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Câncer de Mama 
Aspectos de normalidade da 
glândula mamaria: 
- a glândula mamaria é considerada 
um anexo da pele 
- homens e mulheres tem 
basicamente os mesmos aspectos, 
porém se desenvolve mais nas 
mulheres 
- apresentam vasos linfáticos que 
desembocam nos linfonodos 
axilares e supraclaviculares 
- é importante saber isso porque é 
um dos tipos de câncer com muita 
tendência de fazer metástase 
- porção secretora: ácinos ou 
alvéolos mamários se agrupam e 
formam os lóbulos (pétalas de nossa 
flor) 
- porção secretora e excretora 
- porção excretora (duas camadas 
celulares): células luminais, células 
mioepiteliais (aspecto citoplasmático 
vacuolizado- são células que se 
encarregam da ejeção do leite e 
sustentação), filamentos de actina 
(contração involuntária) 
- mamografia de uma mulher jovem 
(mais densa, radiopata o 
parênquima glandular é mais 
abundante e entre essas estruturas, 
nós temos um tecido conjuntivo 
denso- colágeno) e de uma mulher 
mais velha (o tecido mamário vai 
sofrendo substituição por tecido 
adiposo- liposubstituição) 
- o câncer de mama geralmente se 
apresenta como um aspecto branco 
no exame 
- comparar a estrutura da glândula 
mamaria com um brócolis 
- a porção secretora deve ser 
comparada com as bolinhas da 
extremidade, já a porção excretora 
com o caule 
- BI- RADS: utilizado pelo patologista 
para classificar aquela lesão 
- BI- RADS 1: mamografia normal 
(sem alterações) 
- BI- RADS 6: confirmação do 
diagnóstico de câncer de mama 
- BI-RADS 4 é dividido em A, B e C 
(o A não é câncer, já o C tem 
grandes chances) 
- O BI- RADS 5 já é uma lesão 
altamente suspeita e já deve ser 
encaminhado para biopsia 
- é um estadiamento diferenciado 
para câncer de mama 
- biopsia de mama é feita por um 
radiologista, ele localiza um nódulo 
através da ultrassom, faz uma 
pequena incisão e utiliza uma agulha 
grossa dentro da lesão (core biopsy) 
- calcificação patológica está 
relacionada com necrose 
- Tarefa 1: lesão tecidual por necrose 
 calcificação patológica do tipo 
distrófica 
- quando a célula morre por necrose, 
os componentes fosfolipídicos são 
expostos ( cálcio tem uma forte 
ligação ao fosfato da membrana) 
- uma das características das 
neoplasias malignas é a ocorrência 
de necrose 
- taxa de proliferação celular dentro 
dos ductos  as células não 
possuem aporte nutricional 
suficiente para todas essas células 
 pode ocorrer metástase 
- Tarefa 2: carcinoma in situ (restrito 
ao local de origem, ainda não invadiu 
através da membrana basal, ou seja, 
não tem capacidade de fazer 
metástase, excelente prognóstico, 
tratado apenas com cirurgia, muitas 
das vezes, não precisa nem de 
quimio e radioterapia) 
- com o tempo, existe uma tendência 
a invasão) 
- nos carcinomas in situ a necrose 
que ocorre é do tipo coagulativa 
- carcinoma ductal invasor: nesse 
caso, o carcinoma invadiu a 
membrana basal já  isso pode 
levar a metástase linfonodal 
- uma vez que ocorre a invasão 
estromal ocorreu, se inicia a 
desmoplasia (formação de tecido 
conjuntivo fibroso ou conjuntivo em 
qualquer parte do corpo), 
angiogênese 
- carcinoma invasor de mama: 
grupo de neoplasias epiteliais 
malignas da mama, caracterizadas 
pela capacidade de invadir os 
tecidos adjacentes e ter marcada 
tendência à metástase local e a 
distancia 
- a grande maioria deriva de células 
da unidade ducto terminal do lóbulo 
mamário 
- neoplasias heterogêneas, com 
várias subtipos patológicos e 
diferentes tipos histológicos 
- é o mais prevalente em mulheres, 
em níveis de mortalidade, só perde 
para o câncer de mama 
- após a amamentaçãoDNA fica 
acetilado (desfavorece a ocorrência 
de mutações no DNA) 
- Fatores de risco: Mutações 
hereditárias, parentes em 1° grau 
com câncer de mama, raça/etnia, 
idade da menarca, idade no 
nascimento do 1° filho, doença 
mamária benigna, exposição 
estrogênica, densidade mamária, 
exposição a radiação, carcinoma da 
mama contralateral ou de 
endométrio, dieta, obesidade, 
exercícios, amamentação e tóxicos 
ambientais 
- Os genes mais importantes e de 
maior susceptibilidade envolvidos 
com o câncer conhecidos (BRCA1, 
BRCA2, TP53e CHEK2) são genes 
supressores tumorais que participam 
normalmente no processo de reparo 
do DNA e na manutenção da 
integridade genômica. 
