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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Prevalência mundial muito alta, nos países subdesenvolvidos é maior do que nos desenvolvidos. Causas multifatorial. Dentre as doenças cardiovasculares, HAS é a que está mais relacionada. De todos os motivos de consultas médicas, HAS é a principal causa. Conceitos: Normotensão ≤ 120/80 mmHg Pré-Hipertensão: PAS 121 - 139mmHg e/ou PAD 81 - 89 mmHg Paciente considerado pré hipertenso tem um risco maior de desenvolver HAS e suas complicações. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Hipertensão = PA ≥ 140 x 90mmHg Classificação: HAS estágio I: PAS: 140 - 159 mmHg PAD: 90 - 99 mmHg HAS estágio II: PAS: 160 - 179 mmHg PAD: 100 - 109 mmHg HAS estágio III: PAS ≥ 180 mmHg PAS ≥ 110 mmHg De um estágio para o outro, a PAS aumenta 20 e a PAD aumenta 10 mmHg. Diretr izes americanas : consideram hipertensão uma PA ≥ 130 x 80mmHG O que elevou em 14% a prevalência de HAS nos EUA. HAS estágio I: PAS: 130 - 139 PAD: 80 - 89 HAS estágio II: PAS ≥ 140 PAD ≥ 90 H i p e r t e n s ã o m a s c a r a d a e epidemiologia Efeito do avental branco: paciente ansioso ao verificar PA, pode causar um leve aumento da mesma. Diferença PAS ≥ 20mmHg e/ou PAS ≥ 10mmHg entre a pressão verificada em casa com a pressão verificada no consultório. Hipertensão do jaleco branco: É dita quando o paciente tem valores anormais da PA no consultório e normais pelo MAPA ou MRPA. Tem uma prevalência de 32% , podendo chegar a 40%. Cerca de 55% desses pacientes se encontram com HAS estágio I. Hipertensão mascarada: Quando o paciente está com a PA normal no consultório, porém, fora do consultório é observada uma PA elevada. Tem prevalência de 13-14% nos estudos. Fatores que podem elevar a PA fora do consultório: - Estresse - Alcoolismo - Medicamentos - Exercícios físicos extenuantes - Disfunção renal EPIDEMIOLOGIA A população mundial hipertensa está entre 20-40%. Fatores socioeconômicos influencias na incidencia e prevalencia da HAS. Em países desenvolvidos tem uma média de 28,5% enquanto em outros países está em média de 31,5%. No Brasil, a incidência é de 32,5%. Dentro desse valor, 60% são idosos. C e r c a d e 5 0 % d a s d o e n ç a s cardiovasculares são correlacionadas com a HAS. Fisiopatologia e Fatores de Risco Hipertensão arterial essencial ou primária: PA = DC x RVP PA: Pressão Arterial DC: Débito cardíaco = FC x Volume Intravascular RVP: Resistência vascular periférica. O débito cardíaco tem uma grandeza diretamente proporcional à PA. HIPERTENSÃO Tem ume gênese do tipo neural - reflexo barorreceptor. O reflexo barorreceptor ativa o sistema nervoso simpático e parassimpático. O reflexo barorreceptor é ativado quando ocorre uma mudança abrupta nos níveis pressóricos, seja acima ou abaixo. Essa informação da alteração dos níveis pressóricos, é transmitida até o sulco carotídeo ou arco aórtico, localizações dos barorreceptores. O sulco carot ídeos é sensit ivo à mudanças tanto abaixo quando acima da PA, enquanto o arco aórtico é mais sensível as mudanças para a elevação da PA. Quando ocorre essa mudança, através dos mecanorreceptores e do estiramento dos vasos, esse estímulo vai até o sulco carotídeo através do seio carotídeo, passa pelos centros vasomotores e chega ao tronco encefálico. Quando esse estímulo passa pelo arco aórtico, ele passa pelo nervo vago, passa pelos centros vasomotores e chega no tronco