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IMUNOLOGIA – 12/04/2021 Arbovírus são vírus que podem ser transmitidos ao homem por vetores artrópodos Para que a transmissão das arboviroses seja concluída, é necessário ter um hospedeiro intermediário Hospedeiro intermediário tem sido o mosquito Os arbovírus pertencem a três famílias: 1. Tagaviridae: Chikungunya e encefalites equinas (leste, oeste e Venezuela) 2. Bunyaviridae: febre de Sandfly (mosquito pólvora), febre do vale Rift e febre hemorrágica da criméia-congo 3. Flaviviridae: febre amarela, dengue e zika Quando se inclui no ambiente um artrópode, um mosquito, é preciso ter um ambiente para o crescimento dele Mosquito da dengue cresce em água parada, estando suja ou não De uma forma geral, saem no início da manhã e final da tarde/início da noite para se alimentarem Odor da pele tende a atrair o mosquito A sintomatologia não acontece na hora mas acontece com pouco tempo depois Controle do mosquito não se dá apenas com a remoção da água parada, é preciso pensar em estratégias para diminuir a quantidade deles Fêmeas estéreis não geram novos artrópodes, reduzindo, assim, a quantidade mosquitos infecciosos Aumento da incidência é maior no verão mas, em outras épocas, eles ainda estão presentes Ciclo de transmissão pode ser de duas formas: 1. Homem artrópodo homem Exemplos: dengue, chikungunya, zika, mayaro e febre amarela urbana Reservatório pode ser o homem ou um vetor artópodo 2. Animal artrópodo homem Exemplos: encefalites equinas leste e oeste, febre amarela silvestre Reservatório é um animal Vírus é mantido na natureza em um ciclo de transmissão envolvendo o vetor atrópodo e um animal Homem se infecta incidentalmente FEBRE AMARELA Notificação da febre amarela: é doença de notificação compulsória e imediata, à simples suspeita A notificação deve ser feita por meio mais rápido disponível e registrada na ficha de investigação de febre amarela do SINAN Mata devido o desenvolvimento de comorbidades sistêmicas associadas Infecção que se espalha muito rápido Aborvírus da família Flaviviridae e gênero Flavivírus Transmitida por mosquitos, onde a transmissão se dá de forma muito rápida Possui só um sorotipo: quando se instala, tem-se uma resposta específica para o paciente Regiões mais comuns: oeste da África e América do Sul Duas formas: 1. Silvestre: hospedeiro são os primatas Vetores: Haemagogus sp e Sabettes sp Transmissão transovariana no vetor Ocasionalmente transmitido a pessoas 2. Urbana: quando pessoas virêmicas voltam à cidade Hospedeiros: humanos Transmissão: mosquitos do gênero Aedes sp Transmissão direta entre pessoas não ocorre Está erradicada, no Brasil, desde 1942 Período de incubação: varia de 3-6 dias Embora possa se estender até 15 dias Período de transmissibilidade: intrínseco e extrínseco Extrínseco é o que está no mosquito: 8-12 dias depois do repasto sanguíneo A partir de então, a fêmea do mosquito é capaz de transmitir o vírus pelo resto da vida (6-8 semanas) Intrínseco é o que está no homem: 7 dias, de 24-48hrs até 3-5 dias depois do início dos sintomas Vírus se esconde para poder infectar as células Quando o vírus “estoura” significa que o paciente está muito mal e, então, a pele começa a ficar amarelada Suscetibilidade é universal Infecção promove imunidade duradoura As manifestações clínicas são muito variáveis, podendo haver desde casos assintomáticos e oligossintomáticos, até casos com letalidade de até 50% Mesmo assintomático, o paciente transmite o vírus resposta imunológica está funcionando para ele Resposta imunológica baseada em linfócitos T CD8, seguido de células NK Período de infecção: até 3 dias Início súbito Sintomas inespecíficos: febre, calafrios, cefaleia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos Período de remissão: algumas horas até dois dias Declínio da temperatura e diminuição dos sintomas Sensação de melhora do paciente Período toxêmico: reaparece a febre, diarreia e vômitos em borra de café Instala-se quadro de insuficiência hepatorrenal (icterícia, oligúria, anúria, albuminúria, manifestações hemorrágicas e alteração do nível de consciência) Pode evoluir para coma e óbito O pulso fica mais lento apesar da febre (normalmente o pulso aumenta 10 batimentos