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Espaço biológico

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Marcella Meira Fernandes
ESPAÇO BIOLÓGICO – conceitos básicos
COMPROMETIMENTO DAS DISTÂNCIAS BIOLÓGICAS: 
“As estruturas periodontais representam a consciência dos procedimentos odontológicos”, por tanto quando um paciente apresentar uma demanda de reabilitação, se tenha respeito as estruturas saudáveis e as distâncias biológicas, pois saúde e estética são frutos do trabalho bem planejado e executado, onde não ocorre o comprometimento das distancias biológicas.
O que é distância biológica: região que compreende as estruturas (epitélio do sulco / sulco histológico, epitélio juncional e a inserção conjuntiva) que estão no espaço coronal a crista óssea, sendo essa região que faz o selamento biológico, que corresponde as distancias biológicas.
OBS: sulco clínico (2 a 3mm) ≠ sulco histológico (0,5mm). Quando fazemos a inspeção histológico com a sonda periodontal, essa sonda penetra ultrapassando o sulco histológico, penetrando entre as células do epitélio juncional, essa aferição chamasse sulco clínico.
Biological Width – distância biológico / espaço biológico / largura biológica.
Dois conceitos relacionados as essas distâncias: 
1. Dimensão dos tecidos que ocupam a área entre a base do sulco gengival e a crista óssea alveolar: epitélio juncional + inserção conjuntiva.
2. Dimensão dos tecidos que ocupam a área entre a margem gengival e a crista óssea alveolar: sulco + epitélio juncional + inserção conjuntiva (normalmente usamos essa).
Valores histométricos da união dentogengival: (Gargiulo. Wentz e Orban, 1961)
· Sulco gengival: 0,69mm;
· Epitélio juncional: 0,71 – 1,35mm (médio 0,97mm);
· Inserção conjuntiva: 1,06 – 1,08mm (média 1,07mm). 
OBS: a inserção conjuntiva é a que menos sofre alteração ao longo dos anos.
 a soma de todas essas estruturas leva ao distância biológico, que compreendem no total cerca de 2,50mm, sendo arredondado para 3mm.
Essa distância é designada a partir da erupção passiva (exposição dentaria que ocorre a partir da migração apical da margem gengival para um local sobre ou muito próximo a junção cemento esmalte. A erupção ativa é o processo em que o dente se move da posição de germe dentário ate a posição funcional de oclusão em relação ao arco oposto. Então a erupção passiva ocorre após a erupção ativa, e é definida e determinado pela margem da gengiva, após o germe dentário romper o epitélio oral, tanto a passiva quanto ativa ocorrem, e levam a determinação da união dentogengival e estabelecimento da distância biológica. 
Erupção passiva (4 estágios):Ej em esmalte; Ej na JCE (distância JCE- crista óssea = 1,08mm); Ej em contato apical à JCE; EJ apical à JCE (distância JCE-crista óssea = 2,81mm).
Quando vamos fazer uma prótese ou uma restauração, devemos respeitar esse espaço do sulco gengival histológico, ou seja, não deve ultrapassar de 0,69mm apical a margem gengiva, pois mais que isso estará no espaço que compreende o epitélio juncional, invadindo a distância biológica.
Relação término - margem gengival: o término mais utilizado nas próteses é o supra gengival, pois pouco atinge os tecidos periodontias, mas nem sempre são a opção viável. O término ao nível de margem gengival não tem vantagens. Já o término subgengival, muitas vezes tem vantagens estéticas dependendo da prótese que é feita, mas tem o maior risco de invasão do espaço biológico e inflamação dos tecidos gengivais.
Razões para colocação da margem na área subgengival:
· Remoção de cáries ou restaurações falhas, essa margem já está no nível gengival;
· Busca de retenção adequada;
· Prevenção de sensibilidade radicular (e precisa de uma maior cobertura do dente);
· Satisfação da demanda estética do paciente;
· Carie radicular;
· Abrasão radicular.
Término Intrasulcular: – apresenta agressão permanente
· Rugosidade ou porosidade do material restaurador;
· Linha de cimento;
· Profundidade dos limites cervicais e sua inacessibilidade a escovação – as cerdas da escova alcançam menos de 1mm sub;
· Maior patogenicidade da microbiota subgengival;
· Formas de contorno das coroas.
Adaptação marginal:
· Visão natural – 0,2mm de um gap;
· Explorador – detecta uma discrepância de 0,1mm;
· Discrepância aceitável – 0,05mm;
· Microscópio 20x – 0,01mm (precisão clínica e laboratorial).
Localização subgengival da margem da restauração está relacionada com os índices mais elevados de gengivite, a maior profundidade de sondagem e a maior perda de inserção.
OBS: quando mais profunda a margem de coroa no sulco, maior a inflamação gengival.
Sinais de violação das distâncias biológicas:
· Lesão óssea (radiograficamente);
· Recessões gengivais;
· Hiperplasia gengival;
· Combinação das 3.
Fatores de irritação local:
· Irritação mecânica – rugosidade do material restaurador;
· Irritação química – cimento que é utilizado;
· Irritação elétrica – diferentes metais na boca;
· Má adaptação da restauração.
OBS: o limite da restauração Intrasulcular não deve ultrapassar 0,5 -1,0mm, porém o mais importante é a distância da margem da restauração para a crista óssea sendo recomendável a medida de 3,0mm.
É importante nessa preservação do espaço biológico, que haja um preparo adequado do dente, vai levar a uma restauração com o contorno adequado, que é importante para homeostasia do sulco gengival. Se faz um preparo deficiente, vai levar a um sobrecontorno e dessa forma essa região da distância biológica vai estar constantemente inflamada. O Subcontorno também não é idealizado.
Restauração de dentes anteriores – prevenção de recessão:
1. Atingir a saúde gengival antes da moldagem;
2. Minimizar o trauma gengival iatrogênico durando procedimento;
3. Provisórias de excelente qualidade, bem polidas e bem adaptadas;
4. Eliminar o excesso de cimento;
5. Esperar o tempo apropriado após cirurgia para a moldagem.
Tratamento da invasão das distâncias biológicas:
· Até os anos 70: dificuldade de tratamento;
· Adell 1972: sugeriu a necessidade de ressecção óssea para fraturas além de 0,5mm subgengival;
· Huttler 1973: retalho reposicionado apicalmente no tratamento de fraturas subgengivais.
· Aumento de coroa clínica: geralmente cirúrgico, através do deslocamento apical do retalho + osteotomia ou gengivectomia + osteotomia, mas também pode ser feito por extrusão ortodôntica.
OBS: osteotomia: criar distância entre a margem da fratura até a crista óssea.
Erupção passiva alterada: alteração da normalidade, não chega a ser uma patologia, mas quando se tem isso, a gengiva recobre a coroa clínica e com isso tendo coroas clínicas curtas, o que leva a uma demanda estética do paciente. Pode estar associada a uma alteração da erupção ativa, isso acontece quando além dessa margem da gengival estar naturalmente recobrindo de forma excessiva o dente, você vê também uma distância da crista óssea a JCE inferior a 1,5mm, ou seja, é como se houvesse uma invasão de espaço biológico e então para que se faça o aumento de coroa clinica desse dente, se faz a cirurgia de recuperação do espaço biológico.

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