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Yahanna Estrela Medicina – UFCG CIRURGIA AMBULATORIAL PRÉ-OPERATÓRIO ABORDAGEM AO PACIENTE CIRÚRGICO ✓ Aquele cujo tratamento implica em ato cirúrgico; ✓ Consequências do ato cirúrgico: o Agressão orgânica; o Agressão psíquica. FASES DO PERÍODO PERIOPERATÓRIO Pré- operatório Trans- operatório Pós- operatório Seguimento (follow-up) Diagnóstico Cirurgia Imediato Avaliação Precoce Preparo Mediato Tardio PRÉ-OPERATÓRIO ✓ Primeiro contado do cirurgião até o momento da cirurgia. o Cirurgia eletiva → programada/marcada; o Cirurgia de emergência → imediatamente; o Cirurgia de urgência → poucas horas. PRINCÍPIOS PRÉ-OPERATÓRIOS ✓ Preparativos realizados antes de uma cirurgia; ✓ Podem incluir jejum, consulta e medicações pré- anestésicas, preparo intestinal, tricotomia, etc. o Qual o momento ideal para retirar os pelos do paciente? ▪ Tricotomia → remoção total ou parcial de pelos na área a ser operada; ▪ Deve ser realizado antes da degermação, de preferência sem utilizar giletes, pois oferece maior risco de infecções; ▪ Deve ser feita em um único sentido, a favor do crescimento do pelo, sem utilizar álcool e fazendo a degermação em seguida; ▪ Deve-se ter cuidado com proeminências ósseas, lesão de pele, traumas, cicatrizes anteriores, etc. DETERMINANDO A NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO CIRÚRGICA ✓ Contexto da doença; ✓ Benefícios da intervenção cirúrgica; o Não operar paciente psiquiátrico que seja assintomático, ou seja, que não seja caráter de emergência/urgência; ✓ Intervenções adicionais → terão intervenções adicionais, como quimioterapia?; ✓ Possíveis alternativas não cirúrgicas. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES ✓ Um paciente pode ter indicação cirúrgica, mas não ser possível de realizar a cirurgia, por determinados fatores, como idade e estado geral. ✓ Idade: o Cronológica versus biológica; o Doenças associadas: ▪ Miastenia gravis, por exemplo, é uma doença que deve ser informada ao anestesista. ✓ Estado nutricional: o Grau de desnutrição: ▪ A meia-vida da albumina é de 28 dias. Então ela não é um bom marcador nutricional. ▪ A transferrina e linfócitos são melhores marcadores. o Nutrição enteral (sondas) versus parenteral (intravenosa). NUTRIÇÃO ENTERAL ✓ Nutrição com sonda; ✓ Sempre que possível, fazê-la ou a oral; ✓ Irrita pouquíssimo a mucosa nasal – diferente da sonda de esvaziamento gástrico; ✓ Melhor que parenteral, pois não induz translocação bacteriana do cólon. NUTRIÇÃO PARENTERAL Nessa imagem, pode-se observar nutrição parenteral periférica e nutrição parenteral central. ✓ É mais cara e customizada; o O SUS fornece um padrão, mas não é adequado para todos os pacientes; ✓ Nutrição intravenosa; ✓ A alimentação é liberada apenas após 7 dias. Se pretende alimentar o paciente antes disso, não fazer. ✓ Para escolher a via de acesso da NP, devemos levar em consideração alguns fatores, como a necessidade de nutrientes, tempo de duração da oferta da NP, condição vascular do paciente e seu estado de coagulação, ambiente onde será infundida a NP (domiciliar ou hospitalar) e doenças associadas envolvidas; ✓ A NP periférica pode ser utilizada como via exclusiva em pacientes abaixo de 45 kg de peso corpóreo ou, nos demais, por um período de até sete dias, caso contrário, se for mantida por mais tempo, poderá aumentar o risco de desnutrição; ✓ Portanto, é indicada para pacientes que não suportam receber toda a oferta calórica necessária pela via oral ou enteral, para pacientes em risco de desnutrição que necessitem de jejum por poucos dias consecutivos, como ocorre, por exemplo, com pacientes submetidos a exames; ✓ Já a NP de acesso