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Livro Eletrônico
Aula 10
Gabaritando Provas de Direito Eleitoral - Com Videoaulas - 2020
Fabiano Pereira
07473743414 - Joselly
 
 
 
 
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Sumário 
Apresentação ......................................................................................................................................... 3 
1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................................................... 4 
1.1. Recurso e juízo de retratação ...................................................................................................................... 5 
1.2. Efeito suspensivo ......................................................................................................................................... 6 
1.3. Prazos .......................................................................................................................................................... 7 
1.4. Recurso em face de decisão sobre matéria constitucional ......................................................................... 8 
1.5. Da prevenção .............................................................................................................................................. 9 
2. RECURSOS PARCIAIS ........................................................................................................................... 9 
3. RECURSO CONTRA A EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA .................................................................................. 11 
3.1. Das hipóteses de cabimento ..................................................................................................................... 11 
3.2. Prazo .......................................................................................................................................................... 12 
3.3. Competência para julgamento .................................................................................................................. 12 
3.4. Exercício do mandato ................................................................................................................................ 13 
4. DOS RECURSOS PERANTE AS JUNTAS E JUÍZOS ELEITORAIS ................................................................ 13 
4.1. Juízo de admissibilidade ............................................................................................................................ 14 
5. DOS RECURSOS NOS TRIBUNAIS REGIONAIS ...................................................................................... 15 
5.1. Trâmite dos recursos ................................................................................................................................. 15 
6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ............................................................................................................ 17 
7. RECURSOS CONTRA DECISÕES DE TRIBUNAIS REGIONAIS .................................................................. 18 
7.1. RECURSO ESPECIAL .................................................................................................................................... 19 
7.2. RECURSO ORDINÁRIO................................................................................................................................ 22 
7.3. AGRAVO DE INSTRUMENTO ...................................................................................................................... 23 
8. RECURSOS CONTRA DECISÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ................................................... 25 
Lista de Questões de Concursos Anteriores ........................................................................................... 27 
Gabarito ............................................................................................................................................... 46 
Questões de Concursos Anteriores Resolvidas e Comentadas ................................................................ 47 
 
 
 
Fabiano Pereira
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APRESENTAÇÃO 
Olá! 
 
Hoje abordaremos um tema que possui muitos detalhes, portanto, é essencial que você 
analise minuciosamente cada tópico da aula, para não errar questões de bobeira na hora da prova: 
recursos eleitorais. 
Para obter um excelente índice de acertos na prova do IBFC, opte por direcionar os seus 
estudos pelos dispositivos contidos no Código Eleitoral e na Constituição Federal de 1988. Ao 
contrário do que ocorre em relação à disciplina de Processo Civil (cujas questões são muito baseadas 
na jurisprudência e doutrina), o tema não é objeto de aprofundamento nas provas de Direito 
Eleitoral. 
Diante disso, optei por apresentar muitas informações em sequência, na forma de esquemas 
de estudos, para facilitar a compreensão e memorização do conteúdo. 
No mais, precisando de qualquer auxílio, lembre-se de que estou à disposição! 
Até a próxima aula! 
Prof. Fabiano Pereira 
 
Ah, anote aí os meus endereços nas redes sociais, pois você encontrará muito conteúdo 
complementar para sua preparação! 
 
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, 
fique à vontade para esclarecê-las por meio das minhas redes sociais ou do fórum do 
aluno: 
 
 https://www.youtube.com/channel/UC1YEcia-RD3icTwWx5ZBjzw 
 
 https://www.instagram.com/professorfp 
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1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 Antes de analisarmos e entendermos cada dispositivo do Código Eleitoral que aborda o tema 
“recurso eleitoral”, penso que é extremamente importante entendermos o conceito desse instituto. 
 José Carlos Barbosa Moreira conceitua o recurso como “o remédio voluntário idôneo a 
ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, invalidação, o esclarecimento ou a integração de 
decisão judicial que se impugna1”. Em sentido semelhante, Daniel Amorim Assumpção Neves2 
afirma que o conceito de recurso deve ser construído partindo-se de cinco características essenciais 
a esse meio de impugnação: 
1ª – voluntariedade: não há obrigatoriedade de propositura de recurso em face da decisão 
judicial. Trata-se de faculdade outorgada às partes, aos terceiros prejudicados ou ao 
Ministério Público. 
2ª – expressa previsão em lei federal: nos termos do art. 22, I, da Constituição Federal de 
1988, compete à União legislar sobre Direito Processual Civil. Diante disso, são 
inconstitucionais leis estaduais e municipais que versem sobre o tema. 
3ª – desenvolvimento no próprio processo no qual a decisão impugnada foi proferida: não 
há necessidade de instauração de um novo processo para receber o recurso proposto contra 
a decisão judicial. E se não há constituição de novo processo, também não se exige a citação 
da parte recorrida para se manifestar sobre o recurso (contrarrazões), sendo suficiente a 
intimação. 
4ª – manejável pelas partes, terceiros prejudicados e Ministério Público; e 
5ª – com o objetivo de reformar, anular, integrar ou esclarecer decisão judicial: José Jairo 
Gomes3, ao citar Alexandre de Freitas Câmara, afirma que pelo recurso se podem alcançar 
quatro resultados, a saber: reforma, invalidação, esclarecimento e integração da decisão 
impugnada. Reforma haverá sempre que se detectar error in judicando (erro de julgamento, 
de conteúdo) na decisão recorrida, ou seja, sempre que houver ferimento ao Direito; nesse 
caso, a decisão do tribunal substituirá a impugnada. A invalidação pressupõe a ocorrência de 
error in procedendo (erro de forma, de procedimento), caso em que a decisão recorrida será 
anulada e, pois, desconstituída; por conseguinte,outra decisão deverá ser prolatada pelo 
 
1 BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Comentários ao Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 
2012. 
2 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. Salvador: Juspodium, 2018. 
3 GOMES, José Jairo. Recursos Eleitorais. São Paulo: Atlas, 2016. 
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juízo a quo. Na hipótese de esclarecimento, a decisão recorrida é contraditória ou obscura; 
nessa situação, pretende-se que o juízo prolator da decisão reexprima o que nela já havia 
afirmado, desta feita de forma clara e induvidosa. Por fim, na integração há omissão na 
decisão, devendo a lacuna ser suprida; nessa situação, quer-se que o órgão judicial prolator 
da decisão a reexprima, desta feita apreciando a questão sobre a qual se omitiu, o que implica 
reabertura da atividade decisória. 
 
1.1. RECURSO E JUÍZO DE RETRATAÇÃO 
 Ao responder às questões de prova, tenha bastante atenção para não confundir as expressões 
recurso e pedido de reconsideração. Em regra, o recurso será julgado por órgão judicial distinto 
daquele que proferiu a decisão, salvo algumas exceções, como no caso dos embargos de declaração. 
Por sua vez, o juízo de retratação é exercido pela mesma autoridade que proferiu a decisão 
impugnada (como regra geral), permitindo ao órgão responsável pela decisão alterá-la 
posteriormente, antes do julgamento do recurso. 
 O art. 267, § 7º, do Código Eleitoral, dispõe que “se o juiz reformar a decisão recorrida, 
poderá o recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer suba o recurso como se por ele interposto”. 
Em outras palavras, pode-se afirmar que se o Juiz Eleitoral, ao receber o recurso para encaminhar 
para o Tribunal Regional Eleitoral, optar pelo exercício do juízo de retratação (mudar o teor da 
decisão anteriormente proferida), a parte contrária (recorrido) pode requerer que o recurso 
apresentado seja enviado para o Tribunal como se por ele interposto. 
 
Suponhamos que o Juiz da 115ª Zona Eleitoral de Francisco Sá/MG tenha proferido sentença 
condenando Doquinha - candidato ao cargo de Prefeito - a multa de R$ 5.000,00 por propaganda 
eleitoral antecipada, em representação eleitoral proposta por Coxinha, também candidato a Prefeito. 
Inconformado com o teor da sentença, Doquinha propôs recurso com a finalidade de que a decisão 
fosse reformada (alterada) pelo Tribunal Regional Eleitoral. Todavia, ao receber o recurso que pedia a 
não aplicação da multa eleitoral por inexistir propaganda eleitoral antecipada, o Juiz Eleitoral optou 
por exercer o juízo de retratação e mudar a sentença anterior, deixando de aplicar a multa sob o 
fundamento de que realmente a conduta praticada não ensejaria a configuração de propaganda 
eleitoral antecipada. 
Nesse caso, em tese, o recurso eleitoral não precisaria mais ser enviado para o Tribunal Regional 
Eleitoral, pois Doquinha havia conseguido a alteração da decisão. Todavia, Coxinha (que deseja a 
condenação ao pagamento da multa) pode requerer ao Juiz Eleitoral que, ainda sim, encaminhe o 
recurso para o Tribunal, como se ele tivesse proposto (a expectativa de Coxinha é que o tribunal mude 
a segunda decisão do Juiz Eleitoral e condene Doquinha ao pagamento da multa). 
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No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 5.698, em 10.3.2015, o Tribunal 
Superior Eleitoral ratificou o entendimento de que o juízo de retratação prescinde de pedido 
expresso da parte recorrente e consubstancia exceção ao princípio da inalterabilidade da 
decisão na Justiça Eleitoral. 
 
