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patologias de mama

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1 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
Patologias da Mama
 
 Capítulo 23 ROBBINS. 
REVISÃO 
 
 
Características: deriva da epiderme- glândula sudorípara 
modificada. 
PUBERDADE: crescimento das mamas em função do 
desenvolvimento glandular e da deposição de tecido 
adiposo 
MULHERES DURANTE O CICLO MENSTRUAL: aumento do 
volume mamário em função da retenção de líquido e do 
desenvolvimento glandular 
GRAVIDEZ: acréscimo de glândulas mamárias e secreção de 
leite 
MENOPAUSA: o tecido mamário atrofia-se sendo substituído 
progressivamente por tecido adiposo. 
→ isso corresponde a normalidade. 
 
 
→ cadeias linfáticas e de drenagem da mama ( drenagem 
para os linfonodos axilares) 
 
 
 
LÓBULOS MAMÁRIOS: são a unidade secretora da mama. 
São estruturas de contorno mais ou menos circular 
circundado por estroma Inter lobular ( tecido fibroso denso). 
Cada lóbulo é constituído por ácinos situados no estroma 
intralobular. Nestes tecidos conjuntivos é mais frouxo e 
contém uma população fisiológica de células inflamatórias, 
crônicas, principalmente linfócitos. Este estroma responde 
as variações de hormônios do ciclo menstrual normal, sendo 
mais edemaciado e com mais linfócitos na segunda metade 
do ciclo ( influencia combinada de estrógeno e 
progesterona). Fora da gravidez, como neste caso, os ácinos 
estão quiescentes. 
 
 
 
Camada externa – células mioepiteliais ( contração) 
Um lóbulo contém vários ácinos( que contém células 
epiteliais e mioepiteliais que ajudam na contratilidade), 
células que estão nos ductos são um pouco maiores e são as 
origens neoplásicas ( ductos, lóbulos ( ácinos)). 
 
 
 
 
 
2 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
 
 
Pós menopausa, conteúdo maior de gordura, fica mais 
translúcidos ( mais fácil de olhar pontos de calcificação) 
-> circulado em preto, muito adipócitos em mulheres pós-
menopausa. 
 
 
 
Pacientes que apresentam mamografia com predomínio de 
fibroglandular ( mamas mais densas) tem maior risco de 
desenvolver câncer de mama, a mama tem menor 
sensibilidade ( mamas densas dificultam a avaliação das 
lesões mamárias). A gordura é radiologicamente lúcida e 
aparece na mamografia e aparece escura. Os tecidos 
conjuntivos e epiteliais são radiologicamente densos e 
parecem claros. 
 
LESÕES BENIGNAS DA MAMA 
 
 
 
ORIGENS ANATÔMICAS DAS LESÕES DE MAMA 
 
 
→ a partir de alterações hormonais que podem estimular 
essas células a se desenvolver e ter alteração ou em ductos, 
lóbulos, estroma etc. 
 
→ sintomas da paciente: GRANULOSIDADE ( massa 
palpável), algumas podem relatar dor 
 
 
 
MASTITE AGUDA E CRÔNICA DE LACTAÇÃO 
 
 
 
 
 
3 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
 
 
 
→ frequente no primeiro mês de lactação. 
→ drena quantidade de leite 
→ sinas de dor, rubor, às vezes, precisa entrar com 
antibiótico. 
→ figura de baixo: mastite crônica granulomatosa ( 
micobactérias e fungos) 
 
ABSCESSO SUBAREOLAR RECORRENTE 
 
 
Também é chamado de metaplasia escamada dos ductos 
galactíferos. 
→ agente causador é as substâncias da fumaça do cigarro 
que vão alterar os ductos lactíferos. 
→ colocação de piercing ( estímulo inflamatório que gera a 
metaplasia) 
→ metaplasia se estende para dentro do ducto e tem 
queratina ( resposta inflamatória em virtude do depósito de 
queratina) 
→ causa dor na região subareolar 
 
ECTASIA DUCTAL 
 
 
 
 
→ reparar na mamografia a descarga papilar que está 
relacionada com as alterações hormônios em virtude da Peri 
menopausa 
→ ducto proteínaceo com macrófagos xantomatosos 
→ vermelho: descarga papilar em virtude de processo 
inflamatório que causa uma dilatação ductal = ectasia ductal 
→ se tiver fibrose tem uma retração da pele do mamilo, 
podendo ser confundindo com câncer. 
→ reação inflamatória em virtude da perimenopausa 
 