central compreende o uso de veias de alto fluxo sangüíneo, como as veias subclávias e jugulares internas ao lado da veia cava superior ou, em casos excepcionais, a veia cava inferior. ✓ Opta-se por esta via quando é necessário administrar todos os nutrientes por via parenteral, em soluções de grande volume e por tempo prolongado. ✓ As soluções infundidas pelo acesso venoso central podem ser de alta osmolaridade (acima de 900 mOsm/L) e o tempo de infusão costuma ser maior de sete dias, chegando a ter muito longa duração, dependendo do tipo e da técnica de inserção do cateter venoso utilizado. ✓ A via de acesso central pode ser indicada para pacientes com transplante de medula óssea, quimioterapia, hemodiálise, transfusões sanguíneas, entre outros. PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO ✓ Procurar a natureza da queixa e estado geral do paciente; ✓ Intervenção cirúrgica proposta; ✓ Fatores de risco; ✓ Resultados das investigações. DECISÕES IMPORTANTES ✓ Tempo cirúrgico; ✓ Local da cirurgia; o Será necessário UTI? ▪ Geralmente não há necessidade, pois não se complicam; ▪ As cirurgias eletivas, geralmente, também não precisam; ▪ Depende de vários fatores, como a idade do paciente, seu estado clínico, presença ou não de comorbidades; ✓ Tipo de anestesia; o Deve ser realizada a avaliação pré-anestésica; ✓ Preparo pré-operatório. RECOMENDAÇÕES PARA EXAMES DE AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA ✓ Geralmente, pacientes hígidos (sem comorbidades), de até 45 anos, em cirurgia simples, podem não precisar de muitos exames. EXAMES IDADE TIPO DE PROCEDIMENTO DOENÇA OU CONDIÇÃO ECG H > 40-50 anos M > 50-55 anos Cardiovascular Doença cardiovascular; Hipertensão; Diabetes. RX de Tx > 60-65 anos Torácico Doença respiratória; cardiovascular; Fumante (relativo). Hemo- globina ____ Procedimento para o qual é esperado uma perda sanguínea de > 500 ml Doença cardiovascular, renal, malignidade, diabete, uso de aspirina, uso de NSAID, anticoa- gulação com altas doses. Creatinina > 50-65 anos Procedimento com alto risco de insuf. Renal pós-operatória Uso de drogas com excreção renal; doença renal, cardiovascular; hipertensão; diabete; uso de NSAID. Glicose > 45 anos. Mais novo com fator de risco ____ Diabete; uso de esteroides Urinálise ___ Genitourinário. Uso de cateter na bexiga ou outro risco de infecção e implante ortopédico ou troca de válvula. Uso de drogas com excreção renal; doença renal (relativo); cardiovascular (relativo); hipertensão (relativo); diabete. Gravidez (HCG qualitativo) ____ ___ Mulher em idade reprodutiva para qual é incerto o estado da gestação. Estudos de coagulação ____ ___ Risco de sangramento devido à anticoagulação em altas doses. SISTEMA CARDIOVASCULAR ✓ As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo; ✓ Os riscos anestésicos são determinados pela classificação a Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA): ✓ No ASA II estão os etilistas sociais, tabagistas, gestantes, obesos (<40), HAS/DM compensado. ✓ As respectivas mortalidades relacionadas à anestesia foram 0%; 0,17%; 0,6%; 4,3% e 10%, respectivamente; ✓ A classificação ASA não é risco cirúrgico. Como já foi dito, é para determinação de riscos anestésicos. SISTEMA RESPIRATÓRIO ✓ Fumantes; ▪ O paciente deve parar de fumar 30 dias antes de cirurgia eletiva e realizar fisioterapia respiratória; ▪ Caso o paciente não pare, haverá maior risco de pneumonia pós-cirúrgica devido a maior retenção de secreção. ✓ Cirurgias abdominais altas ou torácicas em pacientes com mais de 60 anos; ▪ Dificuldade de ventilação. ✓ Pacientes com doença de base, como asma, tem um maior risco de complicação; ✓ Procedimentos torácicos