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Resumo ODONTOPEDIATRIA may

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Resumo ODONTOPEDIATRIA
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
CRESCIMENTO: aumento normal de quantidade de substância viva. Aspecto quantitativo de desenvolvimento biológico.
· Não é só aumento de volume, pois existe uma relação harmoniosa no aumento das dimensões. 
· É gradativamente, mas não é uniforme nem simultâneo em diferentes partes do organismo
· Pode ser resultado da divisão celular ou do resultado indireto da atividade biológica (ossos e dentes)
· Alterações quantitativas e qualitativas que ocorrem no individuo ate atinja a forma adulta (STEWART e cols).
· O crescimento depende da interação entre o organismo e o ambiente
· O ambiente pode perturbara ordenação e intensidade do fenômeno 
· Somatória de fenômenos celulares, bioquímicos, biofísicos e morfológicos, cuja a interação é feita segundo um plano pré-determinado pela herança e modificado pelo homem (MARCONDES)
· Os fatores genéticos determinam o crescimento da estrutura óssea, principalmente durante o período pré-natal, enquanto os fatores extrínsecos exerceriam sua principal influência no período pós-natal.
DESENVOLVIMENTO: como toda a série de eventos, em sequências normais, entre fecundação e o estado adulto. (MOYERS)
· Alterações estruturais, mediante as quais tecidos se diferenciam para alcançar características somáticas e funcionais próprias da espécie, ou seja, sua completa maturação.
· Maturação é, pois, o processo biológico que corresponde à estabilização do estado adulto alcançado pelo crescimento e desenvolvimento.
A atividade profissional em odontologia pediátrica está concentrada, em grande parte, na interpretação dos fatos de crescimento e desenvolvimento. 
A velocidade de crescimento do corpo humano não é constante. O crescimento faz-se por meio de surtos, dos quais o mais notável é o SURTO DE CRESCIMENTO PUBERTÁRIO, que ocorre na adolescência. 
Avaliação do crescimento
Avaliação do desenvolvimento fisiológico é feita por meio de indicadores de maturação óssea.
Idade óssea é a estimativa do desenvolvimento geral do indivíduo por meio do registro dos vários estágios de ossificação de determinadas áreas do esqueleto. 
A idade óssea é avaliada pelo número de ossos (carpo) e pelos estágios de desenvolvimento de cada osso 
(carpo, metacarpo e dedos). 
A idade óssea não constitui, contudo, o único indicador do estágio de desenvolvimento ou do nível de maturação de um indivíduo. A altura, o peso bem como a idade dentária, são também indicadores preciosos e, particularmente para o dentista, esta última reveste- se de grande importância clínica.
Idade dentária a mineralização dos dentes, erupção dentária e a rizólise dos dentes decíduos.
A mão e o punho constituem as áreas do corpo humano universalmente aceitas para esse propósito – pode ser utilizada desde nascimento até a idade adulta. 
O complexo craniofacial 
Aparelho branquial 4° semana IU – centro das formações faciais => depressão ectodérmica, a cavidade bucal primitiva separada do restante do tubo digestivo pela membrana bucofaríngea. 
Faringe primitiva: a porção do tubo digestivo situada imediatamente após a membrana bucofaríngea. 
Nas paredes laterais da cavidade bucal e da faringe primitivas, o mesoderma sofre condensação, formando barras de direção dorso ventral que se estende até quase a linha média. Essas barras de mesoderma são chamadas arcos branquiais. Em cada um deles desenvolveu-se um eixo cartilaginoso, um vaso e um nervo. 
A cartilagem do primeiro arco é conhecida como cartilagem de MECKEL. 
Os arcos branquiais são revestidos internamente pelo endoderma, externamente pelo ectoderma. 
Na espécie humana são perceptíveis somente 4 arcos branquiais- várias estruturas do complexo craniofacial são derivadas dos arcos branquiais.
Na 5° semana, o primeiro arco subdividido em dois processos MAXILA e MANDÍBULA
Nessa época a boca primitiva está delimitada por 5 elevações causadas por proliferação mesodérmica: PROEMINÊNCIA FRONTAL, cranialmente, PROCESSOS MAXILARES, lateralmente, e os PROCESSOS MANDIBULARES, caudalmente. A cada lado da proeminência frontal, forma-se o PLACÓDIO NASAL, pequeno espessamento do ectoderma superficial. 
Ainda na 5 ° semana é contornado por duas elevações- processos nasais lateral e medial. Laterais- formarão as asas do nariz. Mediais- darão origem ao contorno medial da narina, a porção central da maxila e ao palato primário. 
Processos nasais mediais interpõem os processos maxilares que crescem medialmente e acabam por fundir se com eles, no final da 5° semana. Com essa fusão, forma-se o palato primário.
Os processos mandibulares do 1° arco fundem- se na linha média, para formar a mandíbula. Palato definitivo – separação interna entre as cavidades nasal e bucal. De início, essas cavidades comunicam se amplamente. 
Da face interna dos processos maxilares de cada lado, desenvolvem-se formações semelhantes a prateleiras , os processos palatinos, que crescem inicialmente para baixo, lateralmente à língua. 