- além desses, também estão 
envolvidos: HER2 (receptor de fator 
de crescimento epidérmico), 
PIK3CA, Rb, RAS, MYC e genes de 
receptor de estrógeno (RE1 e RE2) 
- obs.: se a célula apresenta muito 
HER2  prolifera eternamente (o 
problema é ter super expressão 
desse gene) 
- saber se a célula mutada da 
paciente apresenta HER2 e RE é 
muito importante, pois assim a 
terapia já é mais direcionada 
Obs.: tudo que está marrom na 
imagem é positivo para o que eu 
estou pesquisando, já o que está 
azul, é negativo 
- luminal A e B: positivo para ER e 
PR  tratamento: antiestrogênicos, 
uma outra opção é administar uma 
medicação que bloqueie a 
aromatase (enzima envolvida na 
produção de estrogênio) 
Obs: o que diferencia o luminal A do 
B é o nível de proliferação (o A 
prolifera menos, cerca de 20%)- 
essa taxa de proliferação celular é 
mensurada pela expressão da 
proteína Ki- 67 
- Luminal HER2: ER, PR, HER2 
positivos, tendem a fazer metástase 
precocementetratamento: 
anticorpo monoclonal (também é um 
tipo de bloqueio hormonal) 
- HER2 positivo: o paciente só vai se 
beneficiar através do bloqueio de 
HER2 
- Basal símile: triplo negativo ( ER, 
PR, HER2), ou seja, terapia alvo não 
adianta. O paciente tem que fazer 
cirurgia, quimio e radioterapia 
- câncer esporádico: mutação 
apenas nas células do tumor 
- câncer hereditário: todas as células 
do corpo apresentam mutações 
Aproximadamente 12% dos 
carcinomas 
da mama são hereditários – a maior 
parte atribuída a mutações nos 
genes BRCA1 e BRCA2 (CHECK2 e 
TP53 também estão relacionados). 
As mutações no BRCA1 e BRCA2 
estão presentes em 
aproximadamente 80 a 90% dos 
casos hereditários e atuam como 
genes supressores tumorais com 
função no reparo do DNA. Mutações 
podem ocorrer em qualquer ponto ao 
longo do gene. Os carcinomas de 
mama que carreiam alterações no 
BRCA1 são freqüentemente 
receptores de 
estrógeno/progesterona negativos. 
Nos casos esporádicos de 
carcinomas do subtipo basal, 
embora o tumor não apresente 
mutações no BRCA1, estudos 
recentes mostram que este gene 
está inativado por mecanismos como 
a metilação. 
- A exposição hormonal estimula o 
crescimento da mama durante a 
puberdade, ciclos menstruais e 
gravidez, aumentando assim o 
número de células com potencial 
para originar o câncer. 
- Durante o ciclo menstrual, pode 
ocorrer um acúmulo de lesões no 
DNA, e o intervalo entre um ciclo e 
outro permite que ocorra reparos no 
DNA alterado e que as mutações 
sejam excluídas do genoma. A 
repetição desse processo durante 
toda a vida da mulher, pode estar 
relacionado ao risco de 
desenvolvimento de um câncer de 
mama. Uma vez que as células pré- 
malignas ou malignas estejam 
presentes, os hormônios podem 
estimular seu crescimento. 
- em situação de neoplasia ovariana 
benigna superprodução de 
estrógeno  pode levar a câncer de 
mama (é preciso fazer remoção 
cirúrgica) 
- Classificação morfológica: definir 
se é in situ ou invasor 
- carcinoma ductal in situ: sofre 
necrose central  calcificação 
distrófica (é possível diagnosticar 
pela mamografia), neste caso, o 
tratamento é menos agressivo, não 
necessita de quimio ou radio 
Obs.: todo carcinoma invasivo um 
dia foi in situ 
- O carcinoma ductal é mais 
agressivo que o lobular, além disso, 
é mais fácil de diagnosticar, ele 
calcifica. 
- Já o carcinoma lobular, ele 
raramente calcifica nas fases in situ, 
ou seja, não dá para diagnosticar 
pela mamografia (diante de uma 
possibilidade (nódulo palpável), o 
médico deve pedir uma tomografia 
computadorizada) 
- comedonecrose: no centro dos 
ductos, tampa toda luz do ducto(CDIS) 
- carcinoma ductal invasivo/ tipo não 
especial: grupo heterogêneo de 
lesões caracterizadas pela ausência 
de achados morfológicos que 
permitam classifica- las em um tipo 
especializado de carcinoma. Produz 
desmoplasia de estroma (muito 
visível na mamografia), altamente 
infiltrativo 
- Carcinoma lobular invasivo: grande 
característica genética  mutação 
CDH1 
- não faz desmoplasia estromal 
(sempre se esconde muito)

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