encefálico. A partir daí, haverá um estímulo através do sistema nervoso simpático ou parassimpático. SNS 4 premissas: - Aumento da FC, através de uma estimularão direta do nó sinusial - Aumento da contração do músculo cardíaco e aumento do volume sistólico - Vasoconstricção das arteríolas - Vasoconstricção das veias SNPS - Queda da FC. Outro mecanismo da HAS é o sistema humoral. É dado através da estimulação do sistema renina angiotensina aldosterona, que, através do angiotensinogenio II, faz vasoconstricção e através da aldosterona faz retenção diosalina (sódio + água), o que tende a aumentar o volume e a PA consequentemente. Outro mecanismo da HAS é a ativação em nível endotelial, através de alguns fatores como a endotelina e o óxido nítrico. E por final, outro mecanismo também seria pela ativação dos barorreceptores cardiopulmonares. Fatores de Risco - Genético - Tabagismo - Alcoolismo - Obesidade - Uso excessivo de sal - Depressão - Estresse - Idade - Diabetes - Estilo de vida Técnica de Aferição da PA 1. Preparo 2. Perguntas 3. Posicionamento 4. Pulsos 5. Manguito 6. Ruídos PREPARO DO PACIENTE Explicar o procedimento para o paciente Estar em ambiente calmo e repouso do paciente por 3 a 5 minutos. PERGUNTAS 1. Como está a bexiga? Fez xixi? 2. Realizou alguma atividade física na ultima hora? 3. Fumou nos últimos 30min? 4. Tomou café, alcool ou estimulantes ? POSICIONAMENTO P a c i e n t e s e n t a d o , c o m p e r n a s descruzadas, pés apoiados no chão e dorso recostado. Ideal que o braço esteja na altura do coração e a palma da mão virada para cima. Erro comum: conversar durante o procedimento. PULSOS • Pulso braquial • Pulso radial: estimar PAS Insuflar 20-30mmHg acima. Importância do método palpatório: - Evitar desconforto - Evitar hiato auscultatório - Melhor estimativa MANGUITO Precisa estar calibrado, com manutenção adequada. Sem folgas, centralizado 2-3cm da fossa cubital. NÃO deve ser colocado em cima da roupa. O manguito deve estar adaptado ao que o paciente necessita. AFERIÇÃO DA PA 20-30mmHg acima da PA estimada pela radial. Sempre insuflar o manguito de 10 em 10mmHg e desinflar de 2 em 2. FASES DE KOROTKOFF 1. Surgimento dos primeiros sons PAS 2. Sons suaves e prolongados 3. Sons mais intensos e nítidos 4. Sons baixa intensidade e abafados 5. Desaparecimento dos sons PAD HIATO AUSCULTATÓRIO Quando ocorre o desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, entre o final da fase I e a fase II de Korotkoff Maior ocorrência em idosos, pelo p rocesso de a te rosc le rose , uma calficação natural das artérias, evita fazendo o método palpatório. Manobra de Osler: ocorre quando o manguito é insuflado após o valor da PAS e a artéria radial continua sendo palpável. Acontece justamente em pacientes idosos, pelo processo de aterosclerose. SEMPRE deve aferir a PA nos 2 braços, em um intervalo entre 1-2min. Sempre considerar a PA de maior valor. Considerar fisiológico a diferença de até 15mmHg Diferença de PA nos dois membros: - Dissecção aórtica - Coarctação da aorta - Aterosclerose avançada - Vasculite Use uma média de 2 ou mais aferições em 2 ocasiões para estimar o nível de PA. Informar os níveis pressóricos para o paciente. ANAMNESE, EXAME FÍSICO E EXAMES LABORATORIAIS Anamnese do paciente hipertenso - Sintomas: cefaleia (occipital), tonteira, vertigem, lipotimia, síncope, turvação visual, redução da acuidade visual, dispneia, dor torácica, claudicação intermitente - Fatores