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ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 1 
Apresentação ................................................................................................................................ 6 
Aula 1: Ciclo do pedido .................................................................................................................. 7 
 ............................................................................................................................. 7 Introdução
 ................................................................................................................................ 8 Conteúdo
O ciclo do pedido na logística integrada ...................................................................... 8 
Ciclo do pedido .................................................................................................................. 8 
Problemas comuns na gestão do Ciclo de Pedido ................................................... 10 
O que deve ser feito para melhorar o desempenho ................................................. 11 
O que reforça a proposta de linha de ação apresentada por Fleury (2010) ......... 13 
Ajustes no tempo do ciclo do pedido ......................................................................... 13 
Obtendo vantagem competitiva através do gerenciamento de pedidos ............. 14 
A capacidade de serviço ao cliente com base na disponibilidade e no 
desempenho operacional .............................................................................................. 16 
Maximizando o desempenho da cadeia de suprimentos ........................................ 17 
Estratégia para a cadeia de suprimentos: eficiência ou flexibilidade? .................. 17 
Maximização do desempenho da cadeia de suprimentos ...................................... 18 
Available to Promise (ATP) ............................................................................................. 19 
Atividade proposta .......................................................................................................... 20 
Atividade proposta .......................................................................................................... 20 
........................................................................................................................... 21 Referências
 ......................................................................................................... 21 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 27 
 ..................................................................................................................................... 27 Aula 1
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 27 
Aula 2: Estruturas de distribuição ............................................................................................... 31 
 ........................................................................................................................... 31 Introdução
 .............................................................................................................................. 32 Conteúdo
Introdução ......................................................................................................................... 32 
Planejamento da distribuição ........................................................................................ 33 
Estrutura da distribuição física (logística de distribuição) ........................................ 39 
O apoio ao centro de distribuição ................................................................................ 41 
Prazo de entrega e precisão no atendimento ............................................................ 41 
Desempenho no atendimento do pedido do cliente ............................................... 42 
Qualidade do produto entregue ................................................................................... 43 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 2 
Suporte no pós venda ..................................................................................................... 44 
Atividade proposta .......................................................................................................... 45 
........................................................................................................................... 45 Referências
 ......................................................................................................... 46 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 49 
 ..................................................................................................................................... 49 Aula 2
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 49 
Aula 3: Posicionamento logístico ................................................................................................ 52 
 ........................................................................................................................... 52 Introdução
 .............................................................................................................................. 53 Conteúdo
Centros de distribuição (CDs) ........................................................................................ 53 
Formas de sistemas de distribuição ............................................................................. 53 
Vantagens e desvantagens da utilização de CDs ...................................................... 54 
Posicionamento de um CD ............................................................................................ 55 
Fatores que impactam no posicionamento dos CDs ............................................... 57 
Planejamento de posicionamento de um CD ............................................................ 60 
Método de ponderação de fatores ............................................................................... 60 
Atividade proposta .......................................................................................................... 61 
........................................................................................................................... 62 Referências
 ......................................................................................................... 62 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 66 
 ..................................................................................................................................... 66 Aula 3
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 66 
Aula 4: Estratégias logísticas ....................................................................................................... 68 
 ........................................................................................................................... 68 Introdução
 .............................................................................................................................. 69 Conteúdo
Criando estratégias com a armazenagem .................................................................. 69 
Princípios da armazenagem .......................................................................................... 69 
Funções da armazenagem .............................................................................................70 
Conceito do Cross Docking ........................................................................................... 71 
Vantagens do Cross Docking ........................................................................................ 72 
Desvantagens do Cross Docking .................................................................................. 73 
Fluxo de informações...................................................................................................... 74 
Custos de logística ........................................................................................................... 74 
Pré-requisitos do sistema Cross Docking ................................................................... 75 
Transit Point ...................................................................................................................... 77 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 3 
Criando estratégias com os estoques e transportes ................................................. 78 
Confiabilidade em logística ........................................................................................... 79 
Essência da logística ........................................................................................................ 79 
O transporte na cadeia de suprimentos ...................................................................... 81 
Terceirização do transporte .......................................................................................... 82 
Atividade proposta .......................................................................................................... 85 
........................................................................................................................... 85 Referências
 ......................................................................................................... 86 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 89 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 92 
 ..................................................................................................................................... 92 Aula 4
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 92 
Aula 5: Canais de distribuição ..................................................................................................... 95 
 ........................................................................................................................... 95 Introdução
 .............................................................................................................................. 96 Conteúdo
Conceitos e funcionamento dos canais de distribuição .......................................... 96 
A estrutura de canais de distribuição .......................................................................... 96 
Decisões sobre o canal de distribuição ....................................................................... 98 
Planejamento e operações nos canais de distribuição ............................................ 99 
Funções dos canais de distribuição ........................................................................... 100 
Estruturas dos canais de distribuição ........................................................................ 100 
Serviços desejados pelos clientes ............................................................................... 102 
Tipos e modalidades de distribuição ......................................................................... 102 
Sistemas de distribuição ............................................................................................... 104 
Como o ciclo de vida dos produtos impactam os canais de distribuição ......... 106 
Atividade proposta ........................................................................................................ 107 
......................................................................................................................... 107 Referências
 ....................................................................................................... 108 Exercícios de fixação
Notas ......................................................................................................................................... 111 
Chaves de resposta ................................................................................................................... 112 
 ................................................................................................................................... 112 Aula 5
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 112 
Aula 6: Sistema de transporte ................................................................................................... 115 
 ......................................................................................................................... 115 Introdução
 ............................................................................................................................ 116 Conteúdo
Características dos modais de transportes e suas estratégias .............................. 116 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 4 
Alguns dados importantes ........................................................................................... 116 
Modal ferroviário, rodoviário, aquaviário, dutoviário, aeroviário ......................... 118 
Comparativos entre os tipos de modais ................................................................... 120 
Parâmetros determinantes para a escolha do modal e características das cargas
 ........................................................................................................................................... 121 
Cálculo do dimensionamento da frota de distribuição urbana e do tempo de 
ciclo das entregas .......................................................................................................... 122 
Custos dos transportes ................................................................................................. 123 
Visão dos atores participantes do processo de distribuição ................................. 125 
Visão dos atores participantes do processo de distribuição ................................. 128 
Cálculo simplificado da frota de distribuição de carga urbana ............................ 128 
Características básicas da coleta e distribuição de carga no transporte 
rodoviário ........................................................................................................................ 131 
O problema de zoneamento ou particionamento .................................................. 132 
Estudos sobre zoneamento ......................................................................................... 133 
Conceitos e funcionamento dos canais de distribuição ........................................ 135 
Atividade proposta ........................................................................................................ 136 
......................................................................................................................... 137 Referências
 ....................................................................................................... 137 Exercícios de fixação
Notas ......................................................................................................................................... 141 
Chaves de resposta ...................................................................................................................143 
 ................................................................................................................................... 143 Aula 6
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 143 
Aula 7: Cadeia de valor .............................................................................................................. 146 
 ......................................................................................................................... 146 Introdução
 ............................................................................................................................ 147 Conteúdo
Conceitos sobre cadeia de valor ................................................................................ 147 
Identificação das atividades geradoras de valor ...................................................... 147 
Subprocessos .................................................................................................................. 149 
Valor, preço e custo ...................................................................................................... 150 
Relação do preço com a qualidade ............................................................................ 151 
Divisão física ................................................................................................................... 152 
Interdependência das atividades de valor ................................................................ 153 
Distribuição física da cadeia de valor......................................................................... 154 
Análise das características da carga ........................................................................... 155 
Análise das características da empresa ..................................................................... 156 
Definição da localização de armazéns ...................................................................... 157 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 5 
Seleção dos meios de transporte ............................................................................... 157 
Atividade proposta ........................................................................................................ 158 
......................................................................................................................... 158 Referências
 ....................................................................................................... 159 Exercícios de fixação
Notas ......................................................................................................................................... 163 
Chaves de resposta ................................................................................................................... 163 
 ................................................................................................................................... 163 Aula 7
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 163 
Aula 8: Operações logísticas e de distribuição .......................................................................... 165 
 ......................................................................................................................... 165 Introdução
 ............................................................................................................................ 166 Conteúdo
Conceitos de terceirização .......................................................................................... 166 
Terceirizações ................................................................................................................ 167 
Qualidade total ............................................................................................................... 169 
Just-in-time .................................................................................................................... 169 
Kaizen ............................................................................................................................... 170 
Kanban ............................................................................................................................. 170 
Reengenharia .................................................................................................................. 171 
Parcerias .......................................................................................................................... 173 
Aliança estratégica ........................................................................................................ 174 
Surgimento de parcerias .............................................................................................. 174 
Características e objetivos das alianças .................................................................... 175 
Operadores logísticos e distribuidores ...................................................................... 176 
Características do trabalho do operador logístico .................................................. 176 
Dinâmica de trabalho .................................................................................................... 177 
Comparação entre prestador de serviço e operador logístico ............................. 177 
Funções do distribuidor ................................................................................................ 179 
Atividade proposta ........................................................................................................ 181 
......................................................................................................................... 182 Referências
 ....................................................................................................... 182 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ................................................................................................................... 185 
 ................................................................................................................................... 185 Aula 8
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 185 
Conteudista ............................................................................................................................... 188 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 6 
 
No cenário atual, muito competitivo, as empresas modernas necessitam criar 
estratégias para que possam se diferenciar no mercado. A distribuição física, 
processo tão importante e final da cadeia de suprimentos, é hoje considerada 
pelos especialistas, como sendo a sua eficácia, diversas nuances e fases da 
distribuição, como a implantação de uma rede de distribuição logística deverá 
permitir com que a empresa cumpra com os fundamentos básicos da Logística 
que são: aumentar o nível de serviço ao cliente e reduzir / otimizar custos. 
 
Sendo assim, essa disciplina tem como objetivos: 
1. Fornecer conhecimentos sobre a Distribuição e redes de Distribuição 
Logísticas. 
2. Entender os processos que permitem com que a Distribuição tenha sucesso. 
3. Criticar os aspectos empregados nos processos de distribuição e redes 
logísticas. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 7 
 
Introdução 
O Ciclo do Pedido reflete o atendimento efetivo às demandas dos clientes, e 
através dele é medido o nível do serviço prestado. A redução do tempo de ciclo 
leva a exigências de maior flexibilidade e agilidade do processo logístico em 
apoio à Cadeia de Suprimentos envolvida, que podem ser dificultadas por 
comportamentosassociados à condução do processo, ou a fatores externos. 
 
A solução para um Ciclo de Pedido bem gerenciado passa pelo investimento em 
tecnologia, uma visão e um modelo de gestão por processo, e pelo 
conhecimento das etapas desse processo, de forma a permitir o alinhamento de 
objetivos e das operações. 
 
Objetivo: 
1. Analisar o Ciclo do Pedido; 
2. Avaliar o desempenho do Ciclo do Pedido; 
3. Empregar a maximização do desempenho da Cadeia de Suprimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 8 
Conteúdo 
O ciclo do pedido na logística integrada 
Segundo Fleury (2007) a análise do ciclo do pedido permite entender o papel 
das informações no desempenho dos Sistemas Logísticos. 
 
O modelo a seguir apresenta o conceito de Logística Integrada e o papel da 
informação, partindo do princípio de que o sistema logístico deve ser 
compreendido como um instrumento operacional de Marketing. A montagem de 
um sistema logístico ocorre a partir de uma missão com a definição de uma 
política de canais de distribuição compreendendo: 
 
Neste cenário o processamento de pedidos é a base para a 
coordenação/integração, com a utilização intensiva de tecnologia. 
 
Ciclo do pedido 
Pode ser mais bem entendido com o estudo do fluxo de informações e 
produtos, onde o primeiro aciona e controla o produto. No caso de pedido, do 
instante em que o cliente decide considerar a possibilidade de efetuar um 
pedido até o momento em que recebe o produto/serviço solicitado e efetua o 
pagamento. 
 
Segundo Bowersox e Closs (2007), o processamento do pedido está associado 
à satisfação das necessidades dos clientes. Os sistemas de processamento de 
pedidos com recursos tecnológicos de ponta podem manter uma integração 
através de comunicação bidirecional com os clientes, satisfazendo-os dentro 
das restrições das operações logísticas planejadas, afastando-se da abordagem 
tradicional que atribui o desempenho ao estoque disponível ou à fabricação já 
programada aos clientes. 
 
Principais etapas do Ciclo do Pedido: 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 9 
• Preparação do pedido; 
• Transmissão do pedido; 
• Entrada do pedido. 
 
Temos também as características das etapas do Ciclo do Pedido. 
 
 
Figura 1.1 – Etapas do Ciclo do Pedido 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 10 
Se todas as atividades operarem para os seus limites máximos de tolerância, a 
percepção do cliente será de uma variação de 16,5 dias no Ciclo do Pedido. Fica 
desta forma evidente a importância de uma gestão por processo. 
 
Outras consequências da evolução das etapas do Ciclo do Pedido sobre a 
Cadeia de Suprimentos: 
 
• Maior agilidade: o tempo das etapas passa de semanas para dias e, algumas, 
para minutos. 
• Maior precisão e agilidade das atividades de: movimentação de materiais, 
programação de transportes e emissão dos documentos legais. 
 
Problemas comuns na gestão do Ciclo de Pedido 
Segundo Fleury (2007), por maior que seja a sofisticação dos sistemas 
envolvidos, os problemas mais comuns são: 
 
Percepções conflitantes entre clientes e fornecedores sobre o real 
desempenho do ciclo do pedido 
Isso é mais comum quando as etapas do Ciclo do Pedido são medidas 
separadamente, com tolerâncias próprias, o que pode gerar uma percepção de 
que cada etapa atende a variações aceitáveis de tempo (olhar as variações das 
etapas de forma individual sem considerar o impacto acumulado). Entretanto, 
para o cliente, o ciclo é medido do momento da emissão do pedido até a sua 
entrega efetiva. A tabela abaixo exemplifica a situação: 
 
Variabilidade dos tempos de resposta do Ciclo do Pedido 
Resultado típico da falta de padronização dos processos e de sofisticação dos 
sistemas de controle. No exemplo anterior, qual o prazo a ser passado para o 
cliente? Como medir esse nível de serviço? Segundo o autor, as principais 
causas da variabilidade podem ser classificadas como: 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 11 
• Informacionais: atraso na transmissão dos pedidos; demora na aprovação 
do crédito; demora na negociação de descontos; ou prioridade no atendimento. 
• Físicos: disponibilidade de estoque; espera para a consolidação de carga; 
atrasos diversos nos transportes ou dificuldade na entrega aos clientes. 
 
Flutuações da demanda 
Alguns dos fatores que contribuem para estas flutuações são: 
• Promoções de vendas; 
• Descontos em quantidades; 
• Sistemas de avaliação da força de vendas em cotas mensais; 
• Movimentos especulativos dos clientes; 
• Fatores sazonais. 
 
O que deve ser feito para melhorar o desempenho 
Para Fleury (2010), a solução passa pelo aumento da cooperação entre clientes 
e fornecedores, que pode ocorrer através: 
 
Compartilhamento de informações através da difusão do conceito de 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos e uso de modernas técnicas de TI. 
 
Desenvolvimento de projetos conjuntos para eliminar desperdícios: (“Vendor 
Managed Inventory” – VMI; “Continuous Replenishment Planning” - CRP; 
“Collaborative Planning, Forecasting, and Replenishment” – CPFR). 
 
Ballou (2006) considera que através do acompanhamento do Ciclo do Pedido é 
possível acompanhar os fatores tangíveis do nível de serviço. A Logística 
controla os elementos individuais do Ciclo do Pedido, e como eles impactam no 
tempo total percebido pelo cliente, de forma o acompanhamento do ciclo 
permitirá estabelecer e controlar o nível de serviço. 
 
Para esta abordagem Ballou (2006) oferece a seguinte estrutura de atividades 
que compõem o processo do Ciclo do Pedido: 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 12 
 
 
Figura 1.2 – Estrutura de atividades do Ciclo do Pedido (Fonte: adaptação 
BALLOU,2006) 
 
Segundo Ballou (2006), em pesquisa realizada, os três principais problemas 
neste processo são: 
 Tempo médio de entrega. 
 Variabilidade do tempo de entrega. 
 Informações sobre o andamento do pedido. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 13 
O que reforça a proposta de linha de ação apresentada por Fleury 
(2010) 
Para a melhoria do desempenho das atividades envolvidas no Ciclo do Pedido, 
Bertaglia (2009) aponta algumas atividades importantes no processo, 
apresentando práticas de negócio que podem ser úteis, dentre as quais: 
 
Atentar para a consolidação de pedidos afeta diretamente o tempo de 
atendimento ao cliente, e deve seguir as características de distribuição e dos 
produtos a serem distribuídos, podendo ser baseada em pedidos por cliente, 
tipo de produto, origem, destino, região, tipo de carga e empresa de 
transportes. 
 
Maximizar o aproveitamento do transporte na formação da carga, ao considerar 
variáveis como distância a ser percorrida, roteiros, capacidades e características 
do produto. A eventual capacidade ociosa pode ser reduzida com a aplicação de 
tecnologia na roteirização de viagens, que diminuirá os custos e tornará mais 
eficiente o serviço prestado. 
 
Buscar a máxima acurácia do estoque, pois é fundamental para uma separação 
dos produtos eficaz e eficiente, sem perdas de tempo e desperdícios oriundos 
de diferenças de estoque. 
 
No carregamento do veículo, utilizar equipamentos de movimentação e 
plataformas de carga e de descarga que permitam maior agilidade; além de 
tentar ao máximo organizá-lo de forma compatível à sequência de paradas nos 
clientes, evitando movimentações desnecessárias (maior acessibilidade) de 
outros produtos durante a entrega. 
 
Ajustes no tempo dociclo do pedido 
Segundo Ballou (2006), algumas políticas ou diretrizes de serviço ao cliente 
estabelecidas pelas empresas acabam por causar problemas, provocando 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 14 
variações nos padrões normais do tempo de ciclo de pedidos, dentre as quais 
cita: 
 
I. Estabelecer prioridades para o atendimento de pedidos 
Quando há pedidos em aberto, o critério para a priorização ao atendimento 
pode afetar clientes importantes ou de uma forma geral caso não vise à 
maximização de pedidos liberados, ou o atendimento aos principais clientes. A 
empresa deve analisar a melhor alternativa onde a variação do tempo do ciclo 
do pedido gere menor impacto para o seu negócio. 
 
II. Padrão das condições do pedido 
Diz respeito a questões associadas à qualidade do serviço prestado, 
considerando que mercadorias que cheguem ao cliente danificadas ou 
inutilizadas afetam seriamente o tempo do ciclo do pedido, com impacto direto 
sobre os custos. Ações preventivas associadas à gestão da qualidade e o 
desenvolvimento de processos para a devolução e reposição de mercadorias 
trocadas e danificadas poderão reduzir o tempo de ciclo de pedido em situações 
já comprometidas por problemas de qualidade do serviço. 
 
III. Restrições de pedidos 
Há situações onde pode ser importante a definição de critérios para o 
atendimento de pedidos como: imposição de tamanho mínimo e um 
cronograma preciso de transporte de produtos criam restrições que possibilitam 
o enxugamento de custos desnecessários resultantes da ineficiência da 
operação; permitindo a otimização da ocupação do transporte e do roteiro 
selecionado para a entrega. 
 
Obtendo vantagem competitiva através do gerenciamento de 
pedidos 
Segundo Bertaglia (2009), a melhoria da gestão de pedidos vem se tornando o 
foco das empresas na busca de competir de maneira mais forte nos mercados. 
O pedido perfeito se refere à entrega conforme solicitado pelo cliente, 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 15 
considerando-se prazos, quantidades, produtos corretos e especificações; e 
passa a ser a busca constante dessas empresas. Segundo pesquisa da 
American Productivity and Quality Center (APQC) três práticas foram 
identificadas como as mais importantes para o atingimento desse objetivo: 
 
1. Rompimento das barreiras funcionais e organizacionais 
Normalmente não há integração entre os departamentos por onde passam os 
pedidos, sendo esse fluxo desordenado e confuso. As consequências associadas 
são o aumento do tempo do ciclo do pedido e a perda de referência do cliente 
para a comunicação sobre o seu pedido. A solução adotada por empresas é a 
implantação de um processo centralizado de administração dos pedidos, como 
forma de integração das funções envolvidas. Esse processo tem medidas de 
desempenho bem definidas, e conta com o feedback dos clientes como base 
para a melhoria. 
 
2. Objetivo de entregar o pedido perfeito 
O nível de serviço prestado está diretamente associado à conformidade aos 
requerimentos dos pedidos; gerando a satisfação e lealdade crescente dos 
clientes. Há o reconhecimento de empresas de que a participação dos clientes 
no processo é fundamental, pois a troca de informações com eles permite a 
rápida identificação das suas necessidades, e a criação de relacionamentos 
duradouros (indiretamente, vantagem competitiva para ambas as partes). 
 
Indisponibilidade de produtos para a entrega, baixo desempenho na entrega, 
tempo de entrega afetado por problemas de trânsito ou problemas do 
transportador e problemas na fatura são considerados os fatores que mais 
afetam o nível de serviço. 
 
3. Melhoria da gestão de pedidos 
A busca principal é pela redução do tempo do ciclo do pedido, otimizando ou 
eliminando funções realizadas no processo; com a aplicação da tecnologia (em 
constante evolução) é possível utilizar programas como: EDI (troca eletrônica 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 16 
de dados); VMI (estoque administrado pelo fornecedor) ou ECR (resposta 
eficiente ao consumidor); além de conceitos de relacionamento como o CRM 
(gestão do relacionamento com o cliente). 
 
Uma análise dos processos do negócio com o uso de técnicas de otimização e 
de melhoria contínua pode obter importantes resultados na diminuição de 
tempo e de custo através da redução no nível de estoques, na quantidade de 
produtos obsoletos, na melhoria das estimativas de vendas, na disponibilidade 
de informações em tempo para tomada de decisões mais ágeis e consistentes. 
 
A capacidade de serviço ao cliente com base na disponibilidade e 
no desempenho operacional 
Para Bowersox (2007), a capacidade de serviço ao cliente com base na 
disponibilidade e no desempenho operacional são fundamentais para o 
atendimento de um pedido perfeito, devendo contemplar todos as etapas do 
serviço, incluindo as atividades de apoio, como o faturamento, sendo perfeito 
do recebimento do pedido até a sua entrega. Para tal, é importante considerar 
os seguintes aspectos: 
 
Este conceito é uma extensão do conceito da qualidade, dependendo 
intensivamente da tecnologia sendo, portanto, caro. Isso torna difícil torná-lo 
uma promessa para todos os clientes, sendo necessário adotá-lo como uma 
opção estratégica para clientes selecionados. 
 
Mais do que a disponibilidade de estoque em determinadas localizações, é 
importante desenvolver uma estratégia de localizações secundárias com uma 
rigorosa e ágil gestão dos estoques, de forma a reposicioná-los de acordo com 
a identificação das variações de demanda. 
 
Estes programas extrapolam o serviço básico, necessitando de acordos 
estruturados entre clientes e fornecedores, estreitand. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 17 
As relações de trabalho que se desenvolverão ao longo do tempo baseadas em 
intensa troca de informações. O objetivo é construir uma sólida compreensão 
sobre a satisfação das necessidades do cliente. 
 
Maximizando o desempenho da cadeia de suprimentos 
A resposta ao cliente no ciclo do pedido se tornou efetivamente uma questão 
de desempenho operacional da Cadeia de Suprimentos, tendo em vista a 
disponibilidade de recursos tecnológicos para a maior agilidade das atividades 
burocráticas e informacionais. 
 
Para este melhor desempenho é importante entender o projeto da Cadeia de 
Suprimentos, pois a estratégia adotada possibilitará estabelecer a velocidade do 
fluxo do ciclo do pedido, fator determinante de competitividade e satisfação no 
mercado. 
 
Estratégia para a cadeia de suprimentos: eficiência ou 
flexibilidade? 
Segundo Taylor (2005), determinar a estratégia a ser adotada é o primeiro 
passo para o desenvolvimento de um projeto de Cadeia de Suprimentos. 
Quando a Logística era considerada apenas uma atividade de apoio, a meta era 
determinar a melhor forma de movimentar. 
 
Que se queria vender. Atualmente, o projeto de comercialização é irrelevante 
se não se conseguir produzir e entregar o produto de maneira lucrativa. 
 
Para as Cadeias de Suprimentos, duas são as linhas estratégicas a serem 
adotadas: maior eficiência ou maior flexibilidade. Embora gestores entendam 
que devam obter os dois, essas opções constituem um “trade-off”, pois o 
aumento da flexibilidade pode significar maiores custos com transportes, 
estoques e capacidade para gerar disponibilidade em curto prazo para o cliente; 
o que vai no sentido inverso a uma política de eficiência (como mostra a 
figura). 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 18 
A meta é buscar o equilíbrio na curva de “trade-off” através da estratégiacorporativa de posicionamento sobre a fronteira de eficiência mostrada na 
figura. Segundo Taylor (2005), a empresa definirá este posicionamento através 
de três fatores: produto, preço e serviço. 
 
O foco em produtos maduros e preços levam a estratégias posicionadas mais 
próximas da eficiência; enquanto produtos novos e serviços irão demandar 
maior flexibilidade. Entretanto, é importante considerar que a diversidade de 
produtos e clientes pode exigir a existência de diferentes estratégias 
sobrepostas (concomitantes), como é o caso do Walmart. 
 
Maximização do desempenho da cadeia de suprimentos 
Para Taylor (2005) o deslocamento da “fronteira de eficiência” através de novas 
técnicas e tecnologias é a forma de melhorar o desempenho da Cadeia de 
Suprimentos, podendo ser adotadas linhas de ação como a aceleração do 
movimento do estoque pela Cadeia de Suprimentos, ou a centralização dos 
riscos com estoques virtuais em diversas localidades. 
 
O aumento da velocidade dos estoques na Cadeia de Suprimentos aumenta a 
eficiência do processo em função da menor permanência de estoques na 
cadeia, dando também maior flexibilidade devido à redução do tempo 
necessário para a mudança do posicionamento de produtos pelos locais de 
distribuição. 
 
Este aumento de velocidade pode ser obtido por alguns meios, dentre os quais: 
 
Uso de transportes mais rápidos – é parte do “trade-off” logístico clássico 
com a manutenção de estoques (níveis), podendo também representar um 
aumento efetivo das vendas. 
 
Processamento mais inteligente dos pedidos – estoques ainda 
permanecem por muito tempo na Cadeia de Suprimentos devido ao baixo giro 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 19 
dos estoques gerados pela variabilidade das demandas e a má comunicação 
entre os elementos da cadeia, mas também devido a critérios de atendimento 
de pedidos pouco eficazes que levam à perda de tempo na separação, 
preparação e expedição. 
 
Rever o processo que envolve o ciclo do pedido – uma análise para a 
melhoria do processo com a implementação de um Sistema de Gestão da 
Qualidade irá garantir a prática da cultura da melhoria contínua, que permitirá 
obter constantes ganhos nos tempos de permanência dos estoques. 
 
Livrar-se de atividades que não agregam valor – esta é uma 
consequência da aplicação de metodologias de análise e otimização de 
processos, que são ferramentas utilizadas para a melhoria contínua. 
Normalmente atividades de movimentação sem o objetivo específico de 
produção ou entrega (ou seja, não destinadas à agregação de valor) podem e 
devem ser analisadas e eliminadas. 
 
Acelerar o fluxo de demanda – quanto mais rapidamente se move a 
demanda, quanto mais rapidamente os fornecedores do início da cadeia 
movimentam o fluxo de suas demandas, mais rapidamente os demais 
fornecedores podem responder a modificação nessa demanda. 
 
Available to Promise (ATP) 
A Available to Promise (ATP) é definido pela APICS (American Production 
and Inventory Control Systemas) como o estoque de produto disponível e não 
comprometido, mantido de forma planejado para atender às necessidades dos 
clientes. 
 
De acordo com Bertaglia (2009), o objetivo principal é identificar se uma 
quantidade de produto pode ser entregue para um determinado cliente quando 
ele solicitar, utilizando informações de diversas fontes. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 20 
A disponibilidade é calculada através da análise comparativa da demanda e do 
fornecimento ao cliente, considerando-se os pedidos planejados e as 
requisições de compras emitidas. Segundo o autor o ATP é considerado pela 
maioria dos softwares de gestão. 
 
Atividade proposta 
Desenhe a cadeia de suprimentos do mercado de roupas (escolha o segmento) 
envolvendo apenas três elementos da rede de suprimentos: o fabricante de 
tecidos, a confecção e a rede de lojas (considere apenas um fabricante, uma 
confecção e uma loja). Com a cadeia de suprimentos desenhada, identifique e 
detalhe o Ciclo do Pedido nas duas etapas da cadeia: do fornecedor de tecido 
para a confecção e da confecção para as lojas, estabeleça os pontos críticos 
que podem afetar o tempo do Ciclo do Pedido e proponha ações que possam 
estabelecer o adequado equilíbrio do fluxo de produto. Tenha em mente que a 
demanda da loja segue, em alguns momentos, um perfil sazonal, tendo como 
principal característica a necessidade do uso de métodos de previsão. 
 
Chave de resposta: Você deverá demonstrar a compreensão do circuito 
demanda-entrega nas duas relações pelo ponto de vista de suprimentos e de 
distribuição, aplicando o entendimento da disponibilidade de estoque e do 
tempo de resposta em função da variabilidade da demanda. Deverá aplicar os 
conceitos e abordagens apresentados na aula para desenvolver a análise. 
 
Atividade proposta 
Utilizando o desenho da Cadeia de Suprimentos da atividade anterior, 
acrescente mais uma confecção e mais uma loja, e reavalie a complexidade das 
relações com a inclusão desses novos elementos. 
 