por aumento de um grau na febre) recebe o nome de sinal de Faget Paciente fica amarelo Específico: demonstração de anticorpos no sangue IgM em amostra de fase aguda Ou aumento de 4x o título de IgG em duas amostras coletas em intervalo de 15 dias Ou presença do agente, através de isolamento viral Ou detecção de partículas virais (PCR) RT-PCR e sorologia O diagnóstico pode ser feito também depois do óbito Por meio dos exames de sangue citados anteriormente ou do exame de amostras de vísceras encaminhadas para anatomia patológica e/ou imuno-histoquímica Exames laboratoriais inespecíficos: podem estar alterados e corroborar a suspeita de febre amarela Bilirrubina no sangue: elevação da bilirrubina total às custas de bilirrubina direta Enzimas hepáticas: TGO e TGP; aumento de transaminases, podendo chegar a níveis muito elevados, encontrados apenas em hepatite fulminante geralmente, há predomínio da TGO Ureia e creatinina: aumentadas, denotando insuficiência renal Hemograma deve ser feito Espera-se encontrar uma linfopenia, ou seja, linfócitos baixos Todas as outras células podem estar normais Critério clínico-laboratorial: todo caso suspeito (quadro clínico-epidemiológico sugestivo ou pelo menos que não exclua o diagnóstico em situações de surtos ou epidemias) que apresente pelo menos um dos seguintes resultados laboratoriais: Isolamento do vírus da febre amarela Detecção do genoma viral Detecção de anticorpos de classe IgM pela técnica MAC-ELISA em indivíduos não vacinados ou com aumento de 4x ou mais nos títulos de anticorpos pela técnica de inibição da hemaglutinação (IH) em amostras pareadas Achados histopatológicos com lesões nos tecidos compatíveis com febre amarela ou detecção do antígeno viral através da técnica de imuno-histoquímica (IHQ) Também será considerado caso confirmado o indivíduo assintomático ou oligossintomático, originado de busca ativa que não tenha sido vacinado e que apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva Ou positividade por outra técnica laboratorial conclusiva para febre amarela Sintomático: antitérmicos, analgésicos e hidratação Em casos graves: diálise e transfusão Atualmente, para pacientes infectados, acrescentou-se um transplante de fígado 17DD atenuada: tornou possível erradicação F.A urbana em 1942 Resposta imune: 7-10 dias Teve que ter resposta imune inata, apresentação de antígenos, ativação de linfócito T CD4 e uma ativação de uma resposta Th2 Validade: 10 anos Vírus, por ser atenuado, pode desencadear reações adversas Dor local, incômodo, inchaço, febre são reações inflamatórias Sistema imunológico está se preparando para produzi uma resposta contra o vírus Contra-indicações: <4 meses, gestantes, imunocomprometidos e alérgicos ao ovo (vacina tem composição de ovo) Paciente tem febre alta apenas na febre amarela Sintomas respiratórios associados na gripe e no H1N1 Sinusite e rinite não estão associadas com a febre amarela No hemograma de um paciente, pode-se ter um paciente com trombopenia (diminuição no número de plaquetas) e linfopenia associando com a clínica, possibilitando que se feche o diagnóstico para febre amarela Plaquetas podem estar normais também DENGUE Doença que depende do meio ambiente Família Flaviviridade e gênero Flavivirus Causa dengue clássico e febre hemorrágica da dengue (FHD) Transmissão se dá através dos mosquitos do gênero Aedes: 1. Nas américas: Aedes aegypti 2. Na ásia: Aedes albopictus Mosquito não carrega apenas o vírus da dengue pode carregar, também, zyka e chikungunya Principal marca da dengue é a dor nos olhos (retro- orbital) São órgãos linfoides privilegiados, ou seja, não se tem sistema imune nos olhos Para o vírus se alojar, proliferar e destruir é mais fácil Em um processo de infecção viral, tem-se um desgaste muscular Primeiros sintomas aparecem entre 3-14 dias após a picada do mosquito Vírus no tecido infecta outras células, atingindo os glóbulos brancos e desligando o sistema imunológica Desliga para conseguir proliferar Depois 5-6 dias, estoura e infecta outras células Ao cair na circulação, pode ter outro mosquito que vai infectar outras pessoas São dois tipos de dengue: 1. Clássica: febre súbita e alta (acima de 40ºC) é uma das características principais, além de