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2-resumo parte 1 deveres do profissional

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RESUMOS 
ODONTOLOGIA LEGAL 
 DEVERES DO PROFISSIONAL 
 
O CD deve perder tempo com essas coisas 
do campo do Direito? 
 Erro odontológico : fato física ou 
psiquicamente danoso a um paciente resultado 
de uma agir culpável (dolo ou culpa) do CD. 
 Dolo é elemento revelador de vontade deliberada 
e consciente de violar a norma jurídica. 
 As consequências se efetivarão por meio de 
processos legais. 
 É o ordenamento jurídico que vigora em 
determinado território. Estabelece assim regras 
de conviver em sociedade que não devem ser 
transgredidas. Fora do Direito e da Justiça resta a 
barbárie. 
 Nem sempre as regras são espontaneamente 
seguidas. A obrigatoriedade imputa sanções, 
punições. 
O juízo e os juízes assim devem julgar. 
 Se a conduta atribuída ao suposto infrator é lícita 
ou ilícita, se a conduta foi correta (seguindo as 
regras) ou não ( contrariando as regras). 
 Se existem provas de que o suposto infrator 
efetivamente praticou a conduta em desrespeito 
às regras. 
 
 
 
 
 
 
 Dentre as punições previstas qual a mais 
adequada para cada caso. 
Erro odontológico e o poder 
judiciário 
 O fato se constitui em erro odontológico? 
 Quem é ou quem são os responsáveis? 
 Existe(m) prova(s) do fato? 
 Existe(m) prova(s) que o(s) acusado(s) é(são) 
efetivamente autor(es) do fato? 
 Em sendo provada a materialidade do fato e sua 
autoria, qual a gravidade do dano sofrido pela 
vítima? 
 Qual o valor da indenização devida à vítima ou 
seus herdeiros? 
Obrigações, direitos e contratos 
 A cada obrigação corresponde um direito. A 
cada direito corresponde uma obrigação. 
 O contrato é o acordo de vontades entre duas 
partes a respeito de determinado assunto. 
 
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 Todo contrato : pessoas contratando (agentes); 
uma finalidade a ser cumprida (objeto) e uma 
forma ou fórmula. 
 Agentes devem ser capazes, faculdades mentais. 
 Objeto há que ser lícito 
 Forma livre ou preestabelecida por lei 
 Ex : compras – obrigação de pagar x direito e 
receber, vendedor entregar como obrigação, 
receber valor como direito 
Contratos de execução profissional 
 Obrigação de resultado : o contrato só se 
considera cumprido se o fim almejado pelo 
contratante foi atingido. 
 Obrigação de meios : não pode ser de 
resultado pois existem fatores fora do alcance do 
contratado que impedem que ele possa garantir 
o êxito absoluto do serviço. O contratado se 
compromete a utilizar todos os meios ao seu 
alcance para realizar os objetivos previstos no 
contrato 
Na odontologia.. 
 Contrato entre o CD e o paciente ou 
responsável tem por objeto a obrigação de 
meio de modo geral. 
 Há casos de obrigação de resultado como a 
Ortodontia. Mesmo considerando a inexatidão da 
ciência. 
 Acrescento : procedimentos estéticos 
(cosméticos) em geral. 
 Obrigação do contratante : pagar (se for o 
caso) o preço combinado previamente pelos 
serviços contratados e seguir as instruções (ou 
prescrições) estabelecidas pelo contratado (CD) 
após ser devidamente esclarecido. 
 Obrigação do contratado: esforços 
necessários ao diagnóstico, prescrever 
medicamentos e ações terapêuticas indicadas à 
cura ou diminuição do sofrimento 
 Se CD agir de acordo com norma não será 
passível de censura, mas ao contrário....erro 
odontológico 
Deveres mínimos do profissional de 
Odontologia 
 Definir o mais precisamente o diagnóstico da 
situação de saúde e então: 
 Orientar sobre o tratamento ou intervenção 
cirúrgica 
 Apresentar alternativas de tratamento elucidando 
as consequências de cada escolha, com 
conhecimento de causa e opção livre 
 Após aceito o tratamento deve ser detalhado 
por escrito destaque- medicações e reações. 
 Poderá recusar atendimento ao paciente se não 
houver acordo quanto ao tratamento 
recomendável, salvo ser o único profissional 
disponível e que tal recusa deixaria o paciente 
sem assistência. 
 Indicará intervenção cirúrgica ou ações mais 
intervencionista somente nos casos 
indispensáveis. 
 