1.2. EFEITO SUSPENSIVO 
 O Código Eleitoral, em seu art. 257, dispõe que “os recursos eleitorais não terão efeito 
suspensivo”. Diante disso, a execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de 
comunicação por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, 
através de cópia do acórdão. 
 O efeito suspensivo garante que a decisão impugnada não produza os seus efeitos jurídicos 
enquanto eventual recurso não seja julgado pelo órgão competente. No Código de Processo Civil, a 
regra geral é de que os recursos possuem efeito suspensivo, impedindo, assim, a imediata execução 
da sentença. 
 Entretanto, nos processos que tramitam no âmbito da Justiça Eleitoral, em razão do princípio 
da celeridade, a regra geral é de que os recursos não possuem efeito suspensivo, salvo as exceções 
contidas no art. 257, § 2º, do Código Eleitoral, que assim dispõe: 
O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por Tribunal 
Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou perda de 
mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo. 
 
O Tribunal dará preferência ao julgamento de recurso sobre quaisquer outros processos, 
ressalvados os de habeas corpus e de mandado de segurança. 
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1.3. PRAZOS 
 O Código Eleitoral, em seu art. 258, afirma que “sempre que a lei não fixar prazo especial, o 
recurso deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução ou despacho”. 
 
Em que pese o prazo de 3 (três) dias se apresentar como a regra geral para a propositura de 
recursos no âmbito da Justiça Eleitoral, destaca-se que o art. 96, § 8º, da Lei 9.504/1997, afirma 
que quando cabível recurso contra a decisão proferida em representação eleitoral, este deverá 
ser apresentado no prazo de vinte e quatro horas da publicação da decisão em cartório ou 
sessão, assegurado ao recorrido o oferecimento de contrarrazões, em igual prazo, a contar da 
sua notificação. 
 A propósito, é importante destacar que apesar de o art. 219 do Código de Processo Civil 
afirmar que “na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão 
somente os dias úteis”, tal regra não se aplica no âmbito da Justiça Eleitoral. 
 Em virtude do princípio da celeridade, dispõe o art. 16 da Lei Complementar 64/1990 que os 
prazos eleitorais são peremptórios e contínuos e correm em secretaria ou Cartório. Ademais, a partir 
da data do encerramento do prazo para registro de candidatos, não se suspendem aos sábados, 
domingos e feriados. 
 Esse também é o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, conforme se extrai do 
seguinte acórdão: 
“Embargos de declaração. Agravo regimental. Recurso especial. Prestação de contas. 
Eleições 2014. Intempestividade [...] 2. Não se aplica à Justiça Eleitoral a contagem de prazos 
em dias úteis prevista no art. 219 do novo Código de Processo Civil, consoante entendimento 
da maioria desta Corte. Ressalva de entendimento do relator. Embargos de declaração não 
conhecidos”. 
(Ac de 16.6.2016 no ED-AgR-REspe nº 77355, rel. Min. Henrique Neves.) 
 
 
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No julgamento do agravo regimental nº 57.839, de relatoria do Ministro Marcelo Ribeiro, o 
Tribunal Superior Eleitoral decidiu que aos feitos eleitorais não se aplica a contagem de prazo 
em dobro, prevista no CPC, art. 191, para os casos de litisconsortes com diferentes 
procuradores. 
 
1.4. RECURSO EM FACE DE DECISÃO SOBRE MATÉRIA CONSTITUCIONAL 
 O art. 259 do Código Eleitoral afirma que são preclusivos os prazos para interposição de 
recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional. Em outras palavras, pode-se afirmar 
que se o legitimado não apresentar o recursono prazo previsto na legislação eleitoral (em regra, 
três dias), ocorrerá a preclusão (a perda do prazo e a impossibilidade de propor o recurso), salvo se 
estiver sendo discutida matéria constitucional. 
 
Suponhamos que Doquinha nunca tenha exercido um cargo eletivo e seja candidato a Prefeito 
no município de Fabianópolis/MG. Imaginemos, ainda, que a irmã de Doquinha seja Presidente 
da Câmara de Vereadores, o que não cria qualquer inelegibilidade para a sua candidatura (a 
inelegibilidade reflexa, prevista no art. 14, § 7º, da CF/1988, decorre apenas de titulares de 
cargos no Poder Executivo). Diante do cumprimento das condições de elegibilidade e 
inexistência de qualquer inelegibilidade no momento da apresentação do registro de 
candidatura, teve o respectivo requerimento deferido pelo Juiz Eleitoral. 
Entretanto, alguns dias após o deferimento do registro de candidatura de Doquinha (e cinco 
dias antes da eleição), aconteceu uma situação bastante inusitada: o Prefeito e o Vice-Prefeito 
renunciaram aos respectivos cargos e a irmã de Doquinha – atual Presidente da Câmara de 
Vereadores – assumiu o cargo de Prefeita do município, em caráter temporário. 
Nesse caso, não restam dúvidas de que Doquinha se tornou inelegível (CF/1988, art. 14, § 7º) 
em razão do parentesco de segundo grau com a irmã. Diante disso, se Doquinha for eleito, 
assim que ocorrer a diplomação estará sujeito ao recurso contra expedição de diploma em 
razão de inelegibilidade superveniente de origem constitucional. 
 
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1.5. DA PREVENÇÃO 
 O Código Eleitoral, em seu art. 260, afirma que “a distribuição do primeiro recurso que chegar 
ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior prevenirá a competência do relator para todos os demais 
casos do mesmo Município ou Estado”. Se Doquinha é o Desembargador relator de um processo que 
discute a eleição de Coxinha para o cargo de Prefeito no município de Fabianópolis/MG, estão será 
o responsável pelo julgamento de todos os processos referentes a Coxinha e que tratem do mesmo 
tema. 
 
2. RECURSOS PARCIAIS 
O Código Eleitoral, em seu art. 261, dispõe que “os recursos parciais, entre os quais não se 
incluem os que versarem matéria referente ao registro de candidatos, interpostos para os tribunais 
regionais no caso de eleições municipais, e para o Tribunal Superior no caso de eleições estaduais ou 
federais, serão julgados à medida que derem entrada nas respectivas secretarias”. 
 José Jairo Gomes, ao explicar a denominação recurso parcial, esclarece que 
Ao contrário do que essa expressão sugere, inexiste no Eleitoral um recurso especificamente 
denominado “recurso parcial”. Na verdade, trata-se de denominação genérica, referindo-se 
a recursos interpostos contra decisões de junta eleitoral em impugnações (ou refutações) 
formuladas por candidato, fiscal, delegado de partido ou órgão do Ministério Público, 
impugnações essas que têm por objeto situações verificadas nas fases de votação, apuração 
e totalização de votos4. 
 O Código Eleitoral, em seu art. 169, dispõe que à medida que os votos forem sendo apurados, 
poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os candidatos, apresentar impugnações que 
serão decididas de plano pela Junta. Nesse caso, as Juntas decidirão por maioria de votos as 
impugnações. Contra as decisões será cabível a propositura do recurso parcial, nos seguintes 
termos: 
Art. 169. § 2º De suas decisões cabe recurso imediato, interposto verbalmente ou por 
escrito, que deverá ser fundamentado no prazo de 48 (quarenta e oito) horas para que 
tenha seguimento. 
§ 3º O recurso, quando ocorrerem eleições simultâneas, indicará expressamente eleição 
a que se refere. 
 