com ventilação seletiva → intubar apenas um pulmão. SISTEMA URINÁRIO ✓ Avaliar: o Hemograma; o Ureia, creatinina; o Sódio, potássio; o EAS (sumário de urina). COMPLICAÇÕES ✓ Anemia → produção de eritropoetina nos rins; ✓Hiper/hipocalemia; ✓ Hiper/hiponatremia; ✓ Cuidado com drogas nefrotóxicas. SISTEMA HEPATOBILIAR ✓ Avaliar a presença de icterícia; ✓ Ascite, circulação colateral periumbilical (estenose hepática?); ✓ História de hemorragia digestiva alta (HDA); ✓ Eritema palmar e baqueteamento digital → doenças hepáticas, cardiovasculares, pulmonares. ✓ Colecistite é uma inflamação da vesícula biliar, pode ser urgência ou não. o A colecistite aguda tem como tratamento recomendado a cirurgia em até 72h; o Após 72h, o mais recomendado é tratamento medicamentoso e após 90 dias, realiza-se a cirurgia; o O padrão-ouro é a videolaparoscopia → colecistectomia videolaparoscópica; o Se for em paciente diabético, o tratamento sempre é cirúrgico. ✓ Todo cálculo de vesícula (colelitíase) sintomático é caso de cirurgia por vídeo. o Pode ser feita aberta nos casos que não for possível inicialmente por vídeo. o Assintomático não opera. TUMOR DE KLATSKIN O tumor de Klatskin, também chamado de colangiocarcinoma perihilar ou hilar, é um tumor do tipo primário que acomete o fígado, tendo origem nas células dos ductos biliares. Esses ductos são canais que têm como principal função o transporte da bile produzida no fígado até o intestino. Ocorre na região em que os ductos biliares do lado direito e esquerdo do fígado se unem e formam o ducto hepático. Essa região é conhecida como hilo hepático. Trata-se de uma localização de anatomia bastante complexa por onde passam também a artéria e veia que irrigam o fígado. O tratamento do tumor de Klatskin depende de uma série de fatores como a localização do tumor, tamanho, se ele se espalhou e estado geral de saúde do paciente. A cirurgia, com a intenção de remoção completa da lesão, é o tratamento que oferece melhores resultados e deve ser considerado sempre que possível. A cirurgia para tratar o colangiocarcinoma perihilar é extensa e complexa, demandando, por vezes, a remoção de parte do fígado, juntamente com o ducto biliar, a vesícula biliar, os gânglios linfáticos e, em alguns casos, parte do pâncreas e do intestino delgado. ✓ Colelitíase: é pedra na vesícula que gera cólica biliar. o Todo cálculo maior que 2cm faz-se cirurgia; ✓ Colecistite: é a inflamação da vesícula por impactação de cálculo em ducto cístico. ✓ Colangite: ocorre quando o cálculo vai para ducto colédoco e gera inflamação. o Tríade: febre, dor abdominal no quadrante superior direito e icterícia. o Paciente deve ter melhora do quadro antes de fazer cirurgia. ✓ Coledocolitíase: ocorre quando impacta cálculo em papila de Vater. ✓ Íleo biliar: abdome agudo obstrutivo, obstrução mecânica que ocorre por passagem de pedra por fístula até intestino delgado. Ocorre quando tem cálculo grande, obstrui, gera edema, isquemia torna tecido fino dos ductos e então o cálculo necrosa parede e passa para intestino delgado. ✓ A vesícula de porcelana é uma condição na qual a parede da vesícula biliar fica coberta com depósitos de cálcio. o Ocorre após longos períodos de inflamação da vesícula biliar; o Recomenda-se a retirada da vesícula por ser fator de risco para câncer de vesícula biliar. EXAME O QUE É MEDIDO INDICA Fosfatase alcalina Uma enzima produzida pelo fígado, pelos ossos e pela placenta, que é liberada na corrente sanguínea durante uma lesão ou durante atividades normais como o crescimento ósseo ou gravidez. Obstrução do ducto biliar, lesão hepática e alguns cânceres. Alanina- transaminase (ALT) Enzima produzida pelo fígado que é