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Caso concreto 10

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PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO - CCJ0262
Título
Estudo de Caso 10
Descrição
Apresentação, pelo docente, de revisão, especialmente dos pontos abaixo especificados, 
para, nas aulas seguintes, serem elaboradas as pelas pelo discente.
1.RECURSOS
1.1. Conceito: é a provocação do reexame de determinada decisão pela autoridade 
hierarquicamente superior, em regra, ou pela própria autoridade prolatora da decisão, 
objetivando a reforma ou modificação do julgado, ou seja, é o remédio processual 
concedido às partes ou terceiro, objetivando que a decisão judicial impugnada seja 
submetida a novo julgamento.
Obs: Recursos são assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que 
surgiu a decisão impugnada; diferem das ações impugnativas autônomas, cujo exercício, 
em regra, pressupõe a irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu trânsito em julgado 
(ex.,ação rescisória).
1.2. Princípios: podem ser elencados os seguintes princípios recursais:
a) Duplo Grau de Jurisdição: A CRFB não o prevê, mas diversos autores o posicionam 
como um corolário do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (artigo 
5º, LV, da CRFB) b) Unirrecorribilidade: só existe um recurso cabível para cada decisão, 
ou seja, só se admite um recurso para vergastar a decisão. c) Fungibilidade: permite-se o 
aproveitamento de recurso erroneamente nominado, como se fosse o que deveria ser 
interposto, atendendo-se ao principio da finalidade ou simplicidade do processo. Porém 
há que se advertir que para a aplicação do principio em comento se deve verificar a 
existência de três fatores cumulativos: i)inexistir erro grosseiro; ii)tem que haver dúvida 
plausível quanto ao recurso cabível; iii)o recurso erroneamente interposto deve obedecer 
o prazo do recurso cabível. d) Voluntariedade: os recursos, em regra, são voluntários 
encerrando manifestação do principio dispositivo. e) Princípio da proibição da reformatio 
in pejus ? é vedado ao tribunal, no julgamento de um recurso, proferir decisão mais 
desfavorável ao recorrente, do que aquela recorrida f) Irrecorribilidade das decisões 
interlocutórias: as decisões interlocutórias são irrecorríveis, somente se permitindo a 
apreciação de seu merecimento em recurso da decisão definitiva, artigo 893, §1º, da CLT. 
g) Taxatividade: Só é admissível recurso que a lei preveja, ou seja, só cabe recurso que 
esteja devidamente previsto em lei, com a sua hipótese de cabimento.
1.3. Juízo de admissibilidade: verificação das condições impostas pela lei para que se 
possa apreciar o conteúdo da postulação. Com o resultado positivo, o recurso é 
admissível. Quando o órgão a que compete julgar o recurso o declara inadmissível, diz-se 
que ele não conhece do recurso. O juízo de admissibilidade é preliminar ao de mérito.
1.3.1. Requisitos de admissibilidade: Os Juízos de admissibilidade podem ser 
classificados como: a) Intrínsecos ou subjetivos: Capacidade, Legitimidade, Interesse; b) 
Extrínsecos ou objetivos: são aqueles que dizem respeito aos aspectos de forma dos 
recursos, tais como tempestividade, preparo, regularidade formal, cabimento, 
regularidade de representação. .
1.4. Juízo de Mérito: após a preliminar da admissibilidade, cumpre apreciar a matéria 
impugnada para acolhê-la, caso fundada, ou rejeitá-la, caso infundada. O objeto do juízo 
de mérito é o próprio conteúdo da impugnação à decisão recorrida. Pode ocorrererror in 
iudicando=>> reforma da decisão em razão da má apreciação da questão de direito ou da 
questão de fato, ou de ambas. Pode ocorrererror in procedendo=>> invalidação da 
decisão por vício de atividade
1.5. Efeitos : podem ser destacados os seguintes efeitos dos recursos: a) Devolutivo: os 
recursos, ordinariamente, são dotados apenas de efeito devolutivo, e este nos indica que a 
matéria impugnada é devolvida ao conhecimento do órgão jurisdicional. b) Suspensivo: 
No processo laboral, em regra, os recursos não são dotados de efeito suspensivo, esse 
efeito impede a produção de todo e qualquer efeito da sentença até o julgamento do 
recurso, por exemplo, artigo 1012 do CPC/15 c) Translativo: Em relação às questões de 
ordem pública, as quais devem ser conhecidas de oficio, não se opera a preclusão, 
podendo o juiz ou tribunal decidir tais questões ainda que não constem das razões 
recursais ou das contrarrazões, gerando o denominado efeito translativo dos recursos, 
conforme o disposto no artigo 1.013, §1º, do CPC/15; d) Obstativo: Todo recurso impede 
a formação da coisa julgada, obstando-a a partir da sua interposição. e) Substitutivo: o 
Julgamento realizado pelo órgão de superior instância, sempre que abordar o mérito, 
substituirá a decisão recorrida, conforme o disposto no artigo 1008 do CPC/15.