Chave de resposta: Você deverá avaliar e analisar a complexidade para a 
garantia de disponibilidade com o aumento do número de pontos para a 
distribuição, que faz crescer a incerteza em função de diferentes 
comportamentos de demanda a serem atendidos. Precisará pensar como aplicar 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 21 
o conceito de disponibilidade neste caso, que demandará maior compreensão 
da utilização dos estoques, seu posicionamento e a dinâmica (velocidade e 
flexibilidade) necessária para os estoques nesta situação. 
 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
BERTAGLIA, Paulo R. Logística e gerenciamento da cadeia de 
abastecimento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo 
de integração da cadeia de suprimentos. 1. ed. 5. reimpr. São Paulo: Atlas, 
2007. 
FIGUEIREDO, Kleber F.; FLEURY, Paulo F.; WANKE, Peter. Logística e 
gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de 
produtos e dos recursos. 1. ed. 6. reimpr. São Paulo: Atlas, 2010. 
TAYLOR, David A. Logística na cadeia de suprimentos: uma perspectiva 
gerencial. São Paulo: Pearson/Addison-Wesley, 2005. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Alguns aspectos do Ciclo do Pedido são beneficiados pelo desenvolvimento da 
tecnologia, como: Anote a opção INCORRETA. 
a) Confecção do pedido 
b) Separação do pedido 
c) Transporte do pedido 
d) Transmissão do pedido 
e) Liberação do pedido 
 
Questão 2 
Como as promoções de vendas podem gerar flutuações de demanda? Anote a 
alternativa CORRETA. 
a) Por aumento de preço 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 22 
b) Por redução de preço 
c) Por aumento da demanda 
d) Por diminuição da demanda 
e) Por indisponibilidade do fornecedor 
 
Questão 3 
Qual das opções abaixo é uma das causas para problemas de percepções 
conflitantes entre clientes e fornecedores? 
a) Desinformação dos clientes. 
b) Objetivos independentes e não alinhados na organização do fornecedor. 
c) Incompatibilidade entre os negócios do cliente e do fornecedor. 
d) Solicitação de produto ou serviço complexo e de difícil processamento. 
e) Falta de informação quanto à previsão de entrega do pedido ao cliente. 
 
Questão 4 
Identifique dentre as alternativas abaixo aquela que não corresponde a uma 
das atividades do processo de atendimento a pedido: 
a) Análise de crédito. 
b) Preparação do pedido. 
c) Seleção do fornecedor.d) Entrega do pedido. 
e) Seleção do cliente. 
 
Questão 5 
Marque a afirmativa FALSA sobre o impacto do Comércio Eletrônico sobre o 
ciclo do pedido: 
a) Houve um aumento do tempo do ciclo, pois o cliente passou a ser um 
participante mais lento no processamento do pedido. 
b) Com o uso da tecnologia o tempo de preparação do pedido se tornou 
menos perceptível para o cliente em função da participação direta nessa 
etapa. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 23 
c) Não se poder afirmar que tenha havido uma melhoria real no tempo do 
ciclo do pedido, pois provocou um congestionamento da Logística de 
Distribuição pelo aumento da quantidade de pedidos e a pulverização de 
itens para entrega. 
d) Gerou a necessidade de rever a aplicação de tecnologia e de novas 
técnicas operacionais para que as atividades físicas do ciclo do pedido 
não se tornem os efetivos “gargalos” do processo. 
e) Com a maior agilidade das atividades burocráticas do processo diversas 
decisões são tomadas automaticamente, o que aumentou a importância 
da precisão das informações disponibilizadas associadas, em parte, à 
acurácia dos registros das movimentações físicas. 
 
Questão 6 
Alguns elementos de nível de serviço são básicos e, portanto, toda a empresa 
que deseje obter sucesso deve minimamente oferece-los. “Para que os pedidos 
sejam entregas no prazo e completos, OTIF, on time in full (no prazo e 
completo)”, essa definição refere-se a que nível de serviço? 
a) Tempo de entrega 
b) Frequência de entregas 
c) Flexibilidade 
d) Disponibilidade de estoque 
e) Intangíveis 
 
Questão 7 
Indique a sigla que não represente um método de melhoria da gestão de 
pedidos: 
a) EDI 
b) VMI 
c) WMS 
d) CRM 
e) ECR 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 24 
Questão 8 
Marque a atividade do ciclo do pedido diretamente beneficiadas pela alta 
acurácia dos estoques: 
a) Montagem do pedido (retirada do estoque e composição física do 
pedido). 
b) Roteirização para a entrega. 
c) Consolidação da carga para carregamento do veículo. 
d) Análise de crédito. 
e) Seleção da transportadora. 
 
Questão 9 
Para que a qualidade seja garantida é preciso monitora-la ao longo de toda a 
Cadeia de Suprimentos, desde o recebimento da matéria prima até a entrega 
do produto acabado ao cliente. Alguns indicadores que vão informar se os 
controles sobre o atendimento dos pedidos estão sendo funcionando, como: 
Aponte a opção INCORRETA. 
a) Pedido Perfeito ou Perfect Order 
b) Pedidos Completos e no Prazo ou %OTIF 
c) Entregas no Prazo 
d) Taxa de Atendimento do Pedido 
e) Tempo de picking 
 
Questão 10 
Alguns elementos de nível de serviço são básicos e portanto toda a empresa 
que deseje obter sucesso deve minimamente oferece-los. “Para que os pedidos 
sejam entregas no prazo e completos, OTIF, on time in full (no prazo e 
completo)”, essa definição refere-se a que nível de serviço? 
a) Tempo de entrega 
b) Frequência de entregas 
c) Flexibilidade 
d) Disponibilidade de estoque 
e) Intangíveis 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 25 
Questão 11 
Sendo o estoque de segurança e a capacidade variáveis que proporcionam 
maior disponibilidade na Cadeia de Suprimentos e, consequentemente, maior 
velocidade de resposta à demanda dos clientes; pode-se dizer que o aumento 
dessas duas variáveis irá favorecer o aspecto da cadeia referente a: 
a) Eficiência 
b) Custo 
c) Giro 
d) Flexibilidade 
e) Rentabilidade 
 
Questão 12 
O uso de transportes rápidos como forma de maximizar o desempenho da 
Cadeia de Suprimentos pode trazer também trazer consequências negativas 
para a operação. Dentre elas podemos citar: 
a) Aumento dos níveis dos estoques. 
b) Aumento do Ciclo do Pedido. 
c) Redução dos custos de recebimento/expedição. 
d) Encarecimento dos custos de transportes. 
e) Aumento do custo total quando comparado à manutenção de estoques. 
 
Questão 13 
Algumas questões devem ser definidas pelas empresas no tocante aos clientes. 
Algumas dessas indagações são de fácil captação, outras são mais complexas, 
de qualquer forma, entende-las é fundamental para o sucesso do negócio da 
empresa. Dentre elas podemos citar: 
A) Até onde chegar na personalização dos clientes? 
B) Onde atender o cliente? 
C) Como competir com custo e preço mais baixo? 
D) Como melhorar a produtividade de vendas? 
E) Quais clientes são mais importantes? 
a) A, B, C, D – corretas 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 26 
b) A, C, D, E – corretas 
c) A, B, D, E – corretas 
d) B, C, D, E - corretas 
 
Questão 14 
Um Sistema de Gestão da Qualidade bem implementado pode ser um grande 
aliado na melhoria do desempenho da Cadeia de Suprimentos porque: 
a) Tem como um dos focos a melhoria contínua dos processos. 
b) Tem foco exclusivamente nos custos, buscando sempre a alternativa que 
o reduza. 
c) Possibilita a tomada de ações corretivas, embora não se possa ter uma 
atitude preventiva. 
d) Todo processo tem um erro, e todo erro está associado ao desempenho 
da Cadeia de Suprimentos. 
e) As melhorias necessárias não são de gestão, são sempre operacionais, e 
este é o foco do Sistema de Gestão da Qualidade. 
 
Questão 15 
Para que a empresa obtenha sucesso na criação de valor, é necessário antes de 
mais nada identificar as atividades na Cadeia de Valor que irão acrescentar o 
que o cliente realmente necessita(nível de serviço). Algumas atividades geram 
mais valor que outras, e faz-se necessário identifica-las. Dentre as atividades de 
apoio ou indiretas que são as que normalmente geram mais valor, estão: 
Aponte a opção CORRETA. 
a) Operações 
b) Sistemas integrados de informação 
c) Logística de Entrada 
d) Marketing e Vendas 
e) Logística de Saída 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 27 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: Podem ser citadas quaisquer atividades em que a tecnologia tenha 
proporcionado a redução da interferência humana no processamento, inserção 
do cliente no processo ou aumento da velocidade de disponibilização de 
informação. O transporte do pedido não gera benefícios em seu ciclo em 
virtude da tecnologia. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: Promoções são utilizadas com a finalidade de alavancar vendas 
para escoamento de estoques, antecipação de receitas, ocupação de 
capacidade ociosa, lançamento de produtos, entre outros. O que leva a 
formação de “picos” e eventuais “vales” de demanda. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: A falta de integração entre as áreas do fornecedor faz com que 
estabeleçam limites próprios para as diversas etapas do processo, inviabilizando 
a determinação de um prazo confiável de entrega ao cliente. 
 
Questão 4 - E 
Justificativa: A resposta (e) é caracterizada por uma inversão do fluxo normal 
do ciclo do pedido, que se inicia no cliente selecionando o fornecedor. 
 
Questão 5 - A 
Justificativa: De fato o uso da Internet estabelece uma participação direta do 
cliente no início do ciclo do pedido, o que posterga a percepção do cliente 
quanto à “passagem do bastão” para o fornecedor. Associar essa interação ao 
tempo do ciclo é um erro, pois ele agora está mais claramente associado ao 
desempenho operacional até a entrega ao cliente. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 28 
Questão 6 - D 
Justificativa: Para que os pedidos sejam atendidos de forma perfeita (OTIF) é 
necessário que os itens estejam disponíveis em estoque. As outras opções 
referem-se aos atributos correspondentes. 
 
Questão7 - C 
Justificativa: O WMS (“Warehouse Management System”) é um software 
voltado para o apoio à operação em armazéns, pode tornar melhor o controle 
das movimentações de materiais, mas não constitui um método. Utilizar um 
WMS exige organização prévia das operações do armazém. 
 
Questão 8 - A 
Justificativa: A pouca acurácia dos estoques pode levar à venda de produtos 
que não estejam efetivamente no estoque, provocando perda de tempo na 
preparação do pedido, pois a equipe não poderá compor o pedido como 
esperado. 
 
Questão 9 - E 
Justificativa: 1 ) Pedido Perfeito ou Perfect Order 
Determina a taxa de pedidos sem erros em cada estágio do pedido do Cliente. 
Deve considerar cada etapa na "vida" de um pedido. O cálculo é feito através 
do % de Acuracidade no Registro do Pedido x % Acuracidade na Separação x 
% Entregas no Prazo x % Entregas sem Danos x % Pedidos Faturados 
Corretamente. As melhores práticas indicam uma performance mínima de 70%. 
2 ) Pedidos Completos e no Prazo ou %OTIF (On Time in Full) 
Indica às entregas realizadas dentro do prazo e atendendo as quantidades e 
especificações do pedido. O cálculo é executado através da relação: Entregas 
Perfeitas /Total de Entregas Realizadas x 100. A performance média deve girar 
em torno dos 75%, para clientes classe A deve ser maior podendo atingir a 
95%. 
3 ) Entregas no Prazo 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 29 
Desmembramento da OTIF; calcula o % de entregas realizadas no prazo 
acordado com o Cliente. O cálculo é feito através da relação: Entregas no prazo 
/ Total de Entregas Realizadas x100. A performance deve ser alta, entre 90 e 
95%. 
4) Taxa de Atendimento do Pedido 
É também um desmembramento da OTIF; mede % de pedidos atendidos na 
quantidade e especificações solicitadas pelo Cliente. É calculado através da 
relação: Pedidos integralmente atendidos / Total de Pedidos Expedidos x100. O 
resultado deve também ser bem alto quase chegando a perfeição, em torno de 
99%. 
5 ) Tempo de Ciclo do Pedido 
É o tempo decorrido entre a realização do pedido por um Cliente e a data 
efetiva da entrega. Deve ser calculado através da expressão: Data da Entrega - 
Data da Realização do Pedido. A performance vai variar de acordo com o nível 
de serviço estabelecido, dependendo aí de distância, classificação dos itens do 
pedido (ABC) e do cliente. 
 
Questão 10 - D 
Justificativa: Para que os pedidos sejam atendidos de forma perfeita ( OTIF ) é 
necessário que os itens estejam disponíveis em estoque. 
 
Questão 11 - D 
Justificativa: Aumentando os níveis dos estoques e a capacidade da Cadeia de 
Suprimentos, ela se torna mais flexível para responder à variações de demanda 
dos clientes, pois terá disponibilidade física de produto ou capacidade para 
fazê-lo no momento em que for necessário. Entretanto, essa disponibilidade 
exige investimentos nem sempre utilizados que irão onerar os custos 
operacionais, representando excedentes e desperdícios. 
 
Questão 12 - E 
Justificativa: O uso de transportes mais rápidos possibilita a manutenção de 
níveis menores de estoque, levando a um aumento do giro com a redução dos 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 30 
custos de estoque. Por outro lado, haverá um aumento da frequência de 
recebimentos/expedições (que acontecerão em menores intervalos de tempo) e 
um consequente aumento do risco de falta de produto associado à qualidade do 
fornecedor e do transportador. Como um dos princípios de custos logísticos, há 
de se avaliar o resultado do custo total (aumento do transporte – aumento do 
custo de estoque), pois em caso de resultado que aponte para um crescimento, 
essa política deverá ser revista. 
 
Questão 13 - B 
Justificativa: Onde serão atendidos os clientes não é uma definição para 
implantação do ECR, as outras são pertinentes. 
 
Questão 14 - A 
Justificativa: O Sistema de Gestão da Qualidade têm como uma das suas bases 
o Ciclo do PDCA, que estabelece um ciclo de melhoria contínua através da 
medição e análise dos resultados operacionais do planejamento realizado, de 
forma a identificar ações corretivas que, inseridas na revisão do plano inicial, 
irão melhorar o desempenho do processo. 
 
Questão 15 - B 
Justificativa: Os sistemas Integrados de Informação é o único sub processo de 
apoio para a identificação do valor que irá definir o nível de serviço ao cliente. 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 31 
 
Introdução 
A distribuição física pode ser, no cenário atual, considerada a eficácia da Cadeia 
de Suprimentos, ou seja, o resultado final de todos os processos que 
tramitaram ao longo da Cadeia. Notamos também uma interface muito 
significativa entre a distribuição e o cliente, portanto um planejamento 
cuidadoso e a consequente implantação da estrutura adequada da distribuição 
física vai permitir com que os fundamentos estratégicos da Cadeia de 
Suprimentos sejam plenamente contemplados. 
 
Objetivo: 
1. Conhecer os critérios que devem ser abordados no planejamento da 
distribuição física; 
2. Entender as Estruturas mais usuais da distribuição física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 32 
Conteúdo 
Introdução 
A distribuição física é o subsistema mais complexo da cadeia logística. Tanto 
que durante muitos anos foi confundida com o próprio sistema. 
 
De um lado, tem que cobrir todas as etapas que ligam a produção ao 
consumidor final: estocagem, armazenagem, embalagem e transporte. 
 
De outro, acrescenta custos que não trazem qualquer alteração ao valor do 
produto. Como custo de capital, temos investimentos em armazéns, veículos e 
equipamentos de movimentação. Como custos operacionais, mão de obra, 
combustíveis, manutenção de estoques, veículos e equipamentos. 
 
O projeto de distribuição física é definido por fatores como localização 
geográfica do mercado consumidor, quantidade de clientes, números e volume 
de pedidos, características e variedades de itens fornecidos. Uma empresa 
montadora de computadores terá uma estrutura de distribuição bem mais 
simples que um distribuidor de produtos de varejo, por exemplo. 
 
A rede de distribuição do primeiro, embora extensa, fica simplificada em 
função do pequeno mix de produtos a serem distribuídos, ao contrário do 2º 
caso que vai distribuir uma infinidade de produtos dos mais diferentes tipos 
com entregas no varejo, em quantidades também muito diversificadas. 
 
Provavelmente, deverão ter CDs estrategicamente localizados, de forma a 
reduzir seus custos de transporte e aumentar a segurança do abastecimento 
em locais mais distantes com a redução do tempo de entrega. 
 
Pode-se dizer, portanto, que a distribuição é o planejamento do abastecimento 
de clientes, filiais e depósitos, visando assegurar um máximo de vendas. Por 
isso, deve responder a três perguntas: 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 33 
• Quanto distribuir? – Qual a quantidade ideal. 
• Onde distribuir? – programação de remessas. 
• A quem distribuir? - transporte, estocagem e rede de revenda. 
 
Planejamento da distribuição 
A fim de criar a estrutura adequada de distribuição, as empresas necessitam 
traçar planejamentos cuidadosos que deverão ajustar as ações às suas 
necessidades. Em um planejamento da Distribuição Física, alguns parâmetros 
fundamentais devem ser abordados e estudados com precisão: 
 
1. Necessidade 
 
Analisar necessidades de distribuição 
Aqui deverão ser definidas como deverá ser a distribuição em função, 
principalmente,dos tipos de produtos e exigências da demanda (localização, 
concentração e quantidade). 
 
2. Recursos 
 
Analisar recursos de distribuição 
Deverão ser analisados os recursos necessários para que sejam contempladas 
todas as necessidades da distribuição, como: CDs, níveis de estoques por tipo 
de produto, frota de distribuição, tempo de entrega e parcerias. 
 
3. Necessidade x Recursos 
 
Equilibrar necessidades e recursos de distribuição 
Nesse aspectos deverão ser referenciadas as necessidades e ajustados com os 
recursos, ou seja, deverá ser executado um trade off entre as necessidades e 
os recursos possíveis. 
 
4. Plano de distribuição 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 34 
Elaborar plano de distribuição 
Todas as atividades e rotinas que irão envolver o processo da distribuição 
deverão estar definidos. 
 
5. Organizações do processo 
 
Integrar organizações do processo e se relacionar com clientes 
Como o próprio fundamento da Cadeia de Suprimentos sugere, a integração 
entre os parceiros no processo de distribuição é mandatário para que obtenha-
se sucesso. Lembrando ainda que um dos conceitos da Cadeia de Suprimentos 
é que os fornecedores tem a mesma importância que os clientes, portanto um 
bom relacionamento com esses atores é indispensável. 
 
6. Previsões 
 
Reduzir retorno de produtos; elaborar previsões com os clientes 
O retorno de produtos é altamente impactante tanto na questão de custos 
quanto na de nível de serviço. O retorno de produtos desagrada o cliente em 
função deste não ter sido atendido conforme sua necessidade e ainda impacta 
quanto aos custos sob forma de transporte de retorno, questões fiscais e 
retrabalhos. Esses retornos podem ser classificados como Logística Reversa de 
pós-venda, que caracteriza-se pelo retorno de produtos que tiveram pouca ou 
nenhuma utilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 35 
 
Atenção 
 Os motivos mais comuns desses retornos estão exemplificados a 
seguir: 
Logística Reversa de Pós-venda 
Motivo do Retorno 
• Erros de expedição; 
• Excesso de estoques; 
• Produtos sazonais; 
• Produtos defeituosos; 
• Validade de expiração; 
• Produtos danificados no transporte ou movimentação. 
Destino dos Retornos 
• Mercado primário; 
• Conserto; 
• Mercado secundário; 
• Remanufatura; 
• Desmanche; 
• Reciclagem; 
• Aterro sanitário; 
 
7. Regras 
 
Estabelecer regras claras para pedidos urgentes 
O atendimento a pedidos urgentes é uma característica importante para as 
empresas e pode ser considerada como um diferencial. Classificada como uma 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 36 
flexibilidade, esses atendimentos emergenciais devem ser bem-definidos, pois 
via de regra eles adicionam um custo não previsto à atividade de distribuição. 
 
8. Tecnologia 
 
 
Tecnologia da informação 
Seria imaginar a gestão de um processo complexo como o de Distribuição Física 
sem o auxílio indispensável de ferramentas adequadas de TI, que possibilitem 
uma gestão corretas dos estoques, frotas de veículos, rastreamento do pedido 
etc. Nesse caso os mais usuais são os WMS’s (Wharehouse Management 
System) para os processos de estoques, picking, faturamento e expedição e os 
TMS’s (Transportation Management System) para gestão das frotas, 
roteirizações etc.). 
 
Analisar necessidades de distribuição 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
Analisar recursos de distribuição 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 37 
 
Fonte: <slideplayer.com.br>. 
 
Equilibrar necessidades e recursos de distribuição 
 
 
 
Elaborar plano de distribuição 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 38 
 
Fonte: <jbaonline.wordpress.com>. 
 
Tecnologia da informação 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 39 
 
Fonte: <osc-vector.com>. 
 
Estrutura da distribuição física (logística de distribuição) 
Para que o processo de distribuição física tenha sucesso é necessário que haja 
apoio em suas atividades e principalmente um centro de distribuição bem 
equipado para que todas as ações sejam eficientes e eficazes, tornando-se 
assim um importante diferencial competitivo e estratégico para as empresas. 
Se nos fosse possível traduzir todas as exigências dos clientes, uma palavra 
atenderia a essa tradução – Qualidade. Não é possível ter sucesso sem 
qualidade, ela não pode ser trocada sob nenhum pretexto. 
 
A redução contínua dos custos, a produtividade e a melhoria da qualidade tem 
demonstrado que é essencial para as organizações se manterem em operação. 
A qualidade transformou-se na mais importante arma competitiva e sua 
aplicabilidade vai além de garantir a qualidade do produto ou serviço, é uma 
maneira de gerenciar os processos da empresa para assegurar a completa 
satisfação do cliente. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 40 
Nas interfaces cliente-fornecedor o núcleo deve ser envolto por 
comprometimento com a qualidade, atendimento dos requisitos do cliente, pela 
comunicação da mensagem da qualidade e pelo reconhecimento da 
necessidade de mudança da cultura das organizações que instalam um sistema 
de qualidade. 
 
Se qualidade é o atendimento das exigências do cliente, esse assunto tem 
então amplas implicações. As exigências podem incluir disponibilidade, 
efetividade de entrega, confiabilidade, condições de manutenção e adequação 
de custos, entre muitos outros aspectos. 
 
Ao lidar com um relacionamento fornecedor/cliente, deve-se compreender não 
apenas as necessidades do cliente, mas também conhecer a capacidade da 
empresa em atendê-las. Dentro das organizações, entre clientes e fornecedores 
internos as transferências de informação sobre requisitos são frequentemente 
insuficientes e até ausentes. 
 
A melhoria de serviços a clientes é perpétua, pois as vantagens competitivas 
iniciais são, muitas vezes, atingidas com facilidade, transformando a distinção 
anterior em um atributo do tipo commodity, para ter não só acesso ao serviço, 
mas também para aumentar as expectativas do cliente, sempre exigente. Deste 
modo, os serviços constituem uma presença de mercado substancial e, talvez, 
continuarão assim. 
 
A qualidade do serviço e a satisfação do cliente são definidas pelos 
clientes por meio da avaliação subjetiva que fazem quanto à experiência que 
tiveram com os serviços prestados. 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 41 
 
Atenção 
 A excelência das comunicações entre clientes e fornecedores é a 
chave para a qualidade, ela permite erradicar a opinião difundida 
em muitas organizações de que o cliente é “chato/exigente”. É 
necessário estabelecer sistemas de retorno de informações do 
cliente e de sua reação, trabalho que deve ser programado para 
um contínuo acompanhamento. 
Qualquer informação pertinente ao produto ou serviço deve ser 
coletada, conferida, interpretada, analisada e comunicada com o 
objetivo de melhorar a resposta à experiência e as exigências do 
cliente. 
 
O apoio ao centro de distribuição 
Para que o processo de distribuição física tenha sucesso é necessário que haja 
apoio em suas atividades e principalmente um centro de distribuição bem 
equipado para que todas as ações sejam eficientes e eficazes, tornando-se 
assim um importante diferencial competitivo e estratégico para as empresas. 
Vamos a seguir detalhar os mais importantes serviços que um CD deverá 
executar para que a Logística de Distribuição obtenha sucesso,cumprindo 
assim o nível de serviço aos clientes propostos pela empresa. 
 
Prazo de entrega e precisão no atendimento 
Prazo de entrega 
 
Mais importante do que definir o prazo de entrega é cumpri-lo. E qual é o 
melhor prazo de entrega? Engana-se a empresa ou o profissional que imagina 
que o melhor prazo de entrega será o mais rápido possível. Esse prazo 
dependerá de inúmeras variáveis e dependerá de produto para produto, 
portanto a resposta à pergunta é: o prazo combinado ou aceito pelos clientes. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 42 
Deve-se ter também ter o cuidado de não tentar “surpreender” o cliente, 
antecipando a entrega. 
O cliente pode não estar preparado para receber em data antecipada, o que 
trará desconforto para este e aumento de custo para a empresa por ter que 
retornar na data acertada para refazer a entrega. Estudos demostram que o 
prazo de entrega é a maior preocupação dos atores envolvidos no processo de 
distribuição. 
 
Precisão no atendimento 
 
Esse é um fator de grande importância, ele traduz a exatidão de como o pedido 
do cliente foi atendido, seja na quantidade, na descrição dos itens ou ainda no 
faturamento, quanto a preços, impostos... 
 
Desempenho no atendimento do pedido do cliente 
Vejamos agora como é realizado o desempenho no atendimento do cliente. 
 
1. Pedido perfeito ou perfect order 
Calcula a taxa de pedidos sem erros em cada estágio do pedido do cliente. 
Deve considerar cada etapa na "vida" de um pedido. O cálculo é feito através 
do % de Acuracidade no Registro do Pedido x % Acuracidade na Separação x 
% Entregas no Prazo x % Entregas sem Danos x % Pedidos Faturados 
Corretamente. As melhores práticas indicam uma performance mínima de 70%. 
 
2. Pedidos completos e no prazo ou %OTIF (On Time in Full) 
Corresponde às entregas realizadas dentro do prazo e atendendo às 
quantidades e especificações do pedido. O cálculo é executado através da 
relação: 
 
Entregas Perfeitas/Total de Entregas Realizadas x 100. A performance média 
deve girar em torno dos 75%, para clientes classe A deve ser maior podendo 
atingir 95%. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 43 
 
 
3. Entregas no prazo 
Desmembramento da OTIF; mede % de entregas realizadas no prazo acordado 
com o Cliente. O cálculo é feito através da relação: 
 
Entregas no prazo/Total de Entregas Realizadas x 100. A performance deve ser 
alta, entre 90 e 95%. 
 
4. Taxa de atendimento do pedido 
 
É também um desmembramento da OTIF; mede % de pedidos atendidos na 
quantidade e especificações solicitadas pelo cliente. É calculado através da 
relação: 
 
Pedidos integralmente atendidos/Total de Pedidos Expedidos x 100. O resultado 
deve também ser bem alto, quase chegando à perfeição, em torno de 99%. 
 
5. Tempo de ciclo do pedido 
 
É o tempo decorrido entre a realização do pedido por um cliente e a data 
efetiva da entrega. Deve ser calculado através da expressão: 
 
Data da Entrega - Data da Realização do Pedido 
 
A performance vai variar de acordo com o nível de serviço estabelecido, 
dependendo de distância, classificação dos itens do pedido (ABC) e do cliente. 
 
Qualidade do produto entregue 
Neste atributo a distribuição física deverá atender aos aspectos de integridade 
do produto entregue. Lembrando sempre que a distribuição física representa a 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 44 
eficácia da cadeia de suprimentos, não podem haver falhas sobre o aspecto de 
danos ou enganos na entrega do produto. 
Na avaliação feita pelo comércio, o serviço de distribuição das indústrias 
detentoras das melhores práticas tem apresentado uma clara tendência de 
melhoria, após vários anos de crescente insatisfação com o seu desempenho. 
Entre 2003 e 2006, via de regra, houve uma redução de mais de 75% de 
varejistas insatisfeitos com o serviço de distribuição das melhores indústrias. 
 
 
Atenção 
 A análise de desempenho do serviço de distribuição física da 
indústria faz mais sentido se considerada conjuntamente com o 
nível de exigência do varejista pelo mesmo. 
Afinal, uma questão central a ser compreendida para se 
desenhar uma estratégia de serviços vencedora seria: Como 
atingir o nível de satisfação do cliente? E aí incluem-se a 
integridade da carga recebida e a carga entregada corretamente. 
 
Suporte no pós venda 
A pós-venda inclui uma série de aspectos como: assistência técnica, instalação, 
atendimento ao cliente (SAC), garantia, podemos considerar como pós-venda a 
Logística Reversa, pois os clientes, quando necessitam devolver uma 
determinada carga (mercadoria), seja por qualquer motivo, o tempo de 
resposta a essa solicitação é extremamente importante. 
 
Atendimento ao cliente 
 
Assistência técnica 
 
Peças de reposição 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 45 
Garantia 
 
Atividade proposta 
Sabemos que a OTIF é um dos critérios de avaliação de desempenho de 
atendimento de pedidos, que traz impactos diretos à Distribuição Física. Relate 
o seu entendimento sobre a OTIF e como deve ser calculada. 
 
Chave de resposta: Corresponde às entregas realizadas dentro do prazo e 
atendendo às quantidades e especificações do pedido. O cálculo é executado 
através da relação: 
 
Entregas Perfeitas/Total de Entregas Realizadas x 100. A performance média 
deve girar em torno dos 75%, para clientes classe A deve ser maior podendo 
atingir 95%. 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre estratégias de distribuição e redes 
logísticas, assista ao vídeo disponível em nossa galeria de vídeo. 
 