liberada na corrente sanguínea quando ocorre lesão de células hepáticas. Lesão celular hepática (ex.: hepatite) Aspartato- transaminase (AST) Enzima liberada na corrente sanguínea quando ocorre uma lesão hepática, cardíaca, muscular ou cerebral. Lesão hepática, cardíaca, muscular ou cerebral. Bilirrubina Componente do suco digestivo (bile) produzido pelo fígado. Obstrução do fluxo da bile, lesão hepática, destruição excessiva de eritrócitos (a partir dos quais a bilirrubina é formada). Gamaglutamil- transpeptidase Enzima produzida pelo fígado, pelo pâncreas e pelos rins e que é liberada na corrente sanguínea quando esses órgãos são lesados. Lesão orgânica, intoxicação por drogas ou medicamentos, abuso de álcool, doenças do pâncreas. Desidrogenase- láctica Enzima liberada na corrente sanguínea quando determinados órgãos são lesados. Lesão hepática, cardíaca, pulmonar ou cerebral e destruição excessiva de eritrócitos. Albumina Proteína produzida pelo fígado e normalmente liberada no sangue. Uma das funções da albumina é reter líquido no interior dos vasos sanguíneos. Lesão hepática. NÃO CAI ✓ Nota: O escore de Child-Pugh é calculado somando os pontos dos cinco fatores, e varia de 5 a 15. o A classe de Child-Pugh é A (escore de 5 a 6), B (7 a 9), ou C (acima de 10); o Em geral, a “descompensação” indica cirrose com um escore de Child-Pugh > 7 (classe B de Child-Pugh) e este nível é um critério aceito para inclusão no cadastro do transplante hepático; o Classe C não opera, deve regredir para a classe A ou B. SISTEMA ENDÓCRINO ✓ Definição e descrição de diabetes mellitus: grupo de doenças metabólicas, caracterizado por hiperglicemia resultando de defeitos na secreção de insulina, na sua ação ou ambos. A hiperglicemia crônica está associada a danos, a longo prazo, disfunção e falha de diferentes órgãos, especialmente os olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. Dentre essas falhas: o Catarata precoce; o Maior risco de diálise; o Neuropatia periférica; o Maior incidência de infarto agudo do miocárdio; o Maior risco de acidente vascular cerebral; o Maior risco de doença arterial periférica. ✓ Sobre o manejo do paciente diabético antes da cirurgia: o Diabéticos não-insulinodependentes: deve-se suspender os hipoglicemiantes orais; ▪ Deve-se fazer o controle através de hipoglicemiantes injetáveis, sendo necessária monitorização. o Diabéticos insulinodependentes: deve-se suspender os hipoglicemiantes orais. Deve-se utilizar metade da dose habitual de insulina de ação intermediária ou prolongada quando o paciente chegar à sala de cirurgia. Se for insulina de curta duração, mantém-se a dose usual. o Suspender metformina: Associada a acidose láctica nos casos de IRA. HEMOTRANSFUSÃO ✓ Deve-se avaliar riscos de isquemia miocárdica; ✓ Tentar estimar a perda sanguínea; o Até 30% de perda sanguínea não se transfunde nos indivíduos previamente sadios; o Se houver previsão de grande perda sanguínea, faz-se transfusão; o Faz-se a transfusão para se ter Hb suficiente para carrear O2. Caso o objetivo fosse apenas volume, poderia ser utilizado soro. o Evitar AVC, IAM. ✓ Deve-se medir as concentrações de hemoglobina: o <6g/dL → transfusão geralmente necessária; o 6-10g/dL → transfusão ditada por circunstâncias clínicas; o >10g/dL → transfusão raramente necessária. ✓ Medir sinais vitais/oxigenação dos tecidos quando a hemoglobina é de 6 a 10g/dL e a extensão de perda sanguínea é desconhecida; o Taquicardia e hipotensão refratária ao volume sugerem a necessidade de transfusão; o Razão de extração de O2>50% e VO2 (consumo de oxigênio) diminuídos sugerem que a transfusão geralmente é necessária. ✓ Deve-se ter cuidado em mulheres com