não poderíamos deixar 
de mencionar, já que este desenvolveu muitos trabalhos voltados à dinâmica dos 
pequenos grupos, nas organizações.
Você sabe quem é Kurt Lewin ? 
Kurt Lewin (1890-1947) foi o psicólogo que deixou a herança 
mais importante para o movimento das Ciências do Comportamento. 
Ele orientou e/ou inspirou a maior parte dos pesquisadores, 
dedicados à Administração e à Psicologia Industrial da década de 
1960. Contemporâneo de Gordon Allport, dedicou anos de sua 
vida universitária, de 1939 a 1946, à exploração psicológica dos 
fenômenos de grupo. E estes anos constituem um marco decisivo 
na evolução da psicologia social, de tal modo que, vinte anos após 
sua morte, a pesquisa em psicologia social continua inspirando-se, 
em grande parte, nas suas teorias e descobertas. Por sua modéstia 
intelectual,

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