NECROSE GORDUROSA 
 
 
→ relacionada a trauma 
→ após a biopsia com leão local 
→ pode ser espontânea também 
→ pode ter massa palpável indolor 
→ pode encontrar pontos de calcificações 
 
4 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
→ tecido adiposo entrando em processo de necrose ( várias 
células inflamatórias no meio), macrófago xantomisado ou 
espumosos ( fagocitando e retirando gordura) ( morte dos 
adipócitos que vão liberar o conteúdo lipídico, macrófagos 
que vão “limpar” esse conteúdo lipídico) 
 
LOBULITE LINFOCÍTICA ESCLEROSANTE 
 
 
→ processo inflamatório associado a diabetes tipo 1 
→ associado a doenças autoimunes 
→ sistema imune acaba atuando na região perilobular 
atacando esses lóbulos, podendo sofrer ação de células 
imunes que vão atingindo ducto, lóbulos 
→ estroma fica mais denso ( circulado em preto) 
→ aumento de densidade mamografia precisa da biopsia 
para identificar a lesão. 
→ suspeitar em quando a pessoa tem doença autoimune 
 
ALTERAÇÕES FIBROCÍSTICAS ( NÃO 
PROLIFERATIVA) 
 
 
→ lesões não proliferativas 
→ aumento de lóbulos pode ter atipias celulares presentes. 
→ ADENOSE ( atipias celulares), possível característica de 
malignidade, ainda não é neoplasia, mas já começam com 
algumas características. 
→ não tem risco de câncer e não ser que haja lesões com 
adenose. 
 
 
→ alterações do ciclo hormonal 
→ vem em resposta a estimulação hormonal cíclica 
→ perimenopausa também é possível encontrar essas 
alterações principalmente se tiver aumento de estrógeno. 
→ estrógeno quando em excesso estimula proliferação e 
crescimento contribuindo pela alteração morfológica 
primeiramente com um caráter benigno. 
→ todas essas células possuem receptores de estrógeno 
 
 
Epitélio achatado com conteúdo dentro do cisto 
Epitélio hiperplásico 
Tudo isso por ação do estrógeno. 
 
 
5 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
→Fibrose com metaplasia. 
→ ainda com alteração de benignidade 
→ aumento de ácinos = adenose 
→ maior quantidade de estroma intra e inter lobular 
→ adenose – maior número de ácinos e maior volume do 
lóbulo ( um lóbulo tem vários ácinos) 
→ resposta de tecido conjuntivo intralobular 
 
 
Cisto – hiperplasia ( frente ao desequilíbrio hormonal) 
Hiperplasia das células epiteliais tanto nos cistos como nos 
ácinos ( em virtude de sua multiplicação) 
- as duas juntas células epiteliais e células mioepiteliais 
 
 
DOENÇAS MAMÁRIAS PROLIFERATIVAS SEM 
ATIPIAS 
 
 
→ tem proliferação então tem maior risco de ter condição 
de ter câncer de mama. 
→ pequeno risco de desenvolver câncer de mama 
→ as células ainda são normais 
→ células epiteliais e mioepiteliais ficam em maior número. 
→ hiperplasia típica. 
 
ADENOSE ESCLEROSANTE 
 
→ condição de nível estrogênico alterado 
→ aumenta o número de ácinos 
 
→ vê nódulo palpável 
→ alteração nos aspectos dos ácinos, ainda tem preservação 
das camadas epiteliais e mioepiteliais, porém tem maior 
resposta, frente a ação do estrógeno 
 
ADENOSE ESCLEROSANTE COMPLEXA 
 
 
 
→ formação de estruturas papilares, mimetizando 
carcinoma 
→cicatriz radial 
→ ácinos hiperplásicos 
→ arquitetura diferente que lembra o carcinoma invasivo 
→ pequenos túbulos com hiperplasia epitelial ARRANJO 
ARQUITETÔNICO a partir de uma cicatriz central envolto por 
tecido conjuntivo fibroso 
 
HIPERPLASIA EPITELIAL SEM ATIPIA 
 
 
 