4 GOMES, José Jairo. Recursos Eleitorais. São Paulo: Atlas, 2016, p. 50. 
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§ 4º Os recursos serão instruídos de ofício, com certidão da decisão recorrida; se 
interpostos verbalmente, constará também da certidão o trecho correspondente do 
boletim. 
 Nos dias atuais, em razão da informatização do processo de votação e apuração, os recursos 
parciais perderam a aplicabilidade prática, pois raramente são utilizados. Os recursos parciais eram 
muito comuns durante as apurações manuais, principalmente quando existia divergência na 
interpretação do nome ou número que o eleitor havia escrito na cédula de votação. 
 De qualquer forma, para responder às questões de prova, torna-se importante conhecer o 
trâmite dos recursos parciais, previsto no art. 261 do Código Eleitoral: 
§ 1º Havendo dois ou mais recursos parciais de um mesmo município ou estado, ou se 
todos, inclusive os de diplomação, já estiverem no Tribunal Regional ou no Tribunal 
Superior, serão eles julgados seguidamente, em uma ou mais sessões. 
§ 2º As decisões com os esclarecimentos necessários ao cumprimento serão 
comunicadas de uma só vez ao juiz eleitoral ou ao presidente do Tribunal Regional. 
§ 3º Se os recursos de um mesmo município ou estado deram entrada em datas diversas, 
sendo julgados separadamente, o juiz eleitoral ou o presidente do Tribunal Regional, 
aguardará a comunicação de todas as decisões para cumpri-las, salvo se o julgamento 
dos demais importar em alteração do resultado do pleito que não tenha relação com o 
recurso já julgado. 
§ 4º Em todos os recursos, no despacho que determinar a remessa dos autos à instância 
superior, o juízo a quo esclarecerá quais os ainda em fase de processamento e, no último, 
quais os anteriormente remetidos. 
§ 5º Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso pendente de decisão em outra 
instância, será consignado que os resultados poderão sofrer alterações decorrentes 
desse julgamento. 
§ 6º Realizada a diplomação, e decorrido o prazo para recurso, o juiz ou presidente do 
Tribunal Regional comunicará à instância superior se foi ou não interposto recurso. 
 
Analisando-se o inteiro teor do art. 261, constata-se que o próprio texto legal deixa claro que 
os recursos que versem sobre registro de candidatos não seguirão o trâmite processual dos 
recursos parciais. 
 
 
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3. RECURSO CONTRA A EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA 
 O Código Eleitoral, em seu art. 262, afirma que o recurso contra expedição de diploma caberá 
somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de 
condição de elegibilidade. 
 Apesar de o texto legal utilizar a expressão recurso, não se trata especificamente de um 
recurso, no sentido técnico do termo. Na verdade, trata-se de uma ação judicial que é proposta após 
a diplomação dos candidatos eleitos com a finalização de impugnar a diplomação em si, que se trata 
de atividade administrativa (e não jurisdicional) exercida pela Justiça Eleitoral. 
 Nas palavras de José Jairo Gomes5, se não se questiona uma decisão judicial (emanada do 
poder jurisdicional, frise-se) desfavorável, se não há sucumbência e se existe uma fase probatória, 
não se pode falar propriamente em recurso, mas em outro instituto. 
 
3.1. DAS HIPÓTESES DE CABIMENTO 
 O art. 262 do Código Eleitoral é expresso ao afirmar sobre o cabimento do recurso contra a 
expedição do diploma nas seguintes hipóteses: 
 1ª – Inelegibilidade superveniente: suponhamos que, no momento do registro de 
candidatura, Doquinha já havia sido condenado na primeira instância do Poder Judiciário por ato 
doloso de improbidade administrativa. Todavia, por se tratar de decisão judicial de primeira 
instância, o Juiz Eleitoral não a levouem consideração no momento de decidir sobre o requerimento 
de registro de candidatura, deferindo-o. Todavia, seis dias antes da eleição, foi publicado acórdão 
de órgão colegiado de Tribunal de Justiça confirmando a condenação de Doquinha por ato doloso 
de improbidade administrativa, fato que o tornou inelegível. Nesse caso, por se tratar de 
inelegibilidade superveniente – que somente foi identificada após a fase do registro de candidatura 
– pode ser proposto um recurso contra a expedição de diploma, caso Doquinha seja efetivamente 
eleito e diplomado para o exercício de cargo eletivo. 
 2ª – Inelegibilidade de natureza constitucional: imaginemos que, durante a análise do 
requerimento do registro de candidatura de Coxinha, o Juiz Eleitoral não tenha identificado qualquer 
causa de inelegibilidade. No mesmo sentido, não foi apresentada qualquer ação de impugnação ao 
registro de candidatura de Coxinha sob esse fundamento. Diante disso, o requerimento de 
candidatura foi deferido. 
 
5 GOMES, José Jairo. Recursos Eleitorais. São Paulo: Atlas, 2016, p. 250. 
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 Imaginemos, agora, que há uma semana da eleição o Ministério Público Eleitoral recebeu uma 
comunicação informando que Coxinha é estrangeiro (americano nato), apesar de residir 
permanentemente no Brasil há vinte anos e possuir fluência na língua portuguesa. Ora, não restam 
dúvidas de que o impedimento a que estrangeiros disputem cargos eletivos no Brasil consta 
expressamente no texto constitucional, portanto, caso Coxinha seja eleito e diplomado estará 
sujeito ao recurso contra a expedição do diploma. 
 3ª – Falta de condição de elegibilidade: a exigência de filiação partidária, para a disputa de 
cargo eletivo, consta expressamente no art. 14, § 3º, V, da CF/1988. Diante disso, caso o candidato 
seja expulso do partido político pelo qual disputa a eleição antes mesmo da realização do primeiro 
turno, estará sujeito ao recurso contra a expedição do diploma, em razão da falta de condição de 
elegibilidade, caso seja eleito e diplomado. 
 
3.2. PRAZO 
 Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que o prazo para a propositura 
do recurso contra a expedição do diploma é de 3 (três) dias, contados da data da sessão de 
diplomação dos candidatos eleitos. 
 
3.3. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO 
 O recurso contra a expedição de diploma será julgado pela instância superior àquela 
competente para a expedição do diploma, nos seguintes termos: 
Diplomas concedidos pelas Juntas 
Eleitorais aos eleitos para os cargos de 
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador 
Tribunal Regional Eleitoral 
Diplomas concedidos pelos Tribunais 
Regionais Eleitorais aos eleitos para os 
cargos de Governador, Vice-Governador, 
Deputado Federal, Deputado Estadual, 
Deputado Distrital e Senador 
Tribunal Superior Eleitoral 
Diplomas concedidos pelo Tribunal Superior 
Eleitoral aos eleitos para os cargos de 
Presidente e Vice-Presidente da República. 
Não há previsão legal de propositura de 
recurso contra a expedição de diploma em 
relação à diplomação de candidatos eleitos 
para os mencionados cargos. Todavia, o 
entendimento mais recente é no sentido de 
que a competência é originária do TSE. 
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3.4. EXERCÍCIO DO MANDATO 
 Ao responder às questões de prova, lembre-se de que o art. 216 do Código Eleitoral dispõe 
expressamente que “enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a 
expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude”. 
 
4. DOS RECURSOS PERANTE AS JUNTAS E JUÍZOS ELEITORAIS 
 O art. 265 do Código Eleitoral dispõe que “dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou 
juntas eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional”. O Tribunal Superior Eleitoral utiliza a 
denominação recurso inominado (simplesmente porque não existe uma denominação específica) 
para se referir ao recurso eleitoral previsto no art. 267 do Código Eleitoral6. 
 
Os recursos contra as decisões das juntas eleitorais serão processados na forma estabelecida 
pelos arts. 169 e seguintes do Código Eleitoral, a mesma que se aplica aos recursos parciais. 
O recurso eleitoral inominado independerá de termo e será interposto por petição 
devidamente fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, 
de novos documentos. Ao receber a petição, mandará o juiz intimar o recorrido para ciência do 
recurso, abrindo-se-lhe vista dos autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua 
interposição (três dias, nos termos do Código Eleitoral, ou vinte e quatro horas, nos termos do art. 
96, § 8º, da Lei 9.504/1997), oferecer contrarrazões, acompanhadas ou não de novos documentos. 
A intimação se fará pela publicação da notícia da vista no jornal que publicar o expediente da 
Justiça Eleitoral (Diário da Justiça Eletrônico), onde houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo 
escrivão (atualmente Chefe do Cartório Eleitoral), independente de iniciativa do recorrente. 
 Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer no prazo de 3 (três) dias, a intimação 
se fará pessoalmente ou na forma prevista no parágrafo seguinte. 
 
6 Ac.-TSE, de 17.4.2007, no REspe nº 25756: descabimento do recurso inominado contra decisão 
interlocutória. 
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 Nas zonas em que se fizer intimação pessoal, se não for encontrado o recorrido dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, a intimação se fará por edital afixado no foro, no local de costume. 
 Se o recorrido juntar novos documentos, terá o recorrente vista dos autos por 48 (quarenta 
e oito) horas para falar sobre os mesmos. 
 Findos os prazos de manifestação das partes, o juiz eleitoral fará, dentro de quarenta e oito 
horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua resposta e os documentos em que se fundar, 
sujeito à multa de dez por cento do salário mínimo regional por dia de retardamento, salvo se 
entender de reformar a sua decisão. 
 Se o juiz reformar a decisão recorrida, poderá o recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer 
suba o recurso como se por ele interposto. 
 