10° semana de UI – os maxilares se desenvolvem, a língua desloca-se para baixo e os processos maxilares laterais crescem longitudinalmente, um em direção ao outro e se fundem na 10° semana. 
A cavidade bucal é separada da nasal quando os processos palatinos se fundem um com o outro e com o septo nasal. 
Malformação da face – As malformações congênitas da cabeça originam-se, quase sempre, durante a transformação do aparelho branquial em estruturas adultas. 
Síndrome do 1° arco – conjunto padronizado de malformação resultantes de transformações anormal dos componentes do 1° arco. 
As fendas labiais e palatina são malformações comuns da face. São embriologicamente distintas quanto a sua etiologia. 
FENDA LABIAL- pode ser uni ou bilateral. É causada pela falta de fusão entre o processo maxilar de um ou de ambos os lados, com o processo nasal medial. Nas fendas bilaterais, a malformação pode ser semelhante ou diferente, com graus variáveis de intensidade em cada lado. 
FENDA PALATINA- resulta da falta de fusão das massas mesenquimais dos processos palatinos e septo nasal. Pode comprometer apenas a úvula, que parece bífida, ou estender-se através dos processos alveolares do maxilar e do lábio. Outros tipos de fendas faciais podem ocorrer, mas são extremamente raros.
Crescimento do crânio e da face Martins e SCAMMON, crescimento do corpo humano em 4 curvas básicas:
· Curva de crescimento do tipo neural- sistema nervoso central, do globo ocular e da coluna vertebral. Primeiros anos de vida. 
· Curva de crescimento do tipo geral- crescimento do esqueleto de um modo geral, músculos, sistema respiratório, digestivo, e parte do sistema urinário. Do nascimento até os 5 ou 6 anos.
· Curva de crescimento do tipo genital- aparelho sexual.
· Curva de crescimento do tipo linfoide- crescimento do timo, amigdalas e tecido linfático em geral .
Cérebro- crescimento cerebral 
Face- crescimento geral
Crânio- atinge todo seu tamanho adulto na primeira década de vida, enquanto a face, assim como todo esqueleto, cresce de forma intensa na segunda década, com marcado surto de crescimento durante a puberdade. A base do crânio cresce na primeira década de vida, seguindo a curva de crescimento do tipo neural, e atinge, assim grande parte do seu tamanho definitivo.
O crescimento da base do crânio- 1° ossificação cartilaginosa nas sincondroses esfonoetmoidal, intraesfenoidal, esfeno-occipital e intra-occipital. A sincondrose intra-esfenoidal fecha entre o terceiro e a quarto ano de vida. A sincondrose esfeno-occipital, contudo, contribui para o crescimento até aproximadamente o 20°. Sincondrose esfeno etmoidal não se sabe quando se fecha, contudo, que sua maior contribuição ocorre na época da erupção dos primeiros molares permanentes. 
Crescimento do crânio e da face crescem em velocidades diferentes. A face superior sob influência da base do crânio, move-se para cima e para frente, enquanto a face inferior move-se para baixo e para frente. Esse padrão divergente permite o crescimento vertical por meio da erupção dentária e da proliferação do ossoalveolar. 
Maxila
A posição da maxila depende do crescimento ao nível das sincondroses esfeno-occipital e esfeno-etmoidal. 
-Crescimento: proliferação do tecido conjuntivo sutural, ossificação intramembranosa, aposição óssea superficial, reabsorção e translação. 
-Direção predominante de crescimento para trás e para cima oq eu faz com que ela se desloque para frente e para baixo.
Aposição: tuberosidade dos maxilares 
Crescimento vertical- crescimento das órbitas e fossas nasais 
Deslizamento “do assoalho das fossas nasais” - reabsorção na face superior dos processos palatinos juntamente com a aposição na face inferior. 
O crescimento, em altura, do processo alveolar está relacionado com o desenvolvimento e a erupção dos dentes 
Mandíbula 
Ao nascimento, os ramos mandibulares são bastante curtos, e a cabeça da mandíbula é pouco desenvolvida. Na região de sínfise mentoniana, aparece delgada camada fibrocartilaginosa separando as metades direita e esquerda do corpo. 
Durante 1° ano de vida o crescimento é generalizado, aposição óssea em todas as superfícies, mas principalmente no processo alveolar , na borda posterior do ramo, na cabeça da mandíbula e na face externa e borda inferior do corpo. 
Ossificação é endocondral e membranosa.
O processo de ossificação é endocondral aparece na cabeça da mandíbula, aceita como principal centro de crescimento do osso. 
Após o 1° ano de vida, crescimento mais seletivo. Aposição: borda posterior do ramo e processo alveolar.
Reabsorção: borda anterior do ramo. 
O crescimento da cabeça da mandíbula contribui para o crescimento do ramo para trás e para cima, determinando também a direção geral do crescimento mandibular. 
Mandíbula tem formato de V. 
O aumento, em altura, do corpo mandibular é grandemente influenciado pelo crescimento do processo alveolar , que, por sua vez, está relacionado com o desenvolvimento e a erupção dos dentes.

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