1.6. Teoria da Causa Madura: importante destaque deve ser dado acerca da possibilidade 
de aplicação da chamada teoria da causa madura no âmbito laboral. Tal teoria está 
prevista no artigo 1.013, §3º do CPC/15.
Art. 1.013 CPC/15: A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada. § 3 o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal 
deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485; II - 
decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou 
da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que 
poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
2.Espécies de Recurso: no processo trabalhista existe a possibilidade de serem interpostos 
dez recursos, quais sejam: 2.1. Recurso Ordinário previsto na CLT, Art. 893 e 895 e Arts. 
328 e 329 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho 2.2. Recurso de 
Revista regulado na CLT, Arts. 893 e 896, na Lei nº 7.701/88, Art. 5º, "a" e Art. 331 do 
Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho. 2.3. Embargos de Declaração: art. 
897-A CLT 2.4. Embargos- art. 894 CLT. 2.5. Agravo de Petição delineado nos Arts. 893 
e 897, "a", § § 1º e 3º da CLT 2.6. Agravo de Instrumento regulado no Arts. 893 e 897, 
"b", § § 2º e 4º da CLT e Instrução Normativa TST nº 6 de 08/06/96 2.7. Agravo 
Regimental previsto na Lei nº 7.701/88 Arts. 3º e 5º e nos Regimentos do Tribunal 
Superior (art. 338) e Tribunais Regionais do Trabalho. 2.8. Recurso Extraordinário 
Regulado na Constituição Federal no artigo 102, III. 2.9. Pedido de Revisão de Valor de 
Alçada criado pela Lei nº 5.584/70, Art. 2º. 2.10.Reclamação Correicional mencionada 
no artigo 709 da CLT e gizada nos Arts. 682, XI e 709, II da CLT, no Art. 13, do 
Regimento Interno da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e nos Regimentos dos 
Tribunais Regionais do Trabalho.
3. Do Recurso Ordinário 3.1. Hipótese de cabimento e breves observações O recurso 
Ordinário tem cabimento para o Tribunal Regional contra decisões terminativas ou 
definitivas do feito, em processo de conhecimento, das Varas do trabalho. O recurso 
Ordinário tem semelhanças com a apelação no Processo Civil e se encontra previsto no 
artigo 895 da CLT:
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I - 
das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; II - 
das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua 
competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos 
dissídios coletivos.
É o recurso clássico e de larga utilização no cotidiano forense, pois visa impugnar as 
decisões terminativas ou definitivas proferidas pelos órgãos de primeiro grau de 
jurisdição. O recorrente pode limitar o alcance da devolutividade, desde que indique 
expressamente os pontos que pretende recorrer, sendo então recurso parcial, o que 
determina o trânsito em julgado do restante da sentença. Quando o recurso Ordinário for 
interposto de decisão de Regional, face a dissídio coletivo, ou ação rescisória, ou 
mandado de segurança devido a dissídio coletivo, a competência para julgaro recurso 
Ordinário é, em última Instância, da Seção Especializada de dissídio Coletivo do TST. 
Quando o recurso Ordinário for interposto de decisão do Regional face dissídio 
individual de sua competência originária (ação rescisória e mandado de segurança), a 
competência para julgar o Ordinário é, em última Instância, da Seção Especializada em 
Dissídios Individuais. Assim, o juiz Presidente do Regional exerce o juízo de 
admissibilidade "a quo" e o Ministro Relator o juízo de admissibilidade "ad quem". No 
Dissídio Individual o efeito em que o recurso Ordinário é recebido será sempre o 
devolutivo e no dissídio coletivo, conforme a observação feita anteriormente, o Art. 7º, § 
2º, da Lei nº 7.701/88, que prevê a faculdade do Presidente do Tribunal Superior do 
Trabalho emprestar efeito suspensivo a recurso Ordinário interposto de decisão proferida 
pela Seção Normativa dos Tribunais Regionais do Trabalho, que terá validade pelo prazo 
improrrogável de 120 dias, contados da publicação do Acórdão - Art. 9º, Lei nº 7.701/88. 
Cabe reproduzir a observação feita anteriormente. A Lei nº 4.725/65, § 3º, Art. 6º 
concedia efeito suspensivo ao recurso Ordinário em dissídio coletivo. Posteriormente foi 
revogada pela Lei nº 7.788/89, Art. 7º, passando a viger que não mais caberia efeito 
suspensivo ao recurso Ordinário em dissídio coletivo. Mais tarde, o Art. 7º da Lei nº 
7.788/89 foi revogado pelo Artigo 14 da Lei nº 8.030/90.Contudo, face a impossibilidade 
de REPRISTINAÇÃO, o recurso Ordinário em dissídio coletivo não teve readquirido o 
seu efeito suspensivo. Interessante esclarecer que a Medida Provisória nº 1.488 - 18, de 
29/11/96, que dispõe sobre medidas complementares ao Plano Real e dá outras 
providências, e que vem sendo reeditada a cada mês, desde a implantação do retrocitado 
plano, prevê no Artigo 14 que o recurso interposto de decisão normativa da Justiça do 
Trabalho terá efeito suspensivo, na medida e extensão conferidas em despacho do 
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Assim, passa a viger a regra de que o 
recurso interposto de sentença normativa terá efeito suspensivo, além do devolutivo.