4.1. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
 O art. 267 do Código Eleitoral estabelece que o recurso eleitoral inominado seja direcionado 
(endereçado) ao Juiz Eleitoral. Todavia, deve ficar claro que o juiz eleitoral não exerce o juízo de 
admissibilidade em relação aos recursos recebidos, que é de competência do Tribunal Regional 
Eleitoral. 
 Professor, o que significa juízo de admissibilidade? 
 O juízo de admissibilidade ocorre quando o juízo a quo (destinatário) verifica, após a 
interposição do recurso, se este deve ser recebido e processado em razão de atender a todos os 
pressupostos objetivos e subjetivos. 
 
Suponhamos que o Juiz Eleitoral, após realizar a análise das condições de elegibilidade e 
inexistência de causas de inelegibilidade, tenha proferido sentença deferindo o registro de 
candidatura de Doquinha ao cargo de Prefeito. Todavia, 15 (quinze) dias após a publicação da 
decisão, Doquinha (que também é candidato) tenha apresentado recurso em razão de não 
concordar com o teor da sentença. 
Ora, nesse caso, não restam dúvidas de que o recurso é intempestivo, pois o Código Eleitoral 
estabelece o prazo de 3 (três) dias para a propositura do recurso. Entretanto, ainda que esteja 
clara e evidente a intempestividade do recurso, o juiz eleitoral deve recebê-lo e encaminhá-lo 
para o Tribunal Regional Eleitoral,que é o órgão competente para exercer o juízo de 
admissibilidade (verificar se todos os pressupostos objetivos e subjetivos foram observados). 
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5. DOS RECURSOS NOS TRIBUNAIS REGIONAIS 
 O art. 268 do Código Eleitoral afirma que no Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou 
nenhum documento poderá ser oferecido por qualquer das partes, salvo o disposto no art. 270, que 
assim dispõe: 
Art. 270. Se o recurso versar sobre coação, fraude, uso de meios de que trata o art. 237, ou 
emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei dependente de prova 
indicada pelas partes ao interpô-lo ou ao impugná-lo, o relator no Tribunal Regional deferi-la-á 
em vinte e quatro horas da conclusão, realizando-se ela no prazo improrrogável de cinco 
dias. 
 É importante esclarecer que a Súmula 3 do Tribunal Superior Eleitoral afirma que “no processo 
de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o suprimento de defeito da instrução 
do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado o indeferimento, ser juntado com o recurso 
ordinário”. 
 
Imaginemos que o Juiz Eleitoral tenha indeferido o registro de candidatura de Doquinha - que 
desejava disputar o cargo eletivo de Prefeito - em razão de não ter juntado aos autos a proposta 
de governo, exigida pelo art. 16, IX, da Lei 9.504/1997. Suponhamos, ainda, que o 
indeferimento tenha ocorrido sem que antes o Juiz Eleitoral tenha aberto o prazo de 72 (setenta 
e duas horas) para Doquinha se manifestar e juntar aos autos o respectivo documento. Nesse 
caso, afirma a Súmula 3 do TSE que o documento pode ser juntado com o recurso ordinário a 
ser jugado pelo Tribunal Regional Eleitoral. 
 
5.1. TRÂMITE DOS RECURSOS 
 O art. 269 do Código Eleitoral afirma que, ao chegarem nos Tribunais, os recursos serão 
distribuídos a um relator (primeiro Desembargador que emitirá a decisão no recurso) em 24 (vinte 
e quatro) horas e na ordem rigorosa da antiguidade dos respectivos membros, esta última exigência 
sob pena de nulidade de qualquer ato ou decisão do relator ou do Tribunal. 
 Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista dos autos à Procuradoria Regional, 
que deverá emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias. Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo 
fixado, poderá a parte interessada requerer a inclusão do processo na pauta, devendo o procurador, 
nesse caso, proferir parecer oral na assentada do julgamento. 
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 Admitir-se-ão como meios de prova para apreciação pelo Tribunal as justificações e as perícias 
processadas perante o juiz eleitoral da zona, com citação dos partidos que concorreram ao pleito e 
do representante do Ministério Público. 
 Indeferindo o relator a prova serão os autos, a requerimento do interessado, nas vinte e 
quatro horas seguintes, presentes à primeira sessão do Tribunal, que deliberará a respeito. 
 Protocoladas as diligências probatórias, ou com a juntada das justificações ou diligências, a 
Secretaria do Tribunal abrirá, sem demora, vista dos autos, por vinte e quatro horas, seguidamente, 
ao recorrente e ao recorrido para dizerem a respeito. 
 Findo o prazo acima, serão os autos conclusos ao relator. 
 Nos termos do art. 271 do Código Eleitoral, o relator devolverá os autos à Secretaria no prazo 
improrrogável de 8 (oito) dias para, nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes, ser o caso incluído na 
pauta de julgamento do Tribunal. 
 Tratando-se de recurso contra a expedição de diploma, os autos, uma vez devolvidos pelo 
relator, serão conclusos ao juiz imediato em antiguidade como revisor, o qual deverá devolvê-los 
em 4 (quatro) dias. 
 As pautas serão organizadas com um número de processos que possam ser realmente 
julgados, obedecendo-se rigorosamente à ordem da devolução dos mesmos à Secretaria pelo 
relator, ou revisor, nos recursos contra a expedição de diploma, ressalvadas as preferências 
determinadas pelo regimento do Tribunal. 
 O art. 272 afirma que na sessão do julgamento, uma vez feito o relatório pelo relator, cada 
uma das partes poderá, no prazo improrrogável de dez minutos, sustentar oralmente as suas 
conclusões. Quando se tratar de julgamento de recursos contra a expedição de diploma, cada parte 
terá vinte minutos para sustentação oral. 
 Por sua vez, afirma o art. 273 que realizado o julgamento, o relator, se vitorioso, ou o relator 
designado para redigir o acórdão, apresentará a redação deste, o mais tardar, dentro em 5 (cinco) 
dias. 
 O acórdão, devidamente assinado, será publicado, valendo como tal a inserção da sua 
conclusão no órgão oficial. Se o órgão oficial não publicar o acórdão no prazo de 3 (três) dias, as 
partes serão intimadas pessoalmente e, se não forem encontradas no prazo de 48 (quarenta e oito) 
horas, a intimação se fará por edital afixado no Tribunal, no local de costume. 
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6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 O art. 275 do Código Eleitoral afirma que “são admissíveis embargos de declaração nas 
hipóteses previstas no Código de Processo Civil”. Por sua vez, o art. 1022 do código processual assim 
dispõe: 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
 Para José Jairo Gomes, há obscuridade quando o sentido da decisão judicial é racionalmente 
incompreensível, de maneira que não se pode saber ao certo o que foi decidido. Pode ela ter origem 
em defeitos linguísticos no texto da decisão, tais como imprecisão, ambiguidade ou confusão. 
Também pode decorrer de incorreta compreensão ou má expressão de princípios e conceitos 
indeterminados. Por sua vez, na contradição descortina-se incongruência lógica, choque ou conflito 
nos componentes da decisão, ou seja, no relatório, na fundamentação, na conclusão, ou entre eles. 
Também pode a contradição se verificar entre o acórdão e a respectiva ementa, bem como entre o 
acórdão e os votos declarados. 
 