 Assumir riscos profissionais, nos casos de 
urgência, praticando todos as atos na busca da 
cura, ciente que nem paciente nem familiares 
terão condições de reclamar se demonstrada a 
diligência. 
 Obter o prévio consentimento, salvo em caso de 
perigo ao paciente, quando é legalmente 
compulsório ou manifestação suicida. 
 Transfusões sanguíneas ou tratamentos contra 
vontade do paciente só em casos excepcionais. 
 Vedado realizar qualquer experiência sobre o 
corpo do paciente ao agir com abuso de poder. 
 
3 
 Informar todos os riscos e intervenções. 
 Legítimo ocultar mal incurável ou informar de 
forma circunspecta ou aos familiares mais 
próximos. 
 Atender aos chamados e receber os pacientes 
sob sua responsabilidade na medida das 
necessidades e do convencionado sob pena de 
delito de abandono. 
 Proceder substituto para proceder atendimento 
quando estiver por qualquer motivo 
impossibilitado 
Erro profissional : insucesso 
culpável por ação ou omissão 
 Erros por falta aos deveres de 
humanidade: 
 Recusa de socorrer paciente em perigo 
 Abandono do paciente 
 Falta de instruir e obter consentimento 
 Falta do dever de salvaguarda 
 Violação do segredo profissional 
 Erros relativos à técnica : 
De diagnóstico, acarretando tratamento errado 
com graves consequências para a saúde. 
De planejamento, comprometendo, pela falta de 
visão global estrutura e funções. 
De execução, resultados mecânicos ou 
funcionalmente incorretos ou inadequados. 
De prognóstico, orientando erradamente os 
pacientes sobre a evolução da patologia ou 
tratamentos realizados. 
Específicos de especialistas (ortodontia, 
endodontia, periodontia, etc.). 
 Relativas ao tratamento decorrentes de 
uso de instrumentos ou medicações imprópria 
ou inadequadas. 
 Falhas por ocasião da realização de 
procedimentos ou intervenções cirúrgicas. 
 Falta de higiene (esterilização). 
 
Erro odontológico difere de.. 
 Acidente imprevisível pois mesmo sendo um 
acontecimento danoso ao ato odontológico, foge 
ao controle do profissional, por resultar de caso 
fortuito ou de força maior e que não podia ser 
previsto ou evitado pelo profissional 
 Mau resultado, resultado danoso pela própria 
evolução da doença. Quando na resulta de erro 
 O erro implica responsabilidade do seu autor. Os 
casos acima não 
Fundamentos para indenizar 
 Art. 159 CCB obrigação de indenizar por parte 
de quem, por ação ou omissão voluntária, ou 
por negligência, imprudência ou imperícia, tenha 
causado dano a outrem. 
 Condutas dolosas, quando o agente, voluntária e 
consciente mente,pratica o ato, por querer o 
resultado ou assumir o risco de produzi-lo. Dolo 
direto e dolo eventual 
 Condutas culposas em sentido estrito, são 
caracterizadas pela ação ou omissão negligente, 
imperita ou imprudente. 
 O erro odontológico segue o Código Civil e 
deriva então d negligência, imperícia ou 
imprudência. 
Negligência 
 É o descaso, a desatenção, a inércia. Caracteriza-
se pela inação, pela indolência, inércia. 
Exemplos: Abandono do paciente em troca de 
 