PAPILOMAS INTRADUCTAIS 
 
 
6 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
 
→ neoplasia com caráter benigno 
→ proliferação ductal intensa = papiloma 
→pode acontecer desde o mamilo até o ducto lobular 
terminal 
→ pode ter massa palpável 
 
HIPERPLASIA EPITELIAL ATÍPICA 
 
 
 
→ atipia maior risco de ter câncer 
→ parecida com carcinoma ductal in situ 
→ alguns evoluem para câncer 
→ células pleomorfas com bastante intensidade 
CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS: como está a uniformidade da 
célula, se eu tenho espaço ou formação de micro papilas, 
núcleo hiper cromáticos, ver se tem mais de dois ductos 
envolvidose medir menos de 2mm 
 
 
→ hiperpigmentação dos núcleos 
→ risco aumentado para o carcinoma 
→ alterações genéticas cromossômicas 
→ perda de E-caderina 
 
FIBROADENOMA 
 
 
→é o mais comum que surgem no estroma mamário 
intralobular ( entre os ácinos). 
-> pode aumentar na gestação 
 
 
 
 
 
TUMOR PHYLLODES 
 
 
→ lembra como se fosse uma folha 
→ tumor raro 
 
7 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
→ pode ter caráter borderline 
→ caráter maligno 
→ tratamento é a remoção 
 
 
→ aumenta o grau de potencial para câncer. 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS 
CÂNCER DE MAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
 
 
Menarca, quanto mais tempo exposto ao estrógeno, pior é. 
Menopausa tardia também. 
→ gene BRCA 
→está relacionado com herança genética 
→ densidade mamaria alta, fica mais difícil de identificar 
pontos de calcificação e de lesão. 
→ amamentação é fator de proteção, porque quanto mais a 
mulher amamenta menor é seu tempo de exposição 
estrogênica. 
 
ETIOPATOGENIA 
 
 
8 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
 
→ ERB2 E EGF2 
→ fatores de crescimento que acabam desencadeando o 
câncer 
→ HER = fator de crescimento epidérmico. 
→ HE positivo = células cancerígenas tem receptores 
positivos para o estrógeno 
→ HER2- é quando não tem receptores de crescimento 
epidérmico 
→ RE= receptor de estrógeno. 
 
CÂNCER DE MAMA É UMA PROLIFERAÇÃO CLONAL QUE SE 
ORIGINA DE UMA CÉLULA COM VÁRIAS MUTAÇÕES 
GENÉTICAS, QUE SÃO ADQUIRIDAS POR INGLUÊNCIA DE 
EXPOSIÇÕES HORMAIS OU GENES SUSCETÍVEIS HERDADOS. 
 
Câncer de mama esporádico = está relacionado a exposição 
constante estrogênica. 
 
 
→ probabilidade aumentada quando se tem parentes de 
primeiro grau 
→ BRCA1 (cromossomo 17 e cromossomo 21) E BRCA2 
→ superexpressão de HER2 que está relacionado com o 
cromossomo 17 
→ fatores de risco podem contribuir para desenvolver o 
câncer. 
 
 
 
 
Primeiro – BRCA1 E BRAC2 ( mutação levando câncer de 
mama) 
Segundo – TP53 
→ pata ter câncer no mínimo 4 mutações para que ele 
ocorra. 
 
 
Exposição estrogênica, com células para receptores de 
estrógeno RE positivo, o problema é quando tem o RE- e tem 
mutações que vão induzir crescimento e proliferação celular 
→ RE negativo E RER negativo = maior dificuldade de 
tratamento 
 
MECANISMOS MOLECULARES 
 
 
→Quando tem-se um caso na família fazer a 
imunohistoquimica 
→MAMA normal que vai sofrer mutação 
→ via 1 mutações hereditárias envolvendo BRCA2 ( pode ter 
ganho e perda), lesão atípica epitelial e outras mutações são 
somadas PIK3CA vai desenvolver uma hiperplasia ductal 
atípica ( começa ver no ducto com pleomorfismo, ativação 
de núcleo) e mais mutações se somam e tem o 
 
9 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
desenvolvimento ductal in situ soma-se mais mutação e 
tem-se o câncer invasivo. RECEPTOR ESTRÓGENO POSITIVO 
E HER NEGATIVO. Ele é conhecido como luminal e o mais 
conhecido 
 
Via 2- mutações no TP53 E amplificação de HER2 ( tanto 
positivo como negativo), mutação do PT53 se desenvolve 
adenose apócrina atípica, somam-se mais mutações e tem o 
desenvolvimento do câncer atípico ( CDIS), estrógeno 
positivo e her ( positivo ou negativo). Nessa via, com p53 
mutação, lesões precursoras de adenose, mais mutação e RE 
OU ER POSITIVO. 
 