 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
CHOPRA, Sunil.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. 
MARTEL, Alain.; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 46 
TAHA, Hamdy A. Pesquisa operacional: uma visão geral. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008. 
COLIN, Emerson Carlos. Pesquisa operacional: 170 aplicações em estratégia, 
finanças, logística, produção, marketing e vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A volatilidade econômica, característica do mercado contemporâneo, resulta em 
uma maior complexidade operacional à Distribuição Física devido a: 
A - Ciclo mais curto de pedidos 
B - Competição baseada no ciclo do pedido e na qualidade 
C - Preço dos produtos 
D - Pedidos mais frequentes e em quantidades menores 
E - Aumento do número de sku’s em estoque 
a) A, B, C, D estão corretas 
b) B, C, D, E estão corretas 
c) A, C, D, E estão corretas 
d) A, B, D, E estão corretas 
 
Questão 2 
Busca-se, nos CDs, uma ligação mais efetiva entre comprador/vendedor, que 
traga como resultado a qualidade de serviços representada pelos itens: 
A - Maior lucratividade a curto prazo 
B - Precisão no atendimento 
C - Suporte no pós-venda 
D - Qualidade do produto entregue 
E - Entrega no prazo 
a) A, B, D, E estão corretas 
b) B, C, D, E estão corretas 
c) A, C, D, E estão corretas 
d) A, B, C, D estão corretas 
 
Questão 3 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 47 
As características dos clientes que podem influenciar a configuração da logística 
de entregas são as seguintes: 
A - Tamanho da encomenda 
B - Localização geográfica 
C - Nível de serviço requerido etempo de resposta 
D - ICMS referente a sede do cliente 
E - Condições de venda 
a) A, B, C, D estão corretas 
b) A, B, C, E estão corretas 
c) B, C, D, E estão corretas 
d) A, B, D, E estão corretas 
 
Questão 4 
Sabe-se que o prazo de entrega é um requisito de nível de serviço de extrema 
importância. Analise as opções a seguir e aponte a INCORRETA. 
a) Importante, além de definir, será cumprir. 
b) Se o prazo de entrega foi combinado para n dias, poderemos atender 
dentre esses n dias. 
c) É uma estratégia errada antecipar o prazo de entrega sem consultar o 
cliente. 
d) O melhor prazo de entrega é aquele combinado com o cliente. 
e) Se o cliente exige, além da data, um determinado horário para a 
entrega, isso deve ser acatado. 
 
Questão 5 
Segundo Ballou (2001), um planejamento logístico adequado deve contemplar 
um triângulo de decisões integradas que envolvem questões de localização de 
instalações, de estoque e de transporte, as quais estão atreladas aos objetivos 
de serviço ao cliente e custos. Baseado nesse texto, aponte a alternativa 
INCORRETA, sobre os impactos no custo total do processo: 
a) Localização geográfica dos pontos de estocagem. 
b) Localização da rede de fornecimento. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 48 
c) Mão de obra utilizada nos serviços. 
d) Localização da demanda. 
e) Modal a ser utilizado. 
 
Questão 6 
É o tempo decorrido entre a realização do pedido por um cliente e a data 
efetiva da entrega. Essa definição refere-se a: 
a) Precisão da entrega. 
b) Tempo do ciclo do pedido. 
c) Prazo de entrega. 
d) Qualidade da entrega. 
e) Taxa de atendimento. 
 
Questão 7 
Um dos aspectos na estrutura da Distribuição Física é o suporte ao pós-venda. 
O pós-venda inclui uma série de aspectos, EXCETO: 
a) Garantia 
b) Montagem 
c) SAC 
d) Prazo da entrega 
e) Assistência Técnica 
 
Questão 8 
Na avaliação do desempenho ao atendimento do pedido do cliente, temos 
diversos aspectos a serem verificados, a definição a seguir refere-se a qual 
desses aspectos? Calcula a taxa de pedidos sem erros em cada estágio do 
pedido do cliente. Deve considerar cada etapa na "vida" de um pedido: 
a) Prazo de entrega 
b) Precisão da entrega 
c) OTIF 
d) Pedido perfeito 
e) Tempo de ciclo 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 49 
Questão 9 
A definição a seguir refere-se a um dos critérios de avaliação de desempenho 
no atendimento de pedidos. A qual deles? Neste atributo a distribuição física 
deverá atender aos aspectos de integridade do produto entregue: 
a) Qualidade do pedido 
b) Taxa de atendimento 
c) Tempo de ciclo 
d) Prazo de entrega 
e) Tempo de entrega 
 
Questão 10 
Leia e interprete as duas afirmativas: 
I. Taxa de Atendimento do Pedido 
É também um desmembramento da OTIF; mede % de pedidos atendidos na 
quantidade especificações solicitadas pelo cliente. 
II. Taxa de atendimento do Pedido 
A performance vai variar de acordo com o nível de serviço estabelecido, 
dependendo de distância, classificação dos itens do pedido (ABC) e do cliente. 
Analisando as duas afirmações, conclui-se que: 
a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a 
primeira. 
b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
d) As duas afirmações são falsas. 
e) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: O preço dos produtos não influi na operação da Distribuição Física. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 50 
Questão 2 - B 
Justificativa: Os CD’s não irão propiciar lucratividade a curto prazo. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: Os CD’s não irão propiciar lucratividade a curto prazo. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: Se o prazo combinado foi para n dias a entrega deverá ser 
efetuada no enésimo dia. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: A mão de obra utilizada não traz reflexos significantes no custo 
total do processo. 
 
Questão 6 - B 
Justificativa: Esse tempo refere-se ao tempo total desde que foi efetuado o 
pedido até a sua efetiva entrega (Ciclo do pedido). 
 
Questão 7 - D 
Justificativa: O prazo de entrega não é um dos elementos de suporte à pós-
venda. 
 
Questão 8 - D 
Justificativa: O cálculo é feito através do % de Acuracidade no Registro do 
Pedido x % Acuracidade na Separação x % Entregas no Prazo x % Entregas 
sem Danos x% Pedidos Faturados Corretamente. As melhores práticas indicam 
uma performance mínima de 70%. 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: Neste atributo a distribuição física deverá atender aos aspectos de 
integridade do produto entregue. Lembrando sempre que a distribuição física 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 51 
representa a eficácia da cadeia de suprimentos, não pode haver falhas sobre o 
aspecto de danos ou enganos na entrega do produto. 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: A taxa de atendimento de pedidos é calculada através da relação: 
Pedidos integralmente atendidos/Total de Pedidos Expedidos x 100. O resultado 
deve também ser bem alto, quase chegando à perfeição, em torno de 99%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 52 
 
Introdução 
Sabemos que os CDs tem uma função importante e até, na maioria das vezes, 
indispensável para o sucesso da logística de distribuição. Implantar um CD 
avançado é uma decisão em longo prazo, pois requer investimentos 
substanciais e irá gerar diversos custos; portanto, a decisão quanto ao 
planejamento do posicionamento do CD necessita de estudos apurados 
envolvendo diversos fatores. 
 
Objetivo: 
1. Verificar a importância dos CDs no contexto da distribuição física; 
2. Analisar os fatores que envolvem o planejamento do posicionamento de um 
CD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 53 
Conteúdo 
Centros de distribuição (CDs) 
Segundo Amaral (2002), há algum tempo, o conceito de ocupação física 
concentrava-se mais na área do que na altura. Em geral, o espaço destinado à 
armazenagem era sempre relegado ao local menos adequado. Com o passar do 
tempo, o mau aproveitamento do espaço tornou-se um comportamento 
antieconômico. Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com o 
maior cuidado possível. Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada 
para reduzir o espaço e guardar maior quantidade de material. 
 
Conforme Bowersox e Closs (2001), um aspecto importante a ser considerado, 
que envolve uma análise quantitativa, é o estudo dos produtos que serão 
distribuídos pelo CD. O projeto e a operação dos CDs estão diretamente 
relacionados com as características dos produtos. Cada produto deve ser 
analisado quanto às vendas anuais, estabilidade da demanda, peso, volume e 
embalagem. Nesta análise, é também importante determinar tamanho, volume 
e peso do pedido médio a ser processado no CD. 
 
Formas de sistemas de distribuição 
Existem duas formas distintas de sistemas de distribuição: a escalonada e a 
direta. Vale ressaltar que a adoção de um sistema de distribuição impacta 
diretamente na armazenagem. Segundo Lacerda (2000), na estrutura 
escalonada ou indireta, a empresa possui um ou mais armazéns centrais, além 
de um conjunto de centros de distribuição avançados próximo aos clientes. 
 
Conforme o mesmo supracitado autor, nasestruturas diretas, a empresa possui 
um ou mais armazéns centrais, nos quais os produtos são expedidos 
diretamente para os clientes. Os sistemas de distribuição diretos podem 
também utilizar instalações intermediárias, não para manter estoque, mas para 
permitir um rápido fluxo de produtos aliado a baixos custos de transporte. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 54 
Tabela 1 – Características de centros de distribuição avançado 
 
 
A tabela 1 apresenta as principais características dos centros de distribuição 
avançados visando colocar as mercadorias próximas aos clientes. Ao contrário 
da distribuição escalonada, como mostra a tabela 1, a distribuição direta, que 
podemos chamar também de centralizada, possui características contrárias, 
como: baixos giros de estoques, maior risco de obsolescência, baixa amplitude 
de vendas etc.; portanto, a definição da demanda, nesses casos, torna-se uma 
atividade de maior importância. 
 
Fonte: Ribeiro et al, 2006. 
 
Vantagens e desvantagens da utilização de CDs 
Como em todos os processos, a utilização de CDs apresenta suas vantagens e 
desvantagens que, de acordo com Moura (2002), são: 
 
VANTAGENS 
• Melhoria nos níveis de serviço, que, em função de centros de distribuição 
como vantagem competitiva, acarreta nas reduções de tempo e, 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 55 
consequentemente, no aumento de desempenho das entregas ao 
cliente/usuário; 
• Redução nos gastos com transporte de distribuição, o que facilita a gestão de 
materiais; 
• Possível melhora do nível de serviço, além do atendimento a pedidos 
completos isentos de danos e avarias, e não conformidades; 
• Redução de burocracia e custos relacionados à armazenagem, inventários, 
controle e comunicação; 
• Aumento de produtividade. 
 
DESVANTAGENS 
• Elevação nos custos de manutenção de estoques em função de aumentos nos 
níveis de estoque de segurança necessários para proteger cada armazém 
contra incertezas da demanda; 
• Aumento nos gastos com transporte de suprimento; menor segurança física 
dos materiais; menor flexibilidade de rotas; diminuição da proximidade com o 
cliente; 
• Aumento de custos de inventário. 
 
Devemos entender que a implantação de um CD deve ser muito bem planejada, 
pois é uma decisão em longo prazo, ou seja, qualquer tentativa de alterar esse 
ato acarretará prejuízos, na maioria das vezes, irrecuperáveis à empresa. 
 
A implantação de um CD avançado necessita de investimentos substanciais e 
gera, como qualquer outro CD, custos bem expressivos. 
 
Posicionamento de um CD 
O outro entendimento importante é que um CD avançado deve estar bem 
posicionado geográfica e estrategicamente, visto que sua função precípua é a 
de chegar com os produtos da empresa próximo à demanda. O posicionamento 
de um CD terá efeitos diretos sobre os seguintes fatores: 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 56 
Potencial de vendas 
As vendas da empresa são influenciadas diretamente pelo posicionamento do 
CD, ou seja, se este estiver mal localizado quanto à demanda, por exemplo, 
poderá causar queda no potencial de vendas. 
 
Custos com transportes 
Existem dois aspectos distintos quanto aos custos com transportes: o primeiro 
refere-se aos custos com o transporte de distribuição urbana, que não é 
elevado devido à proximidade do CD com a demanda (normalmente, a área de 
abrangência de um CD é de 80 km para esse tipo de distribuição); o outro 
aspecto relaciona-se ao transporte de transferência ou de ressuprimento, que 
dependerá da distância da planta produtiva do fornecedor até o CD e, ainda, 
dos modais que serão utilizados para esse serviço. 
 
Custos com as operações na planta 
Essa é uma questão que deverá ser analisada com muito cuidado, pois os 
custos de operação devem ser minimizados através de otimizações que possam 
ser utilizadas. 
 
Níveis de atendimento 
Estes podem ser entendidos como os níveis de serviço aos clientes que serão 
oferecidos. Sabe-se que os níveis de serviço são diferenciais competitivos 
importantes, mas será sempre necessária uma análise através dos conceitos de 
trade-off para verificação da viabilidade do serviço. 
 
Portanto, basicamente, as decisões de localização visam: 
• Minimizar custos com logística e operações; 
• Maximizar o nível de serviço e as receitas das operações. 
E dependerão, também, basicamente, de: 
• Demanda de bens e serviços; 
• Oferta de insumos para a operação. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 57 
Fatores que impactam no posicionamento dos CDs 
Veja os fatores de fornecimento e demanda que impactam no posicionamento 
dos CDs: 
 
Fatores de fornecimento 
• Mão de obra; 
• Custo da terra; 
• Energia; 
• Transporte; 
• Comunidade; 
• Fornecedores; 
• Legislação. 
 
Fatores de demanda 
• Imagem do local; 
• Conveniência para clientes. 
 
FATORES DE FORNECIMENTO 
 
Mão de obra 
 Custos diretos e indiretos; 
 Nível de qualificação; 
 Legislação trabalhista; 
 Volume e flexibilidade da oferta. 
 
Terreno 
 Custo de aquisição do terreno; 
 Custos de aluguel; 
 Custos de construção; 
 Burocracia; 
 Disponibilidade de área; 
 Incentivos do governo (doação de terrenos e prédios). 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 58 
Energia 
 Disponibilidade; 
 Alternativas energéticas; 
 Risco de não suprimento; 
 Custo. 
 
Transporte 
 Custos; 
 Oferta; 
 Alternativas (modais) de transporte: 
– Entre fornecedores e CD; 
– Entre CD e consumidores. 
 Tempo gasto na distribuição; 
 Distâncias percorridas; 
 Dificuldades geográficas. 
 
Comunidade 
 Legislação; 
 Ambiente político; 
 Língua e costumes; 
 Meio ambiente (restrições quanto à conservação); 
 Serviços de apoio; 
 Lazer; 
 Ambiente para empregados que residirão no local. 
 
Fornecedores de insumos ou serviços 
 Existem na região? 
 Podem se instalar futuramente? 
 
Exigências legais 
 Muitos países exigem que algumas partes do processo produtivo ocorram no 
país, como: 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 59 
– Geração de empregos; 
– Equilíbrio da balança comercial. 
Ex.: montadoras de veículos. 
 
Aspectos políticos e econômicos 
 Incentivos fiscais; 
 Limitações de envio de divisas para o exterior; 
 Congelamentos de preços; 
 Políticas de importação/exportação. 
 
Aspectos políticos e econômicos 
 Protecionismos; 
 Blocos econômicos (acordos); 
 Estabilidade do ambiente; 
 Relações diplomáticas internacionais. 
 
FATORES DE DEMANDA 
 
Imagem do local 
 O “ambiente” onde as operações se situam pode influenciar fortemente a 
imagem da empresa; 
 O ambiente deve “combinar” com a estratégia de mercado e com o público-
alvo (demanda). 
 
Conveniência 
 Custo ou esforço que os clientes precisam despender para obter o produto 
ou o serviço oferecido. 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 60 
Planejamento de posicionamento de um CD 
Podemos notar que o planejamento de posicionamento de um CD requer a 
análise de vários fatores, que, certamente, influenciarão tanto nas operações 
quanto no sucesso do processo de distribuição física. 
 
Uma avaliação poderá ser feita por meio de análises dos diversos fatores 
estudados, atribuindo, assim, determinado peso (nota) a cada um deles. 
Importante ressaltar que esses pesos não têm um padrão preestabelecido para 
cada critério analisado, cabendo, portanto,a cada empresa estabelecê-los. 
 
Método de ponderação de fatores 
O método de ponderação de fatores apresenta como vantagem um método 
mais simples, pois engloba diversos fatores na comparação entre os locais (A, B 
e C). Como desvantagem, cabe ressaltar que esta metodologia exige consenso 
na decisão de pesos para fatores e escores; além disso, ela não envolve análise 
de custos. Exemplo: 
 
 
 
Podemos notar nesse exemplo que a alternativa de posicionamento B obteve 
uma melhor pontuação, e nesse caso deverá ser a escolha do local para o 
posicionamento do CD. 
 
Outra análise também necessária ao posicionamento do CD é aquela que busca 
localizar as operações em um ponto central entre todos os locais de 
fornecimento e distribuição, conhecido como método do centro de gravidade. O 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 61 
objetivo desse método é a minimização dos custos de transporte totais 
do sistema. Busca-se calcular o ponto central (Cx, Cy) a partir da latitude (Dix), 
longitude (Diy) e volume de transporte (Vi) de cada ponto (i) de fornecimento 
ou distribuição. Temos, então, as seguintes equações: 
• Cx = (∑ Dix Vi) / ∑ Vi 
• Cy = (∑ Diy Vi) / ∑ Vi 
 
Um exemplo do método centro de gravidade é a localização da central de 
correios dos EUA. 
 
 
 
Podemos, então, utilizar as fórmulas já vistas da seguinte maneira: 
 
 
 
Atividade proposta 
Relate seu entendimento sobre como e quais custos de transporte devem ser 
analisados com vistas ao planejamento para a implantação de um CD 
avançado. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 62 
Chave de resposta: Existem dois aspectos distintos quanto aos custos com 
transportes: o primeiro refere-se aos custos com o transporte de distribuição 
urbana, que não é elevado devido à proximidade do CD com a demanda 
(normalmente, a área de abrangência de um CD é de 80 km para esse tipo de 
distribuição); o outro aspecto relaciona-se ao transporte de transferência ou de 
ressuprimento, que dependerá da distância da planta produtiva do fornecedor 
até o CD e, ainda, dos modais que serão utilizados para esse serviço. 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre operações em um CD, assista ao vídeo 
disponível em nossa galeria de vídeo. 
 
 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
CHOPRA, Sunil.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. 
MARTEL, Alain.; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
TAHA, Hamdy A. Pesquisa operacional: uma visão geral. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008. 
COLIN, Emerson Carlos. Pesquisa operacional: 170 aplicações em estratégia, 
finanças, logística, produção, marketing e vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 63 
Tanto o projeto quanto a operação dos CDs estão diretamente relacionados 
com as características dos produtos; contudo, em relação a estes, qual dos 
critérios relacionados abaixo não deve ser analisado? 
a) Comportamento da demanda 
b) Vendas periódicas 
c) Peso 
d) Preço 
e) Volume 
 
Questão 2 
Existem duas formas distintas de sistemas de distribuição: a escalonada e a 
direta. Qual é a principal característica da distribuição escalonada? 
a) CD – cliente 
b) CD – intermediário 
c) Intermediário – cliente 
d) CD – armazém central 
e) Armazém central – CD 
 
Questão 3 
A distribuição direta, que também podemos chamar de centralizada, possui 
como característica: 
a) Altos giros de estoque 
b) Alto risco de obsolescência 
c) Alta amplitude nas vendas 
d) Baixos giros de estoques 
e) Altos investimentos em equipamentos 
 
Questão 4 
A utilização de CDs possui vantagens e desvantagens. Aponte a alternativa 
INCORRETA quanto às vantagens. 
a) Redução nos gastos com transporte de distribuição; facilita a gestão de 
materiais. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 64 
b) Melhoria nos níveis de serviço, que, em função de centros de distribuição 
como vantagem competitiva, acarreta nas reduções de tempo e, 
consequentemente, no aumento de desempenho das entregas ao 
cliente/usuário. 
c) Redução de burocracia e custos relacionados à armazenagem, 
inventários, controle e comunicação. 
d) Aumento nos gastos com transporte de suprimento; menor segurança 
física dos materiais; menor flexibilidade de rotas; diminuição da 
proximidade com o cliente. 
e) Possível melhora do nível de serviço, além do atendimento a pedidos 
completos isentos de danos e avarias, e não conformidades. 
 
Questão 5 
Um CD avançado deve estar bem posicionado geográfica e estrategicamente, 
visto que sua função precípua é chegar com os produtos da empresa próximo à 
demanda. O posicionamento de um CD não terá efeitos diretos sobre: 
a) Custos com transportes 
b) Nível de atendimento 
c) Custos de importação 
d) Custos com operação 
e) Potencial de vendas 
 
Questão 6 
Sabe-se que alguns fatores, como os de fornecimento e os de demanda, 
impactam no posicionamento dos CDs. São fatores de fornecimento, exceto: 
a) Transporte 
b) Mão de obra 
c) Energia 
d) Produção 
e) Fornecedores 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 65 
Questão 7 
Os fatores relacionados à demanda possuem aspectos políticos e econômicos. 
Qual das opções abaixo não se refere a um desses fatores? 
a) Taxas de importação 
b) Protecionismos 
c) Relações diplomáticas 
d) Estabilidade do cenário político 
e) Acordos entre blocos econômicos 
 
Questão 8 
Alguns fatores da demanda possuem aspectos relacionados à comunidade que 
vive próxima ao CD. Dentre as opções abaixo, marque aquela que não se refere 
às características de uma coletividade. 
a) Legislação trabalhista 
b) Cultura 
c) Língua e costumes 
d) Variações climáticas 
e) Lazer 
 
Questão 9 
Dentre os fatores da demanda, existem os aspectos do terreno que será 
ocupado pelo CD. Qual das alternativas abaixo não se refere às características 
de um lote em que, futuramente, será construído um centro de distribuição? 
a) Custo da aquisição 
b) Segurança 
c) Custo de aluguel 
d) Custo da construção 
e) Incentivos do governo 
 
Questão 10 
Dentre os fatores da demanda, existem os aspectos relacionados ao transporte. 
Dentre as alternativas abaixo, marque aquela que não se refere a eles. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 66 
a) Oferta 
b) Frequência 
c) Tripulação 
d) Distâncias percorridas 
e) Custos totais 
 
Aula 3 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: O preço do produto não deve ser analisado, visto que o 
comportamento da demanda e as vendas já estarão atreladas ao seu aspecto. 
 
Questão 2 - E 
Justificativa: Existem duas formas distintas de sistemas de distribuição: a 
escalonada e a direta. Vale ressaltar que a adoção de um sistema de 
distribuição impacta diretamente na armazenagem. Segundo Lacerda (2000), 
na estrutura escalonada ou indireta, a empresa possui um ou mais armazéns 
centrais, além de um conjunto de centros de distribuição avançados próximo 
aos clientes. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: A distribuição direta, que podemos chamar também de 
centralizada, possui características contrárias, como: baixos giros de estoques, 
maior risco de obsolescência, baixa amplitude de vendas etc.; portanto, adefinição da demanda, nesses casos, torna-se uma atividade de maior 
importância. 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 67 
Questão 4 - D 
Justificativa: Aumento nos gastos com transporte de suprimento, menor 
segurança física dos materiais, menor flexibilidade de rotas e diminuição da 
proximidade com o cliente são desvantagens na utilização de CDs. 
Questão 5 - C 
Justificativa: Os custos com importações não impactarão na decisão de 
posicionamento do CD. 
 
Questão 6 - D 
Justificativa: O fator produção não causará impactos na decisão da escolha dos 
CDs. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: As taxas de importação não impactarão na decisão de 
posicionamento dos CDs. 
 
Questão 8 - D 
Justificativa: As variações climáticas não são inerentes aos aspectos da 
comunidade do entorno do CD. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: A segurança não será um aspecto a ser analisado visando à 
implantação do CD. 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: A tripulação do modal a ser utilizado não impacta diretamente na 
decisão de posicionamento do CD, visto que já estará contido nos custos totais. 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 68 
 
Introdução 
Sabemos que a distribuição física pode ser um diferencial competitivo 
importante para as empresas modernas num cenário tão competitivo como o 
atual. Entretanto, algumas estratégias deverão ser utilizadas para que se possa 
atingir a plenitude do processo da logística de distribuição, seja no aspecto 
qualitativo, cumprindo e procurando aumentar o nível de serviço aos clientes, 
seja quanto a custos. 
 
Objetivo: 
1. Discutir como a armazenagem pode servir como estratégia para melhorar o 
processo de distribuição física; 
2. Esclarecer como os estoques e seus subprocessos, assim como os 
transportes, irão possibilitar a criação de estratégias importantes para a 
logística de distribuição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 69 
Conteúdo 
Criando estratégias com a armazenagem 
A logística de distribuição tem como apoio incondicional os armazéns, que no 
contexto da distribuição são os Centros de Distribuição (CDs), armazéns 
específicos para os processos de distribuição física. 
 
A armazenagem é um dos fatores-chave da Cadeia de Suprimentos, pois ao 
longo de toda a Cadeia, desde o fornecedor até o cliente, encontra-se armazéns 
que necessitam de investimentos substanciais e geram custos, portanto, devem 
ser bem planejados para que possam atender a sua finalidade principal que é 
preservar as características originais dos produtos nele guardados com seus 
custos otimizados. 
 
Princípios da armazenagem 
Vejam os 9 princípios da armazenagem: 
 
Planejamento 
O planejamento de um armazém/CD é primordial para o sucesso das operações 
da empresa, assim como para o retorno do capital investido. A instalação 
deverá ser adequada aos tipos de produtos que serão armazenados, bem como 
suas quantidades. 
 
Flexibilidade operacional 
Um armazém/CD deverá ter um conceito flexível para que na necessidade de 
mudanças nas suas operações poucas alterações devam ser feitas. 
 
Simplificação do fluxo 
Quanto maior for a simplicidade do fluxo de operações da instalação, maior e 
mais rápida será a compreensão pelo pessoal que ali opera. 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 70 
Otimização do espaço físico 
Os custos de armazenagem são diretamente proporcionais ao seu tamanho, 
portanto, o aproveitamento/otimização do espaço físico, incide diretamente na 
gestão de custos da instalação. 
 
Otimização de equipamentos/mão de obra 
Nesse sentido, deve-se repelir as improvisações. Equipamentos inadequados e 
mão de obra pouco treinada trazem riscos para as operações. 
 
Controle 
Os controles nos CDs/armazéns são fundamentais para as operações, aliás, o 
que não tem controle não pode ser gerenciado. 
 
Mecanização 
Verificação da necessidade de mecanização do CD, como empilhadeiras, 
esteiras, rampas niveladoras, pontes rolantes etc. 
 
Automação 
As automações das operações trazem rapidez e segurança às mesmas. 
 
Segurança 
Vem ao encontro de uso de mão de obra treinada e equipamentos de 
movimentação e armazenagem adequados. 
 
Funções da armazenagem 
São funções da armazenagem: 
 
Balanceamento oferta X demanda; 
 
Manter estoques regulados; 
 
Gerar escala nas compras, transporte e produção; 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 71 
Finalizar alguns processos de fabricação (frutas antes da distribuição aos 
atacadistas); 
 
Consolidar, marcar e separar cargas; 
 
Facilitar roteirização e despacho a clientes; 
 
Proteção contra incertezas; 
 
Distância geográfica. 
 
Conceito do Cross Docking 
A EAN International (2000), em seu artigo sobre Cross Docking, define-o como 
sendo um sistema de distribuição no qual a mercadoria recebida, em um 
armazém ou Centro de Distribuição, não é estocada, mas sim imediatamente 
preparada para o carregamento de entrega. De acordo com o mesmo artigo 
desenvolvido pela EAN International, o Cross Docking é a transferência das 
mercadorias entregues, do ponto de recebimento, diretamente para o ponto de 
entrega, com tempo de estocagem limitado ou, se possível, nulo. 
 
Operam sob o mesmo formato que os Transit Points, mas envolvem múltiplos 
fornecedores atendendo clientes comuns. 
 
Modal dos fornecedores 
As instalações que operam com o Cross Docking recebem carretas completas 
(FTL – Full Truck Load) de diversos fornecedores e realizam, dentro das 
instalações, o processo de separação dos pedidos através da movimentação e 
combinação das cargas, da área de recebimento para a área de expedição. As 
carretas partem com a carga completa formada por diversos fornecedores 
(FTL). O uso do FTL, tanto para o recebimento quanto para a expedição, 
permite que os custos de transporte sejam reduzidos. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 72 
Área de recebimento 
O Cross Docking, também chamado de distribuição “flow through”, permite que 
a administração dos Centros de Distribuição concentre-se no fluxo de 
mercadorias e não na armazenagem destas. A aplicação desse sistema busca 
reduzir ou eliminar, se possível, duas das atividades mais caras realizadas em 
um armazém. Segundo Schaffer (1998), estas seriam a estocagem e o picking. 
 
Modal dos clientes 
Assim, ao buscar redução de custos através da redução do manuseio de 
materiais, e redução do nível de estoques, o Cross Docking trabalha com 
pedidos de ordens dos clientes em menores quantidades, entregues e ritmo 
mais frequente, mantendo o nível de serviço ao cliente. Essa técnica 
proporciona diversas vantagens tanto para o fornecedor quanto para o cliente. 
 
Vantagens do Cross Docking 
Dentre as diversas vantagens identificadas, destacam-se as seguintes, segundo 
a EAN International: 
 
Redução de custos 
Todos os custos associados com o excesso de estoque e com distribuição são 
reduzidos, já que o transporte é feito em FTL e de forma mais frequente. 
 
Redução da área física necessária no CD 
Com a redução ou eliminação do estoque, a área necessária no Centro de 
Distribuição é reduzida. 
 
Redução da falta de estoque nas lojas dos varejistas 
Devido ao ressuprimento contínuo, em quantidades menores e mais frequentes. 
 
Redução do número de estoques em toda a cadeia de suprimentos 
O produto passa a fluir pela cadeia de suprimentos, não sendo estocado.ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 73 
Redução da complexidade das entregas nas lojas 
É realizada uma única entrega formada com toda a variedade de produtos dos 
seus diversos fornecedores, em um único caminhão. 
 
Aumento do turn-over no CD 
A rotatividade dentro do Centro de Distribuição aumenta, já que o sistema 
opera com entregas em menores quantidades e com maior frequência. 
 
Aumento da shelf-life 
Aumento da shelf-life (prazo de validade) do produto. 
 
Aumento da disponibilidade do produto 
Devido ao ressuprimento contínuo ao varejo. 
 
Suaviza o fluxo de bens 
Torna-se constante devido às encomendas frequentes. 
 
Redução do nível de estoque 
Mercadoria não para em estoque. 
 