No julgamento dos embargos de declaração 10.301, de 5.6.2012, o Tribunal Superior Eleitoral 
decidiu que “a contradição que autoriza a oposição dos embargos é a que existe entre os 
fundamentos do julgado e sua conclusão e não entre aqueles e as teses recursais”. 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício 
ou a requerimento; 
Considera-se omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento 
de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento, 
bem como quando o juiz deixe de se pronunciar sobre algum fato ou questão requeridos pelas 
partes. 
III - corrigir erro material. 
O erro material pode ser definido como um equívoco ou inexatidão relacionados a aspectos 
objetivos como um cálculo errado, ausência de palavras, erros de digitação, troca de nome etc. 
Afasta-se desse conceito, portanto, o entendimento de um magistrado sobre determinada matéria. 
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Uma característica bastante peculiar dos embargos de declaração é que o seu julgamento será 
realizado pelo próprio juízo que proferiu a decisão impugnada, no prazo de 5 (cinco) dias. 
 Os embargos de declaração serão opostos no prazo de 3 (três) dias, contado da data de 
publicação da decisão embargada, em petição dirigida ao juiz ou relator, com a indicação do ponto 
que lhes deu causa, e não estão sujeitos a preparo(pagamento de custas judiciais). 
 Todavia, é importante esclarecer que, nos termos do art. 96, § 8º, da Lei 9.504/1997, o prazo 
para propositura de embargos de declaração no âmbito de decisões proferidas em representações 
propostas com fundamento na Lei 9.504/1997 é de 24 (vinte e quatro) horas. 
O art. 275, § 4º, do Código Eleitoral, afirma que nos tribunais: 
I - o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto; 
II - não havendo julgamento na sessão referida no inciso I, será o recurso incluído em pauta; 
III - vencido o relator, outro será designado para lavrar o acórdão. 
 O § 5º, art. 275, do Código Eleitoral, afirma que os embargos de declaração interrompem o 
prazo para a interposição de recurso. Para José Jairo Gomes, Em Direito, os termos suspender e 
interromper não são sinônimos nem induzem a produção dos mesmos efeitos. Na suspensão, 
encerrada esta, o prazo volta a correr pelo tempo restante; desconta-se, portanto, o tempo já 
vencido antes do surgimento da causa suspensiva. Já na interrupção, o prazo volta a correr por 
inteiro. 
 Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o Tribunal, em 
decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a 2 
(dois) salários mínimos. De outro lado, na reiteração de embargos de declaração manifestamente 
protelatórios, a multa será elevada a até 10 (dez) salários mínimos. 
 
7. RECURSOS CONTRA DECISÕES DE TRIBUNAIS REGIONAIS 
 Em regra, não são admitidos recursos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais 
Eleitorais, que são consideradas terminativas. Todavia, existem algumas situações excepcionais – 
previstas no Código Eleitoral e no texto da Constituição Federal de 1988 – que admitem recursos. 
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 De qualquer forma, é importante que você saiba que somente é cabível recurso contra 
decisões judiciais proferidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Caso a decisão do tribunal tenha 
sido proferida na esfera administrativa (no âmbito de um processo administrativo, por exemplo), 
não é cabível recurso para a instância superior7. 
 Professor, posso concluir que os recursos propostos contra as decisões judiciais proferidas 
pelos Tribunais Regionais Eleitorais são julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral? 
 Pode sim, pois o Tribunal Superior Eleitoral é a instância imediatamente superior aos 
Tribunais Regionais Eleitorais. 
 A propósito, é importante destacar que não é possível propor recurso contra decisão de 
Tribunal Regional Eleitoral para o Supremo Tribunal Federal. É possível, sim, que uma decisão 
proferida por tribunal regional seja posteriormente analisada pelo Supremo Tribunal Federal. 
Entretanto, antes tem que passar pelo crivo do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
No julgamento do agravo nº 164.491, que ocorreu em 18.12.95, o Supremo Tribunal Federal 
ratificou o entendimento de que não é cabível a propositura de recurso extraordinário contra 
acórdão proferido por Tribunal Regional Eleitoral. Ademais, no julgamento do Agravo de 
Instrumento nº 5.117, que ocorreu em 23.6.2005, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu pela 
inaplicabilidade da regra de interposição simultânea de recurso especial e extraordinário no 
âmbito da Justiça Eleitoral. 
 
7.1. RECURSO ESPECIAL 
 O art. 276 afirma que as decisões dos tribunais regionais são terminativas, salvo os casos 
seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior: 
 
7 Ac.-TSE, de 8.2.2011, no AgR-AI nº 12139: cabimento de recurso especial somente contra decisão 
judicial, ainda que o processo cuide de matéria administrativa. 
 
 
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 I – especial 
 a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei; 
 É cabível a propositura de recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, contra a decisão 
proferida por Tribunal Regional Eleitoral, quando contrariar disposição expressa de lei eleitoral ou 
de resolução com status de ato normativo primário, a exemplo da Resolução TSE nº 22.610/2007. 
Todavia, para a admissibilidade do recurso especial, não basta afirmar que a lei eleitoral foi 
contrariada, sendo imperioso esclarecer específica e detalhadamente os pontos que comprovam tal 
contrariedade. 
 
No julgamento do agravo regimental nº 403.877, que ocorreu em 03/11/2010, o Tribunal 
Superior Eleitoral decidiu que o enunciado de súmula de tribunal superior não se equipara a lei 
federal para fins de interposição de recurso especial. 
 Além disso, é importante destacar o conteúdo da Súmula 32 do Tribunal Superior Eleitoral, 
que é clara ao dispor que “é inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação 
municipal ou estadual, ao regimento interno dos tribunais eleitorais ou às normas partidárias”. 
 
Ao responder às questões de prova, lembre-se de que o art. 121, § 4º, da Constituição Federal 
de 1988, dispõe que das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais caberá recurso quando 
“forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei”. Perceba que o 
texto constitucional prevê uma hipótese de cabimento de recurso especial que não consta no 
Código Eleitoral: decisão do Tribunal Regional Eleitoral proferida contra disposição expressa 
da Constituição Federal. 
 
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais 
eleitorais; 
 Ocorrendo dissídio jurisprudencial (divergência na interpretação de lei entre dois ou mais 
tribunais) é cabível recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral com a finalidade de que o 
órgão superior harmonize o entendimento da legislação eleitoral, evitando que fatos semelhantes 
sejam objeto de decisões em sentidos contrários. 
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 Analisando-se a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, constata-se que não são 
capazes de comprovar a existência de dissídio jurisprudencial: 
1º) transcrições de excertos de pareceres do Ministério Público Eleitoral, nos termos Ac.-TSE, 
de 15.9.2009, no AgR-REspe nº 27947 (parecer do MPE não é decisão judicial); 
2º) resoluções oriundas de consultas administrativas, nos termos do Ac.-TSE, de 9.11.2006, no 
Respe nº 26171; 
3º) decisões monocráticas de membros de tribunal regional eleitoral, nos termos do Ac.-TSE, 
de 2.2.2006, no AgR-AI nº 6061; 
4º) julgados de um mesmo Tribunal, ainda que divergentes, nos termos do Ac.-TSE, de 
19.12.2005, no AgR-AI 6208; 
5º) julgados do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais de Justiça e do Supremo Tribunal 
Federal. 
 O art. 278 do Código Eleitoral afirma que interposto recurso especial contra decisão do 
Tribunal Regional Eleitoral, a petição será juntada nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes e os 
autos conclusos ao presidente dentro de 24 (vinte e quatro) horas. 
 Por sua vez, o presidente, dentro em 48 (quarenta e oito) horas do recebimento dos autos 
conclusos, proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não o recurso. 
 Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao recorrido para que, no mesmo prazo, 
apresente as suas razões. Em seguida serão os autos conclusos ao presidente, que mandará remetê-
los ao Tribunal Superior. 
 
No julgamento do agravo 2.447, que ocorreu em 14/09/1994, o Tribunal Superior Eleitoral 
decidiu que os recursos especiais relativos a registros de candidaturas não estão sujeitos a 
juízo de admissibilidade no TRE. 
 
 
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7.2. RECURSO ORDINÁRIO 
 Analisando-se o Código Eleitoral brasileiro, constata-se que o diploma legal apresenta duas 
espécies de recurso ordinário (que possui essa denominação por não ser um recurso especial ou 
extraordinário, isto é, no sentido de recurso comum): 
 1º) contra as decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais, a ser julgado pelo Tribunal Superior 
Eleitoral; 
 2º) contra as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, a ser julgado pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
 O Código Eleitoral, em seu art. 276, II, afirma que as decisões dos Tribunais Regionais são 
terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior: 
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais; 
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. 
Assim como ocorre em relação ao recurso especial, o texto constitucional também estabelece 
algumas hipóteses de cabimento do recurso ordinário que não constam no Código Eleitoral. Nesse 
caso, devem ser levadas em consideração (inclusive para fins de provas) as hipóteses constitucionais, 
que são mais abrangentes: 
CF/88, art. 121, 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá 
recurso (ordinário) quando: 
(...) III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais 
ou estaduais; 
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou 
estaduais; 
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de 
injunção. 
 
Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de novas eleições, o prazo para a 
interposição dos recursos ordinários contar-se-á da sessão em que, feita a apuração das seções 
renovadas, for proclamado o resultado das eleições suplementares. 
 