de risco: sexo (homem), idade, DM, dislipidemia, doença arterial periférica, AVE.. - Aspecto socioeconomico - Estilo de vida: alimentação, atividade físico, etilismo, tabagismo, trabalho - História familiar - Tratamento prévio Exame físico: - PA - Peso, altura, IMC - Ectoscopia / Fundoscopia (retinopatia hipertensiva) - Exame cardiovascular: ictus cordis (palpação), bulhas, sopros, frêmitos, edema periférico - Exame dos vasos - Exame neurológico Exame laboratoriais - Urina: proteinúria - Potáss io : cont ra ind icação para r e m é d i o s ( h i p o c a l e m i a - H A S secundária) - Glicemia / hb glicada - Creatinina: marcador de função renal - Ácido úrico: verificar hiperuricemia, principalmente para uso de diuréticos tiazídicos que retém a excreção de ácido úrico - Colesterol: assim como a glicemia pode dar o diagnóstico de dislipidemia como fator derisco associados Exames complementares: - ECG - RX de tórax (suspei ta de HAS secundária) - Doppler Renal - Ecocardiograma - Teste ergométrico - MAPA / MRPA MAPA = MEDIDA AMBULATORIAL DE PRESSÃO ARTERIAL Aparelho 24h no braço do paciente, aferindo a pressão de 30 em 30min O ideal é que a PA seja mensurada no mínimo a cada 30min num período de 24h. 16 medidas diurnas e 8 noturnas Para ser fidedigno, tem que ser utilizada em dia normal de rotina para o paciente, não adianta fazer num final de semana relaxando. Paciente não pode parar de utilizar as medicações. Precisa anotar as atividades para entender o que aconteceu em algum momento de PA muito elevada. Não tomar banho e fazer atividade física de aparelho. Vantagens: - Sem influência do médico; - Variação da PA em 24h; - Avaliação da PA no sono; - Eficácia da terapia. Desvantagens: - Adequação do manguito - Distúrbios de movimentos - Arritmias cardíacas - Desconforto do método - Custo elevado Descenso noturno: quando a pessoa dorme, a tendencia do metabolismo é reduzir e em consequência a PA também. Normal: queda entre 10-20% Queda < 10% : atenuado (maior risco cardiovascular) Queda > 20% : acentuado Queda < 0% : ausente Resultado anormal: 24h ≥ 130/80 mmHg Vigília ≥ 135/85 mmHg Sono ≥ 120/70 mmHg MRPA = MEDIDA RESIDENCIAL DE PRESSÃO ARTERIAL Paciente vai no mesmo horário na farmácia aferir a pressão todos os dias e anota. Para ter validade tem que mensurar no mínimo 3x ao dia e 3x a noite por pelo menos 5 dias. Vantagens: - Baixo custo - Reduz idas ao médico - Boa aceitação - Promove maior adesão - Bom valor prognóstico Desvantagens: - Não avalia descenso noturno - Poucas medidas obtidas - Semiotécnica duvidosa - Risco de “autoajuste" de medicação. Resultado anormal: PAS ≥ 135 mmHg e/ou PAD ≥ 85 mmHg Principais indicações MAPA e MRPA: - Suspeita de HAS ou efeito do avental branco - Suspeita de hipertensão mascarada - Confirmação diagnóstica de HAS - Avaliação de eficácia terapêutica - Confirmação de HAS resistente ou refratária COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO - Acidente Vascular Encefálico isquêmico ou hemorrágico - Síndrome demencial - Retinopatia hipertensiva - Aterosclerose - Síndrome coronariana - Insuficiência cardíaca - IAM - Insuficiência renal - Impotência sexual. 1. O paciente quer ser tratado? Ele vai se tratar? 2. Qual o risco cardiovascular? 3. Mudança de Estilo de Vida (clareza/ objetividade) 4. Qual é o alvo terapêutico? 5. Como escolher o melhor ant i- hipertensivo? 