Via 3- não tem-se o reconhecimento de uma lesão 
precursora até o desenvolvimento do carcinoma in situ, 
então tem-se mutações no BRCA1 E TP53 acaba 
desenvolvimento o carcinoma in situ, RE negativo e RER 
negativo ( MUITO PREOCUPANTE), característica basal. Não 
tem um tratamento que pegue esses receptores negativos 
 
 
 
 
 
O que está circulado é o mais comum e é o mais responsivo 
para o tratamento quimioterápico, porque existe remédio 
que bloqueia o RER E RE positivo. Tem-se uma boa resposta 
de tratamento. 
 
CARCINOMA IN SITU 
MORFOLOGIA CARCINOMA DUCTAL IN SITU 
 
 
 
 
 
 Comedocarcinoma – linearidade dessa mama, com 
calcificações 
Preto- células neoplásicas 
Verde- calcificação 
 
 
Preto- células neoplásicas 
Reparar em verde, que as células neoplásicas ainda não 
passaram pela membrana basal então é IN SITU 
No centro – tem necrose 
Acinos em azul são preenchidos por células cancerígenas, 
cada uma de um tamanho em virtude do pleomorfismo 
celular. Os ácinos precisam ter uma luz 
 
 
Aspecto cribriforme- formação dentro da outra ( em 
amarelo) 
Azul- células neoplásicas 
 
 
10 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
 
Papilas que se projetam para o centro da luz tubular ou 
acinar. Membrana basal ainda contida. 
 
 
Reparar que as células vão subindo e atingem o epitélio ( 
sobem para região mamilar), mas não rompem a membrana 
basal. Isso pode dar uma característica nodular dessa mama. 
 
 
 
CARCINOMA LOBULAR IN SITU 
 
Morfologia 
 
 
 
Reparar que eles crescem meio solto. 
→ não é possível ver calcificação 
→ falta de E-CADERINA 
COMPARAÇÃO ENTRE OS DOIS. 
→ é in situ, porque a membrana basal está MANTIDA. 
 
Em preto- bolinhas roxinhas soltinhas. 
 
CARCINOMA INVASIVO DE MAMA 
 
 
 
 
11 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
 
Aspecto espiculado. 
 
 
 
CARCINOMA LOBULAR INVASIVO 
 
 
Azul – fileiras em virtude da perda da E-CADERINA. 
→ aspecto em alvo e fazer o aspecto de fila indiana no 
estroma. Ou no estroma eles ficam sozinhos ou em fileira. 
 
 
 
 
Bem diferenciado consegue ver um padrão arquitetural 
presente 
Modernamente- células com pleomorfismo, hipercromia 
Pouco diferenciado – muita mitose 
 
 
 
 
 
12 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
 
Câncer que se instalou e se iniciou na ama, precisa ver se tem 
infiltração nos linfonodos sentinelas, o tipo histológico e 
molecular para ajudar na condição de prognóstico. E se 
pensar em metástase a distancia mais grave será a condição 
e também levar em consideração os tipos moleculares se vão 
ser responsivos ao tratamento. 
 
Primeira coluna - 
T1- tempo de sobrevida maior 
T2- tempo de sobrevida menor 
 
Segunda coluna- MAIRO número de linfonodos cometidos 
menor a sobrevida. 
 
 
Reparar nos estágios e acometimento dos linfonodos. 
 
 
 
Imunoistoquimica vai ajudar a entender qual o subtipo 
molecular que está presente, por exemplo, qual a expressão 
de RE E HER ( menor eficácia do tratamento e tentar diminuir 
os efeitos colaterais do tratamento) 
→ facilita o tratamento da paciente. 
 
 
Ki67 – importante marcador de proliferação celular 
 
 
 
 
13 Juliele Bueno/ FISIOPATOLOGIA/ medicina 
fish- amplifica her2 e consegue ver onde o her2 está 
expresso nas células cancerígenas.

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