3.2. Prazo O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias.
3.3. Forma A interposição dos recursos, via de regra, faz-se em uma única peça 
processual, a qual poder dividida em duas partes:
· Folha de Rosto ou Peça de Interposição: endereçada ao juiz prolator da decisão, que 
realizará o primeiro juízo de admissibilidade e formará o contraditório.
· Razões de Recurso: endereçada ao juízo que irá reexaminar o mérito do recurso, 
também conhecido como juízo ad quem
3.3.1. Folho de Rosto ou Peça de Interposição: A peça de interposição deverá conter os 
seguintes elementos:
3.3.1.1 - Endereçamento ao Juízo Competente A petição de interposição deve ser 
direcionada ao juízo prolator da decisão, exemplo:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO 
TRABALHO DO RIO DE JANEIRO
3.3.1.2- Identificação do Processo Além do endereçamento ao juízo onde foi decidida em 
primeira instância a demanda, a peça de interposição deverá conter o número de registro 
do processo junto ao órgão jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao juízo 
competente deve o Recorrente indicar a que processo se refere àquela contestação. 
Exemplo:
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO 
TRABALHO DO RIO DE JANEIRO
(5 linhas)
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
3.3.1.3. Identificação das Partes Tal como ocorre com as petições deve se indicar quem 
está peticionando e contra quem é peticionado. Exemplo: Nome do recorrente, já 
qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com (nome do recorrido), vem, à 
presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com endereço 
profissional sito à ____________,
3.3.1.4. Indicação do tipo de recurso Deve-se indicar o fundamento do recurso e seu tipo, 
exemplo:
Nome do recorrente, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com (nome 
do recorrido), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, 
com endereço profissional sito à ____________, tempestivamente, com fundamento na 
alíena ?a? do artigo 895 da CLT, e inconformado com a sentença proferida, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
para o Egrégio Tribunal Regional da___Região, de acordo com as razões anexas
3.3.1.5. Indicação da presença de pressupostos extrínsecos Deve ser demonstrada a 
presença dos pressupostos extrínsecos tais como preparo e tempestividade. Exemplo: 
Junta, neste ato, as guias comprovando o recolhimento das custas processuais e o 
comprovante do depósito recursal
3.3.1.6. Pedido de Remessa ao juízo ad quem Deve ser realizado o pedido de remessa ao 
órgão competente para a apreciação do recurso, em seu mérito. Exemplo:
Após as formalidades de praxe, requer sejam os autos remetidos ao Tribunal Regional 
do Trabalho da ___ Região, para apreciação das anexas Razões.
3.3.1.7. Parte Autenticativa:
Termos em que,
P. Deferimento.
Local, data
Nome do Advogado OAB nº
3.3.2. Razões de Recurso Nas razões de Recurso deverá constar os seguintes elementos:
3.3.2.1. Endereçamento ao Juízo ad quem As razões de Recurso são dirigidas ao órgão 
que irá examinar o recurso. Exemplo:
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO
3.3.2.2. Identificação das Partes e da Origem Exemplo:
Recorrente: Nome do recorrente
Recorrido: Nome do Recorrido
Processo nº XXXXXXXXXX
Origem: __Vara do Trabalho de __________
3.3.2.3. Razões Recursais Introdutórias Deve-se realizar uma breve introdução do 
inconformismo, dando início às efetivas razões do recorrente, sugere-se a seguinte 
redação:
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Eméritos Julgadores,
Douto Relator
Não merece prosperar a decisão proferida pelo juízo a quo, na qual... (copiar parte da 
decisão recorrida que fundamenta a insatisfação)
3.3.2.4. Razões Recursais Propriamente ditas Após o breve relato do porquê do recurso, 
deve-se lançar mão dos fundamentos do recurso, tal como o faz quando da contestação ou 
mesmo da petição inicial, indicando as razões da reforma ou anulação da sentença, a 
depender se o error foi em iudicando ou procedendo. OBS: como se pode constatar, o 
recurso ordinário tem por objetivo a reforma da sentença, no todo ou em parte. por isso, 
há que analisar com profundidade a prova dos autos, ressaltando os pontos favoráveis ao 
recorrente, inclusive utilizando-se de acórdãos que abordem questões semelhantes e, 
eventualmente, podendo citar, também, autores, assinalando as respectivas obras.
3.3.2.5. Requerimentos Tal como ocorre em todas as peças processuais, deve-se, ao final, 
realizar o pedido daquilo que se requer. No caso dos recursos a Reforma ou Invalidação 
da decisão. Exemplo:
Diante de todo o exposto, requer a reforma do julgado para.... (pretensão do recurso)
3.3.2.6. Parte Autenticativa
Termos em que, P.Deferimento. Local

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