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O art. 277 do Código Eleitoral afirma que interposto recurso ordinário contra decisão do 
Tribunal Regional Eleitoral, o presidente poderá, na própria petição, mandar abrir vista ao recorrido 
para que, no mesmo prazo, ofereça as suas razões. Depois de juntadas as razões do recorrido, serão 
os autos remetidos ao Tribunal Superior Eleitoral. 
 
7.3. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 A Lei 12.322/2010, que, segundo o Tribunal Superior Eleitoral8, também se aplica aos 
processos eleitorais, transformou o agravo de instrumento interposto contra decisão que não 
admite recurso extraordinário ou especial em agravo nos próprios autos. Diante disso, não há mais 
que se falar em agravo de instrumento no âmbito dos processos eleitorais, pois as decisões 
interlocutórias devem ser impugnadas ao final, juntamente com a decisão que extingue o processo 
com ou sem resolução do mérito. 
 Esse é o entendimento manifestado pela doutrina, a exemplo do que afirma José Jairo Gomes: 
Nos domínios eleitorais, há muito erigiu-se o entendimento segundo o qual não cabe agravo 
de instrumento, porque as decisões interlocutórias devem ser impugnadas no final, 
juntamente com a decisão que extingue o processo com ou sem julgamento do mérito. Não 
há, aqui, preclusão da decisão interlocutória se ela não for desde logo impugnada. Somente 
se admitia o agravo de instrumento quando a própria norma legal eleitoral o estabelecesse 
expressamente; era esse, e.g., o caso dos arts. 279 e 282 do Código Eleitoral, que previam2 o 
cabimento desse agravo para impugnar o ato de denegação de recursos especial e 
extraordinário. 
 No mesmo sentido é a atual jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral: 
(...) A jurisprudência atual desta Corte alinha-se ao entendimento de que as decisões 
interlocutórias ou sem caráter definitivo são irrecorríveis, ficando os eventuais 
inconformismos surgidos para posterior manifestação em recurso contra decisão final do 
processo (...) 
(AgR-AI nº 182927, Tribunal Superior Eleitoral, Publicado em 05/06/2013). 
 
8 Ac.-TSE, de 20.10.2011, no PA nº 144683: incidência da Lei nº 12.322/2010 no processo 
eleitoral. 
 
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==14aec6==
 
 
 
 
 24 
 
 Em que pese o entendimento pacífico da doutrina e jurisprudência, o fato é que as bancas 
examinadoras ainda fazem referência ao agravo de instrumentos em suas provas, conforme é 
possível constatar nas questões abaixo. Diante disso, aconselho que você memorize todas as 
informações sobre essa espécie de recurso, para evitar surpresas desagradáveis no dia da prova! 
 
(FCC – Técnico Judiciário – TRE RR – 2015) Na justiça Eleitoral, 
A) cabe recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal de qualquer decisão do Superior 
Tribunal Eleitoral. 
B) a decisão que indefere registro de candidatura é irrecorrível. 
C) não existe o recurso de agravo de instrumento. 
D) não cabe recurso especial das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais. 
E) cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral das decisões dos Tribunais Regionais 
Eleitorais que denegarem mandado de segurança. 
Gabarito: “e”. 
 
(FCC – Analista Judiciário – TRE AP – 2011) Interposto recurso especial contra decisão do 
Tribunal Regional Eleitoral, foi o mesmo denegado pelo Presidente. Dessa decisão, 
A) caberá apenas pedido de reconsideração no prazo de cinco dias. 
B) caberá agravo regimental para o Plenário do Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de três 
dias. 
C) não caberá recurso. 
D) caberá agravo de instrumento para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de três dias. 
E) caberá agravo regimental para o Plenário do Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de cinco 
dias. 
Gabarito: Letra D. 
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 Eis os dispositivos mencionados no Código Eleitoral e que você deve memorizar: 
Art. 279. Denegado o recurso especial, o recorrente poderá interpor, dentro em 3 (três) dias, 
agravo de instrumento. 
§ 1º O agravo de instrumento será interposto por petição que conterá: 
I - a exposição do fato e do direito; 
I I - as razões do pedido de reforma da decisão; 
III - a indicação das peças do processo que devem ser trasladadas. 
§ 2º Serão obrigatoriamente trasladadas a decisão recorrida e a certidão da intimação. 
§ 3º Deferida a formação do agravo, será intimado o recorrido para, no prazo de 3 (três) dias, 
apresentar as suas razões e indicar as peças dos autos que serão também trasladadas. 
§ 4º Concluída a formação do instrumento o presidente do Tribunal determinará a remessa dos 
autos ao Tribunal Superior, podendo, ainda, ordenar a extração e a juntada de peças não indicadas 
pelas partes. 
§ 5º O presidente do Tribunal não poderá negar seguimento ao agravo, ainda que 
interposto fora do prazo legal. 
§ 6º Se o agravo de instrumento não for conhecido, porque interposto fora do prazo legal, o Tribunal 
Superior imporá ao recorrente multa correspondente ao valor do maior salário mínimo vigente no 
país, multa essa que será inscrita e cobrada na forma prevista no art. 367. 
§ 7º Se o Tribunal Regional dispuser de aparelhamento próprio, o instrumento deverá ser formado 
com fotocópias ou processos semelhantes, pagas as despesas, pelo preço do custo, pelas partes, 
em relação às peças que indicarem. 
 
8. RECURSOS CONTRA DECISÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR 
ELEITORAL 
 O Código Eleitoral, em seu art. 281, dispõe que são irrecorríveis as decisões do Tribunal 
Superior, salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as 
denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para 
o SupremoTribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias. 
 No mesmo sentido, dispõe o art. 121, § 3º, da CF/1988, que “são irrecorríveis as decisões do 
Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de 
habeas corpus ou mandado de segurança”. 
 Analisando-se os dispositivos legais e constitucionais mencionados, pode-se concluir que são 
cabíveis os seguintes recursos contra as decisões proferidas pelo Tribunal Superior Eleitoral: 
 1º - Recurso ordinário: apenas quando se tratar de decisão denegatória de mandado de 
segurança ou habeas corpus. 
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 2º - Recurso extraordinário: quando se tratar de decisão que contrarie o texto constitucional. 
 Após a juntada da petição, nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, os autos serão conclusos 
ao presidente do Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá despacho fundamentado, admitindo ou 
não o recurso. 
 Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao recorrido para que, dentro de 3 (três) dias, 
apresente as suas razões. Findo esse prazo, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal. 
 Por fim, dispõe o art. 282 que, denegado o recurso, o recorrente poderá interpor, dentro de 
3 (três) dias, agravo de instrumento, observado o disposto no art. 279 e seus parágrafos, aplicada a 
multa a que se refere o § 6º pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
 
 
 
 
1. FCC - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Procurador Legislativo - 2018) 
Das decisões dos Tribunais Regionais cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral 
quando 
A) houver negativa de vigência de normas partidárias. 
B) o acórdão decidir sobre pedido de medida liminar. 
C) houver violação do Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral. 
D) o acórdão violar legislação municipal ou estadual. 
E) forem proferidas contra expressa disposição de lei federal. 
 
2. FGV - 2018 - AL/RO - Analista Legislativo - Processo Legislativo - 2018) 
Mauro foi eleito e diplomado deputado estadual. 
No dia da diplomação, o Partido Político Alfa, cujos candidatos a deputado estadual não foram 
eleitos, descobriu que Mauro tinha apenas 19 anos de idade, o que não fora suscitado por 
ninguém, em nenhum momento do processo eleitoral. 
O Partido Político Alfa solicitou que seu advogado se pronunciasse sobre a medida a ser 
adotada e se ela teria, como efeito imediato, a extinção do mandato eletivo atribuído a Mauro. 
Assinale a opção que apresenta a resposta do advogado. 
A) Poderia ser manejado o recurso contra a expedição de diploma. 
B) Poderia ser ajuizada a ação de impugnação de mandato eletivo. 
C) Poderia ser ajuizada ação de impugnação de registro. 
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D) Poderia ser instaurada investigação judicial eleitoral. 
E) Não poderia ser adotada nenhuma medida. 
 
3. CESPE - TRE/TO - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2017) 
De acordo com a legislação vigente no país, o TSE 
A) não tem competência originária para julgar recurso contra expedição de diploma 
envolvendo eleições estaduais. 
B) não tem competência originária para julgar recurso contra expedição de diploma 
envolvendo eleições federais. 
C) é competente para decidir sobre o acerto das decisões dos tribunais de contas que 
configurem causa de inelegibilidade. 
D) não tem competência penal originária. 
E) é competente para processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro de 
tribunal regional eleitoral. 
 