sangramento por mioma uterino; o Mioma uterino subseroso: não sangra, fora do útero; o Mioma uterino intramural: sangra, danifica a parede do útero, está dentro da parede uterina; o Mioma uterino submucoso: sangra mais, está dentro da mucosa. TRANSOPERATÓRIO ✓ Período desde a indução anestésica ao curativo da ferida. PÓS-OPERATÓRIO ✓ Período desde o curativo cirúrgico, prolongando- se pelo tempo necessário à plena recuperação física, funcionale psíquica do paciente; o Imediato; o Mediato; o Tardio. URGÊNCIA X EMERGÊNCIA URGÊNCIA EMERGÊNCIA Condição clínica em que há risco de complicações fatais, porém não iminente. Exemplo: apendicite aguda, colecistite aguda, aneurisma de aorta, etc. Condição clínica em que há risco iminente de perda de vida. Exemplo: aneurisma de aorta abdominal rorto, lesão cardíaca. ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS, METABÓLICAS E HIDROELETROLÍTICAS NO TRAUMA CIRÚRGICO ✓ Sinonímia: Síndrome metabólica pós-operatória; ✓ REMIT: resposta endócrino, metabólica e imunológica ao trauma; ✓ Ocorrem em quaisquer injúrias traumáticas; o A intensidade é proporcional à lesão, ao porte da cirurgia. Efeitos benéficos Efeitos deletérios Estabilização cardiovascular Alterações eletrolíticas Aumento da ventilação pulmonar Fadiga muscular Manutenção da volemia Diminuição da imunidade Fornecimento imediato de energia Íleo adinâmico Hiperglicemia ✓ A energia é vinda da glicose – fígado; ✓ Quando a glicose acaba, o corpo começa a utilizar proteínas (músculos) para produzir glicose; ✓ O objetivo do jejum intermitente espaçado é que o corpo busque energia na gordura/lipídeos. EXTRA: VÍDEO AULAS (EU MÉDICO RESIDENTE) RISCO CARDÍACO ✓ O IRCR (índice de risco cardíaco revisado) de Lee apresenta seis fatores de risco, sendo eles: o Doença cardíaca isquêmica; o Insuficiência cardíaca; o Doença cerebrovascular; o DM insulinodependente; o Disfunção renal (Cr >2); o Cirurgia de alto risco. ✓ Caso o paciente apresente dois ou mais desses fatores de risco, ele tem um ALTO risco de complicações cardiovasculares; ✓ Pode-se liberar o paciente para a cirurgia, porém, deve-se avaliar a capacidade funcional do paciente (METS); o Classifica-se como ALTO risco o paciente que for < 4 METs; ▪ < 4 METs → comer, vestir, andar pela casa; ▪ 4 – 10 METs → subir um lance de escada, atividade sexual, andar rápido; ▪ > 10 METs → esportes. TRIAGEM NUTRICIONAL ✓ Em cirurgias de médio e grande porte com risco nutricional grave deve ser realizada nutrição imediata (internuti) . ✓ Avaliação do estado nutricional: o Avaliação subjetiva global (AGS): ▪ Avaliar medidas antropométricas; ▪ Avaliar força de preensão palmar; ▪ Avaliar perda de peso não intencional. • Maior ou igual a 5% em 1 mês; • Maior ou igual a 7,5% em 3 meses; • Maior ou igual a 10% em 6 meses. o A partir da avaliação subjetiva, pode-se classificar o paciente em: • A → Bem nutrido; • B → desnutrido moderado; • C → desnutrido grave. o Avaliação de proteínas séricas: o Linfócitos < 1500-2000 → deficiência nutricional. MEDICAMENTOS ✓ Deve-se suspender: o Estrogênios → 4 a 6 semanas; o Diuréticos → no dia; o 4 A’s. ▪ Antidiabéticos orais → suspender na noite anterior. Clorpropamida deve ser suspenso 48h antes; ▪ AINES → suspender 1 a 3 dias antes; ▪ Antiagregantes plaquetários → suspender 7 – 10 dias antes; ▪ Anticoagulantes → varfarina 5 dias antes; heparina de baixo peso molecular 12h antes; heparina não fracionanda 6h. Os novos coagulantes dependem do ClCr. o Colchicina → pode levar a um quadro de parestesia; o Ginkgo-Biloba → alteração na cascata de coagulação. PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA
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