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NOME: BRUNA BRASIL DO SACRAMENTO E JAQUELINE MARIA PINTO DO NASCIMENTO TURMA: CCJ0262 – 3002. DATA:29/04/2021. DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA TRABALHISTA. PROFESSOR: FÁBIO PORTO. Ao juízo da - - Vara do trabalho de --/ Estado do ... Arya Stark, brasileira, chefe do almoxarifado, portadora da carteira de trabalho e previdência social n°-------- série----, inscrita no CPF n° -----, com endereço na rua----, n. -----, Bairro -----,Cidade-----, Estado----,CEP----, vem, por seu advogado/, infra-assinado e devidamente constituído, mediante instrumento procuratório em anexo, com escritório profissional Rua ---, n°----, Bairro----, Cidade ---, Estado---,CEP…, onde recebe intimações e notificações, ajuizar a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Em face da sociedade empresária Porto Real S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n. estabelecida na Rua---, n°---- Bairro--- Cidade---, Estado----, CEP---, com fundamento no § 1º do art 840 da consolidação das Leis do trabalho , e nos incisos III,V e VI do art . 319 do código de Processo Civil, pelos motivos de fato e razões de direito a seguir aduzidos: CAUSA DE PEDIR: Postulando a descaracterização de demissão com justa causa convertendo a obrigação em indenização devida, pagamento da remuneração ao período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho com relação ao intervalo para repouso e alimentação não concedidos pelo empregador, e dano moral. DOS FATOS: 1- O reclamante foi admitido pela reclamada para exercer a função de chefe do almoxarifado, em dia 01 de abril de 2016, tendo sido demitido em 31 de março de 2021, segundo a reclamada, por justa causa, vez que não estão presentes no caso a alegada desídia, bem como quaisquer dos atos faltosos elencados no art. 482 do Estatuto Consolidado que possibilitariam a despedida motivada. 2- Durante sua jornada de trabalho de 08 horas diárias de segunda-feira a sexta-feira e mais 04 horas de labor aos sábados, da seguinte forma: - A funcionária tinha, em média, 15 a 20 minutos de intervalo por refeição e descanso por dia trabalhado. Não obedecendo a obrigatoriedade da concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e não recebendo a remuneração do período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 3- Ocorre que após a apresentação do atestado médico e a reclamada receber a comunicação de gravidez e tendo ciência da mesma demite a funcionária de forma constrangedora e vexatória a acusando de má- fé diante de testemunhas. 4- Percebia a reclamante, a importância de R$ 3.000,00 (três mil reais), pagos mensalmente pelo reclamado. DO DIREITO: 1 - Como não estão presentes no caso a alegada desídia, bem como quaisquer dos atos faltosos elencados no art. 482 do Estatuto Consolidado que possibilitariam a despedida motivada então, para este caso diz a CLT. Art. 496 que - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. CLT. Art. 497 - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro. 2 – Traz ainda a CLT. Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. O que no caso não acontecia. Ainda neste mesmo artigo em seu parágrafo § 4º diz que - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. E tal remuneração não foi percebida. 3 – Com relação a forma vexatória em que a reclamante foi despedida injustamente traz a CF/88 em seu Art. 5º inciso V que - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; e também o inciso X da mesma que - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Ocorreu que tudo isso foi violado neste caso concreto. Ainda para caracterizar o que ocorreu reforça a CLT. Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação. Ocorreu que a reclamada causou um dano ofendendo a esfera moral e existencial da reclamante sendo ela titular exclusiva de direito a reparação. DOS PEDIDOS: Diante o exposto, requer a vossa excelência o deferimento dos pedidos das alíneas abaixo: a) Seja reconhecida e declarada a descaracterização da despedida por justa causa, a fim de retificá- la para despedida sem justa causa, uma vez que, o vínculo empregatício foi retirado por abuso de poder da empresa. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art223b b) Conforme o art 496 da CLT, é desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, podendo reverter essa obrigação de reintegração em indenização devida. c) De acordo com o artigo 71 da CLT, § 4º, requer que o empregador remunere o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. d) Requer ainda que seja paga uma indenização pois a funcionária foi exposta de forma vexatória e humilhante pela empregadora, o que de acordo com a CF em seu art 7º, XXII é de suma importância a manutenção de um ambiente de trabalho sadio. e) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sobre o valor atualizado da condenação. f) Requer que a reclamada seja compelida a apresentar toda a documentação referente ao contrato de trabalho do empregado, inclusive atestados médicos, recibos de pagamentos mensais, controles de horários, sob as penas do art. 359 do CPC. DAS PROVAS: Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, depoimento de testemunhas adiante arroladas e das partes, da perícia técnica, em especial juntada posterior de novos documentos, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis e todos os meios eficazes à elucidação do feito. Dar-se á causa, o valor de R$ ------------- Nesses termos, Pede deferimento, Local,data. ADVOGADO/ADVOGADA OAB
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