fortes dores de cabeça 2. Hemorrágica: dificuldade de respiração, confusão mental, agitação, insônia e até perda de consciência Febre ou história recente de febre de até 7 dias Trombocitopenia Manifestações hemorrágicas Evidências de permeabilidade vascular Confirmação laboratorial durante períodos epidêmicos ou interepidêmicos A dengue se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar sintomas respiratórios Se está tendo um baixo número de plaquetas, se quer saber o tempo de coagulação 99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto 60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos 50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital) 50% têm prostração, indisposição, perda de apetite, náuseas e vômitos 25% têm manchas vermelhas no tórax e braços Paciente com febre aguda, com duração máxima de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro-orbital, mialgia, artralgia, prostração, exantema, leucopenia, petéquia ou prova do laço positiva Além desses sintomas, deve ter estado, nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Ae. Aegypti Choque: ocorre entre o 3-7 dia de doença, precedido por um ou mais sinais de alerta Decorrente do aumento da permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração e falência circulatória Extravasamento de sangue devido a permeabilidade vascular comprometimento da circulação É de curta duração e pode levar ao óbito em 12- 24hrs ou à recuperação rápida É preciso intubar o paciente para suprir a necessidade de oxigênio dele Infecção primária (início dos sintomas) IgM Fase crônica Infecção secundária (início dos sintomas) IgG Fase aguda Vírus entra na célula gerando um processo infeccioso, indivíduo apresenta uma melhora; no entanto, em seguida, há uma piora no quadro clínico do paciente produção de IgG Proteína imunogênica: NS1 Está associada com o processo de resposta do sistema imunológico Existem 5 tipos de dengue (1-5) e que, para serem diferenciados, deve ser feito PCR e RT-PCR Dengue tipo 1: ativação de linfócito T CD8 e células NK normalmente. Produção de anticorpos serão para dengue I Dengue tipo 2: carrega algumas características genotípicas (do genoma) semelhantes à dengue tipo 1. Alguns anticorpos gerados na dengue tipo 1 podem auxiliar no processo de reparo da dengue tipo 2 Se paciente tem dengue tipo 1 e que não evolui para uma dengue hemorrágica, caso contraísse outro tipo de dengue, esta também não seria hemorrágica Teoria utilizada no passado Hoje, isso não é verdade: paciente pode ter todos os tipos de forma hemorrágica ou não Quando o vírus entra na célula, tem-se uma neutropenia Neutrófilo não é específico para vírus Neutropenia gera, entre os dias 1-2, aumento da mobilização de células NK e linfócitos T CD8 São células da resposta imune específica que estão na circulação Não se aumentou a produção, eles foram mobilizados No início da infecção viral, até os 4-5 primeiros dias, encontra-se uma neutropenia e mobilização das células A partir do 5º dia, o que se tem é um processo de apresentação do antígeno Célula APC foi até o órgão linfoide secundário, fazendo dois tipos de apresentação: 1. Linfócito T CD8 e células NK: resposta via MHC de classe I aumento de IL-2 Se estiver no 6º dia, os vírus que estão dentro da célula saem todos os vírus serão pegos pelos linfócitos e células NK Sensação de melhora do paciente 2. Linfócito T CD4: apresentação via MHC de classe II (através da ativação do primeiro e segundo sinal) Ativação de duas respostas: Th1 e Th2 Th2: aumenta a produção de linfócito B, evolução para plasmócito e secreção de anticorpos (preferência para IgM) citocina presente é a IL-10, depois, tem-se IL-4 (com IgG) Th1: recruta linfócitos T CD8 e células NK específicas, além de chamar neutrófilos para o local, que são células fagocitárias (monócitos e macrófagos) produção Em torno do dia 14, paciente estará apresentando uma linfocitose: advinda do aumento de IL-2, ativando células NK e linfócitos T CD8, além dos linfócitos T CD4 que aumentou a quantidade de células T CD8 e NK, e do aumento do número de linfócitos Observa-se no hemograma um aumento de linfócitos, não caracterizando qual o tipo de linfócito Células NK são as únicas da células da resposta imune específica