Torna acessível os dados sobre o produto 
Devido ao uso de tecnologias de informação que proporcionam a 
intercomunicação entre os elos da cadeia, como, por exemplo, o EDI, que 
unifica a base de dados. 
 
Desvantagens do Cross Docking 
A desvantagem que se pode identificar, segundo Schaffer (1998), estaria nos 
custos e esforços que os outros membros da cadeia de suprimentos teriam que 
absorver para que o sistema Cross Docking alcance o sucesso. Esses esforços 
estariam voltados para a implementação de melhorias em seus sistemas com o 
objetivo de fornecer a base necessária para o funcionamento efetivo do Cross 
Docking. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 74 
Entretanto, convencer os membros da cadeia a absorver esses custos e 
esforços não é uma tarefa fácil, pois deve-se ter em mente a cooperação entre 
todos dentro da cadeia produtiva para atingirem o sucesso. Tão importante 
quanto gerenciar o fluxo físico (movimentação de mercadorias) está o 
gerenciamento do fluxo de informações, que deve ser contínuo. 
 
Informações exatas sobre a mercadoria, sobre os fornecedores e os 
clientes são críticas para o gerenciamento efetivo de um armazém ou centro de 
distribuição que se utilize do sistema Cross Docking. 
 
Fluxo de informações 
Segundo o artigo da revista Modern Materials Handling (1998), o fluxo de 
informações é utilizado como um substituto do estoque. De acordo com Zinn 
(1998), o Cross Docking combina a administração de estoques com o 
processamento de informações para criar um sistema capaz de reabastecer 
com frequência um grande número de pontos de entrega. 
 
A combinação entre movimentação e informação é permanente, isto porque, se 
houver o envio não coordenado de encomendas, o estoque em trânsito pode 
aumentar, necessitando assim de maior espaço para armazenagem. Desta 
forma, o Cross Docking não funcionará de maneira eficiente. 
 
Custos de logística 
Segundo Ballou (1993), os custos de logística têm tido uma representação de 
mais de 25% do faturamento em vendas. Essa representação significativa nos 
custos tem tornado crucial a atividade de gerenciamento do trabalho de 
distribuição e logística. 
 
O sistema Cross Docking apresenta um grande potencial para controlar os 
custos de logística e distribuição e para manter o nível de serviço aos clientes, 
já que busca eliminar ou reduzir o estoque não produtivo na cadeia de 
suprimentos e, junto à ele, eliminar também os custos, o tempo e o trabalho 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 75 
necessário para o seu gerenciamento. Com isso, as economias advindas da 
implementação e do uso do sistema Cross Docking, segundo Richardson 
(1999), variam de 5% a 20% dos custos de manuseio de materiais, podendo 
atingir economias maiores. 
 
 
Atenção 
 O Cross Docking possui, então, uma capacidade de reduzir os 
custos de forma estratégica, pois essa redução não afeta o seu 
nível de serviço, ou seja, os produtos tornam-se mais disponíveis 
aos clientes e sua entrega mais rápida. 
 
Pré-requisitos do sistema Cross Docking 
O sistema de distribuição Cross Docking não é tão simples de ser executado. 
Segundo Schaffer (1998), existem pré-requisitos para serem cumpridos para 
que o sistema alcance o sucesso. Esses pré-requisitos, segundo o autor são: 
 
Parceria 
Quando um membro da cadeia de suprimentos implementa o sistema Cross 
Docking, geralmente os custos e esforços dos outros membros aumentam. Por 
isso, todos os membros da cadeia de suprimentos devem ser capazes de 
suportar as operações do Cross Docking. 
 
Confiança da qualidade 
A qualidade deve ser construída e não inspecionada, ou seja, a 
responsabilidade da qualidade está na produção, isso porque o Cross Docking 
não mantém estoque de produtos acabados, o produto deve ser testado assim 
que sai da produção. 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 76 
 
Comunicação entre os membros da cadeia de suprimentos 
Dados sobre vendas, pedidos, previsão de demanda, entre outros dados, 
devem ser compartilhados de forma a facilitar o planejamento de cada elo da 
cadeia de suprimentos. 
 
Comunicação e controle das operações 
Informações como: que produto e quando será recebido, em que quantidade e 
com qual destino são essenciais para o planejamento das operações dentro das 
instalações (armazéns ou centros de distribuição) que se utilizam do sistema 
Cross Docking. Segundo Apte (2000), não deve haver surpresas quando as 
portas da instalação são abertas no início do dia. 
 
Mão de obra, equipamentos e instalações 
Como o sistema Cross Docking envolve a quebra de cargas consolidadas, 
separação de pedidos e reconsolidação de cargas, é crucial o planejamento da 
área necessária, equipamentos e mão de obra para realizar tais tarefas. Deve 
haver espaço suficiente e mão de obra e equipamentos especializados para as 
tarefas de desconsolidação e reconsolidação das cargas. 
 
Gerenciamento tático 
Além de todo o planejamento, parceria, uso de equipamentos e sistemas 
adequados e alterações na força de trabalho, o Cross Docking requer um certo 
nível de gerenciamento tático do trabalho. Isso porque, quando ocorrem 
problemas, recursos e mão de obra devem ser reorganizados de forma a 
normalizar a situação sem que ocorram grandes perdas. 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 77 
 
 
Atenção 
 Com relação aos pré-requisitos, a EAN International (2000) 
reforça que as restrições de espaço devem ser consideradas com 
alto grau de importância. Isso porque, com o espaço limitado 
nos horários de pico, quando a utilização do espaço tanto no 
chão quanto nas docas é intenso, as tarefas de desconsolidação 
e reconsolidação são executadas sob grande pressão, podendo 
gerar erros. 
 
Transit Point 
De acordo com Lacerda (2000, p. 155), Transit Point são instalações 
similares aos Centros de Distribuição, cuja diferença é a inexistência de 
estoque. Veja a seguir: 
 
Fornecedor ou fabricante 
Os produtos já têm seu destino estabelecido ao serem enviados. Portanto, não 
há perda de tempo. Como vantagem destaca-se a possibilidade de transportar 
cargas consolidadas para grandes distâncias. Mas essa opção só se torna viável 
com a existência de grandes volumes de carga a serem transportados. 
 
Transit Point 
Segundo Fleury (2000, p. 157), as instalações do tipo transit point são bastante 
similares aos centros de distribuição avançados, mas não mantêm estoques. O 
transit point é localizado de forma a atender a determinada área de mercado 
distante dos armazéns centrais e opera como uma instalação de passagem, 
recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas locais a 
clientes individuais. 
 
Cliente 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 78 
Uma característica básica dos sistemas tipo transit point é que osprodutos 
recebidos já têm destinos definidos, ou seja, já estão pré-alocados aos clientes 
e podem ser imediatamente expedidos para entrega local. Outra característica 
dos transit points é que estruturalmente são muito simples, necessitando de 
baixo investimento em sua instalação, seu gerenciamento é facilitado, pois não 
são executadas atividades de estocagem. 
 
Criando estratégias com os estoques e transportes 
Segundo Ballou (2001), um planejamento logístico adequado deve contemplar 
um triângulo de decisões integradas que envolvem: 
 
Nesse contexto, o projeto de desenho de rede de distribuição se apresenta 
como ponto fundamental no planejamento logístico empresarial, pois a 
localização geográfica dos pontos de estocagem, as definições das fontes de 
fornecimentos e o esquema de associação das instalações aos pontos de 
demanda impactam profundamente o custo total do sistema logístico. 
 
 
Atenção 
 O nível de serviço alcançado pela logística empresarial pode 
proporcionar às empresas boas oportunidades para 
desenvolvimento e diferenciação de seus produtos e serviços. O 
serviço logístico ao cliente é a oferta consistente de utilidade no 
tempo e lugar (CHRISTOPHER, 1992), representa o produto do 
sistema logístico e é o componente de “praça” (ponto de venda) 
do composto de marketing (LAMBERT, STOCK, 1993), onde a 
responsabilidade da Distribuição Física é altamente desejável. A 
relação de serviço logístico com a velocidade e confiabilidade foi 
estabelecida por Heskett (1994); e seu objetivo final de fornecer 
benefícios significativos de valor agregado à cadeia de 
suprimentos, de maneira eficiente em termos de custos, é 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 79 
apregoado por LaLonde, Cooper e Noordewier (1988). 
 
Confiabilidade em logística 
A confiabilidade, em logística, é sinônimo de qualidade. É a capacidade de 
manter níveis de disponibilidade de estoque e de desempenho operacional 
planejados, como a distribuição física. Inclui também a capacidade e a 
disposição para fornecer rapidamente informações precisas ao cliente sobre 
operações logísticas e andamento do pedido (BOWERSOX, CLOSS, 2001). E 
este é o caso dos setores de alimentos e de papel, que apresentam os custos 
logísticos entre 30% a 40% do valor agregado total. 
 
Essência da logística 
Como a própria essência da logística determina: produto certo, no local correto 
e a menor custo possível não é uma tarefa das mais simples. Atender a esses 
requisitos tem uma ligação direta com o sistema de distribuição da empresa, 
mas, interliga-se em toda a cadeia de suprimentos. 
 
É possível que os benefícios “prometidos” por essas iniciativas com relação aos 
níveis de estoque (e também aos custos totais) na indústria dependam da 
aderência entre o posicionamento estratégico de sua rede de distribuição, as 
características do produto e da demanda e o que se espera dos indicadores de 
desempenho no varejo (JOHNSON, STICE, 1993; JONES, 1991). 
 
Wanke e Zinn (2004) fornecem um exemplo nesse sentido a partir da iniciativa 
de VMI (Vendor Managed Inventory), que pode ser utilizada para ilustrar a 
escolha entre centralização e descentralização da distribuição sob diferentes 
trade-offs entre giro dos estoques na indústria e tempo de entrega exigido pelo 
varejo. No VMI, o estoque da indústria pode ser localizado num centro de 
distribuição avançado e a entrega para o varejo ser praticamente instantânea. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 80 
A questão-chave é como a indústria deve ressuprir o estoque no varejo. As 
escolhas são um estoque centralizado na indústria combinado com um tempo 
de entrega mais longo para o varejo (e menor giro) ou um estoque 
descentralizado, próximo ao varejo, com entregas mais rápidas (e maior giro)? 
Em essência, o que se está buscando é responder se essa iniciativa gerencial 
(VMI) deveria ser estruturada via distribuição direta (estoque centralizado na 
indústria ou num centro de distribuição único) ou via distribuição escalonada 
(estoque descentralizado num centro de distribuição local). Qual o tipo de 
distribuição mais adequado? 
 
Geralmente, os sistemas de distribuição são classificados como um sistema de 
empurrar ou um sistema de puxar. Normalmente as plantas industriais 
modernas são providas de armazéns pequenos que estocam poucas 
quantidades de materiais, e CDs localizados estrategicamente, que puxam as 
mercadorias das plantas produtivas e então armazenam grandes quantidades, 
normalmente próximos à demanda, para atender um sistema de empurrar. 
 
Percebe-se que as empresas empregam um sistema misto de puxar e empurrar 
que oferece os maiores benefícios. Alguns desses benefícios são: 
 
 Reduzir as transferências de estoque entre os armazéns; 
 Utilizar cargas completas nos veículos para transferir das fábricas aos 
centros de distribuição; 
 Utilizar expedição direta da fábrica aos clientes; 
 Melhorar o nível de serviço ao cliente. 
 
Um sistema de puxar apresenta algumas vantagens, dentre as quais: 
 
 Pequenos armazéns nas fábricas; 
 Alto nível de serviço ao cliente; 
 Cargas completas dos caminhões das fábricas até os centros de 
distribuição. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 81 
 
Um sistema de empurrar oferece algumas desvantagens importantes como: 
 
 Grandes armazéns nas fábricas; 
 Tempo mais lento de atendimento dos pedidos e, consequentemente, 
dos clientes; 
 Maior número de expedições com cargas incompletas. 
 
Esse processo traz enorme complexidade às fábricas, seja em função dos 
custos ou quanto às operações de controle. 
 
Um sistema de empurrar significa grandes armazéns, com grande quantidade 
de materiais estocados, muitas vezes faltando espaço para um armazenamento 
apropriado, requer também uma grande quantidade de pessoas e 
equipamentos. 
 
O tempo de resposta torna-se mais longo e as discrepâncias (diferenças) nos 
inventários também aumentam substancialmente. 
 
Portanto, percebemos que um sistema de puxar é mais vantajoso para as 
empresas, muito embora estas tenham que ter capacidade produtiva alta para 
atender às diversas variações da produção. 
 
O transporte na cadeia de suprimentos 
O Transporte é a atividade logística que movimenta e posiciona 
geograficamente os produtos. Ele é necessário para movimentar produtos até a 
fase seguinte do processo de transformação ou até um local fisicamente mais 
próximo do cliente final, estejam os produtos na forma de materiais, 
componentes, subconjuntos, produtos semiacabados ou produtos acabados. 
São também considerados como um fator-chave da Cadeia de Suprimentos, 
pois, assim como os estoques, verificam-se em todas as fases da Cadeia, seja 
sob o aspecto interno ou externo, além disso, devem-se também considerar os 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 82 
altos custos gerados pelos transportes em função da utilização maciça do modal 
rodoviário, que representa entre 56 a 58% da matriz de transportes do país. 
 
Terceirização do transporte 
Para que possamos usar estratégias que melhorem a performance da empresa 
frente ao mercado, na utilização do transporte na distribuição física deve-se 
planejar cuidadosamente. A terceirização do serviço de transportes é uma 
alternativa, mas a escolha do modal a ser utilizado no serviço de transporte 
torna-se, sem dúvida, a análise mais importante para a operação (processo). 
Veja a seguir: 
 
Como podemos notar na figura, uma operação de transporte engloba uma série 
de subatividades para que resultem em sucesso, cabe ressaltar que aqui faz-senecessária a utilização dos conceitos de trade off e análise profunda do terceiro, 
na intenção de que cumpra-se o desejado pela empresa. O ponto central é 
exatamente o mais importante, pois no Brasil existem fortes paradigmas 
sedimentados nessa área, um dos mais importantes é o uso maciço do modal 
rodoviário. 
 
Na decisão sobre que modal utilizar, alguns critérios devem ser analisados, pois 
certamente alguns deles inviabilizarão a utilização de alguns modais 
pretendidos. 
 
Meio de 
transporte 
Vantagens Desvantagens 
Rodoviário 
 Flexibilidade do serviço 
 Grande cobertura geográfica 
 Manusear pequenos lotes 
 Competitivo para distâncias curtas e 
médias 
 Adaptabilidade elevada 
 Unidades de carga limitadas 
 Muito dependente das 
condições climatéricas 
 Dependente do trânsito 
 Dependente das 
infraestruturas 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 83 
 Baixo investimento para o operador 
 Serviço ponto a ponto 
 Manuseamento mais fácil 
 Menores custos de embalagem 
 Dependente da 
regulamentação (quanto à 
circulação, horários etc.) 
 Mais caro em grandes 
distâncias (mais de 500 Km) 
Ferroviário 
 Baixo custo para grandes distâncias 
 Adequado para produtos de baixo 
valor e alta densidade 
 Adequado para grandes 
quantidades 
 Baixa dependência de condições 
climatéricas e tráfego 
 Pouco competitivo para 
cargas pequenas 
 Pouco competitivo para 
pequenas distâncias 
(sobretudo abaixo dos 500 
Km) 
 Pouco flexível (trabalha 
terminal a terminal, nem 
sempre com as paragens 
desejáveis) 
 Custos de manuseamento 
elevados 
 Horários e serviço pouco 
flexíveis 
 Elevada dependência de 
outros meios de transporte 
(geralmente rodoviário) 
Aéreo 
 Velocidade de transporte 
 Boa fiabilidade e frequência entre as 
principais cidades 
 Bom para produtos de elevado valor 
a longas distâncias 
 Bom para situações de emergência 
a larga distância 
 Custos elevados 
 Menos rápido que o 
rodoviário para pequenas 
distâncias (menos de 500 
Km) 
 Pouco flexível (trabalha 
terminal a terminal e não 
ponto a ponto) 
Marítimo  Competitivo para produtos com  Baixa velocidade 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 84 
(ou fluvial) muito baixo custo por tonelada 
(químicos industriais, ferro, cimento, 
petróleo, minerais) 
 Limitado a mercados com 
orla marítima ou rios 
navegáveis 
 Muito pouco flexível 
 
Fonte: <pmlink.pt>. 
 
As opções disponíveis deverão ser comparadas em termos de performance 
relativa considerando os seguintes critérios: 
 
 Velocidade total (considerar ainda se a distância a percorrer é 
inferior ou superior a 500 Km); 
 Custo por tonelada e por quilômetro; 
 Possíveis estragos e perdas; 
 Versatilidade da carga; 
 Capacidade; 
 Fiabilidade do serviço; 
 Continuidade do serviço. 
 
Resta acrescentar que, em termos de velocidade real, os vários meios de 
transporte estão confinados a determinados intervalos. O transporte rodoviário 
está compreendido num intervalo de [0 a 90] Km/h, o ferroviário num intervalo 
de [0 a 80] Km/h, o aéreo num intervalo de [0 a 900] Km/h, e o marítimo (e 
mesmo o fluvial) num intervalo de [0 a 32] Km/h. 
 
O transporte rodoviário é o único que, conseguindo uma velocidade razoável, 
revela máxima flexibilidade e entrega ponto a ponto, bastando essas duas 
características para atenuarem as desvantagens evidenciadas no quadro 
anterior. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 85 
Atividade proposta 
Uma operação de transporte engloba uma série de subatividades para que 
resultem em sucesso. O ponto central é exatamente o mais importante 
(mudança de paradigmas), pois no Brasil existem fortes paradigmas 
sedimentados nessa área, um dos mais importantes é o uso maciço do modal 
rodoviário. Portanto a escolha do modal a ser utilizado no serviço de transporte 
torna-se, sem dúvida, a análise mais importante para a operação (processo). 
Pesquise, relate e justifique como deveria ser a matriz de transportes brasileira. 
 
Chave de resposta: A matriz de transportes no Brasil deveria ser equilibrada 
entre os três principais modais, rodoviário, ferroviário e marítimo de 
cabotagem. O país tem aproximadamente 7500 Km de costa marítima, portanto 
oferecendo um potencial enorme para a cabotagem. Devido a sua grande 
extensão, o interior deveria ser atendido pelo modal ferroviário e fazendo a 
interligação entre os dois, o rodoviário. Lembrando também que no interior o 
modal fluvial deverá ser mais explorado. Para que esse equilíbrio aconteça, 
altos investimentos serão necessários. 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre as estratégias logísticas, assista ao vídeo 
disponível em nossa galeria de vídeo. 
 
 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
CHOPRA, Sunil.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 86 
MARTEL, Alain.; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
TAHA, Hamdy A. Pesquisa operacional: uma visão geral. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008. 
COLIN, Emerson Carlos. Pesquisa operacional: 170 aplicações em estratégia, 
finanças, logística, produção, marketing e vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A armazenagem é um dos fatores-chave da cadeia de suprimentos, pois ao 
longo de toda a cadeia, desde o fornecedor até o cliente, encontram-se 
armazéns. O planejamento de um armazém/CD é primordial para o sucesso das 
operações da empresa, assim como para o retorno do capital investido. Aponte 
dentre as alternativas a seguir a que NÃO se refere a um fator do planejamento 
da armazenagem. 
a) Automação 
b) Segurança 
c) Impostos 
d) Simplificação do fluxo 
e) Flexibilidade Operacional 
 
Questão 2 
Conforme sabido, os armazéns são fundamentais e imprescindíveis para uma 
adequada logística de distribuição. Nesse contexto ele exerce uma série de 
funções. Dentre as opções apresentadas, aponte a que se encontra INCORRETA 
quanto à função desempenhada pelo armazém: 
a) Apoiar a geração de escala em compras 
b) Apoiar o desenvolvimento da mão de obra dos operadores 
c) Favorecer o balanceamento entre oferta X demanda 
d) Manter estoques reguladores 
e) Proteção contra incertezas 
 
Questão 3 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 87 
A aplicação desse sistema busca reduzir ou eliminar, se possível, duas das 
atividades mais caras realizadas em um armazém. Segundo Schaffer (1998), 
estas seriam a estocagem e o picking. A que sistema refere-se a definição? 
a) Distribuição escalonada 
b) Simplificação do fluxo 
c) Distribuição direta 
d) Cross docking 
e) Transit Point 
 
Questão 4 
O sistema Cross Docking apresenta um grande potencial para controlar os 
custos de logística e distribuição e para manter o nível de serviço aos clientes. 
Dentre esses custos podemos afirmar, EXCETO que: 
a) Redução da mão de obra 
b) Redução de estoques 
c) Redução de faltas 
d) Aumento do nível de serviço 
e) Redução de retrabalhos 
 
Questão 5 
O sistema de distribuição Cross Docking não é tão simples de ser executado. 
Existem pré-requisitos para serem cumpridos para que o sistema alcance o 
sucesso. Esses pré-requisitos são, EXCETO:a) Parceria com clientes 
b) Comunicação entre os participantes 
c) Turn over da mão de obra. 
d) Confiança na qualidade dos produtos 
e) Gerenciamento tático. 
 
Questão 6 
O serviço logístico pode ser interpretado como uma forma de criação de valor 
por meio das atividades logísticas ou como uma maneira manter ou gerar 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 88 
vantagens competitivas sustentáveis. O serviço logístico básico ao cliente é 
alcançado mediante três fatores fundamentais. Escolha a opção que NÃO 
contempla esses fatores: 
a) Disponibilidade 
b) Preço 
c) Desempenho operacional 
d) Confiabilidade 
e) Operações eficientes 
 
Questão 7 
A disponibilidade trata da capacidade de ter o produto em estoque no momento 
em que o cliente o deseja e é avaliada por alguns parâmetros. Escolha a 
alternativa CORRETA: 
a) Medição da magnitude ou o impacto das faltas de estoque no decorrer 
do tempo. 
b) Comprometimento logístico com o prazo de execução esperado. 
c) Capacidade de manter níveis de disponibilidade de estoque e de 
desempenho operacional planejado. 
d) Capacidade e a disposição para fornecer rapidamente informações 
precisas ao cliente. 
e) Velocidade; consistência; flexibilidade; falhas; e recuperação. 
 
Questão 8 
Geralmente, os sistemas de distribuição são classificados como um sistema de 
empurrar ou um sistema de puxar. Percebe-se que as empresas empregam um 
sistema misto de puxar e empurrar que oferece os maiores benefícios. Alguns 
desses benefícios são, EXCETO: 
a) Utilizar expedição direta da fábrica aos clientes. 
b) Melhorar o nível de serviço ao cliente. 
c) Reduzir as transferências de estoque entre os armazéns. 
d) Utilizar cargas completas nos veículos para transferir das fábricas aos 
centros de distribuição. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 89 
e) Utilizar expedição indireta do CD aos clientes. 
 
Questão 9 
Na decisão sobre que modal utilizar, alguns critérios devem ser analisados, pois 
certamente alguns deles inviabilizarão a utilização de alguns modais 
pretendidos. As opções disponíveis deverão ser comparadas em termos de 
performance relativa considerando os seguintes critérios. Escolha a opção 
INCORRETA: 
a) Versatilidade da carga 
b) Capacidade 
c) Velocidade total 
d) Mão de obra especializada 
e) Possíveis estragos e perdas 
 
Questão 10 
Na decisão sobre que modal utilizar, alguns critérios devem ser analisados, pois 
certamente alguns deles inviabilizarão a utilização de alguns modais 
pretendidos. No Brasil, o único modal passível de utilização para a distribuição 
urbana é o modal rodoviário, que traz vantagens e desvantagens na sua 
utilização. Dentre as vantagens podemos citar, EXCETO: 
a) Grande cobertura geográfica 
b) Adaptabilidade elevada 
c) Baixo custo para grandes distância 
d) Manuseamento mais fácil 
e) Flexibilidade do serviço 
 
Cross Docking: Segundo Zinn (1998), o Cross Docking é uma forma bem 
diferente da distribuição tradicional e dos sistemas de redistribuição e o autor 
cita como principal diferencial entre esses sistemas, o uso da informação, como 
fator essencial para o Cross Docking. Além disso, pelo fato do Cross Docking 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 90 
operar em tempo real, ou seja, tendo o material chegado ao armazém ou 
centro de distribuição, ele deve se mover rapidamente através da instalação, 
por isso, o acesso à informação deve ser o mais rápido possível, com maior 
exatidão e sem interrupções. As principais ferramentas e práticas da tecnologia 
de informação que são importantes para o Cross Docking são: EDI, ECR, 
Código de Barra, Scanning, Radiofrequência e WMS. 
Centros de Distribuição (CDs): Concentram a distribuição, a partir de 
pontos de estocagem regionais de grande porte (CDs), estrategicamente 
localizados e com controle centralizado. Deles são atendidos os pedidos de 
clientes, evitando duplicar pessoal, eliminando atrasos e reduzindo o custo do 
transporte e o tempo de entrega. 
 
Distribuição física: Baseados nos trabalhos de Bowersox e Cooper (1992), 
Christopher (1992) e de La Londe, Cooper e Noordewier (1988), Fleury e 
Lavalle (2000), em um estudo para avaliar o serviço de distribuição física entre 
indústrias de bens de consumo e o comércio atacadista e varejista, propuseram 
nove atributos representativos do serviço logístico, a saber: disponibilidade do 
produto, consistência no prazo de entrega, tempo do ciclo do pedido, 
frequência de entrega, sistema de recuperação de falhas, apoio na entrega 
física, flexibilidade, sistema de informação de apoio e apoio pós-entrega. 
Lambert (1993), por exemplo, avalia que reduções em custos logísticos ou o 
posicionamento mercadológico baseado em capacitação logística podem ter 
impactos substanciais nas margens de lucros, principalmente em empresas de 
setores nos quais o valor agregado pela logística é relevante 
 
Informações exatas sobre a mercadoria: As informações mais relevantes 
para o eficaz funcionamento do sistema, segundo Schaffer (1998), são: hora e 
data do embarque feito pelo fornecedor; transportadora utilizada; quantidade e 
código de barra de cada pedido (ordem); data e hora de chegada planejada; 
descrição da carga, destino e data e hora de entrega de cada carga de cada 
caminhão; localização da doca de descarga dos caminhões. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 91 
Instalações similares: São similares aos Centros de Distribuições Avançados, 
mas não mantêm estoques; Os produtos recebidos já têm os destinos 
predefinidos; não há espera pela colocação dos pedidos; instalações simples, de 
baixo investimento; gerenciamento facilitado, pois não são executadas 
atividades de estocagem e picking (fracionamento de embalagens). 
Sistema logístico: O serviço logístico pode ser interpretado como uma forma 
de criação de valor por meio das atividades logísticas (RUTNER, LANGLEY JR., 
2000; VEEKEN, RUTTEN, 1998; LANGLEY JR., HOLCOMB, 1992) ou como uma 
maneira manter ou gerar vantagens competitivas sustentáveis (LAMBERT, 
HARRINGTON, 1989; DAUGHERTY, STANK, ELLINGER, 1998). Bowersox e Closs 
(2001) destacam que o serviço logístico básico ao cliente é alcançado mediante 
três fatores fundamentais: disponibilidade, desempenho operacional e 
confiabilidade. A disponibilidade trata da capacidade de ter o produto em 
estoque no momento em que o cliente o deseja e é avaliada pela frequência de 
falta de estoques (indica que um produto está disponível para ser enviado aos 
clientes); índice de disponibilidade (mede a magnitude ou o impacto das faltas 
de estoque no decorrer do tempo) e expedição de pedidos completos (uma 
medida da capacidade de uma empresa de ter disponível estoque para atender 
todo o pedido de um cliente). O desempenho operacional envolve 
comprometimento logístico com o prazo de execução esperado, sua variação 
aceitável e compreende os atributos: velocidade; consistência; flexibilidade; 
falhas; e recuperação. 
 
Valor agregado total: Valor agregado corresponde aos custos adicionados a 
matéria-prima — tais como o processo de transformação, transferência física, 
armazenagem, imagem — que se refletem no preço/valor final do produto ou 
serviço 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 92 
Aula 4 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: Os impostos não estão contidos como um dos aspectos a serem 
verificados no planejamento da armazenagem, eles devem fazer parte dos 
estudos quando da implantação do armazém/CD. 
 