4. CESPE - TRE/PE - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2017) 
Caberá recurso das decisões dos tribunais regionais eleitorais somente quando estas 
A) divergirem da interpretação de lei de um tribunal eleitoral e de um tribunal regional federal. 
B) versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais, estaduais 
ou municipais. 
C) versarem sobre inelegibilidade nas eleições federais ou estaduais. 
D) determinarem a concessão de habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou 
mandado de injunção. 
E) determinarem a anulação de diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos 
federais, estaduais ou municipais. 
 
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5. FCC - TRE/SP - Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2017) 
Proposta a Ação de Investigação Judicial contra candidato a Deputado Federal, que se sagrou 
vencedor nas urnas, para apurar a prática de abuso de poder econômico, foi proferido acórdão 
em 22/11, publicado em 24/11, reconhecendo a procedência do pedido, com declaração de 
inelegibilidade do candidato e a cassação do respectivo registro. Considerando a jurisprudência 
do TSE, nesse caso, 
A) decorrido o prazo recursal sem impugnação, será possível o ajuizamento de ação rescisória 
perante o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de dois anos do trânsito em julgado. 
B) contra o acórdão do TRE poderá ser interposto recurso ordinário, ao TSE, para impugnar a 
violação à legislação eleitoral e recurso extraordinário, ao STF, para impugnar a violação à 
Constituição Federal. 
C) interposto o recurso ordinário, este será recebido apenas no efeito devolutivo. 
D) contra o acórdão do TRE o candidato poderá interpor recurso no dia 23/11. 
E) o recurso cabível para impugnar o acórdão será o Recurso Especial Eleitoral, que poderá 
veicular matéria legal e constitucional, não se admitindo a oposição de embargos de 
declaração. 
 
6. FCC - TRE/SP - Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2017) 
Ajuizado pedido de direito de resposta pelo candidato X contra o candidato Y, ambos 
disputando o cargo de Prefeito, em razão de ofensa veiculada em propaganda eleitoral, foi 
concedida liminar para a publicação imediata de resposta. Apresentada defesa, foi proferida 
sentença de procedência do pedido. Considerando a jurisprudência do TSE, nesse caso, 
A) contra a decisão que concedeu a medida liminar caberá agravo, que deverá ser reiterado 
quando da interposição do recurso contra a sentença. 
B) contra a sentença de procedência caberá recurso eleitoral, interposto no prazo de 24 horas, 
a ser julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral. 
C) a decisão interlocutória concessiva da liminar poderá, via de regra, ser impugnada a partir 
da impetração de mandado de segurança. 
D) interposto o recurso pelo candidato Y, será exercido o juízo de admissibilidade e, se houver 
o recebimento pelo juiz eleitoral, será aberto prazo para a oferta de contrarrazões pelo 
candidato X. 
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E) o recurso eleitoral será recebido sempre no efeito suspensivo. 
 
7. MPE/PB - MPE/PB - Promotor de Justiça - 2011) 
Em matéria de recurso eleitoral, julgue as seguintes assertivas: 
I - Em decisões em que haja divergência na interpretação de leis entre dois ou mais Tribunais 
Eleitorais ou quando o candidato for considerado inelegível, caberá recurso especial. 
II - Para o fim de preservar o princípio da igualdade e da ampla defesa, o prazo de interposição 
e de oferecimento das razões, assim como o das contrarrazões, é de três dias, começando a 
fluir da publicação do acórdão ou da intimação feita diretamente à parte e ao seu procurador, 
exceto quando se trata de recurso contra a diplomação de candidato, hipóteseem que o prazo 
será de 48 (quarenta e oito) horas após a realização da sessão especial para outorga de 
diplomas. 
III - Caberá recurso especial da decisão do TRE denegatória de habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
A) I, II e III estão erradas. 
B) I, II e III estão corretas. 
C) Apenas III está errada. 
D) Apenas II está errada. 
 
8. Instituto Legatus - Câmara Municipal de Bertolínia/PI - Procurador - 2016) 
Da decisão que julga o pedido de registro de candidatura cabe recurso no prazo de: 
A) 10 (dez) dias. 
B) 24 (vinte e quatro) horas. 
C) 48 (quarenta e outo) horas. 
D) 3 (três) dias. 
E) 5 (cinco) dias. 
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9. CESPE - TJ/DFT - Juiz - 2016) 
A respeito do direito processual eleitoral, das ações eleitorais e dos respectivos recursos, 
assinale a opção correta. 
A) O ajuizamento de ação eleitoral para punir a doação acima do limite legal deve ocorrer até 
cento e vinte dias a partir da eleição, sob pena de prescrição. 
B) A LC que regulamenta a perda de cargo para os casos de troca de partido sem justa causa 
não se aplica às eleições majoritárias e a defesa de mérito pode apontar motivos diversos 
daqueles exemplificativamente estabelecidos na legislação de regência. 
C) Dentre as hipóteses de cabimento do recurso inominado, previstas no Código Eleitoral, 
tendo por destinatário o TRE, não se inserem os atos e as resoluções emanadas dos juízes e 
das juntas eleitorais em primeiro grau de jurisdição. 
D) É cabível recurso extraordinário de decisão do TRE proferida contra disposição expressa da 
CF. 
E) O tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos 
indícios e presunções e da prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que 
não indicados ou alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura 
eleitoral. 
 
10. FCC - TJ/PI - Juiz Substituto - 2015) 
Acerca dos recursos eleitorais, é correto afirmar: 
A) Caberá recurso imediato das decisões das Juntas para o Tribunal Regional, os quais poderão 
ser interpostos verbalmente ou por escrito, fundamentadamente, no prazo máximo de vinte e 
quatro horas. 
B) Em todos os casos, poderá ser interposto recurso em cinco dias, contados da data da 
publicação do ato, resolução ou despacho, suspendendo-se os efeitos da decisão impugnada. 
C) Se reformada decisão interposta de junta ou juízo eleitoral, poderá o recorrido requerer 
suba o recurso como se por ele interposto, por simples pedido, no prazo de cinco dias. 
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D) Realizada a diplomação, caberá recurso contra a expedição de diploma somente nos casos 
de inelegibilidade, superveniente ou de natureza constitucional, e de falha de condição de 
elegibilidade. 
E) Sendo recurso que discute matéria constitucional, caberá ao recorrente apresentar 
impugnação em prazo de quinze dias, diretamente perante o STF. 
 
11. FCC - TRE/PB - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2015) 
Paulo e Pedro foram eleitos Deputados Estaduais. O partido Alpha alega que Paulo era 
inelegível e o partido Beta afirma que, quanto a Pedro, houve errônea interpretação da lei 
quanto à inelegibilidade superveniente. Nesses casos, esses partidos deverão, quanto às 
expedições de diplomas pelo Tribunal Regional Eleitoral, interpor recurso, 
A) especial e recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente. 
B) especial para o Tribunal Superior Eleitoral. 
C) extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. 
D) ordinário e recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, respectivamente. 
E) ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral. 
 
12. FCC - TRE/AP - Analista Judiciário - Judiciária - 2015) 
Na Justiça Eleitoral, no que concerne aos recursos, é correto afirmar que 
A) o recurso em que se discutir matéria constitucional poderá ser interposto fora de prazo. 
B) são preclusivos os prazos para interposição de quaisquer recursos. 
C) perdido o prazo para interposição na fase própria, quando se tratar de matéria 
constitucional, essa arguição poderá ser discutida em recurso cabível em outra fase. 
D) os recursos referentes ao registro de candidaturas para Prefeito Municipal poderão ser 
interpostos diretamente para o Tribunal Superior Eleitoral. 
E) não cabe recurso para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior Eleitoral dos atos, 
resoluções ou despachos dos respectivos Presidentes. 
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13. FCC - TRE/AP - Técnico Judiciário - Administrativa - 2015) 
O prazo para interposição de recurso especial contra decisão de Tribunal Regional Eleitoral 
proferida contra expressa disposição da lei, de recurso ordinário contra decisão de Tribunal 
Regional Eleitoral que versar sobre expedição de diplomas nas eleições estaduais, e de recurso 
de agravo de instrumento contra a decisão do Presidente de Tribunal Regional Eleitoral que 
denegar o recurso especial é de 
A) 5 dias. 
B) 3 dias. 
C) 3 dias, 5 dias e 5 dias, respectivamente. 
D) 5 dias, 3 dias e 5 dias, respectivamente. 
E) 5 dias, 5 dias e 3 dias, respectivamente. 
 