6. Quais anti-hipertensivos você dispõe? RISCO CARDIOVASCULAR Qual é o risco cardiovascular estimado? Homem, 40 anos, tabagista, com PA: 146/80 Risco moderado Mulher, 66 anos, tabagista, com PA: 165/90 Risco alto Homem, 60 anos, tabagista, com PA: 150/84 Risco alto Fatores de risco CV: - Sexo masculino - Idade (H ≥ 55; M ≥ 65) - Tabagismo - Dislipidemia - Diabetes - Obesidade - História familiar DCV (H < 55; M < 65 anos) Com lesão de órgão alvo: - Angina - IAM - AVE - Ataque isquêmico transitório - Insuficiência cardíaca - DAOP - Doença renal crônica - Retinopatia hipertensiva MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA Dieta: total impacto na redução dos níveis pressóricos, no risco cardiovascular e na qualidade de vida. DASH: dieta rica em frutas, legumes e baixo teor de gorduras. Benefício independente da perda de peso. MEDITERRÂNEO: dieta rica em frutas, legumes, azeite e peixes. A perda de peso é o que maior tem impacto na redução da PA. Uma redução de 5% do peso corporal, pode reduzir de 20-30% da PA. Atividade física: recomendado que faça no mínimo 150min de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 75min de atividade aeróbica intensa por semana. O limite da ingesta de sal é de 2g/dia. Média no Brasil: 11,4g/dl Consumo de álcool: O ideal é que não se consuma, mas se for utilizar o limite é de 1 dose/dia mulheres e 2 doses/dia homens. P A R A Q U A L P A C I E N T E D E V O PRESCREVER ANTI-HIPERTENSIVOS? - Pacientes com alto risco CV: ≥ 3 fatores de risco, diabetes, doença CV, doença renal crônica, lesão de órgão alvo. - HAS estágio II ou III Para pacientes com HAS estágio I + baixo risco CV: o tratamento é MEV por 6 meses. Paciente com HAS estágio I + moderado risco CV: MEV por 3 meses ALVOS TERAPÊUTICOS HAS estágio I + Baixo / Mod risco CV HAS estágio II + Baixo / Mod risco CV HAS estágio III Esses 3 tipos de pacientes, tem um alvo terapêutico de PA < 140/90mmHg HAS estágio I + Alto risco CV HAS estágio II + Alto risco CV Esses 2 tipos de pacientes, tem um alvo terapêutico de PA < 130/80mmHg Idosos < 150/90mmHg População geral < 140/90 Alto risco CV < 130/80 • Estágio I + Risco CV baixo/moderado = MEV + Monoterapia (diuréticos / IECA / BRA / BCC / BB (casos específicos) • Estágio I + Risco CV alto ou estágios II e III = MEV + Combinações (2 classes de anti-hipertensivos em doses baixas) Se o paciente não atingiu as metas ou efeitos colaterais limitantes = Aumentar d o s e o u A s s o c i a r n o v o a n t i - hipertensivo ou Trocar anti-hipertensivo Qual anti-hipertensivo escolher? FARMACOLOGIA ANTI-HIPERTENSIVOS DIURÉTICOS - Furosemida - Hidroclorotiazida - Clortalidona - Indapamida - Espironolactona Furosemida: Cp de 40mg. Mecanismo de ação: Inibição da bomba de sódio/potássio/Atpase, com essa inibição o paciente acaba expelindo água, sódio e potássio. Pode ter uma tendência a hipovolemia e baixos níveis de sódio e potássio no organismo. Biodisponibilidade de 60% - porcentagem ativa da droga no organismo. Dose habitual: 20 - 160mg/dia. Absorção TGI E eliminação - 88% na urina. P o d e t e r u m i n í c i o d e a ç ã o d e aproximadamente 30 a 60 minutos. Pico da furosemida: 1-2 horas Duração: 6 - 8 horas Nome comercial mais famoso: LASIX Não é aconselhado o uso na gestação e amamentação, pois atravessa a barreira placentária e também é excretado no leite. Efeitos colaterais: - Nefrotoxicidade - Ototoxicidade - Insuficiência renal - Alcalose metabólica - LES (pode agravar) - Toxicidade por lítio A furosemida por mascarar o uso