Questão 2 - B 
Justificativa: Não é uma das funções da armazenagem apoiar treinamentoda 
mão de obra. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: O Cross Docking, também chamado de distribuição “flow through”, 
permite que a administração dos Centros de Distribuição concentre-se no fluxo 
de mercadorias e não na armazenagem das mesmas. A aplicação desse sistema 
busca reduzir ou eliminar, se possível, duas das atividades mais caras realizadas 
em um armazém. Segundo Schaffer (1998), estas seriam a estocagem e o 
picking. 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: O sistema Cross Docking apresenta um grande potencial para 
controlar os custos de logística e distribuição e para manter o nível de serviço 
aos clientes, já que busca eliminar ou reduzir o estoque não produtivo na 
cadeia de suprimentos e, junto à ele, eliminar também os custos, o tempo e o 
trabalho necessário para o seu gerenciamento. O Cross Docking possui então, 
uma capacidade de reduzir os custos de forma estratégica, pois essa redução 
não afeta o seu nível de serviço, ou seja, os produtos tornam-se mais 
disponíveis aos clientes e sua entrega mais rápida. 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 93 
Questão 5 - D 
Justificativa: 1) Parceria: quando um membro da cadeia de suprimentos 
implementa o sistema Cross Docking, geralmente os custos e esforços dos 
outros membros aumentam. Por isso, todos os membros da cadeia de 
suprimentos devem ser capazes de suportar as operações do Cross Docking. 
2) Comunicação entre os membros da cadeia de suprimentos: dados sobre 
vendas, pedidos, previsão de demanda, entre outros dados, devem ser 
compartilhados de forma a facilitar o planejamento de cada elo da cadeia de 
suprimentos. 
3) Comunicação e controle das operações: informações como: que produto e 
quando será recebido, em que quantidade e com qual destino, são essenciais 
para o planejamento das operações dentro das instalações (armazéns ou 
centros de distribuição) que se utilizam do sistema Cross Docking. Segundo 
Apte (2000), não deve haver surpresas quando as portas da instalação são 
abertas no início do dia. 
4) Mão de obra, equipamentos e instalações: como o sistema Cross Docking 
envolve a quebra de cargas consolidadas, separação de pedidos e 
reconsolidação de cargas, é crucial o planejamento da área necessária, 
equipamentos e mão de obra para realizar tais tarefas. Deve haver espaço 
suficiente e mão de obra e equipamentos especializados para as tarefas de 
desconsolidação e reconsolidação das cargas. 
5) Confiança da qualidade: a qualidade deve ser construída e não inspecionada, 
ou seja, a responsabilidade da qualidade está na produção, isto porque o Cross 
Docking não mantém estoque de produtos acabados, o produto deve ser 
testado assim que sai da produção. 
6) Gerenciamento tático: além de todo o planejamento, parceria, uso de 
equipamentos e sistemas adequados e alterações na força de trabalho, o Cross 
Docking requer um certo nível de gerenciamento tático do trabalho. Isso 
porque, quando ocorrem problemas, recursos e mão de obra devem ser 
reorganizados de forma a normalizar a situação sem que ocorram grandes 
perdas. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 94 
Questão 6 - B 
Justificativa: Bowersox e Closs (2001) destacam que o serviço logístico básico 
ao cliente é alcançado mediante três fatores fundamentais: disponibilidade, 
desempenho operacional e confiabilidade. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: A disponibilidade trata da capacidade de ter o produto em estoque 
no momento em que o cliente o deseja e é avaliada pela frequência de falta de 
estoques (indica que um produto está disponível para ser enviado aos clientes); 
índice de disponibilidade (mede a magnitude ou o impacto das faltas de 
estoque no decorrer do tempo) e expedição de pedidos completos (uma medida 
da capacidade de uma empresa de ter disponível estoque para atender todo o 
pedido de um cliente). 
 
Questão 8 - E 
Justificativa: Percebe-se que as empresas empregam um sistema misto de 
puxar e empurrar que oferece os maiores benefícios. Alguns desses benefícios 
são: reduzir as transferências de estoque entre os armazéns; utilizar cargas 
completas nos veículos para transferir das fábricas aos centros de distribuição; 
utilizar expedição direta da fábrica aos clientes; melhorar o nível de serviço ao 
cliente. 
 
Questão 9 - D 
Justificativa: As respostas corretas são: velocidade total; custo por tonelada e 
por quilômetro; possíveis estragos e perdas; versatilidade da carga; 
capacidade; fiabilidade do serviço; e continuidade do serviço. 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: A flexibilidade do serviço; grande cobertura geográfica; manusear 
pequenos lotes; competitivo para distâncias curtas e médias; adaptabilidade 
elevada; baixo investimento para o operador; serviço ponto a ponto; 
manuseamento mais fácil; menores custos de embalagem. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 95 
 
Introdução 
Os canais de distribuição podem ser definidos como o caminho que o 
produto/serviço faz desde a sua criação até a chegada ao cliente final, que é 
aquele que, efetivamente, consumirá o produto ou utilizará o serviço; portanto, 
planejamento, operação e controle dos canais de distribuição adotados pelas 
empresas devem ser bastante elaborados e cuidadosos. 
 
Objetivo: 
1. Identificar conceitos, fundamentos e formas de funcionamento dos canais de 
distribuição; 
2. Esclarecer como devem ser seus planejamentos e operações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 96 
Conteúdo 
Conceitos e funcionamento dos canais de distribuição 
Rosembloom (1999) define canais de distribuição como: 
 
• O caminho seguido por um produto desde sua concepção até o consumidor 
final; 
• A transferência de posse entre diversas empresas ou clientes; 
• Uma coalizão de empresas reunidas com o propósito de realização de trocas. 
 
Já Silva (1999) afirma que os canais de distribuição englobam os agentes, que 
são responsáveis por disponibilizar o produto, desde seu ponto de origem até o 
consumidor final, da melhor maneira possível. As funções desempenhadas por 
diferentes membros do canal são chamadas de fluxos, porque consistem em 
um conjunto de atividades que ocorrem numa sequência dinâmica dentro do 
canal de distribuição. (STERN et al, 1996). 
 
A estrutura de canais de distribuição 
Segundo Wilkinson (1990), a estrutura de canais de distribuição refere-se ao 
modo como as partes de um sistema se organizam. Essa estrutura é 
denominada por Rangan como desenho estrutural da distribuição (RANGAN et 
al, 1992, apud DIAS, 1997). Kotler e Armstrong (1993) melhoraram o 
entendimento sobre a estrutura do canal de distribuição ao afirmarem que ela 
se caracteriza pelo número de níveis de intermediários utilizados pelo fabricante 
para atingir o consumidor final. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 97 
 
 
 
Atenção 
 Segundo Semenik e Bomossy (1995, p. 546), os participantes 
envolvidos em um canal de distribuição devem desempenhar 
atividades no fluxo de forma a agregar valor ao canal. Podemos 
tomar como exemplo a decisão de um determinado fabricante de 
eliminar um intermediário no canal. Vale ressaltar que o nível de 
serviço do canal deve ser mantido ou melhorado. Devemos 
atentar ainda que os intermediários, principalmente os 
distribuidores, operam com grande quantidade de mercadorias e 
têm a distribuição como especialização; portanto, há de ser bem 
planejada a exclusão de um participante do canal para que o 
processo continue eficiente e eficaz. Stern et al (1996, p. 11) 
enfatizamque: “...os intermediários, através de suas 
experiências, especializações, contatos e escalas, oferecem aos 
outros membros dos canais mais do que podem usualmente 
atingir por eles mesmos em termos de eficiência superior no 
desempenho das funções básicas de marketing”. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 98 
Decisões sobre o canal de distribuição 
O planejamento e escolha de um canal de distribuição exigem uma série de 
decisões, que deve contemplar a organização do canal, como será o 
funcionamento dos diversos fluxos e como o cliente final será atendido. Deve-
se salientar que cada empresa é responsável pela decisão adotada pelos canais 
de distribuição; além disso, o nível de serviço (que deve estar alinhado com as 
necessidades dos clientes), a rentabilidade e os custos devem ser planejados 
cuidadosamente. 
 
Kotler e Armstrong (1993) observaram que as decisões sobre canais de 
distribuição estão entre as mais importantes que a empresa deve tomar. Veja 
algumas delas: 
 
Conhecer bem seus clientes é o ponto de partida para as empresas que querem 
obter sucesso no mercado. Não adianta fabricar produtos considerados muito 
bons pela empresa se a demanda não os deseja. Dentre essas necessidades, 
podemos citar o tempo de entrega, variedade e disponibilidade de itens, 
pedidos completos e mercadorias sem danos. 
 
Vale lembrar que a distribuição física é hoje considerada a eficácia da SCM. 
 
Segundo Kotler e Armstrong (1999), os objetivos do canal devem ser definidos 
em termos do nível de serviço desejado pelos consumidores-alvo. Em grandes 
empresas, é comum a existência de vários segmentos de produtos; portanto, 
para cada segmento, deve ser adotado um canal que melhor atenda às 
necessidades do cliente e da própria empresa. 
 
Bowersox e Cooper distinguem a organização dos canais pelo grau de 
diretividade inerente à alternativa de estrutura de canal escolhida, se será 
realizada pela própria empresa (canais diretos) ou via intermediários (canais 
indiretos) (BOWERSOX; COOPER, 1992, apud DIAS, 1997). Essa decisões 
baseiam-se principalmente nas seguintes áreas: 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 99 
Comprimento do canal 
Kotler e Armstrong (1999) descrevem que os canais de marketing podem ser 
reconhecidos pela quantidade de níveis utilizados para levar seu produto ao 
consumidor. 
 
Cada intermediário que atua no canal é considerado como um nível dentro do 
fluxo do canal, e essa dimensão é normalmente proporcional ao custo do 
produto final. 
 
Distribuição ou cobertura de mercado 
A intensidade de distribuição refere-se ao nível de cobertura de mercado que o 
fabricante considera necessário para comercializar seu produto com sucesso 
(SEMENIK; BAMOSSY, 1995); portanto, quanto maior a área geográfica a ser 
atingida pelo produto, maior deve ser a capacidade do canal escolhido. 
 
Intermediários 
A escolha dos intermediários é fundamental para o sucesso ou fracasso da 
operação comercial (DIAS, 1993). Ao selecioná-los, a empresa deve determinar 
as características dos melhores: há quanto tempo eles estão no mercado, quais 
linhas eles comercializam, seus históricos de crescimento e lucro, seus sensos 
de cooperação e suas reputações. (KOTLER; ARMSTRONG, 1999). 
 
Planejamento e operações nos canais de distribuição 
O desafio do planejamento dos canais de distribuição envolve as seguintes 
tarefas: 
 
Significa segmentar o mercado, identificar ótimas respostas de posicionamento 
para demandas de segmentos, selecionar os setores visando focar os esforços 
do canal, e estabelecer ou aprimorar os canais para administrar no mercado. 
 
Para que isso ocorra, é preciso entender quais as fontes de poder e de 
dependência de cada membro de canal. Também são necessários o 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 100 
entendimento do potencial para conflitos de canal e um plano para criar um 
ambiente no qual o projeto ótimo de canal possa ser executado, de modo 
eficaz, em uma base progressista. 
 
Indicar o papel da distribuição dentro do mix de marketing, o tipo de canal, o 
número de intermediários e as empresas específicas para distribuir o produto. 
 
Funções dos canais de distribuição 
São funções dos canais de marketing: 
 
Funções transacionais 
Atividades associadas à compra e venda, que envolvem risco na operação por 
propriedade, transporte, armazenagem e administração. 
 
Funções logísticas 
Atividades de concentração (disponibilização de variedade de produtos para 
venda em um dado local ou ponto de vendas), armazenamento (manutenção e 
preservação de estoques), organização (composição de estoques em termos de 
produtos e quantidades orientadas para o consumidor), distribuição física 
(movimentação física de bens da produção ao consumo) e administração destes 
processos de forma integrada e eficiente. 
 
Funções de facilitação 
Atividades de estímulo e favorecimento dos processos de compra e venda, e da 
produção ao consumo, como financiamento de transações, classificação de 
produtos e troca ou fornecimento de informações de mercado. 
 
Estruturas dos canais de distribuição 
A estrutura de canais de distribuição ou fluxo de distribuição refere-se ao modo 
como as partes de um sistema se organizam. Essa estrutura é demonstrada 
pelo desenho estrutural da distribuição. Kotler e Armstrong (1993) melhoraram 
o entendimento da estrutura do canal de distribuição ao afirmarem que ela se 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 101 
caracteriza pelo número de níveis de intermediários utilizados pelo fabricante 
para atingir o consumidor final. Veja a seguir: 
 
 
 
Distribuição física 
• Condiciona os processos logísticos de estocagem, transporte e controle; 
• Determina a estrutura da rede logística de distribuição (quantidade de 
organizações, localização de centros de distribuição, especificações de 
equipamentos de estocagem, definição de modais de transporte e de serviços 
de apoio – rastreamento, pós-venda). 
 
Fabricantes 
Responsáveis pela criação e fabricação do produto, também são eles que 
determinam as campanhas de marketing e escolhem o melhor canal a ser 
utilizado. 
 
Atacadistas/intermediários 
Atualmente, são muito utilizados, pois conseguem equilibrar oferta e variedade 
de produtos com a demanda. Os intermediários (que podem ser atacadistas, 
distribuidores, representantes, agentes e varejistas) facilitam o fluxo de bens e 
serviços. Para que essa operação possa ser realizada com sucesso, algumas 
ações especializadas são executadas pelos intermediários, como: seleção 
(consiste em transformar as mercadorias que entram no estoque de forma 
heterogênea em homogêneas), acumulação (refere-se ao ato de acumular 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 102 
mercadorias de diversos fornecedores a fim de torná-las homogêneas), 
loteamento (o mesmo que fracionar, é a separação de quantidades menores 
no estoque), sortimento (é a ação de mesclar diversas mercadorias que 
tenham compatibilidade entre si para melhor atender a demanda). 
 
Serviços desejados pelos clientes 
No cenário atual, as empresas devem estar preparadas para atender as 
necessidades dos clientes e procurar sempre inovar. Os principais desejos dos 
clientes são: 
 
Tamanho do lote 
Número de unidades que o canal permite que um cliente compre em um 
determinado momento. 
 
Tempo de espera 
Tempo médio que os clientes esperam para receber o produto. 
 
Conveniência 
O que existe de facilidade/comodidade para a compra do produto pelos 
clientes. 
 
Variedade do produto 
Nívelde opções do produto oferecido pelo canal de marketing. 
 
Serviços de apoio 
Serviços adicionais fornecidos pelo canal, tais como: forma de pagamento, 
entrega, instalação e reparos. 
 
Tipos e modalidades de distribuição 
Existem tipos de canais de distribuição que podem estar caracterizados em 
algumas modalidades de distribuição. Veja a seguir: 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 103 
Existem três tipos de canais de distribuição: 
 
Nesse tipo de fluxo, não existem intermediários, ou seja, os fabricantes 
comercializam seus produtos e entregam ao consumidor final. Podemos citar 
como exemplo a Dell Computadores. A vantagem desse processo é o perfeito 
controle dos clientes, e a desvantagem refere-se à área de abrangência 
geográfica. 
 
Esse fluxo elimina a figura do distribuidor (atacadista), ou seja, as mercadorias 
saem do produtor e vão diretamente ao varejista. O fluxo curto permite melhor 
abrangência do mercado, mas, em contrapartida, pulveriza consideravelmente 
as entregas para diversos varejistas. 
 
Esse canal, também conhecido como canal completo, contempla as figuras do 
distribuidor e do varejista. Ambos possibilitam um amplo alcance geográfico, 
mas a gestão das relações internas do fluxo é mais trabalhosa e complexa, o 
que aumenta o preço final dos produtos. 
 
Os canais de distribuição são caracterizados em quatro modalidades: 
 
É utilizado um canal de distribuição longo, que permite maior abrangência 
geográfica na distribuição e, portanto, atinge um número maior de 
consumidores; por outro lado, tem como desvantagens o elevado custo que 
impõe à empresa e uma possível perda parcial de controle sobre o canal. 
 
Adota-se um distribuidor exclusivo para áreas predeterminadas; além disso, 
pretende-se também que esse distribuidor mantenha exclusividade com a 
marca do fabricante. Temos como exemplo de distribuição exclusiva o 
franchising. 
 
Nesse fluxo, o fabricante adota um número reduzido de distribuidores, aos 
quais, normalmente, são fixadas cotas de vendas, com a possibilidade de 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 104 
estabelecer princípios de exclusividade de vendas em um determinado 
território. 
 
Utiliza-se essa modalidade como complemento às de distribuição seletiva ou 
extensiva no intuito de intensificar as melhorias desses canais. 
 
Sistemas de distribuição 
Sistemas convencionais 
Tipos de estrutura que o produtor e os intervenientes compreendem como 
entidades independentes, onde seus interesses são individualizados, e cada um 
procura aumentar seus respectivos lucros. Essa é a estrutura utilizada com mais 
frequência pelas PMEs, e sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo 
relativamente simples a alteração de intervenientes. 
 
Sistema vertical 
Nessa estrutura (que se divide em corporativo, administrativo e contratual), o 
produtor e os intervenientes atuam juntos, e a gestão das funções realizadas 
pelos membros do canal é dirigida por apenas um componente. De grosso 
modo, a gestão de todas as atividades necessárias para a realizar a função de 
distribuição é centralizada. O sistema vertical também permite tirar proveito de 
economias de escala, além de incrementar o poder de negociação junto de 
empresas exteriores ao canal. 
 
Sistema vertical corporativo 
Combina estágios sucessivos de produção e distribuição sob o comando de um 
único proprietário. Exemplo: Vila Romana. 
 
Sistema vertical contratual 
São redes patrocinadas por atacadistas, cooperativas de varejistas e franquias. 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 105 
Redes patrocinadas por atacadistas 
O atacadista desenvolve um programa no qual os varejistas envolvidos 
padronizam suas práticas de vendas e obtêm economias de compra que 
permitem ao grupo competir eficazmente com grandes redes. 
 
Cooperativas de varejistas 
Os varejistas organizam uma cooperativa para executar as funções de atacado 
ou, até mesmo, de fabricação. Além disso, concentram suas compras por meio 
da cooperativa e planejam conjuntamente suas divulgações. 
 
Franquias 
Um membro do canal – o franqueador – vincula estágios sucessivos de 
produção e distribuição. 
 
Sistema horizontal 
Resulta da cooperação de duas ou mais empresas, independentes entre si, 
para, conjuntamente, colocarem recursos através de um vínculo contratual ou 
pela criação de uma nova empresa. Como exemplo, podemos citar as lojas de 
conveniências em postos de abastecimento de combustíveis, cafeterias no 
interior de livrarias etc. 
 
Sistema multicanal 
Estrutura cada vez mais frequente, em que um produtor opta, por exemplo, 
pela utilização de um canal longo para venda através de distribuidores (de 
forma a aumentar o seu alcance) e, paralelamente, opera por meio de um canal 
curto ou direto. Um exemplo de simples compreensão são as indústrias que 
comercializam seus produtos em varejistas e, paralelamente, permitem a venda 
direta ao cliente final nas suas instalações por meio de um pequeno 
estabelecimento comercial, comumente conhecido como “loja de fábrica”. 
Também ocorre quando uma única empresa utiliza dois ou mais canais para 
atingir um ou mais segmentos de clientes. Exemplo: Shoptime (internet/TV). 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 106 
Como o ciclo de vida dos produtos impactam os canais de 
distribuição 
Nenhum canal de marketing permanece eficaz por todo o ciclo de vida do 
produto. Veja no gráfico a seguir como isso acontece. 
 
 
 
Introdução 
Produtos ou modas radicalmente novos tendem a entrar no mercado por meio 
de canais especializados, que promovem tendências e atraem os adotantes 
imediatos. 
 
Crescimento 
Quando cresce o interesse, aparecem canais de maior volume (redes 
especializadas, lojas de departamentos) que oferecem os mesmos serviços, 
mas não no mesmo nível que os canais do estágio de introdução. Existem 
vários estágios de crescimento quando o interesse do fabricante está alinhado 
com os interesses dos demais membros do canal. 
 
Maturidade 
Quando o crescimento diminui, alguns concorrentes transferem seus produtos 
para canais reduzidos (varejo em massa). Existem vários estágios de 
maturidade, dependendo dos conflitos que aparecem por conta da busca de 
ganhos de eficiência na relação fornecedor-canal, seja para focar em melhoria 
na satisfação do cliente, seja para focar na redução de custos. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 107 
Declínio 
Quando começa o declínio, surgem canais de custo ainda mais reduzidos 
(vendas pelo correio, lojas de descontos). O estágio de declínio ocorre quando 
o conflito intenso é gerado a partir do desalinhamento de interesses. 
Fornecedor busca reprojetar as formas de servir o cliente. 
 
Atividade proposta 
Os canais de distribuição têm três funções básicas; dentre elas, as logísticas. 
Descreva algumas atividades da função logística dos canais de distribuição. 
 
Chave de resposta: As funções logísticas referem-se a atividades de 
concentração (disponibilização de variedade de produtos para venda em um 
dado local ou ponto de vendas), armazenamento (manutenção e preservação 
de estoques), organização (composição de estoques em termos de produtos e 
quantidades orientadas para o consumidor), distribuição física (movimentação 
física de bens da produção ao consumo) e à administração destes processos de 
forma integrada e eficiente. 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre o funcionamento dos canais de 
distribuição, assista ao vídeo disponível em nossa galeria de vídeo.Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
CHOPRA, Sunil.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 108 
MARTEL, Alain.; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
TAHA, Hamdy A. Pesquisa operacional: uma visão geral. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008. 
COLIN, Emerson Carlos. Pesquisa operacional: 170 aplicações em estratégia, 
finanças, logística, produção, marketing e vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
O planejamento e escolha de um canal de distribuição exigem uma série de 
decisões, que deve contemplar a organização do canal, como será o 
funcionamento dos diversos fluxos e como o cliente final será atendido. Deve-
se decidir também a estrutura de canal, se será realizada pela própria empresa 
(canais diretos) ou via intermediários (canais indiretos). Essas decisões 
baseiam-se principalmente nas seguintes áreas, exceto: 
a) Comprimento do canal 
b) Extensão do canal 
c) Custo do canal 
d) Intensidade do canal 
e) Intermediários no canal 
 
Questão 2 
A estrutura de canais de distribuição refere-se ao modo como as partes de um 
sistema se organizam e é apresentada como desenho estrutural da distribuição. 
Escolha a alternativa incorreta sobre a estrutura dos canais de distribuição 
diretas. 
a) Fábrica – CDs 
b) CDs – distribuidores 
c) Distribuidores – varejistas 
d) Fábrica – varejistas 
e) Varejistas – CDs 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 109 
Questão 3 
A estrutura de canais de distribuição refere-se ao modo como as partes de um 
sistema se organizam e é apresentada como desenho estrutural da distribuição. 
Escolha a alternativa correta sobre a estrutura dos canais de distribuição 
indiretas. 
a) Fábrica – CDs 
b) CDs – distribuidores 
c) Distribuidores – varejistas 
d) Fábrica – varejistas 
e) Varejistas – CDs 
 
Questão 4 
A gestão dos canais de distribuição implica em uma série de decisões. Escolha a 
alternativa que não contempla um desses veredictos. 
a) Tempos de entrega do canal 
b) Comprimento do canal 
c) Intensidade do canal 
d) Extensão do canal 
e) Intermediários no canal 
 
Questão 5 
A escolha dos intermediários que atuarão no fluxo de distribuição é uma das 
decisões mais importantes referente ao planejamento dos canais. Dentre as 
atribuições de um bom intermediário, podemos citar, exceto: 
a) Tempo no mercado 
b) Tipos de produtos que distribuem 
c) Tamanho da frota de distribuição 
d) Reputação no mercado 
e) Comprometimento 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 110 
Questão 6 
Os intermediários (que podem ser atacadistas, distribuidores, representantes, 
agentes e varejistas) facilitam o fluxo de bens e serviços. Para que essa 
operação possa ser realizada com sucesso, as seguintes operações 
especializadas são executadas pelos intermediários, exceto: 
a) Acumulação 
b) Manutenção 
c) Seleção 
d) Sortimento 
e) Loteamento 
 
Questão 7 
No cenário atual, as empresas devem estar preparadas para atender as 
necessidades dos clientes e sempre procurar inovar. São os principais desejos 
dos clientes, exceto: 
a) Variedade de produtos 
b) Tempo de espera 
c) Conveniência 
d) Acesso à internet 
e) Tamanho do lote 
 
Questão 8 
Esse fluxo elimina a figura do distribuidor (atacadista), e as mercadorias saem 
do produtor e vão diretamente ao varejista. Essa definição refere-se a que tipo 
de canal de distribuição? 
a) Direto 
b) Indireto 
c) Curto 
d) Longo 
e) Misto 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 111 
Questão 9 
Quanto às modalidades de distribuição, os canais possuem as seguintes 
características, exceto: 
a) Exclusiva 
b) Semi-intensiva 
c) Extensiva 
d) Seletiva 
e) Intensiva 
 
Questão 10 
Nessa estrutura, o produtor e os intervenientes atuam em conjunto, e a gestão 
das funções realizadas pelos membros do canal é dirigida por apenas um 
componente. Esse sistema combina estágios sucessivos de produção e 
distribuição sob o comando de um único proprietário. Essa definição refere-se à 
qual sistema de distribuição? 
a) Horizontal 
b) Híbrido 
c) Multicanal 
d) Vertical administrativo 
e) Vertical corporativo 
 
Canais de distribuição: Estes não devem ser vistos apenas como um 
processo onde se entrega o produto no lugar desejado, mas que também 
agrega valores diferenciados com o intuito de sempre satisfazer o cliente. É 
uma estrutura formada por unidades internas de uma empresa (rede de filiais 
de venda) e por agentes e distribuidores externos (agentes de fabricantes, 
representantes, instituições atacadistas e varejistas) através dos quais um 
produto ou serviço é comercializado. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 112 
Ciclo de vida do produto: O conflito é uma parte inerente ao gerenciamento 
de canais para qualquer negócio de tamanho razoável, além de ser 
virtualmente inevitável. A extensão do conflito é, em grande parte, determinada 
pelas mudanças na rentabilidade do canal. A evolução na rentabilidade através 
do tempo corresponde a um ciclo de vida do relacionamento fornecedor-canal, 
que é comparável ao ciclo de vida de um produto. 
 
Fluxos: A informação é fator-chave dentro dos canais de distribuição, pois tem 
a função de ordenar os fluxos nos canais a fim de que os participantes operem 
o canal da forma mais competitiva possível. Todos os produtos e/ou serviços 
adquiridos por um cliente final ou corporação são servidos por um canal de 
distribuição, que atua de forma que essas ações aconteçam conforme as 
necessidades e desejos de cada um desses participantes. 
 
Aula 5 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: Essas decisões baseiam-se principalmente nas seguintes áreas: 
comprimento do canal, intensidade de distribuição e intermediários para 
desempenho das funções dentro do canal. 
 
Questão 2 - E 
Justificativa: Fluxo e estrutura de distribuição direta não contemplam os 
produtos que vão dos varejistas para os CDs. 
 
Questão 3 - E 
Justificativa: Fluxo e estrutura de distribuição indireta contemplam os produtos 
que vão dos varejistas para os CDs. 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 113 
Questão 4 - A 
Justificativa: Essas decisões baseiam-se principalmente nas seguintes áreas: 
comprimento do canal, intensidade de distribuição e intermediários para 
desempenho das funções dentro do canal. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: A escolha dos intermediários é fundamental para o sucesso ou 
fracasso da operação comercial (DIAS, 1993). Ao selecionar os intermediários, a 
empresa deve determinar as características dos melhores: há quanto tempo 
eles estão no mercado, quais linhas eles comercializam, seus históricos de 
crescimento e lucro, seus sensos de cooperação e suas respectivas reputações. 
 
Questão 6 - B 
Justificativa: Os intermediários (que podem ser atacadistas, distribuidores, 
representantes, agentes e varejistas) facilitam o fluxo de bens e serviços. Para 
que essa operação possa ser realizada com sucesso, algumas operações 
especializadas, como seleção, acumulação, sortimento, seleção e loteamento, 
devem ser executadas pelos intermediários. 
 
Questão 7 - D 
Justificativa: Tamanho do lote, tempo de espera, conveniência, variedadedo 
produto e serviços de apoio. 
 
Questão 8 - C 
Justificativa: O fluxo denominado canal curto elimina a figura do distribuidor 
(atacadista); portanto, as mercadorias saem do produtor e vão diretamente ao 
varejista. Além disso, o fluxo curto permite melhor abrangência do mercado, 
mas, em contrapartida, pulveriza consideravelmente as entregas para diversos 
varejistas. 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 114 
Questão 9 - B 
Justificativa: Os canais de distribuição são caracterizados em quatro 
modalidades: extensiva, exclusiva, seletiva e intensiva. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: O sistema vertical corporativo combina estágios sucessivos de 
produção e distribuição sob o comando de um único proprietário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 115 
 
Introdução 
Os transportes são um aspecto bastante representativo na Cadeia de 
Suprimentos, pois além de movimentar mercadorias entre uma origem e um 
destino provocando a troca da propriedade, é ainda considerado um dos 
fatores-chave da Cadeia. Quando pensamos em transportes, percebemos que 
no Brasil para a Distribuição Física Urbana só é possível a utilização do modal 
rodoviário, exceções raras para regiões onde utilizam-se o modal fluvial. Mas 
para a distribuição de ressuprimento, a longas distâncias, é possível a utilização 
de outros modais mais econômicos. 
 
Objetivo: 
1. Identificar os conceitos e características dos modais de transportes voltados 
à distribuição física e suas estratégias; 
2. Esclarecer o cálculo do dimensionamento frota de distribuição urbana e do 
tempo de ciclo das entregas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 116 
Conteúdo 
Características dos modais de transportes e suas estratégias 
O sistema de transportes brasileiro define-se basicamente por uma extensa 
matriz rodoviária, sendo também servido por um sistema limitado de transporte 
fluvial (apesar do numeroso sistema de bacias hidrográficas presentes no país), 
ferroviário e aéreo. 
 
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,6 milhões de quilômetros, sendo 
204.000 km de rodovias pavimentadas (2014), as estradas são as principais 
transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. Os primeiros 
investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no 
governo de Washington Luís, sendo prosseguidos no governo Vargas e Gaspar 
Dutra. O Presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que concebeu e 
construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. 
 
Alguns dados importantes 
Existem cerca de 4000 aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo 721 com 
pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque. O país tem o 
segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos 
Estados Unidos. 
 
O país possui uma extensa rede ferroviária de 28.857 km de extensão, a 
décima maior rede do mundo. Atualmente o governo brasileiro, diferentemente 
do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo desse 
incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, um trem-bala 
que vai ligar as duas principais metrópoles do país. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 117 
 
 
Há 37 portos, sendo que 11 desses são considerados grandes, no conceito de 
internacionais, de grandes navios, segundo o PNAC II, dentre os quais o maior 
é o Porto de Santos. O país também possui 50.000 km de hidrovias. 
 