que seguem para a resposta imune inata Período de incubação do vírus que vai variar e, quando ele dá sinal de vida, tem-se ação do linfócito T CD4 Supondo que: Célula vai ter um anticorpo de superfície ligado, advindo do processo de ativação Th2 Anticorpo é um pentâmero que se liga na superfície da célula que está infectada Célula infectada apresentada uma porção FC, a qual vai ser reconhecida por uma célula NK ou um linfócito T CD8 ou por um neutrófilo, macrófago ou monócito leva a destruição da célula Isso vai ser em torno do dia 14 Ativação de uma resposta Th2 porque se quer gerar anticorpos, os quais podem ser efetivos ou não Primeiro se produz IgM para tentar se ligar ao antígeno, por ser um pentâmero IgG, IgA e IgE são monômeros, ou seja, só se ligam a uma sequência Linfopenia: células morrem no processo de infecção viral A depender do dia que se coletar o exame, o paciente pode apresentar uma linfopenia ou uma linfocitose NÃO DÁ PARA AFIRMAR QUE EM TODAS AS INFECÇÕES VIRAIS SE TERÁ UM CASO DE LINFOPENIA Cultura de células de mosquito A. albopictus clone C6/36 Inoculação intratoráxica de mosquitos Toxorhynchites Detecção de ácido nucleico viral através de RT-PCR ou PCR em tempo real Tudo que está em verde, na imagem, é positivo São feitos os testes: Mac-ELISA, IgG-ELISA, captura de antígeno NS1 e kits comerciais No teste ELISA, tem que saber qual a quantidade que se tem do anticorpo, para confirmar se o paciente é reagente ou não Sintomático: uso de analgésicos e antitérmicos Hidratação e, nos casos mais graves, transfusão Cuidados especiais em casos de DHF Evitar salicilatos Maior dificuldade: vacina contra os 4 sorotipos Vacinas de subunidades E: Proteína E dos 4 sorotipos (produzidas em células de Drosófila) no Hawaii Biotechnology/Merck (ensaios clínicos) Baixa imunogenicidade (necessidade de várias doses), são adjuvantes Vacinas inativadas: Vírus produzido em cultura de células e inativados (GSK) Baixa imunogenicidade (adjuvantes) Vacinas atenuadas: Obtidaspor passagens em cultura de células (de macaco e cachorro) Problemas: Conseguir uma dose ideal com diferentes concentrações dos diversos sorotipos Walter Reed Army Institute/ GSK ensaios clínicos de fase II 1. Tampar bem a caixa de água 2. Não deixar água acumulada nas calhas 3. Eliminar as poças d’água 4. Tampar bem os potes, filtros e reservatórios 5. As garrafas devem ser guardadas de boca para baixo 6. Substituir a água dos vasos por areia 7. Furar o fundo das latas usadas, antes de jogá-las no lixo 8. Manter os pneus protegidos da chuva ZIKA Vírus da zika: Flavivírus O mesmo para febre amarela, dengue e chikungunya Todas são arboviroses e com sintomas semelhantes O primeiro caso bem documentado do vírus foi em 1964, começando com uma leve dor de cabeça que progrediu para um exantema máculopapular, febre e dor nas costas Com dois dias, a erupção começou a desaparecer e, com 3 dias, a febre desapareceu permanecendo apenas a erupção No Brasil, foi identificado pela primeira vez em abril de 2015 É transmitida por mosquitos e foi isolado de um número de espécies de gênero Aedes Aedes aegypti, Aedes africanus, Aedes apicoargenteus, Aedes furcifer, Aedes luteocephalus e Aedes vitattus Um mesmo mosquito pode carregar zika e febre amarela ou zika e dengue ou febre amarela e dengue Período de incubação extrínseca, ou seja, em mosquitos, dura certa de 10 dias Os hospedeiros vertebrados, incubação intrínseca, são macacos e humanos Acredita-se que infecte células dendríticas próximas ao lugar de inoculação: vão para os nódulos linfáticos e caem na corrente sanguínea Vírus rompe a pele, primeira barreira inespecífica, e nela encontram-se os queratinócitos neutrófilos presentes Neutrófilos morrem e sinalizam para as células dendríticas vão para os órgãos linfoides secundários, ou seja, os nódulos linfáticos Nódulos “avisam” aos linfócitos de que tem algo errado no organismo Uma das maiores vias de transmissão virais são os aeroportos Paciente pode até ser assintomática mas, através da picada do mosquito, outra pessoa pode desenvolver a doença Vírus possuem infecção com locais definido mas apresentam efeito sistêmico Infecta o braço mas sua ação vai ser em todo os organismo, por exemplo a. Dor de cabeça leve