14. FCC - TRE/AP - Analista Judiciário - Administrativa - 2015) 
Quando o Tribunal Regional determinar a realização de novas eleições, o prazo para 
interposição de recurso ordinário contra a decisão que versar sobre a expedição de diploma 
nas eleições estaduais, feita a apuração das eleições renovadas, contar-se-á 
A) da publicação do despacho que designar data para a sessão da diplomação. 
B) da sessão da diplomação. 
C) do despacho que designar data para a sessão da diplomação. 
D) da intimação das partes do despacho que designar data para a sessão da diplomação. 
E) da sessão em que for proclamado o resultado das eleições suplementares. 
 
15. FCC - TRE/SE - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2015) 
José teve o registro de sua candidatura a Prefeito Municipal indeferido pelo Juiz Eleitoral 
competente. Interpôs recurso para o Tribunal Regional Eleitoral, que negou provimento ao 
apelo. Nesse caso, 
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A) cabe recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, se a decisão tiver sido 
contrária a expressa disposição de lei. 
B) não cabe mais recurso. 
C) cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral. 
D) cabe recurso de agravo de instrumento para o Tribunal Superior Eleitoral. 
E) cabe recurso especial ao Tribunal Superior Eleitoral, se a decisão tiver sido contrária a 
expressa disposição de lei ou se for divergente da interpretação de lei de outro Tribunal 
Eleitoral. 
 
16. FCC - TRE/SE - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2015) 
Um candidato interpôs recurso contra ato do Juiz Eleitoral. O recurso foi regularmente 
processado e, afinal, o Juiz Eleitoral reformou a decisão. Dessa decisão, 
A) o recorrido, dentro de três dias, poderá requerer a subida ao Tribunal Regional Eleitoral do 
recurso como se por ele interposto. 
B) não caberá mais recurso, prevalecendo a decisão reformada. 
C) caberá recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral. 
D) caberá recurso especial para o Tribunal Regional Eleitoral. 
E) caberá recurso para própria Junta Eleitoral, que decidirá pela maioria de seus integrantes. 
 
17. FCC - TRE/SE - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015) 
No que se refere aos recursos eleitorais, sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso 
deverá ser interpostono prazo, contado da publicação do ato, resolução ou despacho, de 
A) 15 dias. 
B) 8 dias. 
C) 5 dias. 
D) 10 dias. 
E) 3 dias. 
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18. FCC - TRE/SE - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015) 
Cabe recurso ordinário da decisão do Tribunal Regional Eleitoral que 
A) versar sobre expedição de diplomas nas eleições estaduais. 
B) for contrária, em qualquer assunto, à expressa disposição de lei. 
C) divergir, em qualquer assunto, da interpretação de outro Tribunal Regional Eleitoral. 
D) for evidentemente contrária à prova dos autos, no que concerne a irregularidade na 
propaganda eleitoral. 
E) não for unânime. 
 
 
19. FAPEC - MPE/MS - Promotor de Justiça Substituto - 2015) 
É correto afirmar que os recursos eleitorais, segundo o Código Eleitoral: 
A) Possuem efeito suspensivo. 
B) Possuem efeitos devolutivo e suspensivo. 
C) Não possuem efeitos devolutivo, nem suspensivo, porque ocorre a preclusão do prazo 
recursal, em regra, em dois dias. 
D) Não possuem efeito suspensivo. 
E) Os recursos parciais entre os quais não se incluam os que versam sobre matéria referente 
aos registros de candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais Eleitorais e para o Tribunal 
Superior Eleitoral não produzem efeitos, se ocorrida a diplomação dos candidatos eleitos, 
ainda que houver recurso pendente de decisão em outra instância. 
 
20. IESES - TRE/MA - Analista Judiciário - Judiciária - 2015) 
Em relação ao Recurso Contra Expedição de Diploma assinale a alternativa correta: 
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A) O recurso contra expedição de diploma tem natureza jurídica recursal, somente sendo 
cabível após a propositura da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo ou da Ação de 
Impugnação de Registro de Candidatura. 
B) O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade 
superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade. 
C) Conforme posição da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Recurso Contra 
Expedição de Diploma não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, sendo 
impossível a propositura de tal ação. 
D) Caberá propor Recurso contra Expedição de Diploma com pedido de nulidade da eleição em 
que o candidato impugnado tenha participado, sendo que uma das consequências da 
procedência desta ação é a convocação de nova eleição. 
 
21. AOCP - TRE/AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015) 
Referente aos recursos e ações eleitorais, assinale a alternativa correta. 
A) Como regra geral, os recursos eleitorais possuem efeito suspensivo. 
B) O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade 
superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade. 
C) São irrecorríveis as decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais, salvo as que declararem a 
invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal. 
D) Contra as decisões proferidas monocraticamente pelos Ministros do Tribunal Superior 
Eleitoral, caberá recurso de agravo, a ser interposto no prazo de 5 dias. 
E) Não são cabíveis embargos de declaração em face de acórdão do Tribunal Superior Eleitoral, 
salvo se calcados em erro material. 
 
22. PGR - PGR - Procurador da República - 2015) 
O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROPÔS AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL EM 
QUE IMPUTOU PRÁTICA DE ABUSO DE PODER ECONÔMICO A CANDIDATO A DEPUTADO 
FEDERAL, NAS ELEIÇÕES DE 2014. JULGADO IMPROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO NA 
INICIAL, 
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A) caberá recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, porque não houve cassação do 
registro ou do diploma; negado seguimento ao recurso, caberá agravo para o Tribunal Superior 
Eleitoral; 
B) Cabe recurso ordinário, mas o presidente do tribunal de origem deverá exercer o juízo de 
admissibilidade, caso em que, negado seguimento ao recurso, caberá agravo para o Tribunal 
Superior Eleitoral; 
C) Cabe recurso ordinário, mas o presidente do tribunal de origem deverá encaminhar 
diretamente o recurso ao Tribunal Superior Eleitoral, sem exercer juízo de admissibilidade; 
D) nenhuma das respostas anteriores. 
 
23. CS/UFG - AL/GO - Procurador - 2015) 
Quanto aos recursos em matéria eleitoral, pode-se afirmar que 
A) o preparo recursal e o recolhimento de guias de porte de remessa e retorno nos recursos 
eleitorais, inclusive naqueles destinados ao TSE e ao STF, são desnecessários. 
B) o acórdão de Tribunal Regional Eleitoral pode ser impugnado por meio de Recurso 
Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, desde que nele se discuta matéria 
constitucional. 
C) os Tribunais de Justiça e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm competência para rever as 
decisões do Tribunal Regional Eleitoral ou do Tribunal Superior Eleitoral, exceto as que 
discutem matéria constitucional. 
D) o partido político, candidato ou coligação, o eleitor e o Ministério Público Eleitoral são 
legitimados para a propositura de recurso contra a diplomação. 
 
24. CESPE - TRE/GO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Conhecimentos Específicos - 2015) 
Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, julgue os itens que se segue, 
acerca do processo eleitoral, da composição dos tribunais regionais eleitorais e de cabimento 
recursal. 
Ainda que decisão que verse sobre processo eleitoral do cargo de governador de estado 
proferida pelo tribunal regional eleitoral ofenda diretamente a Constituição Federal, não cabe 
recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal dessa decisão. 
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25. FCC - TRE/RR - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2015) 
Na justiça Eleitoral, 
A) cabe recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal de qualquer decisão do Superior 
Tribunal Eleitoral. 
B) a decisão que indefere registro de candidatura é irrecorrível. 
C) não existe o recurso de agravo de instrumento. 
D) não cabe recurso especial das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais. 
E) cabe recurso ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral das decisões dos Tribunais 
Regionais Eleitorais que denegarem mandado de segurança. 
 
26. FCC - TRE/RO - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2013) 
O partido político a que Paulino é filiado requereu o registro de sua candidatura para o cargo 
de Vereador. Houve impugnação e, afinal, o registro foi indeferido pelo Juiz Eleitoral, por falta 
do requisito referente à idade mínima constitucionalmente exigida. Paulino recorreu para o 
Tribunal Regional Eleitoral, que confirmou a decisão recorrida, divergindo da interpretação 
dada ao texto constitucional por outro Tribunal Regional Eleitoral. Nesse caso, caberá recurso 
A) ordinário para o Tribunal Superior Eleitoral. 
B) especial para o Supremo Tribunal Federal. 
C) especial para o Tribunal Superior Eleitoral. 
D) ordinário para o Supremo Tribunal Federal. 
E) extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. 
 
27. FCC - TRE/RO - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2013) 
No tocante aos recursos, considere: 
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I. Sempre que a lei não fixar outro prazo, o recurso será interposto no prazo de três dias, 
contados da publicação do ato ou da decisão. 
II. Os recursos,

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