Podemos notar o desequilíbrio da nossa matriz de transportes, que utiliza 
largamente o modal rodoviário num país de dimensões continentais com o 
agravante de o modal rodoviário ter uma capacidade de carga muito baixa. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 118 
 
 
Modal ferroviário, rodoviário, aquaviário, dutoviário, aeroviário 
Conheça as principais características operacionais de cada um dos modais 
utilizados: 
 
MODAL FERROVIÁRIO 
• Menor consumo de combustíveis (comparado ao Rodoviário); 
• Menores impactos ambientais (comparado ao Rodoviário); 
• Grande capacidade de transporte a longas distâncias; 
• Cargas com baixo valor agregado (minérios, carvão, cimento); 
• Alto custo fixo – Via segregada, pátios de manobra etc; 
• Custos operacionais baixos – óleo, energia elétrica, mão de obra; 
• Frete mais barato em torno de 50%, se comparado ao rodoviário; 
• Ligação com Portos (comércio internacional); 
• Necessidade de bitolas padronizadas para integração nacional e internacional 
(Mercosul); 
• No Brasil existem 3 bitolas – Larga (1,60 /17%) – Métrica (1,00/81%) e Mista 
(1,435/ 2%). 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 119 
MODAL RODOVIÁRIO 
• Pouca capacidade de carga; 
• Curtas distâncias; 
• Flexibilidade operacional; 
• Alta Capilaridade; 
• Utilização intensiva de combustíveis de fontes não renováveis e alto custo 
financeiro e ambiental; 
• Grandes impactos ambientais (poluição atmosférica, ruídos, acidentes, 
congestionamentos); 
• Custos fixos baixos; 
• Custos variáveis altos. 
 
MODAL AQUAVIÁRIO 
• Grande capacidade de carga; 
• Elevado custo portuário; 
• Menor custo de transporte para grandes distâncias; 
• Baixa velocidade = maior tempo de entrega (transit time); 
• Baixa capilaridade (porta a porta); 
• Vários tipos de navegação: Navegação de Cabotagem, Navegação de 
Longo Curso, Navegação Interior, Navegação de Apoio Marítimo, 
Navegação de Apoio Portuário. 
• Possibilidade de estoque em trânsito. 
 
MODAL DUTOVIÁRIO 
• Operam 24 h/dia e 07 dias/semana (com restrições na troca de produtos 
transportados e manutenção); 
• Alto custo fixo (construção, controle dos terminais e bombeamento); 
• Baixo custo variável (menor em relação aos outros modais); 
• Alta confiabilidade; 
• Considerações ambientais na implantação da rede e na sua operação. 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 120 
MODAL AÉREO 
• Mais novo e menos utilizado; 
• Maior velocidade; 
• Custo do frete compensado pela redução de custos com estocagem e 
armazenagem; 
• Custo fixo baixo; 
• Custo variável alto; 
• Baixa capilaridade; 
• Válido para produtos perecíveis e com alto valor agregado; 
• Frete 02 vezes maior que o rodoviário e 16 vezes maior que o ferroviário. 
 
Comparativos entre os tipos de modais 
Veja a seguir a capacidade de carga e ocupação de espaço físico: 
 
 
 
Veja a seguir o comparativo de custos do Brasil, Argentina e EUA, em 2010: 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 121 
 
Atenção 
 Pelos quadros apresentados, verificamos que a utilização 
inadequada do modal rodoviário no Brasil onera os custos com 
transportes, trazendo um aumento dos custos finais dos 
produtos, portanto, quando do planejamento do transporte, o 
aspecto mais importante é a escolha do modal a ser utilizado. No 
Brasil para a Distribuição Física Urbana, só é possível a utilização 
do modal rodoviário, mas em grandes cidades dos EUA e Europa 
já se utiliza drones (aeronaves não tripuladas) para esse tipo de 
serviço. 
 
Parâmetros determinantes para a escolha do modal e 
características das cargas 
Na decisão sobre que modal utilizar, alguns critérios devem ser analisados, pois 
certamente alguns deles inviabilizarão a utilização de alguns modais 
pretendidos. Além disso, outro parâmetro a ser analisado refere-se à natureza e 
características das cargas, veja a seguir:Parâmetros determinantes Escolha de modais 
• Custo da operação; 
• Tempo de trânsito; 
• Frequência do serviço; 
• Serviços logísticos oferecidos; 
• Disponibilidade e qualidade das informações; 
• Confiabilidade (regularidade e consistência no nível de serviços oferecidos); 
• Capacidade; 
• Acessibilidade e flexibilidade de integração; 
• Segurança, perdas e danos. 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 122 
Parâmetros determinantes Caracterísitcas da carga 
• Tipo (sólida, granel, sacaria etc.); 
• Peso específico ou unitário; 
• Volume; 
• Fragilidade; 
• Tipo de embalagem; 
• Limite de empilhamento; 
• Possibilidade de unitização; 
• Temperatura de conservação; 
• Nível de umidade admissível; 
• Prazo de validade; 
• Legislação. 
 
 
Atenção 
 Para que possamos usar estratégias que melhorem a 
performance da empresa frente ao mercado, na utilização do 
transporte deve-se planejar cuidadosamente todos esses 
aspectos mencionados. Uma outra opção será a terceirização do 
serviço de transportes, cabe ressaltar que aqui faz-se necessária 
a utilização dos conceitos de trade off e análise profunda do 
terceiro, na intenção de que cumpra-se o desejado pela 
empresa. 
 
Cálculo do dimensionamento da frota de distribuição urbana e do 
tempo de ciclo das entregas 
Para que um sistema de distribuição obtenha o sucesso desejado, é imperioso o 
devido e cuidadoso dimensionamento da frota de distribuição, assim como a 
especificação dos mesmos. Tal planejamento visa fazer com que as entregas 
sejam executadas no tempo prometido com a utilização ótima dos veículos da 
frota. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 123 
 
A logística é hoje amplamente estudada em função dos seus enlaces, que 
determinam situações que geralmente, se bem desenvolvidas levam as 
empresas ao sucesso. A área de transporte é uma das mais impactantes para 
as empresas, pode representar até 45% dos custos logísticos, portanto um bom 
planejamento dos transportes é muito importante. Algumas decisões são 
fundamentais, as principais são a seleção do modal, a roteirização do 
transportador, a programação de veículos e a consolidação do embarque. 
 
Custos dos transportes 
Em função da crescente concorrência no mercado, os custos dos transportes 
podem ser um diferencial competitivo importante, ou até inviabilizar uma 
negociação. Portanto, quanto mais eficiente o transporte, maior ganho terão as 
empresas que o praticam com relevância. 
 
A expansão urbana e crescimento das diversas regiões trazem um aumento do 
volume de bens que são transportados, atendendo às necessidades da 
demanda. Esse fato faz com que o planejamento de transporte consiga atender 
aos interessados, como redes varejistas, fabricantes e clientes finais. Nesse 
contexto, merece destaque a distribuição física de carga urbana, pela 
complexidade que oferece aos profissionais envolvidos nesse processo. 
 
Vale destacar a grande diferença em rotas de distribuição de média/grande 
distâncias e rotas urbanas, que tem todas as restrições impostas pela circulação 
em perímetros urbanos populosos. 
 
É inegável a importância que exerce a carga urbana na qualidade de vida da 
sociedade, que a cada dia solicita um maior número de produtos, assim como 
uma maior diversidade destes. Porém, com o aumento do volume de bens 
produzidos e consumidos, bem como a ampliação da demanda por serviços 
numa região, favorecendo sua expansão econômica, gera um aumento 
significativo da demanda por transporte (CARVALHO, 1998). 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 124 
 
Isso provoca um grande número de problemas, destacando-se as restrições de 
tráfego e o aumento do risco sobre os demais veículos e sobre os pedestres; 
conflitos entre o transporte urbano e o transporte de carga; obstruções ao 
trânsito com consequente redução da velocidade; congestionamentos, que por 
sua vez acarretam maior consumo de combustível, maiores tempos de viagem, 
incremento na poluição sonora, atmosférica e visual, vibrações, doenças, 
mortes e acidentes; perda de espaços verdes e espaços abertos e o aumento 
do custo do serviço de transporte de carga propriamente dito, com o 
consequente aumento no custo final dos produtos (CARVALHO, 1998). 
 
Algumas atividades vão impactar diretamente no tempo de um processo de 
distribuição urbana, tais como: o tempo de carregamento do veículo, que 
depende da forma em que o veículo é carregado; tempo do percurso desde o 
Centro de Distribuição (CD) até o cliente, prevendo-se todas as dificuldades de 
estacionamento do veículo; tempo de descarregamento, dependendo também 
como o veículo será descarregado; tempo de atendimento do cliente, que 
envolve a espera para conferências; tempo da viagem de retorno até a base 
(CD) etc. 
 
Em estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Westminster, 
Inglaterra (ALLEN et al., 2000) para as cidades de Londres e Norwick, os 
autores chegaram à conclusão que 10% do tempo gasto para efetivar-se uma 
entrega é em decorrência da viagem de ida e volta ao CD, 1% em espera no 
cliente, 2% em engarrafamentos e 87% procurando local para estacionar. No 
Brasil, esses índices diferem em função principalmente da tolerância de 
estacionamentos em locais proibidos. Portanto, é necessário um bom 
planejamento de distribuição urbana a fim de reduzir os impactos causados, 
principalmente no trânsito dos centros urbanos. 
 
Um dos problemas encontrados em um planejamento de distribuição é a 
variação do tempo do ciclo de entrega/coleta, que é o tempo dispendido desde 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 125 
a saída da base até o final das entregas com o retorno à base ou não. Nota-se 
que esses tempos são de certa forma aleatórios, que dependem de alguns 
fatores como os mencionados anteriormente. 
 
Com o objetivo de avaliar o efeito que essas diversas ocorrências podem ter na 
logística de distribuição, Novaes (2003) analisou, de forma hipotética, como 
seria o processo de distribuição de uma empresa considerando, inicialmente, 
que não haveria nenhum tipo de ocorrência (situação 1), ou seja, nenhum tipo 
de evento que provocasse atraso nas diversas etapas do processo de 
distribuição. Posteriormente, considerou o caráter aleatório das atividades 
relacionado com diferentes ocorrências e que induzem à variabilidade do tempo 
de viagem e da carga e descarga (situação 2). 
 
Nesta análise, Novaes (2003) observou, comparando as duas hipóteses, que na 
situação 2 haveria uma redução de aproximadamente 47% no número de 
entregas e no carregamento médio do veículo em relação à situação 1, dentro 
de uma jornada de oito horas de trabalho. Portanto, essas variabilidades devem 
ser mais bem estudadas a fim de diminuir o impacto em tempos que 
diretamente aumentam os custos. 
 
Visão dos atores participantes do processo de distribuição 
Em um processo de distribuição, os atores participantes tem visões próprias, de 
acordo com os seus interesses. Veja a seguir cada uma dessas visões e 
algumas medidas que visam reduzir os impactos causados pela distribuição: 
 
Fabricante 
 
Visão 
Para o fabricante, interessa que a distribuição não gere perdas de seus 
produtos e que mantenha um grau de eficácia que consiga satisfazer os seus 
clientes. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 126 
 
Medidas que visam reduzir os impactos 
Facilitar a utilização de equipamentos adequados para a transferência da carga 
entre o veículo e o estabelecimento; dar uma rápido atendimento aos 
fornecedores. 
 
Varejista 
 
VisãoPara o varejista interessa que a distribuição garanta que os produtos não faltem 
em seu estabelecimento, sendo entregues na quantidade exata, e sem danos. É 
importante também para o varejista que o agendamento das entregas sejam 
respeitados para que não afete a organização de seu negócio. 
 
Medidas que visam reduzir os impactos 
Planejar locais para carga e descarga próximo aos varejistas e estes 
flexibilizarem seus horários de entregas/coletas. 
 
Transportadoras 
 
Visão 
Para os transportadores interessam os seguintes aspectos: a compatibilidade 
dos veículos com as praças de entregas;); adequação à carga/descarga das 
mercadorias; as restrições de horários de entrega e coleta da mercadoria 
impostos pelo cliente ou pela legislação vigente na área; a rastreabilidade da 
operação de entrega; a disponibilidade de áreas apropriadas para a carga e 
descarga; fácil localização dos clientes, em áreas de fácil acesso; 
congestionamentos que possam trazer atrasos nas entregas; utilização de 
sistemas de roteamento para auxiliar a programação de entrega e coleta das 
mercadorias; agendamento das entregas, sem atrasos; legislações de trânsito 
vigentes. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 127 
 
Medidas que visam reduzir os impactos 
Rastreamento das entregas com um efetivo controle dos locais onde 
encontram-se os veículos, inibindo assim os roubos de carga; utilização de 
roteirizadores, que aumentam a eficácia das entregas; dotar seus veículos com 
equipamentos que possibilite uma melhor carga/descarga dos veículos, como 
paleteiras, rampas niveladoras etc.; intensivo programa de treinamento de seus 
motoristas e ajudantes. 
 
Comunidade e Autoridades Locais 
 
Visão 
Para a comunidade e população em geral, interessa que não hajam 
congestionamentos, poluições atmosféricas, auditivas e visuais, mantendo a 
cidade dentro de padrões confortáveis para a convivência. Para as autoridades, 
interessa que as leis vigentes sejam respeitadas, reduzindo-se assim os 
congestionamentos, poluições e acidentes nas vias. 
 
Medidas que visam reduzir os impactos 
Adoção de estratégias para redução do uso de veículos particulares por meio de 
melhoria do sistema de transporte público; planejamento de locais para 
paradas de veículos de entrega, e efetiva fiscalização de paradas em locais 
inadequados; colocação de painéis eletrônicos com indicações das condições de 
trânsito, que oriente o motorista sobre a rota a ser utilizada; planejamento e 
controle de execução de obras públicas que obstruem as vias; regulamentação 
da operação de carga e descarga em horários noturnos em áreas com alta 
densidade de tráfego, promovendo segurança nesses locais, além de outras 
medidas que visam reduzir o número de veículos em circulação nas 
vias públicas. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 128 
Visão dos atores participantes do processo de distribuição 
Veja a seguir, os atributos que devem ser analisados no momento da escolha 
do veículo ideal para determinada operação de transporte (distribuição). Os 
dados a serem levantados referem-se às características da carga, do transporte 
e das rotas: 
 
Características da carga 
Tipo (sólida, granel, líquida etc.); peso específico (kg/m³) ou unitário; volume 
(m³); prazo de validade; unitização; fragilidade; altura de empilhamento; tipo 
de embalagem; temperatura para o transporte; umidade admissível; validade; 
legislação específica no caso de cargas perigosas. 
 
Características do transporte 
Pontos de partida e chegada; pontos e frequência de abastecimento; processos 
de carga/descarga; horários de atendimento dos locais de partida e chegada; 
dias úteis de trabalho por semana/mês; tempo de carga/descarga. 
 
Características das rotas 
Distâncias entre origem e destino; tipo de estrada (pavimentação e trânsito); 
topografia (rampa máxima e altitude); pesos máximos admitidos em pontes e 
viadutos; legislação de trânsito (federal, estadual, municipal). 
 
Cálculo simplificado da frota de distribuição de carga urbana 
Segundo Novaes, considerando uma empresa que distribui seus produtos a 
partir de um Centro de Distribuição (CD), atendendo a uma determinada 
região, normalmente essa região deve ser subdividida em zonas de entrega. 
Para Galvão (2003), a subdivisão da região em zonas depende de uma série de 
fatores, destacando-se: 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 129 
 
 
A determinação precisa dos contornos das zonas de distribuição, que constitui 
um problema relativamente complexo, pois envolve conceitos topológicos, 
operacionais, urbanísticos e viários. Cada zona de entrega é atendida por um 
veículo, com uma periodicidade prefixada. A periodicidade da entrega pode ser 
diária, semanal, quinzenal, mensal, dependendo da característica de cada caso. 
 
A escolha do período em que as visitas se repetem vai depender basicamente 
de dois fatores antagônicos: de um lado, o nível de atendimento ao cliente, que 
sente-se melhor atendido com entregas mais frequentes; de outro, o custo do 
transporte para o distribuidor. Há casos em que o veículo pode executar mais 
de um roteiro por dia. Nesse caso ele volta ao CD, onde é novamente 
carregado, e vai atender outra zona de entrega (NOVAES, 1997). Veja como 
fazer o cálculo: 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 130 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção 
 Dia após dia, milhares de veículos de entrega são roteirizados 
para executarem sua rota de entrega, segundo diversos 
parâmetros e restrições, impostas por leis, pelos clientes etc... 
Diante dessas características e da complexidade do processo, 
faz-se necessário analisar a distribuição física e a rotina 
operacional de roteirização e programação de veículos, 
englobando nessa programação as distâncias percorridas e 
tempos gastos para a realização das entregas. Especial atenção 
deve ser dedicada ao processo de roteirização e programação de 
veículos, sempre tendo como referência os conceitos 
encontrados na literatura especializada. Esse processo muitas 
vezes está baseado na experiência prática do profissional, não 
tendo portanto, nenhum embasamento técnico que lhe dê 
suporte. Diversas aplicações práticas podem ser citadas, como: 
entrega em domicílio de produtos comprados nas lojas de varejo 
ou Internet, distribuição de jornais, manufaturados, distribuição 
dos CDs para lojas de varejo, distribuição de bebidas em bares e 
restaurantes, distribuição de combustível para postos de 
gasolina, coleta de lixo, entrega de correspondências, 
distribuição de gás, patrulhamento policial, limpeza de ruas, 
roteirização de linhas aéreas etc. (NOVAES, 2004). 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 131 
Características básicas da coleta e distribuição de carga no 
transporte rodoviário 
O transporte não deve ser considerado como mero responsável por transportar 
mercadorias, alguns aspectos importantes e estratégicos devem ser 
considerados, como o fator espacial x temporal e sua relação com custos. 
Novaes (1989), Valente et al. (2003) e Galvão (2003) apresentam as 
características básicas da coleta e distribuição de carga no transporte 
rodoviário: 
Uma região geográfica é dividida em zonas, cujos contornos podem ser rígidos 
ou, em alguns casos, podem sofrer alterações momentâneas para acomodar 
diferenças de demanda em regiões contíguas. 
 
Para cada zona é alocado um veículo, com uma equipe de serviço, podendo 
ocorrer outras situações, como, por exemplo, mais de um veículo por zona. 
 
A cada veículo é designado um roteiro, incluindo os locais deparada, pontos de 
coleta ou entrega, atendimento de serviços etc., e a equipe que deverá atendê-
los, partindo preferencialmente de um depósito/CD e retornando no final da 
tarefa. 
 
O serviço deverá ser realizado dentro de um tempo de ciclo predeterminado. No 
caso de coleta/entrega urbana, o roteiro típico inicia-se de manhã cedo e 
encerra-se no fim do dia (ou antes, se o roteiro for totalmente cumprido). Nas 
entregas regionais o ciclo pode ser maior. 
 
Os veículos são despachados a partir de um depósito, onde se efetua a triagem 
da mercadoria (ou serviço) em função das zonas. Nos casos em que há mais de 
um depósito, o problema poderá ser analisado de forma análoga, efetuando-se, 
para isso, as divisões adequadas da demanda e/ou área geográfica a ser 
atendida. A localização e utilização dos depósitos precisam ser programadas. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 132 
O problema de zoneamento ou particionamento 
De modo geral, o problema de zoneamento ou particionamento envolve criar 
grupos de elementos baseadas em proximidade ou medidas de similaridade. 
Para Botelho (2003) o zoneamento das áreas de abastecimento visa equilibrar a 
demanda e a utilização dos recursos. Novaes (1989) cita que esse conceito visa 
tirar vantagem das características morfológicas das redes de transporte, 
especialmente nas vias arteriais com direções bem-definidas e vários pontos a 
serem atendidos por um único veículo. 
 
Para Valente et al. (2003), em um estudo de zoneamento, dois princípios 
devem ser observados: a procura pelo menor custo operacional, através da 
diminuição do comprimento total das rotas ou do número de veículos 
necessários para atender todos os pontos (clientes), e a procura do menor 
tempo de operação. A partir desses princípios alguns critérios podem ser 
estabelecidos: 
 
Compacidade 
 
Compacidade 
É a proximidade de um grupo, sendo que quanto mais próximos forem os 
pontos do serviço menor o comprimento das rotas. 
 
Morfologia 
 
Morfologia 
Os fatores que podem determinar a forma dos grupos são: as características 
das regiões urbanas (como rios, morros, linhas férreas, vias expressas etc.), 
que já dividem a região em uma série de zonas, ou a finalidade dos 
transportes, como para o caso do transporte escolar, em que uma das 
hipóteses sugerida possui a forma elíptica. 
 
Balanceamento 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 133 
 
Balanceamento 
Situação em que o número de pontos a serem servidos é dividido igualmente 
entre os diversos grupos e seus respectivos veículos, de acordo com sua 
capacidade e volume de serviço demandado nos pontos atendidos. O objetivo é 
conseguir um melhor aproveitamento dos veículos nas rotas. 
 
 
 
Homogeneidade 
 
Homogeneidade 
De acordo com as condições de tráfego, os volumes envolvidos, entre outros, 
as regiões podem ser mais ou menos homogêneas. Isso servirá de base nas 
especificações dos veículos e dos equipamentos envolvidos. 
 
Estudos sobre zoneamento 
Diversos autores, em seus trabalhos, analisaram a questão do zoneamento, 
considerando-o como fator-chave para obter rotas com tempos e/ou distâncias 
mínimas para essas zonas. Todos esses estudos buscam metodologias para 
auxiliar os usuários/empresas na tarefa de zoneamento no processo de 
distribuição física de produtos. De forma geral, isso possibilita ao analista uma 
pré-seleção de configurações consistentes entre si e obedecendo a critérios 
objetivos e claros. É importante ressaltar que muitas linhas de pesquisas de 
zoneamento estão diretamente ligadas à formação/otimização de roteiros de 
viagem. 
 
Veja a seguir os estudos sobre a questão do zoneamento: 
 
Novaes (1991) apud Galvão (2003) apresenta um desenvolvimento 
metodológico onde a região analisada pode ter qualquer forma, o depósito 
pode estar localizado em qualquer ponto da região, a densidade pode variar 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 134 
ponto a ponto, de forma não uniforme. A metodologia representa a região de 
distribuição de forma reticulada, dividindo a região em quadrículas elementares, 
abordagem com tratamento discreto da região. Para cada quadrícula são 
determinadas as coordenadas e a densidade de pontos e, juntamente com as 
características de distribuição e restrições dos veículos, é determinada a divisão 
da região em zonas de distribuição aproximadamente ótimas. 
 
Divisão de Região em faixas de Daganzo, citados por Novaes (1999) e Galvão 
(2003). Procura-se determinar uma segmentação que reduza a distância média 
entre pontos e facilite a programação do roteiro de entrega. Daganzo (1984), 
também citado nesses trabalhos, apresenta formulações para zoneamento, 
objetivando a minimização da distância média percorrida por ponto de parada. 
 
Novaes e Graciolli (1999) fixam os limites de distrito e busca a melhor frota de 
veículos que minimize custos totais de transporte diário. São tratados tempo e 
carga probabilística do veículo. 
 
Cada distrito é relacionado a uma função característica que leva em conta os 
custos de distribuição, tempo e restrições de capacidade, esforço de 
distribuição, e considerações de forma. O modelo de otimização comparado 
com os resultados prévios aplicam divisões circulares com base em um depósito 
central (coordenadas polares centradas no depósito) que dá início a 
determinação de setores, anéis, distritos, zonas onde cada caminhão irá fazer a 
distribuição. Cada distrito é limitado entre dois raios R1 e R2, sendo R1 o limite 
inferior e R2 o limite superior. Para o início da distribuição, o primeiro distrito é 
limitado por um raio centrado no depósito, raio este que é variado por iterações 
até que se verifique o mais próximo possível de suas restrições. A partir do 
segundo distrito, anéis são construídos igualando o raio 1 ao raio 2 do anel 
anterior e projetando o raio 2 de acordo com a área e densidade da região que 
ainda não foi trabalhada em relação ao ponto mais distante do raio 1. Iterações 
são feitas no anel obtendo-se as zonas sequencialmente em seus limites de 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 135 
restrições até que, fazendo pequenas alterações no raio 2, a última zona do 
anel seja equilibrada em relação às outras. 
 
Novaes et al. (2000) apresentam uma metodologia a ser usada no projeto de 
viagens multientrega associado com o atendimento de uma região 
heterogênea, onde a densidade de pontos a serem visitados e a quantidade de 
carga varia na área atendida. 
 
Os tempos de ciclo de veículo e carga do veículo são assumidos como 
probabilísticos. A região analisada é dividida em vários setores, anéis, e 
distritos, com as coordenadas polares centradas no depósito. 
 
Conceitos e funcionamento dos canais de distribuição 
Os pesquisadores assumiram uma estrutura de grade retangular para a 
representação das variáveis de espaço. O modelo de otimização busca a 
configuração da frota de veículos que minimize custos totais de transporte 
diariamente. Como exemplo, o modelo é aplicado a um problema de entrega de 
pacotes na cidade de São Paulo, Brasil. 
 
Galvão (2003) determina um conjunto de distritos (zonas) para cada uma das 
quais está associado um veículo que percorrerá uma distância a ser 
aproximada. Seguindo esses conceitos, temos a formulação matemática 
simplificada para calcularmos o tempo do ciclo das entregas: 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 136 
 
 
Atividade proposta 
Como você analisaria a infraestrutura de transportes no Brasil e quais os 
impactos causados? 
 
Chave de resposta: A infraestrutura dopaís é precária e está baseada 
principalmente no modal rodoviário, que é um modal inadequado em função do 
tamanho territorial brasileiro. Sabe-se também que o transporte é um dos 
fatores-chave da SCM e o maior ofensor em custos, portanto, planejar o serviço 
de transportes analisando os principais aspectos que o envolve, cria-se a 
possibilidade de estratégias que possam diferenciar a empresa no mercado. 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre o funcionamento dos sistemas de 
transportes, assista ao vídeo disponível em nossa galeria de vídeo. 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 137 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
CHOPRA, Sunil.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. 
MARTEL, Alain.; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
TAHA, Hamdy A. Pesquisa operacional: uma visão geral. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008. 
COLIN, Emerson Carlos. Pesquisa operacional: 170 aplicações em estratégia, 
finanças, logística, produção, marketing e vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Um dos fatores determinantes para a criação de uma estratégia envolvendo o 
transporte é quanto ao impacto do frete. São fatores determinantes para o 
preço final do frete: 
I. Distância percorrida, custos operacionais. 
II. Especificidade do veículo utilizado, perdas e avarias. 
III. Mão de obra utilizada no terminal, carga e descarga. 
IV. Sazonalidade por demanda por transporte, possibilidade de carga de 
retorno. 
V. Especificidade da carga transportada, custos operacionais. 
a) I, II, III, IV corretas 
b) I, II, IV, V corretas 
c) I, II, III, V corretas 
d) II, III, IV, V corretas 
e) I, III, IV, V corretas 
 
Questão 2 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 138 
Alguns paradigmas devem ser quebrados quando do planejamento de 
transportes, dentre os mais importantes é a escolha do modal adequado a ser 
utilizado. São parâmetros importantes a serem analisados na escolha dos 
modais: 
I. Acessibilidade e flexibilidade de integração, segurança, perdas e danos. 
II. Frequência do serviço, serviços logísticos oferecidos. 
III. Custo da operação, tempo de trânsito. 
IV. Conforto, segurança do veículo. 
V. Disponibilidade e qualidade das informações, confiabilidade 
a) I, II, III, IV corretas 
b) I, II, IV, V corretas 
c) I, II, III, V corretas 
d) II, III, IV, V corretas 
e) I, III, IV, V corretas 
 
Questão 3 
Podemos notar o desequilíbrio da nossa matriz de transportes, que utiliza 
largamente o modal rodoviário em um país de dimensões continentais com o 
agravante de o modal rodoviário ter uma capacidade de carga muito baixa. 
Assinale a opção INCORRETA quanto às características do modal rodoviário: 
a) Flexibilidade – Custos fixos baixos 
b) Impactos ambientais – Grande capacidade de carga 
c) Capilaridade – Curtas distâncias 
d) Custos fixos baixos – Custos variáveis altos 
e) Impactos ambientais – Combustíveis – fontes não renováveis 
 
Questão 4 
Na decisão quanto à escolha de que modal utilizar, deve-se analisar alguns 
parâmetros como, EXCETO: 
a) Frequência 
b) Tempo de trânsito 
c) Capacidade 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 139 
d) Disponibilidade 
e) Tipo de embalagem 
 
Questão 5 
Na decisão quanto à escolha de que modal utilizar em função das 
características da carga, deve-se analisar alguns parâmetros como, EXCETO: 
a) Tipo 
b) Volume 
c) Fragilidade 
d) Capacidade 
e) Prazo de validade 
 
Questão 6 
Pode-se dizer que a distribuição também interage com o meio, podendo 
provocar diversas interferências, Dentre essas interferências, escolha a 
INCORRETA: 
a) Aumento do custo dos combustíveis 
b) Atrasos na viagem 
c) Oscilações e atrasos nos prazos de entrega 
d) Políticas de estoque 
e) Avarias na carga e descarga 
 
Questão 7 
O tempo necessário para realizar um serviço de distribuição de carga urbana 
pode ser subdividido em vários componentes. Escolha a opção que NÃO atende 
a esses requisitos: 
a) O tempo de carregamento do veículo. 
b) Tempo de descarregamento. 
c) Mão de obra utilizada. 
d) Tempo de contato com o cliente e tempo da viagem de retorno. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 140 
e) Tempo de viagem desde o Centro de Distribuição (CD) até o cliente, 
tempo procurando o local para estacionamento e estacionando o veículo 
próximo ao cliente. 
 
Questão 8 
A escolha dos equipamentos a serem utilizados no processo de distribuição, 
seja para médias/longas distâncias ou para entregas urbanas, deve ser baseada 
em modelos de análise, de forma a ter uma resposta correta para a pergunta: 
“qual o veículo ideal para atender determinada necessidade de transporte?” 
(NOVAES, 1997). Escolha a opção que NÃO atende a essa análise: 
a) Condições viárias e de tráfego e tipo e capacidade dos veículos. 
b) Qualidade dos combustíveis e óleos utilizados no veículo. 
c) Processos de carga/descarga e o, tempo de carga/ descarga. 
d) Horários de atendimento dos locais de partida e chegada e os dias úteis 
de trabalho por semana/mês. 
e) Tipo de carga (sólida, granel, líquida etc.) e o seu peso específico 
(kg/m³) ou unitário. 
 