b. Exantema máculopapular c. Febre (não muito alta) d. Mal estar e. Conjuntivite f. Artralgia g. Outros sintomas menos frequentes são: inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos Paciente que apresente exantema máculopapular pruriginoso ou não, acompanhado de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: febre, hiperemia conjuntival sem secreção/prurido, poliartragia ou edema periarticular Paciente com zika tem que tem exantema Hemograma: linfopenia depende do prazo que foi feito e, raramente, há trombocitopenia Vermelhidão é devido um processo alérgico, não devido a uma ausência de plaquetas Dignóstico diferencial de Zoster: máculas apresentam formas Não há vacina Tratamento sintomático: anti-inflamatórios não esteroides (ácop. Acetilsalicílico, ibuprofeno e naproxeno) e analgésicos não-salicílicos Todo vírus que é capaz, durante o processo de desenvolvimento, de entrar no tubo neural pode desenvolver microcefalia Ebola, rinovírus, vírus da gripe, corona... “O Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar” “O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial” Os estudos sobre possíveis formas de transmissão do vírus Zika precisam ser avaliados com mais profundidade Essas análises devem vir acompanhadas de trabalhos científicos para que o Ministério da Saúde possa passar à população orientações seguras sobre a transmissão do vírus O Ministério da Saúde vem acompanhando a situação do vírus Zika no mundo, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e outros organismos internacionais CHIKUNGUNYA O vírus da Chikungunya é um vírus raro Os primeiros casos no Brasil foram notificados em 2010 e os pacientes apresentaram sintomas depois de uma viagem à Indonésia A terceira paciente, uma paulista de 25 anos, esteve na Índia Em junho de 2014: seis casos no Brasil de soldados que retornaram de uma missão no Haiti Em 15 de outubro de 2014, foram confirmados 337 casos no país, sendo 274 apenas na cidade de Feira de Santana, na Bahia Em 2015 ocorreu um surto na América do Sul nos primeiros quatro meses deste ano, com estimativa de 10mil casos e 113 mortes Estima-se que 2.500 casos foram confirmados no Brasil, a maioria dos casos na Bahia, Minas Gerais e São Paulo Vírus muito comum na África Quando se está apresentando sintomas (principalmente dores na articulação) de Chikungunya, o mais comum é que as pessoas tomem analgésicos sem investigar a causa clínica real Ao analisar que o analgésico não está funcionando, começam a fazer uso de anti- inflamatórios Contra inflamação Desliga-se a resposta do sistema imune Deveria estar tomando um contra- vírus ou antiviral Como não se está tomando um antiviral, mas se está desligando a resposta imunológica, aumenta-se a lesão do vírus na região Não se tem nenhuma célula do sistema imune para obstruir o desenvolvimento do vírus Paciente passa a ter um comprometimento das articulações Fortes dores nos ossos e articulações, acompanhadas de inchaço e vermelhidão Forte dor de cabeça Perda do paladar e apetite Náuseas e vômitos Febre alta Extremo cansaço Dor no corpo Manifestações agudas: Febre Poliartragias, seguidas ou não de inchaço Dor de cabeça Dores musculares Dor nas costas Náusea Vômitos Eritema Poliartrite Conjuntivite: paciente pode apresentar ou não Calafrios Em crianças: tende a ser mais grave Manifestações crônicas: Poliartralgia: pode durar semanas ou anos Dores articulares até 2 anos 95% dos adultos são assintomáticos, porém a maioria se torna desabilitado por meses ou semanas destreza reduzida, perda de mobilidade e reações atrasadas Dor articular recorrente ocorre em 30-40% dos infectados Complicações raras: miocardite, meningoencefalite, hemorragias leves, uveite e retinite Morte rara Quando o vírus da Chikungunya entra no corpo do hospedeiro, até o 7 dia começa o processo infeccioso Presença do IgM A viremia acontece quando ele explode da célula e está na circulação infectando Período ideal para se fazer um RT-PCR Se o RT-PCR der negativo: não era chikungunya Após a explosão do vírus, tem-se ativação dos linfócitos T CD4, evoluindo para uma resposta Th2 e resposta T CD8 e células NK Sintomas clínicos iniciam a partir do 14º dia de infecção Passa-se a ter IgG e mobilização de linfócitos