de medicamentos como anabolizantes. O uso do mesmo, em esportes de alto desempenho pode ser considerado como dopping. Contraindicações: - Hipersensibilidade - Insuficiência renal (anúria) - Insuficiência hepática - Hipovolemia - Hipotensão - Hipocalemia Hidroclorotiazida Apresentação de comprimidos de 25 - 50mg Mecanismo de ação: in ib ição da reabsorção de sódio no túbulo distal. Biodisponibilidade: 65-75% Dose habitural: 25 - 100mg/dia Absorção no TGI e eliminação na urina. Tempo de início de ação: 2h Pico: 1-5h Duração: 6-12h Em média, no início, durante 28 dias, tem um efeito puro diurético, depois desse tempo que ela vai atingir o efeito vasodilatador. Portanto, a avaliação do uso com relação aos níveis pressóricos, deve ser realizada depois do primeiro mês. Contra ind icada para gestantes e lactantes. Alguns estudos mostram uma relação do tipo dose-cumulativa e a incidência de carcinoma basocelular e câncer de lábio. A hidrocloratiazida causa um mecanismo de hiperuricemia, ela retém a excreção de ácido úrico. Dessa forma, em pacientes portadores de gota, a hidrocloratiazida é contraindicada. Efeitos colaterais: - Nefrotoxicidade - Hipocalemia / hipocalcemia - Hipovolemia - Hiperuricemia / hiperglicemia - Intoxicação digitálica (risco) - LES (agravar) Contraindicações: - Hipersensibilidade - Gota - Insuficiência renal (anúria) - Insuficiência hepática - Hipovolemia - Hipotensão - Hipocalemia Espironolactona Diurético poupador de potássio, ela impede a ligação dos receptores da aldosterona, que por sua vez, retém água e sódio e libera potássio. Apresentação: comprimidos 25 / 50 / 100mg Mecanismo de ação: inibe aldosterona Biodisponibilidade > 90% Dose habitual: 25 - 200mg/diaAbsorção: TGI Eliminação: urina Inicio de ação: 2-3dias Tempo de duração: 48-72h Efeitos colaterais: - Neurotoxicidade - Hipercalemia - Hipermagnesemia - Ginecomastia - Redução da libido Contraindicações: - Hipersensibilidade - Insuficiência renal (anúria) - Doença de Addison BETABLOQUEADORES - Propranolol - Metoprolol - Bisoprolol - Atenolol - Nebivolol - Carvedilol Betabloqueadores seletivos (ß-1): Bisoprolol, Metoprolol, Atenolol, Nebivolol Betabloqueadores não seletivos (ß1 e ß2): Propranolol. Nadolol, Pindolol Duplo efeito (ß1 e alfa): Carvedilol ß-1: cardíaco ß-2: pulmonar Coração você só tem um, pulmão você tem dois. 1ª escolha para pacientes que tem angina, pois além de diminuir a FC ele diminui o consumo de miocárdio - O2. Com isso, ele acaba dilatando as coronárias. Fármaco anti-anginoso. Insuficiência Cardíaca (altera prognóstico): aumenta a taxa de mortalidade em aproximadamente 20% (bisoprolol, metoprolol, carvedilol, nebivolol) Os BB não são utilizados em monoterapia usualmente, apenas em casos de ansiedade e enxaqueca. BB X HAS Reduz a PA, mas o prognóstico não é bom. Metanálise com 22 estudos. 60mil pacientes hipertensos e o uso de BB pode aumentar o rico de eventos CV. Incompatibilidade ventrículo-vascular. Atenolol Apresentação: 25 / 50 / 100mg Mecanismo de ação: inibe receptores ß-1 Biodisponibilidade: 46-60% Dose habitual: 25 - 100mg/dia Absorção: 50% TGI Eliminado: fezes / urina Tempo de início de ação: 60min Pico: 2-4h Duração: 24h Não é indicado para gestantes e lactantes. Efeitos colaterais: - Bradicardia - Disturbios Gastrointestinais - Broncoespamos - Redução da libido Contraindicações: - Hipersensibilidade - Bradicardia: 60bpm - Bloqueios atrioventriculares - Asma / DPOC I N I B I