Questão 9 
A carga é coletada nas instalações do embarcador e deslocada até o depósito 
da transportadora, onde é feita a triagem e o reembarque nos veículos de 
distribuição, que fazem as entregas diretamente aos destinatários localizados 
em vários pontos. O texto está se referindo ao conceito de: 
a) Serviço de carga fracionada local 
b) Serviço de lotação completa 
c) Serviço de carga fracionada de longa distância 
d) Serviço de carga fracionada de longa distância com terminais 
intermediários 
e) Serviço de carga consolidada 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 141 
Questão 10 
Alguns atributos devem ser analisados no momento da escolha do veículo ideal 
para determinada operação de transporte (distribuição). Quanto às 
características das rotas podemos afirmar que deve (m) ser analisado (a/s), 
EXCETO: 
a) Tipo de estrada 
b) Qualidade e preço do combustível 
c) Distância origem x destino 
d) Legislação de trânsito 
e) Topografia 
 
Navegação de Apoio Marítimo: É a utilizada para apoio logístico a 
embarcações e instalações em águas territoriais nacionais. 
 
Navegação de Apoio Portuário: Realizada exclusivamente nos portos e 
terminais aquaviários, para atendimento a embarcações e instalações 
portuárias. 
 
Navegação de Cabotagem: É aquela realizada entre os portos ou pontos do 
território nacional, utilizando a via marítima e/ou as vias navegáveis do interior. 
 
Navegação de Longo Curso: É a navegação realizada entre os portos 
brasileiros e estrangeiros. 
 
Navegação Interior: É aquela realizada em hidrovias interiores, em percurso 
nacional ou internacional. 
 
Número de aeroportos: O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado 
nas proximidades de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do 
país, grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 142 
do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas as 
grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 
2464 aeroportos regionais. 
 
Outras medidas que visamreduzir o número de veículos em 
circulação: Desenvolver veículos próprios para a distribuição urbana, dotados 
de maior conforto a seus tripulantes e melhor manobrabilidade, assim como 
projetos de combustíveis menos poluentes. A escolha dos equipamentos a 
serem utilizados no processo de distribuição, seja para médias/longas distâncias 
ou para entregas urbanas, deve ser baseada em modelos de análise, de forma 
a ter uma resposta correta para a pergunta: “Qual o veículo ideal para atender 
determinada necessidade de transporte?” ( NOVAES, 1997), são exemplos de 
outras medidas que podem ser tomadas. 
 
Presidente Juscelino Kubitschek: O intuito de criar uma rede de 
transportes ligando todo o país nasceu com as democracias 
desenvolvimentistas, em especial as de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. 
Àquela época, o símbolo da modernidade e do avanço em termos de transporte 
era o automóvel. Isso provocou uma especial atenção dos citados governantes 
na construção de estradas. Desde então, o Brasil tem sua malha viária baseada 
no transporte rodoviário. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes 
fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors 
chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-
los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias. Hoje, o país tem 
instalados em seu território outros grandes fabricantes de automóveis, como 
Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, Mercedes-Benz, Hyundai e Toyota. O 
Brasil é o sétimo mais importante país da indústria automobilística. 
 
Roteirizados: Segundo Ribeiro et al. (1999), o problema de roteirização pode 
ser classificado como a forma de determinar percursos ótimos para uma frota 
de veículos estacionada em um ou mais domicílios de forma a atender um 
conjunto de clientes geograficamente dispersos. Com relação à programação ou 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 143 
sequenciamento de um veículo, Chih (1987) caracteriza o problema como uma 
sequência de pontos que um veículo precisa percorrer, tendo a condição 
adicional de terem horários preestabelecidos de chegada e partida (conhecidos 
como janelas de tempo), ou então, relação de precedência entre pontos a 
serem cumpridos. Assim, a roteirização e programação de veículos têm sido 
foco de constantes pesquisas nas ultimas décadas, onde vários avanços têm 
sido realizados neste campo. A roteirização de veículos mostra-se como uma 
decisão a nível operacional, ou seja, diariamente a frota deve ser organizada 
segundo critérios de carregamento e algumas prioridades e roteirizada para 
atender aos seus diversos pedidos. Em grande parte dos casos, essa atividade é 
resolvida de forma prática através do pessoal da expedição ou ainda pelos 
próprios motoristas, o que via de regra, não vão apresentar as melhores 
soluções. Segundo Chih (1987) e Bose (1990), a maioria das empresas no Brasil 
empregam profissionais especialmente treinados para a execução da atividade 
de roteirização, que separam e agrupam os pedidos enviados a empresa 
baseados na sua experiência. Portanto, qualquer otimização dos recursos 
disponível pode trazer ganhos para o sistema como um todo, evidenciando 
melhorias para o processo e a possibilidade de redução no lead time (tempo 
que decorre entre a tomada de uma providência e sua concretização) de 
movimentação. Nesse processo deparamo-nos com diversas restrições como, 
horários de atendimento, entregas mais frequentes, tamanhos diversos dos 
veículos, variedade de cargas etc. São aspectos que trazem complexidade para 
o sistema de distribuição que se não forem otimizados causarão impactos em 
custos e perda de qualidade e eficiência dos serviços. 
 
Aula 6 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: A mão de obra utilizada nos terminais não será um custo 
repassado para o preço final do frete. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 144 
Questão 2 - C 
Justificativa: Conforto e segurança do veículo não são parâmetros que 
impactam na escolha do modal. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: O modal rodoviário não tem grande capacidade de carga. 
 
Questão 4 - E 
Justificativa: O tipo de embalagem é um parâmetro que deve ser analisado 
quanto às características da carga. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: A capacidade é um parâmetro a ser analisado quando da escolha 
do modal a ser utilizado. 
 
Questão 6 - A 
Justificativa: O aumento do custo dos combustíveis independe da interferência 
da distribuição física. 
 
Questão 7 - C 
Justificativa: A mão de obra da tripulação não influi no tempo de viagem. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: A qualidade dos combustíveis não irá influir na escolha do 
equipamento de transporte. 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: O serviço refere-se à distribuição física urbana, que faz entregas 
locais de cargas fracionadas. 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 145 
Questão 10 - B 
Justificativa: A qualidade e o preço do combustível não é uma característica das 
rotas a serem percorridas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 146 
 
Introdução 
A Cadeia de Valor é o somatório de uma série de ações que visam atender aos 
clientes, iniciando no in bound na parceria com os fornecedores e indo até o 
cliente final. Essas ações devem ser estratégicas para que o valor que o cliente 
perceba seja sempre uma constante. 
 
Objetivo: 
1. Conceituar a cadeia de valor em seus aspectos amplos; 
2. Demonstrar como a distribuição física poderá agregar valor aos clientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 147 
Conteúdo 
Conceitos sobre cadeia de valor 
A cadeia de valor é definida como o somatório de processos, subprocessos ou 
atividades que se desenvolvam ao longo da Cadeia de Suprimentos, sempre de 
forma integrada, que irá agregar valor aos clientes. A análise dessas ações 
devem estar sempre voltadas para o cliente, aqui não se analisa a performance 
de um determinado processo, mas se ele agrega, efetivamente, valor ao 
cliente. 
 
Gerar valor ao cliente é atender às suas necessidades em sua plenitude, 
processos que não agreguem valor para o cliente estarão agregando apenas 
custos e deverão ser repensados e replanejados. 
 
Identificação das atividades geradoras de valor 
Normalmente, os processos indiretos, de apoio ou administrativos geram menos 
valor do que os diretamente ligados ao objeto, como produção e a distribuição 
física. Percebe-se também que quanto mais enxuto for um processo, em termos 
de tempo, de quantidade de pessoas envolvidas, mais valor ele estará 
agregando. As atividades são divididas entre as de apoio (indiretas) e as 
primárias (diretas) na “Logística de Saída”. Observe: 
 
Atividades de apoio 
 
Infraestrutura gerencial: 
• Sistemas de gestão integrados à Internet; 
• Relação com investidores via web. 
 
Gestão de RH: 
• Treinamento e informações corporativas via web; 
• Recrutamento via web; 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 148 
• Intranet com programas de benefícios, férias, relatórios de despesas e outras 
aplicações. 
 
Desenvolvimento da tecnologia: 
• Ferramentas para gestão colaborativa de projetos; 
• Bibliotecas de conhecimento acessíveis; 
• Mais informação e dados em tempo real sobre os produtos para o pessoa de 
PeD. 
 
Procurement: 
• Ferramentaspara compras diretas ou indiretas, com leilões, leilões reversos, 
cotações, fluxo do processo de compras; 
• Integração com bancos e fornecedores para pagamento e conciliação 
financeira. 
 
Atividades primárias 
 
Logística de entrada: 
• Sistemas em tempo real de monitoração, entrega, gerência de estoques, 
planejamento e gerência de demanda pela empresa e seus fornecedores; 
• Disseminação em toda a empresa de informações de estoques de matérias-
primas, em tempo real. 
 
Operações: 
• Troca de informações em tempo real entre as operações da empresa, 
fornecedores e parceiros, facilitando a tomada de decisão; 
• Integração em tempo real da operação com os sistemas gerenciais, a área de 
vendas, com os canais e eventualmente com os clientes. 
 
Logística de saída: 
• Tratamento automatizado de pedidos personalizados, feitos por clientes, área 
de vendas ou canais; 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 149 
• Acesso aos clientes e parceiros sobre o desenvolvimento de produtos e 
serviços; 
• Integração com sistemas de previsão de demanda dos clientes; 
• Gerência ativa dos estoques e pedidos do canal. 
 
Marketing e vendas: 
• Sites e mercados digitais para vendas on-line; 
• e-CRM e tecnologias de personalização em massa; 
• Interação via chat, fóruns e correio com clientes para vendas e pesquisas; 
• Gerência remota e integração em tempo real com forças de vendas remotas; 
• Propaganda na Internet. 
 
Serviços pós-venda: 
• Suporte à distância via chat, e-mail, fóruns e outros sistemas interativos via 
Internet; 
• Sistemas diversos de suporte para o próprio cliente, permitindo 
acompanhamento de pedidos, dos pagamentos e até complementos ao produto 
ou serviço adquirido; 
• Acesso em tempo real das equipes de serviço a informações externas; 
• Criação de comunidades online reunindo grupos de clientes. 
 
Subprocessos 
Os processos vistos anteriormente não estão isolados e, para que o processo de 
Distribuição agregue valor, é necessário que os subprocessos que lhe apoiam 
também agreguem valor. Observe: 
 
Logística de entrada: são todos os processos relacionados com a recepção, 
controle de inventário, marcação de transporte. Neste ponto, as relações que 
têm com os fornecedores são um fator decisivo para a criação de valor. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 150 
Operações: inclui maquinário, embalagens, montagem, manutenção de 
equipamento, testes e outras atividades de criação de valor que transformam 
inputs no produto final, para ser vendido aos clientes. 
 
Logística de saída: as atividades associadas com a entrega do seu produto ou 
serviço ao cliente, incluindo sistemas de recolha, armazenamento e distribuição 
e podem ser internos ou externos à organização. (distribuição física) 
 
Marketing e Vendas: são os processos que a empresa utiliza para convencer 
os clientes a comprarem os seus produtos ou serviços. As fontes de criação de 
valor aqui são os benefícios que oferece e o modo como os transmite. 
 
Serviço: as atividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos ou 
serviços após a compra. Aqui incluem-se o apoio ao cliente, serviços de 
reparação e/ou instalação, formação, atualizações etc. 
 
Valor, preço e custo 
O Marketing projeta e a Logística operacionaliza os níveis de serviços oferecidos 
aos clientes, mas nesse planejamento deve-se ter o cuidado de agregar valor 
ao nível de serviço que será oferecido. Vamos relembrar os conceitos de custo, 
preço e valor que serão importantes nesse estudo: 
 
Custo 
Pode ser definido como todo o desembolso ou gasto que se tem para produzir 
algo. 
 
Preço 
São todos os custos agregados a uma margem de lucro. (P = C total unitário + 
M lucro). 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 151 
Preço 
É subjetivo, pessoal; é o que o produto/serviço leva ao cliente de forma a 
atender às suas necessidades. 
 
Relação do preço com a qualidade 
Um dos valores mais requeridos pelos clientes é a relação do preço com a 
qualidade do produto/serviço oferecido. O mesmo conceito para cálculo do 
preço atende também no momento de ser definido o nível de serviço que será 
oferecido ao cliente, ou seja, esse serviço tem que vir agregado a um valor que 
o cliente perceba e que atenda às suas necessidades. Baseado nessa 
afirmativa, vamos analisar o quadro a seguir: 
 
Determinação de preço baseada em custo versus determinação de preço com 
base no valor 
 
Determinação de preço baseada em custo 
 
Produto 
 
Custo 
 
Preço 
 
Valor 
 
Clientes 
 
Determinação de preço com base no valor 
 
Clientes 
 
Valor 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 152 
Preço 
 
Custo 
 
Produto 
 
Podemos notar que, quando o preço ou nível de serviço é baseado no custo, 
esse atributo tem maior peso, ou seja, o nível de serviço é planejado baseado 
em seus custos, ficando o valor como prioridade secundária. 
 
Ao contrário, quando temos um nível de serviço baseado em valor prioriza-se o 
entendimento do que o cliente deseja, verifica-se o valor que ele deseja do 
nível de serviço e o custo está priorizado de forma secundária, assim como o 
preço. 
 
Logicamente que os custos devem ser bem--definidos para que se possa 
analisar a viabilidade econômico-financeira da oferta do nível de serviço. Como 
já sabemos, esses custos gerados pela oferta de um nível de serviço devem ser 
compensados pelo critério dos trade-offs. 
 
Divisão física 
Vamos observar os subprocessos da distribuição física que devem agregar valor 
para que o resultado final seja benéfico ao cliente. 
 
Objetivos de serviços ao cliente 
 
Estratégias de estoques 
• Níveis de estoque; 
• Disposição de estoques; 
• Métodos de controle. 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 153 
Estratégia de transporte 
• Modais de transporte; 
• Roteirização/programação do transportador; 
• Tamanho/consolidação do embarque. 
 
Estratégia de localização 
• Número, tamanho e localização das instalações; 
• Designação de pontos de estocagem para pontos de fornecimento; 
• Designação de demanda para pontos de estocagem ou pontos de 
fornecimento; 
• Armazenagem pública/privada. 
 
Interdependência das atividades de valor 
Apesar das atividades de valor serem pontos fundamentalmente importantes 
para a identificação da cadeia de valor de uma empresa para uma determinada 
indústria, elas não são independentes, mas, interdependentes. Como afirma 
Porter, as atividades de valor estão relacionadas por meio de elos dentro da 
cadeia de valores, ou seja, são relações entre o modo como uma atividade de 
valor é executada e o custo ou o desempenho de uma outra. Os elos são 
numerosos, e alguns são comuns a várias empresas. Os elos mais óbvios são 
aqueles entre atividades de apoio e atividades primárias. 
 
Um correto gerenciamento de uma cadeia de valor, na maioria das vezes, se 
torna um diferencial competitivo, na medida em que colabora para a melhoria 
da rentabilidade do empreendimento, por meio da identificação e eliminação de 
atividades que não adicionam valor ao produto. Assim sendo, trabalhar uma 
estratégia de produção considerando como parâmetro a cadeia de valor pode 
se configurar na diferença entre o sucesso e o fracasso de um 
empreendimento, uma vez que leva em consideração todas as etapas do 
processo produtivo. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 154 
Distribuição física da cadeia de valor 
Entendemos que para gerar valor o foco deverá ser sempreo cliente. No 
processo de distribuição física, não é diferente essa abordagem, é necessário 
um planejamento preciso para que se entregue ao cliente exatamente aquilo 
que é desejado, portanto ao ser planejada a logística de distribuição, deverão 
ser feitas algumas análises. Conhecer os clientes é de fundamental importância 
na distribuição e pode tornar-se um diferencial competitivo vital para as 
relações empresa x cliente. Alguns fatores podem impactar bastante as 
operações de distribuição e a criação de valores. São os seguintes: 
 
Localização geográfica 
A localização geográfica atenderá ao binômio espacial x temporal, ou seja, a 
distância, e consequentemente, o tempo necessário para a entrega. 
 
Acesso aos pontos de entrega 
Devem-se verificar também as condições de acesso de determinadas entregas, 
e vale ressaltar que essas condições deverão ser controladas não só para 
regiões mais remotas, mas também em áreas urbanas, como comunidades com 
pouca infraestrutura. 
 
Restrições de tempo (dia da semana, hora do dia etc.) 
Não muito raro, o cliente impõe restrições, como horários de coleta/entrega, ou 
ainda em função de acontecimentos que independem da vontade do cliente, 
como legislações de trânsito, que limitam os horários de operação ou feiras 
livres. 
 
Tamanho da encomenda 
O tamanho da encomenda (pedido) vai definir o veículo a ser usado, lembrando 
sempre que esse tamanho deriva de dois aspectos: peso e volume, o que 
define a densidade da carga. Define-se como densidade da carga a relação 
entre o seu peso e seu volume, essa densidade deverá ser preferencialmente 
equilibrada. Podemos adotar como exemplo um carregamento de 5 t de 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 155 
chumbo em lingotes e 5 t de folhas de isopor. O carregamento de chumbo 
caberá em qualquer veículo que tenha uma capacidade de carga mínima de 5 t 
e o carregamento de isopor necessitará de quantos veículos para transportá-lo? 
 
Conhecimento do produto (para reduzir as ineficiências nas operações 
de carga e descarga) 
Conhecer o produto significa compreender a sua fragilidade e perecibilidade e 
esse conhecimento evita danos na carga. 
 
Equipamento mecânico para movimentação do produto 
A carga necessita ser manuseada por algum equipamento, tipo empilhadeira, 
munck, plataforma niveladora? Essa questão é importante, pois a falta de 
equipamento adequado para a movimentação da carga pode ocasionar danos e 
atrasos. 
 
Nível de serviço requerido e tempo de resposta 
O nível requerido pelo cliente na distribuição física implica, principalmente, no 
tempo de entrega e no rastreamento da carga. 
 
Requisitos quanto à assistência e serviço pós-venda 
O serviço de pós-venda é também uma agregação de valor importante. A 
empresa oferece um serviço de montagem, garantia e troca de peças 
defeituosas? 
 
Análise das características da carga 
O perfeito conhecimento dos produtos faz-se necessário para que haja um 
perfeito transporte. Dentre os atributos que se deve conhecer das cargas, os 
mais importantes são: 
 
Peso, forma e volume 
Sabemos que o peso, a forma e o volume, que definem a densidade da carga, 
vão indicar o veículo mais adequado a ser utilizado na distribuição. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 156 
Fragilidade 
A fragilidade nos indica, também, que tipo de veículo deverá ser utilizado, a 
arrumação da carga no interior do veículo e os cuidados com o manuseio. A 
fragilidade pode ser definida como o potencial que o produto oferece em 
termos de ter a sua forma original alterada. 
 
Possibilidade de deterioração 
A possibilidade de deterioração é exatamente o grau de perecebilidade da carga 
e tem uma ligação direta com a velocidade da entrega. A perecibilidade tem 
uma ligação direta com os prazos de validade do produto. Na maioria dos casos 
os produtos perecíveis são os produtos in natura, carnes, aves, pescados, 
hortifrutigranjeiros, mas podem ser também produtos com data de publicação, 
como, por exemplo, os jornais diários. 
 
Perigo (exemplo: toxicidade) 
As cargas têm classificação quanto ao perigo potencial que podem oferecer. As 
cargas perigosas têm uma legislação que regulamenta o seu transporte, bem 
peculiar. As cargas perigosas têm classificação mundial dividida em 09 classes e 
são definidas como: “Cargas potencialmente capazes de oferecer riscos ao ser 
humano, ao meio ambiente, às demais cargas e ao patrimônio e não 
efetivamente fazê-lo”. 
 
Valor monetário 
O valor monetário do produto é a relação direta quanto ao cuidado que se deve 
tomar quanto às questões de desvio da carga. 
 
Análise das características da empresa 
Deverão ser conhecidas e analisadas algumas características do distribuidor, 
tais como: 
 
• Política de nível de serviço; 
• Política de tempos de entrega; 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 157 
• Localização de armazéns e centros de distribuição; 
• Políticas financeiras; 
• Performance da concorrência. 
 
Definição da localização de armazéns 
Definir a localização de um armazém/CD é uma tarefa que envolve grandes 
investimentos e é uma decisão de longo prazo, portanto, alguns fatores devem 
ser cuidadosamente analisados: 
 
Localizar o armazém central (principal) de um fabricante próximo da maior 
instalação produtiva, de forma a facilitar a comunicação e cooperação entre 
ambos; 
 
Localizar o armazém ou centro de distribuição não apenas junto dos clientes e 
pontos de venda atuais, mas também dos potenciais; 
 
Localizar o armazém ou centro de distribuição centralmente em relação a um 
mercado atual se a estratégia é a de assegurar a posição relativa da empresa 
nesse mercado e, pelo contrário, localizar centralmente em relação ao mercado 
potencial se a estratégia visar conquistar novos mercados. 
 
Seleção dos meios de transporte 
O transporte impacta sobremaneira os custos dos produtos vendidos, portanto, 
selecionar o melhor modal a atender a um determinado processo de 
distribuição é essencial para o sucesso da entrega. Nesse quesito, deve-se 
verificar os seguintes critérios comparativos: 
 
• Velocidade total (considerar ainda se a distância a percorrer é inferior ou 
superior a 500 Km); 
• Custo por tonelada e por quilômetro; 
• Possíveis estragos e perdas; 
• Versatilidade da carga; 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 158 
• Capacidade; 
• Confiabilidade do serviço; 
• Continuidade do serviço. 
 
Deve-se sempre considerar que o modal rodoviário é sempre muito 
recomendado para uma carga de baixo peso e a curtas distâncias, pois é o que 
tem o maior índice de capilaridade, ou seja, a capacidade de fazer o porta a 
porta sem depender de outro modal. 
 
Por fim devemos planejar se a frota deverá ser própria, terceirizada ou mista. 
Deve-se planejar uma terceirização quando o processo de distribuição não é o 
“negócio da empresa” (core business) sob o motivo de estar-se entregando o 
serviço para uma empresa especialista. Como em toda terceirização, existem os 
pontos favoráveis e os desfavoráveis. O planejamento deve computar o custo-
benefício dessa subcontratação. 
 
Atividade proposta 
Normalmente, os processos indiretos, de apoio ou administrativos geram menos 
valor do que os diretamente ligados ao objeto, como produção e a distribuição 
física. Percebe-se também que quanto mais enxuto for um processo, em termos 
de tempo, de quantidade de pessoas envolvidas, mais valor ele estará 
agregando. Como processos primários ou diretos está classificada a logística de 
saída. Como você definiria esse processo?Chave de Resposta: Logística de saída: as atividades associadas com a 
entrega do seu produto ou serviço ao cliente, incluindo sistemas de recolha, 
armazenamento e distribuição e podem ser internos ou externos à organização 
(distribuição física). 
 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 159 
CHOPRA, Sunil.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. 
MARTEL, Alain.; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
TAHA, Hamdy A. Pesquisa operacional: uma visão geral. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008. 
COLIN, Emerson Carlos. Pesquisa operacional: 170 aplicações em estratégia, 
finanças, logística, produção, marketing e vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Para que a empresa obtenha sucesso na criação de valor, é necessário 
identificar as atividades na cadeia de valor que irão acrescentar o que o cliente 
realmente necessita. Algumas atividades geram mais valor que outras, e faz-se 
necessário identificá-las. Dentre as atividades primárias ou diretas que são as 
que normalmente geram mais valor, estão: Aponte a opção INCORRETA. 
a) Operações 
b) Recursos Humanos 
c) In Bound 
d) Marketing e Vendas 
e) Out Bound 
 
Questão 2 
A logística de Entrada, in bound é uma atividade primária ou direta e algumas 
subatividades completam-na, dentre elas: 
Anote a alternativa INCORRETA. 
a) Gestão de estoques 
b) Definição da demanda 
c) Compras 
d) CRM 
e) Gestão da armazenagem 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 160 
Questão 3 
Podemos verificar o grau de importância dos valores agregados por alguns dos 
sub processos da Cadeia de Valor da distribuição física, dentre eles: 
Aponte a opção INCORRETA. 
a) Disponibilidade do produto 
b) Apoio no pós-venda 
c) Tempo do ciclo do pedido 
d) Preço 
e) Frequência de entregas 
 
Questão 4 
Para que a empresa obtenha sucesso na criação de valor, é necessário antes 
identificar as atividades na cadeia de valor que irão acrescentar o que o cliente 
realmente necessita. Algumas atividades geram mais valor que outras, e faz-se 
necessário identificá-las. Dentre as atividades de apoio ou indiretas que são as 
que normalmente geram mais valor, estão: 
Aponte a opção CORRETA. 
a) Operações 
b) Sistemas integrados de informação 
c) Logística de entrada 
d) Marketing e vendas 
e) Logística de saída 
 
Questão 5 
Nas atividades primárias relativas à Logística, temos como objetivos de serviços 
aos clientes as estratégias de estoques, de transportes e de localização. 
Podemos citar como um dos elementos da estratégia dos estoques : 
Anote a alternativa INCORRETA. 
a) Níveis de estoques 
b) Níveis de estoques 
c) Localização dos estoques 
d) Método de ressuprimento 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 161 
e) Disposição dos estoques 
 
Questão 6 
Entendemos que para gerar valor, o foco deverá ser sempre o cliente. No 
processo de distribuição física, não é diferente essa abordagem, é necessário 
um planejamento preciso para que se entregue ao cliente exatamente aquilo 
que é desejado, portanto, ao ser planejada a logística de distribuição, deverão 
ser feitas algumas análises. Uma dessas análises é quanto às características dos 
clientes e aí deverão ser observados: 
Anote a opção INCORRETA. 
a) Acesso aos pontos de entrega/coleta 
b) Localização geográfica 
c) Tempo de entrega 
d) Tamanho do pedido 
e) Restrições de tempo 
 
Questão 7 
Entendemos que para gerar valor, o foco deverá ser sempre o cliente. No 
processo de distribuição física, não é diferente essa abordagem, é necessário 
um planejamento preciso para que se entregue ao cliente exatamente aquilo 
que é desejado, portanto, ao ser planejada a logística de distribuição, deverão 
ser feitas algumas análises. Uma dessas análises é quanto às características das 
empresas e aí deverão ser observados: 
Anote a opção INCORRETA. 
a) Equipamento para a movimentação da carga 
b) Política de nível de serviço 
c) Políticas financeiras 
d) Tempos de entrega 
e) Localização das instalações 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 162 
Questão 8 
Entendemos que para gerar valor, o foco deverá ser sempre o cliente. No 
processo de distribuição física, não é diferente essa abordagem, é necessário 
um planejamento preciso para que se entregue ao cliente exatamente aquilo 
que é desejado, portanto, ao ser planejada a logística de distribuição, deverão 
ser feitas algumas análises. Uma dessas análises é quanto às características das 
cargas e aí deverão ser observados: 
Anote a opção INCORRETA. 
a) Peso e volume 
b) Equipamento para a movimentação 
c) Fragilidade 
d) Perecibilidade 
e) Perigo 
 
Questão 9 
Entendemos que para gerar valor, o foco deverá ser sempre o cliente. No 
processo de distribuição física, não é diferente essa abordagem, é necessário 
um planejamento preciso para que se entregue ao cliente exatamente aquilo 
que é desejado, portanto, ao ser planejada a logística de distribuição, deverão 
ser feitas algumas análises. Uma dessas análises é quanto às características do 
modal de transporte e aí deverão ser observados: 
Anote a opção INCORRETA. 
a) Velocidade 
b) Danos e/ou perdas 
c) Capacidade de carga 
d) Peso e volume 
e) Confiabilidade 
 
Questão 10 
Não muito raro, o cliente impõe restrições, como horários de coleta/entrega, ou 
ainda em função de acontecimentos que independem da vontade do cliente, 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 163 
como legislações de trânsito, que limitam os horários de operação ou feiras 
livres. Essa condição refere-se à (ao): 
Anote a alternativa CORRETA. 
a) Velocidade da entrega 
b) Tempo da entrega 
c) Frequência da entrega 
d) Restrições de tempo 
e) Política de nível de serviço 
 
Trade-off: Trade-off ou tradeoff é uma expressão em inglês que significa o ato 
de escolher uma coisa em detrimento de outra e muitas vezes é traduzida como 
"perde-e-ganha". O trade-off implica um conflito de escolha e uma consequente 
relação de compromisso, porque a escolha de uma coisa em relação à outra 
implica não usufruir dos benefícios da coisa que não é escolhida. Isso implica 
que para que aconteça o trade-off, o elemento que faz a escolha deve conhecer 
os lados positivos e negativos das suas oportunidades. 
 
Aula 7 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: RH é considerada uma atividade de apoio ou indireta. 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: O CRM é uma subatividade de Marketing. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: O preço não se referencia como valor agregado ao cliente. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 164 
Questão 4 - B 
Justificativa: Os sistemas integrados de informação é o único subprocesso de 
apoio, os outros são primários. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: A localização dos estoques é um elemento de estratégia de 
localização. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: O requisito tempo de entrega é uma análise referente à empresa. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: Equipamento para a movimentação da carga deverá ser verificado 
quando da análise dos clientes. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: Os equipamentos para movimentação irão ser verificados na 
análise dos clientes. 
 
Questão 9 - D 
Justificativa:O peso e o volume deverão ser verificados na análise da carga. 
 
Questão 10 - D 
Justificativa: Essa é a definição do requisito restrições de tempo, as outras 
alternativas não correspondem à questão proposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 165 
 
Introdução 
Entende-se que no cenário atual a distribuição física é considerada e eficácia da 
Cadeia de Suprimentos, seu resultado final, qualquer erro nesse processo terá 
uma grande probabilidade de comprometer tudo que se fez até ali, portanto a 
distribuição física é uma especialidade dentro dos conceitos da Cadeia de 
Suprimentos e, portanto, deve ser executada por especialistas. Esses 
especialistas são os operadores logísticos e distribuidores que detêm essa 
competência. 
 
