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Manejo de paciente com alteração renal · Insuficiência renal: · Diagnóstico: · Química do plasma: creatinina, BUN (níveis séricos de ureia nitrogenada); · Análise da urina: proteinúria e hematúria; · Exames de imagem: pielografia endovenosa, TC, RM, ultrassonografia. · Insuficiência Renal AGUDA (IRA): · É caracterizada por um rápido declínio das funções renais em um período de dias a semanas, levando a uma grave uremia; · Curso da doença rápido; · Mortalidade: 80%. · Não devem ser feitos tratamentos eletivos; · Aguardar a recuperação renal para atuar (a não ser que esteja internado ou com infecção, para aliviar dor e diminuir bactérias - tratamentos de urgências). OBS: muito associado a pacientes que já estão internados. · Insuficiência renal CRÔNICA (IRC): · "Perda irreversível e progressiva do funcionamento dos néfrons, resultando em um declínio na taxa de filtração glomerular". - Santos et al., 2007. · Associadas a algumas doenças: · Fatores de risco: idade (pessoas mais velhas), gênero (mais homens), raça (predileção por brancos) e histórico familiar (diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS)); · Sinais e sintomas: · · Anorexia; · Cansaço fácil; · Fraqueza; · Prurido; · Náuseas e vômitos; · Dispneia; · Hipertensão; · Cardiopatias; · Edema periférico (o mais característico, e está associada a membros inferiores); · Aumento da parótida; · Letargia. · Tratamento: · Terapias conservadora (inclui dieta); · Terapia por substituição renal (desde hemodiálise até um transplante renal) · Hemodiálise: processo de filtragem do sangue através de uma maquina; a frequência e duração vai depender da massa corpórea do paciente, rotineiramente, são 3x na semana, cerca de 4 hrs; utilização de um anticoagulante (heparina) para que o sangue não coagule na máquina; acesso vascular: pode ser ou um sistema de cânula externa ou fístula arteriovenosa, ambos de forma cirúrgica. OBS: o principal cuidado com o paciente deve ser respeitar a meia vida da heparina (pacientes adultos - 4hrs e em idosos - 6 a 7hrs). · Diálise peritoneal (muitas vezes anteriormente a hemodiálise): é o acesso por um cateter introduzido por meio da parede abdominal até o peritônio. · Manifestações clínicas: · Cardiovascular: hipertensão arterial; · Hematopoiética: anemia (eritropoitina); · Neurológica: pequenas mudanças mentais, distúrbios motores, comas, convulsões e morte; · Muscular: mal estar, fraqueza e contração muscular; · Endócrina: baixos níveis eritropoietina e vitamina D; · Genituario: infecções urinarias são frequentes; · Pulmonar: infecções pulmonares são frequentes; · Dermatológico: prurido, peles e mucosas pálidas (anemia); · Gastrointestinal: náuseas, vômitos, anorexias e sangramentos; · Metabolismo ósseo: redução de calcitrol. · Manifestações orais: · Halitose (cheiro de ureia na saliva); · Xerostomia; · Gengivite; · Periodontite; · Hipoplasia de esmalte (associada a quando o paciente tem a insuficiência renal no momento de formação do dente); · Estomatite urêmica (rara). · Manifestações orais da Uremia: · Xerostomia; · Candidíase; · Gosto metálico; · Odor urêmico; · Sangramento gengival; · Estomatite urêmica - ulcerações e placas. · Cuidados odontológicos: · História médica detalhada (saber previsão de transplante); · Avaliação dentária, periodontal e possíveis manifestações clínicas da IRC; · Solicitar os exames complementares; · Plano de tratamento baseado na previsão para transplante; · Atendimento em dias alternados aos da hemodiálise; · Aferição da pressão arterial antes e após o atendimento no braço contrário ao da fístula (para não perder a fístula); · Antibioticoprofilaxia / terapia criteriosa (gosta muito da vancomicina); · Não utilizar AINES (sobrecarrega os rins); · Atenção às manobras hemostáticas locais; · Uso de antisséptico bucal (clorexidina 0,2%) pré e pós procedimentos; · Estreita relação com a equipe de nefrologia (ter informações a mais - via telefone ou carta). · Transplante de Rim: · É do tipo Alogênico, que pode ser aparentado ou não aparentado. Se tiver parente compatível, ele passa na frente, se não, deve esperar na fila para o banco; · Indicações: IRC e doenças renais congênitas; · Avaliação odontológica pré transplante (adequação bucal): anamnese completa (história médica, odontológica, medicações em uso...); programar o atendimento em dias alternados com a diálise; avaliação laboratorial (hemograma, coagulograma, ureia, creatinina, glicemia); previsão do transplante. OBS: se o paciente acabou de entrar na fila para o transplante pode fazer todos os procedimentos, pois a chance dele já fazer logo o transplante é pequena. Diferente de um outro que já está na fila à um tempo e estará mais perto do transplante, nesse o tratamento será radical, não adianta fazer os tratamentos que o organismo não vai se recuperar, o tratamento extração. · Terapia imunossupressora (após o transplante): para evitar a rejeição do órgão. · Tipos de imunossupressores: ciclosporina; azatioprina; micofenolato mofetil; corticoesteroides (prednisona) - quem determina essa medicação é o médico. OBS: o medicamento não é modificado caso gere uma hiperplasia gengival medicamentosa, pois o custo benefício é melhor, assim, antes ter um outra complicação menor, do que o órgão ser rejeitado. · Manifestações orais: · Cárie; · Doença periodontal; · Lesões virais (HSV, CMV, EBV, HPV); · Lesões fúngicas (candidíase); · Hiperplasia gengival medicamentosa; · Diminuição do fluxo salivar. · Cuidados odontológicos: · Anamnese criteriosa; · Contato com equipe médica; · Avaliar condição clínica; · Avaliar exames laboratoriais; · Retornos frequentes; · Motivar e remotivar a higiene oral; · Uso de antissépticos orais; · Antibiótico profilaxia ou terapia; · Aferição da pressão arterial (todas as consultas); · Mensuração da glicemia (diabetes é fator de risco); · Planejamento cirúrgico criterioso.
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