T CD4, linfócitos T CD8 e células NK Vírus na forma silvestre: 7 dias de alta replicação do vírus Pode passar até 18 dias na glândula salivar do mosquito e, então, começa a infecção dos primatas Vírus na forma urbana: Entre a picada e o processo de infecção tem-se 7 dias de replicação 48hrs de alta replicação viral escondido para que não seja descoberto pelo sistema imune, ou seja, não deixa nem PAMP e nem PRR aparecer 7 dias tem a picada do mosquito: pode pegar, no sangue, células infectadas ou não De uma coisa se tem certeza: se chegar a 7 dias, com certeza, mosquito pegará células infectadas Transmite para uma pessoa saudável Paciente com febre de início súbito maior que 38ºC e intensa poliartralgia, podendo ser acompanhada de cefaleia, exantema, fadiga e dorsalgia com duração média de 7 dias, sendo residente ou tendo visitado áreas endêmicas ou epidêmicas nos últimos 15 dias, antes do início dos sintomas ou que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado ou com exame negativo para dengue que mantenha sintomatologia por mais de 8 dias do início dos sintomas Quando se tem o desenvolvimento da Chikungunya: o vírus entra, atravessa a barreira inespecífica, há morte dos neutrófilos e sinalização para as células dendríticas Ao agir nas células dendríticas, tem-se: recrutamento de linfócitos T CD8 e células NK Vírus que está sendo apresentado é devido a esse processo, no entanto, paralelo a isso, o vírus da Chikungunya está migrando para as articulações Nas articulações, estão infectando os osteoblastos e osteócitos gera morte dessas células, causando um processo inflamatório Processo inflamatório faz com que se tenha recrutamento de células do sistema imune e liberação de VEGF aumenta-se o número de vasos sanguíneos para irrigar (levando a um inchaço do local), dor causada pela liberação de prostaglandinas e leucotrienos (causando vermelhidão pela presença do sangue no local) e uma perda de função (temporária ou permanente) devido ao inchaço e perca de mobilidade Esses sintomas fazem com que se aumente a ação das células dendríticas para ativar o linfócito T CD4: vai gerar o aumento de linfócito B, o qual vai evoluir para plasmócito e secreta anticorpos (IgM inicialmente e, depois, IgG) IgM chega até a matriz óssea e marca: visualiza que tem uma célula infectada com o vírus da Chikungunya e vai marcando. Porção FC vai ser fagocitada, retirando e destruindo a célula infecção controlada Além disso, ao se ativar uma resposta Th1, tem-se um aumento de osteoclastos: são as células da matriz óssea responsável pela destruição do osso Vírus tem tropismo pelos osteoblastos e osteócitos Doença autoimune: não se tem mais a infecção mas se continua tendo ativação de linfócito B, evolução de plasmócito, ativação de IgG e IgM Liga-se diretamente à superfície do hospedeiro, uma vez que se tem anticorpo em excesso Anticorpo em excesso não fica na circulação, busca uma sequência sinal, chegando na porção FC e destruindo-a Quando começa a destruir, passa a apresentar o antígeno que, nesse caso, o antígeno passa a ser o pedacinho SELF: resposta imunológica passa a ser contra a proteína SELF A partir de uma infecção viral, desenvolve-se uma doença autoimune por um erro no processo de apresentação do antígeno Uma inespecificidade que se tornou específica e, a partir disso, o sistema imune passa a prejudicar no lugar de ajudar Isolamento viral RT-PCR Sorologia (IgM e IgG) Coletar sangue na primeira semana: IgM + ou aumento de títulos IgG ≥4x entre amostras coletadas nas fases agudas e convalescente Não existe vacina ou tratamento específico para Chikungunya Os sintomas são tratados com medicação para febre (paracetamol) e as dores articulares (anti- inflamatórios) Uso de anti-inflamatório não pode ser contínuo, começa e retira depois de um tempo por ser um medicamento filtrado no rim, vários pacientes desenvolveram insuficiência renal Pode fazer uso de corticoide com efeito de anti-inflamatório, mas seguindo o protocolo determinado à época Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia Recomenda-se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância Mayaro é excludente quando se tem nenhum dos outros arbovírus
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