Objetivo: 
1. Conceituar as parcerias e terceirizações; 
2. Entender a importância dos operadores logísticos e distribuidores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 166 
Conteúdo 
Conceitos de terceirização 
Para dar início à nossa aula, observe algumas definições sobre terceirização, 
que serão fundamentais para o entendimento do conteúdo: 
 
Tudo o que não é vocação de uma empresa deve ser entregue para 
especialistas (LEIRIA et al., 1992). 
 
É a tendência de comprar fora tudo o que não fizer parte do negócio principal 
da empresa (COSTA et al., 1992). 
 
É uma tendência de transferir, para terceiros, atividades que não fazem parte 
do negócio principal da empresa (GIOSA, 1995). 
 
É uma tendência moderna que consiste na concentração de esforços nas 
atividades essenciais, delegando a terceiros as complementares (GIOSA, 1995). 
 
É a passagem de atividades e tarefas a terceiros. A empresa concentra-se em 
atividades-fim, aquelas para as quais foi criada e que justifica sua presença no 
mercado, passa para terceiros (pessoas físicas ou jurídicas) atividades-meio 
(DAVIS, 1992). 
 
Indica a existência de outra empresa, "terceiro", que, com competência, 
especialidade, qualidade e ainda, em condições de parceria venha a prestar 
serviços a uma empresa contratante (QUEIROZ, 1992). 
 
É um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para 
terceiros com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a 
empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em 
que atua (GIOSA, 1995). 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 167 
Uma tecnologia de administração que consiste na compra de bens e/ou serviços 
especializados, de forma sistêmica e intensiva, para serem integrados na 
condição de atividade-meio, à atividade-fim da empresa compradora, 
permitindo a concentração de energia em sua real vocação, com o intuito de 
potencializar ganhos (FONTANELLA et al., 1994). 
 
 
Atenção 
 Podemos perceber que as terceirizações são de suma 
importância no cenário atual, porque “liberam” a empresa para 
aprofundar-se naquilo que é o seu negócio, sua atividade-fim. 
Sabemos que nos conceitos da logística empresarial, uma 
terceirização deve ser acompanhada de um planejamento 
baseado no trade off, ou seja, deverá sempre ser uma “troca 
compensatória”. 
 
Terceirizações 
As empresas já perceberam que a verticalização e o isolamento do poder e o 
total controle de suas atividades causaram muitos problemas no desempenho e 
no desenvolvimento de seus projetos, culminando com a falta de agilidade e de 
competitividade empresarial. Portanto, nos dias atuais, percebe-se que as 
estruturas gigantescas não estão de acordo com o cenário atual e previsto. 
 
Observa-se uma nova realidade econômica e financeira, onde a necessidade de 
obter ganhos de produtividade, qualidade e maior competitividade aumenta 
cada vez mais, tendo em vista o acirramento da concorrência e a existência de 
um consumidor mais consciente de seus direitos, mais crítico e mais exigente. 
 
Portanto, novos paradigmas se impõem e estes necessitam ser completamente 
compreendidos. Hoje, o Brasil, entre várias exigências imperiosas que lhe 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 168 
recaem, é demandado para modernizar o Estado, obter nas empresas novos 
padrões de qualidade, flexibilidade, produtividade e competitividade. 
Oliveira (1994) nos alerta para o fato de que atualmente as empresas não têm 
alternativa senão continuar buscando aumentar a competitividade; procurando 
constantemente novos e melhores meios de - ao mesmo tempo - reduzir custos 
e melhorar a qualidade de seus produtos e serviços, sob pena de perder a 
possibilidade de competir no mercado. 
 
O autor prossegue afirmando que a terceirização é um dos procedimentos mais 
frequentemente aceitos como válidos dentro da ampla gama de possibilidades 
de ação nesse sentido. No gráfico ao lado, podemos observar as principais 
motivações no momento das terceirizações. 
 
 
 
 
Atenção 
 Diante dessa conjuntura, as organizações seguem basicamente 
duas alternativas: a automatização de base microeletrônica e a 
reorganização da empresa em novas bases. A terceirização está 
incluída na segunda, juntamente com as outras técnicas 
americanas e japonesas que surgiram para ajudar nessa difícil 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 169 
transição. 
 
Qualidade total 
Atualmente, o conceito de qualidade total expande a necessidade de se ter 
eficácia e eficiência no relacionamento de todos os elementos que atuam de 
forma direta e indireta nos objetos da entidade denominada empresa em um 
contexto amplo. Dessa forma a "qualidade total" pode ser definida como um 
conjunto de atividades, envolvendo toda a empresa, que contribuem de forma 
harmônica para a consecução dos objetivos e que tem como meta principal 
assegurar o resultado final do empreendimento. 
 
 
 
Just-in-time 
Processo idealizado pela Toyota que podemos resumir como forma de produção 
sem necessidade de estoques. Na concepção de Slack, Chambers e Johnston 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 170 
(2002, p. 482), “JIT significa produzir bens e serviços exatamente no 
momento em que são necessários”. Isso significa não produzir antes para 
não formar estoques e onerar os custos, e nem depois deixando o cliente 
insatisfeito, perdendo faturamento e oportunidade de melhorar o fluxo de caixa. 
Portanto, “JIT visa atender à demanda instantaneamente, com qualidade 
perfeita e sem desperdícios”. 
 
Kaizen 
A palavra Kaizen tem origem japonesa e significa “melhoria contínua”. Na 
indústria, tem o mesmo significado e se refere ao aprimoramento diário e 
constante, com o objetivo de aumentar a produtividade. O Kaizen, quando 
aplicado na indústria, também busca eliminar os processos desnecessários, bem 
como o desperdício de tempo, de matéria-prima etc. 
 
 
 
Kanban 
O Sistema Kanban, embora não seja algo novo (as primeiras implementações 
no Brasil datam das décadas de 80 e 90), vem sendo muito difundido e 
utilizado na indústria brasileira nos últimos anos. 
 
Kanban é um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção ou 
transportes em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema 
de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados. O 
Sistema Kanban foi desenvolvido a partir do conceito simples de aplicação 
da gestão visual no controle de produção e estoques (“Kanban” significa “cartão 
visual” em japonês) com a função primordial de viabilizar a produção “Just in 
Time”. Portanto, o ganho real no sistema produtivo advém do 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃOE REDES LOGÍSTICAS 171 
funcionamento “Just in Time” da operação e não necessariamente da aplicação 
ou não de Kanbans. 
 
 
 
Reengenharia 
Reengenharia refere-se à reestruturação de uma empresa, por força das novas 
condições de mercado, da concorrência, do mercado internacional etc., para 
aumento de sua competitividade. 
 
Inclui reciclagem do pessoal interno, privatização, terceirização, demissões, 
utilização de um número menor de empregados, porém mais capacitados etc. 
 
A terceirização está, portanto, inserida na ideia de mudança organizacional e 
combina com essas técnicas modernas de administração, no sentido de maior 
qualidade, flexibilização, desverticalização, globalização da economia, novos 
paradigmas de administração, entre outras. Conforme explica Queiroz (1992), 
"as tendências mundiais de terceirização enfocam as parcerias, o 
redimensionamento das estruturas, a desverticalização, as associações, as 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 172 
alianças estratégicas, as uniões de empresas, a busca do empreendedor interno 
e externo“. 
 
Terceirização não é um assunto novo, muito embora o termo seja recente e sua 
prática, no Brasil, difundida largamente somente a partir de 1990. Na verdade, 
sua origem remonta à década de 40, quando os USA aliaram--se aos países 
europeus para combater as forças nazistas, e, posteriormente, o Japão. A 
terceirização foi muito aplicada ao longo da segunda guerra mundial, pois as 
indústrias bélicas da época precisavam concentrar-se na produção, cada vez 
melhor, das armas necessárias para manutenção da supremacia aliada. 
 
Descobriu-se então que algumas atividades de suporte à produção dos 
armamentos poderiam ser passadas a outras empresas prestadoras de serviços. 
O conflito acabou, mas a ideia não só ficou, como evoluiu e consolidou-se como 
uma técnica administrativa eficaz, quando aplicada de forma adequada. LEIRIA 
(1992) afirma que a terceirização "como prática de administração empresarial 
consolidou-se nos Estados Unidos a partir da década de 50, com o 
desenvolvimento acelerado da indústria”. 
 
Terceirização não é um assunto novo, muito embora o termo seja recente e sua 
prática, no Brasil, difundida largamente somente a partir de 1990. Na verdade, 
sua origem remonta à década de 40, quando os USA aliaram--se aos países 
europeus para combater as forças nazistas, e, posteriormente, o Japão. A 
terceirização foi muito aplicada ao longo da segunda guerra mundial, pois as 
indústrias bélicas da época precisavam concentrar-se na produção, cada vez 
melhor, das armas necessárias para manutenção da supremacia aliada. 
 
Descobriu-se então que algumas atividades de suporte à produção dos 
armamentos poderiam ser passadas a outras empresas prestadoras de serviços. 
O conflito acabou, mas a ideia não só ficou, como evoluiu e consolidou-se como 
uma técnica administrativa eficaz, quando aplicada de forma adequada. LEIRIA 
(1992) afirma que a terceirização "como prática de administração empresarial 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 173 
consolidou-se nos Estados Unidos a partir da década de 50, com o 
desenvolvimento acelerado da indústria”. 
 
 
Atenção 
 Inicialmente denominada de contratação de serviços de 
terceiros, a terceirização no Brasil era aplicada apenas para 
reduzir os custos de mão de obra, não possuindo como meta 
gerar ganhos de qualidade, eficiência, especialização, eficácia e 
produtividade, como já foi demonstrado no item anterior. As 
empresas prestadoras, por sua vez, não se preocupavam em 
melhorar seus serviços, nem buscavam especialização, melhoria 
da qualidade e competitividade. 
 
Parcerias 
Ao falar de parceria, geralmente imaginamos a ideia de união, associação, 
proximidade. O parceiro é um amigo, um aliado. Seguem-se ainda outros 
conceitos de parceria ligados à área da Logística Empresarial, significando 
sempre associação na qual os integrantes da parceria se reforçam mutuamente, 
revelando claramente que um mais um é mais que dois. A concepção de 
parceria significa uma associação em que a soma das partes representa mais 
que o somatório individual de seus membros, pois por meio da parceria há um 
fortalecimento mútuo para atingir um determinado fim. 
 
O parceiro define-se como aquele que é semelhante, igual, parelho, par. O que 
está de parceria, de sociedade, cúmplice. Estabelece, portanto, um significado 
de união profunda, usando inclusive a ideia de cumplicidade, interdependência, 
que é, literalmente, a coautoria em algum fato. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 174 
Aliança estratégica 
Tomando emprestado o conceito de parceria das associações comerciais e do 
mundo empresarial, surge o conceito de aliança estratégica. Novamente, no 
Aurélio, ao buscarmos definição para aliança, encontramos: ato de aliar-
se; ajuste, acordo, pacto. 
Estratégia, ainda segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, é “arte 
militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas, navios e/ou 
aviões, visando alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos 
favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos”. É também a 
“arte militar de escolher onde, quando e com quem travar um combate ou uma 
batalha”. Além disso, “arte de aplicar os meios disponíveis com vista à 
consecução de objetivos específicos”. 
 
Portanto, aliança estratégica é aquela em que a associação está voltada para a 
conquista de melhores posições e objetivos. Normalmente empregamos o 
termo alianças estratégicas ao nos referirmos às alianças comerciais e de 
negócios. O terceiro setor foi buscar no campo empresarial o conceito de 
aliança estratégica justamente pela percepção de que, em um mundo 
globalizado e competitivo, é preciso cada vez mais somar forças de iniciativas. 
 
É necessário somar esforços para que possamos, juntos, construir novos 
desafios e atingir nossos objetivos. Tanto parcerias como alianças estratégicas 
são vistas como instrumentos poderosos para alcançar os objetivos 
estabelecidos na missão da organização. 
 
Surgimento de parcerias 
Três forças significativas criaram um pretexto propício para o surgimento tanto 
das parcerias quanto das alianças estratégicas: 
 
A procura de capacidades à medida que os limites entre as organizações se 
tornam indefinidos. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 175 
Recursos escassos e a intensificação da competição por espaço, além da 
crescente necessidade de intervenção na problemática social. 
 
A lacuna entre o que uma organização gostaria de realizar e o que, levando em 
conta a realidade e seus recursos próprios, pode realizar. 
Ao perceber que há, de fato, uma lacuna entre aquilo que gostariam de fazer e 
o que concretamente podem fazer, as organizações perceberam que era 
necessário somar forças e descobrir formas de otimizar seus recursos, 
conhecimentos e potencialidades e que a melhor forma de fazê-lo era 
agregando esforços com organizações afins. 
 
Características e objetivos das alianças 
É bom reiterar que os termos parceria e aliança podem descrever uma gama 
ampla dos relacionamentos existentes entre as organizações, desde projetos de 
curto prazo, passando por relacionamentos de longo prazo, até amplas alianças 
estratégicas em que os parceiros acessam as capacidades um do outro e 
aprendem a partir dessa troca. 
 
Características das alianças estratégicas 
• Um compromisso de longo prazo; 
• Um elo baseado em participação e compartilhamento de capacidades, 
recursos, bens; 
• Uma relação recíproca com uma estratégica compartilhada como ponto 
comum;• Um detalhamento das ações conjuntas e dos projetos comuns; 
• Cada parceiro preserva sua identidade e autonomia; 
• A disposição de compartilhar e avançar as possibilidades de cada parceiro 
envolvido. 
 
Objetivos das alianças estratégicas 
• Compartilhar riscos; 
• Compartilhar sucesso; 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 176 
• Obter economia de escala; 
• Acessar novas frentes de atuação; 
• Acessar tecnologia e conhecimento; 
• Ampliar sua capilaridade (ampliar atuação geográfica); 
• Resolver limitações financeiras; 
• Alavancar habilidades (quando uma organização precisar do conhecimento 
específico que outra organização detém). 
 
Operadores logísticos e distribuidores 
Hoje, grande parte das empresas entende que deve focar suas atividades em 
seu negócio, terceirizando tudo aquilo que não faz parte do seu core business. 
Nesse contexto está inserida a logística, pois, além de ainda representar um 
custo relativamente alto, ela requer esforços e controles dos fluxos de 
informação contínuos, a fim de garantir a eficiência e a satisfação de toda a 
cadeia envolvida. Daí porque de se trabalhar com operadores logísticos 
terceirizados. 
 
A concorrência entre os operadores logísticos é grande, hoje. Estima-se que o 
número de empresas que se autodenominam operadores logísticos cresce 
numa velocidade acelerada no Brasil. Com a concorrência predatória com 
transportadoras que, mesmo sem experiência nas outras vertentes logísticas, 
vêm atuando no setor, tende a ser eliminada aos poucos, haja vista que o 
próprio mercado já está distinguindo quem são as empresas sérias e 
comprometidas. 
 
Características do trabalho do operador logístico 
Em função da atividade não possuir o reconhecimento legal específico, 
trabalhando ainda sob a lei dos Armazéns Gerais com alguns Regimes 
Especiais, o operador logístico tem suas operações em muito dificultadas pelas 
barreiras legais, trazendo como consequência o impedimento da melhoria na 
prestação dos serviços e viabilizando o surgimento de algumas empresas 
aventureiras. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 177 
 
Dentre os maiores problemas enfrentados pelo setor estão os que se referem 
aos aspectos legais e tributários, tendo em vista que o operador logístico não é 
uma figura juridicamente “reconhecida”, o que os leva a adotar as regras e 
legislação de cada atividade logística, cada qual com suas características, 
dificultando a multimodalidade e a integração das atividades logísticas. 
 
Dinâmica de trabalho 
Os operadores logísticos optam por ter uma estrutura de armazenagem e 
software de ampla abrangência, fugindo da especialização. A generalidade de 
uso da estrutura de armazenagem e dos equipamentos dá maior segurança ao 
investimento. Porém, a relativa irreversibilidade da capacidade produtiva pode 
gerar ineficiência em caso de inadequação à demanda. 
 
Os operadores obrigam-se a manter a taxa de ocupação do armazém próxima 
de 90%. A necessidade de sempre evitar espaço ocioso – mais importante até 
mesmo do que o fator restritivo – praticamente força que qualquer depositante 
seja bem-vindo independentemente do fluxo de entrada e de saída, da 
natureza e do tipo de controle da mercadoria etc. 
 
Comparação entre prestador de serviço e operador logístico 
Assim como quase todo o setor de serviços, o segmento de operadores 
logísticos é pouco capitalizado. Deve haver uma demanda segura para que haja 
melhoria nos processos operacionais como investimentos em hardware, 
software e qualificação de mão de obra. Em outros termos, a demanda é que 
determina a qualificação da oferta de serviço. É possível comparar um 
prestador de serviços tradicional e um operador logístico. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 178 
 
 
A especialização e a divisão do trabalho, conceito exposto por Adam Smith em 
1776, mostra que, ao quebrar-se uma tarefa complexa em tarefas menores e 
menos complexas e alocá-las a agentes que são especialistas em realizá-las, 
maior eficiência é conseguida. Seguindo esse raciocínio, intermediários 
agregam-se à cadeia distributiva por serem especializados em realizar certas 
tarefas de forma mais eficiente que os fabricantes. Nesse aspecto nos referimos 
aos Distribuidores. 
 
Os fabricantes geralmente incorrem em elevados custos para desempenhar 
tarefas distributivas por elas mesmas (ROSENBLOOM, 1999, p. 38). As 
economias de escala que permitem que os fabricantes operem com baixos 
custos unitários de produção estão geralmente ausentes no desempenho de 
funções distributivas. Como consequência, fabricantes estão sempre à procura 
de intermediários com quem elas possam dividir ou transferir as mesmas. 
 
Partindo do princípio de que a utilização de agentes intermediários é 
imprescindível para qualquer empresa na realização de sua distribuição, o 
grande desafio do ponto de vista dos fabricantes está em como gerenciar esses 
agentes para que seus objetivos de distribuição sejam alcançados. 
A administração de uma rede de intermediários está no âmago da definição de 
canais de distribuição, que são definidos por vários autores como um conjunto 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 179 
de instituições com objetivos e motivações distintos ligadas por uma força 
coordenadora que as move em direção à satisfação do usuário final. 
 
 
Atenção 
 A construção de relacionamento, segundo Anderson e Weitz, 
leva tempo e requer investimentos específicos, que são 
compensados pela formação de alianças duradouras de negócios 
que proporcionem para a empresa produtora as vantagens de 
coordenação implícitas na integração vertical (como se a própria 
empresa desempenhasse todas as funções distributivas) com os 
benefícios esperados pelo desempenho dessas tarefas por 
agentes externos (especialização e divisão do trabalho e pela 
eficiência de contatos). 
 
Funções do distribuidor 
Podemos conceituar como as funções principais de um distribuidor: 
 
1 - Cobertura de mercado: para ter uma boa cobertura de mercado os 
fabricantes podem contar com os atacadistas para distribuí-los em áreas 
geográficas extensas a um custo razoável. 
 
2 - Vendas: o custo para o fabricante de manter uma equipe de vendas 
externa é alto. Ao utilizar o atacado para cobrir toda ou uma significativa 
parcela de seus clientes, fabricantes são capazes de reduzir seus custos 
significativamente, já que suas equipes de vendas atenderiam a um número 
relativamente pequeno de atacadistas, ao invés de uma extensa carteira de 
clientes. 
 
3 - Inventário: como os atacados efetivamente tomam posse da mercadoria, 
estocando produtos dos fabricantes, eles acabam por reduzir custos financeiros 
e riscos de manter estoques por muito tempo. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 180 
4 - Processamento de pedidos: muitos clientes compram em pequenas 
quantidades. Os custos de processamento de pedidos dos atacados são 
absorvidos pelo amplo sortimento de produtos que vendem, o que não 
aconteceria caso esses clientes comprassem diretamente da indústria. 
 
5 - Informação de mercado: o conhecimento próximo de seus clientes 
fazem com que os atacados tenham informações valiosas para o planejamento 
de produtos, preço e desenvolvimento de uma estratégia de marketing 
competitiva dos fabricantes. 
 
6 - Suporte ao cliente: além de comprar produtos, clientes precisam de 
prestação de serviços, assim como a realização de trocas e assistência técnica. 
Os atacados podem ser utilizados pelos fabricantes para assisti-los em prover 
esses serviços para o cliente. 
 
7 - Disponibilidadede produto: pela proximidade dos atacadistas com seus 
clientes e a sensibilidade de suas necessidades, atacadistas podem prover um 
nível de disponibilidade de produtos que muitos fabricantes não poderiam. 
 
8 - Sortimento: o atacado tem a habilidade de levar ao seu cliente, pelo 
número de fabricantes que comercializa, um sortimento que simplifica o pedido 
do cliente. Dessa forma, os clientes, ao invés de fazer pedidos para dezenas ou 
centenas de fabricantes, concentram seus pedidos em poucos atacados. 
 
9 - Fracionamento: geralmente os clientes não necessitam de grandes 
quantidades de produtos e seria caro para os fabricantes vender diretamente 
para clientes com pedidos pequenos. Nessa situação, um pedido mínimo seria 
estabelecido pelo fabricante. Ao comprar grandes quantidades dos fabricantes e 
fracionar mercadorias para pequenos pedidos de seus clientes, os atacados 
acabam por possibilitar que os clientes comprem as quantidades necessárias. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 181 
10 - Crédito: os atacadistas fornecem assistência financeira para seus clientes 
de duas maneiras. A primeira delas é através da concessão de prazos de 
pagamento que possibilitam que seus clientes financiem suas vendas. A 
segunda é através da disponibilidade de inventário, já comentada 
anteriormente, que faz com que os clientes não arquem com o custo de vários 
produtos estocados. 
 
11 - Serviços ao cliente: clientes frequentemente requerem serviços como 
entregas emergenciais, consertos etc. Ao disponibilizar esses serviços ao 
cliente, atacadistas e distribuidores poupam tempo e esforço a seus clientes. 
 
12 - Consultoria e suporte técnico: muitos produtos, mesmo não técnicos, 
podem precisar de consultoria e suporte técnico para seu uso ou sobre a 
maneira como devem ser vendidos. Atacadistas e distribuidores, através da 
utilização de uma força de vendas capacitada, estão aptos a oferecer essa 
consultoria e suporte técnico aos clientes. 
 
Atividade proposta 
Relate o seu entendimento quanto a importância das terceirizações para as 
empresas modernas. 
 
Chave de resposta: OLIVEIRA (1994) nos alerta para o fato de que 
atualmente as empresas não têm alternativa senão continuar buscando 
aumentar a competitividade, procurando constantemente novos e melhores 
meios de - ao mesmo tempo - reduzir custos e melhorar a qualidade de seus 
produtos e serviços, sob pena de perder a possibilidade de competir no 
mercado. O autor prossegue afirmando que a terceirização é um dos 
procedimentos mais frequentemente aceitos como válidos dentro da ampla 
gama de possibilidades de ação nesse sentido. 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 182 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
CHOPRA, Sunil.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. 
MARTEL, Alain.; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
TAHA, Hamdy A. Pesquisa operacional: uma visão geral. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2008. 
COLIN, Emerson Carlos. Pesquisa operacional: 170 aplicações em estratégia, 
finanças, logística, produção, marketing e vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
As empresas já perceberam que a verticalização e o isolamento do poder e o 
total controle de suas atividades causaram muitos problemas no desempenho e 
no desenvolvimento de seus projetos, culminando com a falta de agilidade e de 
competitividade empresarial. Marque a alternativa que demonstra 
incorretamente quais são as principais motivações dentre aquelas que levam 
as empresas a terceirizações. 
a) Redução de custo. 
b) Lucratividade a curto prazo. 
c) Melhoria da qualidade dos serviços. 
d) Acompanhar aumento das demandas. 
e) Trazer inovações ao negócio. 
 
Questão 2 
A definição: um conjunto de atividades, envolvendo toda a empresa, que 
contribui de forma harmônica para a consecução dos objetivos e que têm como 
meta principal assegurar o resultado final do empreendimento, refere-se à (ao): 
a) Kaizen 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 183 
b) Kanban 
c) Milk Run 
d) Qualidade total 
e) Reengenharia 
 
Questão 3 
Refere-se à reestruturação de uma empresa, por força das novas condições de 
mercado, da concorrência, do mercado internacional etc., para aumento de sua 
competitividade. 
Assinale a opção CORRETA. 
a) Just in Time 
b) Reengenharia 
c) Kaizen 
d) Qualidade total 
e) Kanban 
 
Questão 4 
Como todo o processo de gestão as parcerias fornecem vantagens e 
desvantagens para fornecedor e cliente. Podemos citar como vantagens para os 
clientes, EXCETO: 
a) Melhor conhecimento do mercado. 
b) Menor custo dos estoques. 
c) Melhor atendimento. 
d) Menor custo de capital de giro. 
e) Melhor gestão de compras. 
 
Questão 5 
Tomando emprestado o conceito de parceria das associações comerciais e do 
mundo empresarial, surge o conceito de aliança estratégica. Podemos citar 
como características de uma aliança estratégica, EXCETO: 
a) Um elo baseado em participação e compartilhamentos 
b) Um compromisso de longo prazo. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 184 
c) Um detalhamento das ações conjuntas e dos projetos comuns 
d) Cada parceiro deverá ter as mesmas identidades e características. 
e) A disposição de compartilhar e avançar. 
 
Questão 6 
Podemos citar como atividades de um operador logístico, EXCETO: 
a) Múltiplas atividades integradas. 
b) Serviços customizados. 
c) Know How limitado a transportes. 
d) Capacidade de planejamento logístico. 
e) Contratos de longo prazo. 
 
Questão 7 
Podemos conceituar como as funções principais de um distribuidor, EXCETO: 
a) Sortimento 
b) Fracionamento 
c) Treinamento de mão de obra 
d) Consultoria 
e) Crédito 
 
Questão 8 
Acabam por reduzir custos financeiros e riscos de manter estoques por muito 
tempo. Essa definição refere-se a que função do distribuidor? Aponte a 
alternativa CORRETA. 
a) Vendas 
b) Cobertura de Mercado 
c) Serviços ao cliente 
d) Sortimento 
e) Inventário 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 185 
Questão 9 
Geralmente os clientes não necessitam de grandes quantidades de produtos e 
seria caro para os fabricantes vender diretamente para clientes com pedidos 
pequenos. Essa definição refere-se a que função do distribuidor? Aponte a 
alternativa CORRETA. 
a) Vendas 
b) Sortimento 
c) Fracionamento 
d) Serviços aos clientes 
e) Inventário 
 
Questão 10 
Os fabricantes podem contar com os atacadistas para distribuí-los em áreas 
geográficas extensas a um custo razoável. Essa definição refere-se a que 
função do distribuidor? Aponte a alternativa CORRETA. 
a) Consultoria 
b) Informação de mercado 
c) Processamento de pedidos 
d) Cobertura de Mercado 
e) Vendas 
 
Aula 8 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: Não é uma atratividade das terceirizações a lucratividade a curto 
prazo. 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: "Qualidade Total" pode ser definida como um conjunto de 
atividades, envolvendo toda a empresa, que contribui de forma harmônica para 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 186 
a consecução dos objetivos e que tem como meta principal assegurar o 
resultado final do empreendimento. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: Reengenharia refere-se à reestruturaçãode uma empresa, por 
força das novas condições de mercado, da concorrência, do mercado 
internacional etc., para aumento de sua competitividade. Inclui reciclagem do 
pessoal interno, privatização, terceirização, demissões, utilização de um número 
menor de empregados, porém mais capacitados etc. 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: Um melhor conhecimento do mercado é uma vantagem oferecida 
ao fornecedor. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: Cada parceiro preserva sua identidade e autonomia. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: Know How em várias atividades logísticas. 
 
Questão 7 - C 
Justificativa: Treinamento de mão de obra não é função de um distribuidor. 
 
Questão 8 - E 
Justificativa: Inventário como os atacados efetivamente tomam posse da 
mercadoria, estocando produtos dos fabricantes, eles acabam por reduzir 
custos financeiros e riscos de manter estoques por muito tempo. 
 
Questão 9 - C 
Justificativa: Fracionamento: geralmente os clientes não necessitam de grandes 
quantidades de produtos e seria caro para os fabricantes vender diretamente 
para clientes com pedidos pequenos. 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 187 
Questão 10 - D 
Justificativa: Cobertura de mercado: para ter uma boa cobertura de mercado os 
fabricantes podem contar com os atacadistas para distribuí-los em áreas 
geográficas extensas a um custo razoável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO E REDES LOGÍSTICAS 188 
Roberto Tarantino tem graduação em Transporte de carga e Logística 
formado pela UNESA em 2001 e graduação em Logística Empresarial em 2008, 
Pós Graduado em Logística Empresarial pela UCAM em 2003 e Mestrado em 
educação em 2011. Trabalhou em diversas empresas privadas na área da 
Logística de médio e grande porte no Rio de Janeiro, em diversos segmentos 
por 26 anos. 
 
Domínio na gestão dos segmentos da área de: Compras e Suprimentos, PCP, 
Custos Logísticos, Estoques, Armazenagem, Distribuição e Transporte. 
 
Sólidos conhecimentos em processos logísticos envolvendo ERP’s, WMS e TMS. 
Implantação, acompanhamento e auditoria de projetos na Suplly Chain, 
Logística Reversa e Cadeia Logística Sustentável. 
 
A partir do ano de 2005 dedica-se integralmente ao Magistério, sendo 
contratado pela UNESA, onde, exerce a função de Professor nos cursos de 
graduação e pós-graduação em Logística, Logística do Petróleo, Marketing, 
Administração Estratégica, Petróleo e Gás, Gestão em Vendas e atualmente é o 
coordenador geral do CST em Logística da UNESA. 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1553306844709678

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