4 
plantão; prática por estudantes sem supervisão; 
letra indecifrável levando a erros; deixar de 
encaminhar caso urgente; diante de caso grave 
apenas prescreve sem examinar paciente; erro 
grosseiro de não identificar abcesso periapical 
dispensa o paciente. 
Imprudência 
 Agir precipitado, sem cautela, sem preocupação. 
Tendo a possibilidade de prever a ocorrência de 
evento danoso, não o faz, provocando a 
ocorrência lesiva. A previsibilidade da ocorrência 
do evento lesivo é a característica. 
 Exemplo : diminuir deliberadamente o tempo 
de uma intervenção cirúrgica (pressa) complexa 
que exige maior tempo. 
Imperícia 
 Falta de habilitação efetiva, falta de conhecimento 
técnico necessário e suficiente para realização 
de ação que os supõe ou exige. Não possui o 
conhecimentotécnico específico e mesmo assim 
realiza a ação. 
 Exemplos : Atingir canal neural com implantes 
da borda alveolar e lesa nervo mandibular; 
Modificar dimensão vertical em PT e assim 
alterar mímica facial ou disfunção ATM. 
Pressupostos de responsabilidade 
civil do CD 
 Comportamento próprio, ativo ou passivo, ou 
seja, enquanto profissional. 
 Comportamento deve violar o dever de atenção 
e cuidados profissionais e assim ser contrário ao 
Direito. 
 Deve ser atribuída ao CD a título de dolo ou 
culpa. 
Existir relação de causalidade eficiente entre o 
ato e o dano. 
Relação de causalidade 
Para identificar é necessário que se elimine a 
ação e veja se o resultado ocorreria. Se após 
eliminação hipotética o resultado não se verificar, 
óbvio atribuir à ação a causa do resultado. 
Exemplo : paciente perderia um determinado 
dente de forma e no tempo que perdeu, 
independentemente da ação ou omissão do CD 
? 
Critérios 
 Cronológico : ligação temporal entre ato e 
resultado. 
 Topográfico : local da lesão e local da ação 
 Adequação lesiva: tipo de lesão e possíveis 
resultados da ação 
 Continuidade fenomenológica : sequência 
ininterrupta de fenômenos biológicos 
evidenciando um contínuo fluxo da ação e da 
lesão 
 Exclusão de outras causas : a saber se 
outras ações deram causa a lesão que não a 
imputada ao agente. 
 Estatístico : a saber em estudo quantitativo qual 
a frequência de determinada lesão ser provocada 
por certa energia lesiva 
Natureza da responsabilidade 
 Teoria subjetiva : vítima ou representante 
deve provar dolo ou culpa. 
 Teoria subjetiva : a culpa é presumida pela lei 
ou simplesmente se dispensa a comprovação. 
 Área odontológica relativas a exames de 
imagens, anatomopatologia e ainda as estéticas e 
ortodontia a inversão do ônus da prova, cabendo 
ao causador do dano a tarefa de provar qua não 
agiu culposamente. 
 
5 
 CDC não se aplica aos CD face à confiança. 
Deve haver a prova do dano . Culpa subjetiva. 
Liquidação do dano-Código Civil 
 Morte : despesas de tratamento (médicos, 
remédios, internação) + funerais ( velório, 
féretro, terreno, túmulo) + luto da família (dano 
moral, arbitrado) + pensão alimentícia (2/3 da 
renda líquida da vítima) 
 Morte de filho menor : 2/3 do salário mínimo 
até quando o filho faria 25 anos 
 Lesão corporal : despesas de tratamento, lucro 
cessante, até restabelecimento. Se permanente 
em dobro. Vitalícia se incapacitar a vítima 
 Dano estético (dano moral ), considera idade, 
sexo, posição social, regiões deformadas, realce 
de face e pescoço;gravidade da 
lesaõ;redimentos, cargo ou atividade lesada; 
danos emergentes, lucro cessante 
 Constatação por meio de perícias e seus 
relatórios 9autos ou laudos ) .... Próximo tema...

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