D O R E S D A E N Z I M A CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) - Captopril - Lisinopril - Enalapril - Perindopril - Ramipril Atua inibindo a enzima conversora de angiotensina II (ECA) Alguns estudos, afirmam que IECA são mais utilizados em pacientes brancos e os BCC são mais utilizados em pacientes negros. Os pacientes negros norte-americanos tem uma menor expressão de ECA no pulmão, portanto o IECA, não vai funcionar. Captopril Apresentação: 12,5 / 25 / 50mg Mecanismo de ação: inibe ECA Biodisponibilidade: 75% Dose habitual: 50 - 150mg/dia (melhor usar 3x/dia) Absorção: 75% TGI Eliminação: urina Inicio de ação: 15 - 60min Pico: 60 - 90min Duração: 6-12h Não recomendados para gestantes e lactantes. Efeitos adversos: - Tosse: 5-20% dos usuários. Mulheres são mais afetadas. O tratamento seria a suspensão da medicação. - Nefroproteção - Angioedema - Hipotensão - Hipercalemia - Lesões cutâneas - Sintomas TGI A tosse acontece, porque quando se faz a inibição da ECA, vai ocorrer a liberação de bradicinina, que é um potente estimulante da tosse. Contraindicações: - Hipersensibilidade - Hipercalemia - Hipotensão - Histórico de angioedema - Insuficiência renal (Cr > 3mg/dl) - Estenose bilateral artérias renais - Uso concomitante de BRA BLOQUEADOR DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA (BRA) - Losartana - Valsartana - Candersatana - Olmesertana Impedem a ligação de angiotensina 2 aos receptores AT1 BRA não causa tosse como os IECA, alteram prognóstico de insuficiência cardíaca e são nefroprotetores Losartana: Apresentação: 25/50/100mg Mecanismo de ação: bloqueio do receptor AT1 Biodisponibilidade: 33% Dose habitual: 25 - 100mg/dia Absorção: TGI Eliminação: bile / fezes (60%) e urina (35%) Inicio de ação: 1-4h Pico: 5-6h Duração: 24h Não recomendado para gestantes e lactantes Efeitos colaterais: - Hipotensão - Hipercalemia - Lesões cutâneas - Sintomas TGI Contraindicações: - Hipercalemia - Hipersensibilidade - Hipotensão - Insuficiência renal (Cr > 3mg/dl) - Estenose bilateral artérias renais - Uso concomitante de IECA BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO - Nifedipino - Anlodipino - Nimodipino - Diltiazem - Verapamil Divididos em diidropiridínicos e os não diidropiridínicos. Os diidropiridínicos atuam direto na musculatura celu lar l isa, gerando vasodilatação por conta da redução da resistência vascular periférica - Nifedipino - Anlodipino - Nimodipino Os não diidropiridínicos atuam de 2 formas, primeiro no músculo cardíaco diretamente, gerando vasodilatação e no sistema de condução, reduzindo a FC. Não é tão eficaz na redução da FC como os BB, mas pode ser utilizado em vigência de uma contraindicação dos BB. - Verapamil - Diltiazem Anlodipino Apresentação: 2,5 / 5 / 10mg Mecanismo de ação: bloqueio de canais de cálcio Biodisponibilidade: 64 - 90% Dose habitual: 2,5 - 10mg/dia Absorção: TGI Eliminação: urina (60%) Início de ação: 3-5h Pico de ação: 6-12h Duração: 24h Recomendado evitar na gestação e lactação. Efeitos colaterais: - Edema periférico (2-11%) - Flushing - Taquicardia (diidropiridínicos) - Palpitações - Cefaleia Contraindicações: - Hipersensibilidade - Hipotensão - Obstrução do trato de saúde do VE - Deficiencia de glicerol quinase VASODILATADORES - Hidralazina - Minoxidil Mecanismo de ação: célula muscular lisa das arteríolas, impedindo o fluxo de cálcio para dentro do retículo plasmático, causando uma vasodilatação Hidralazina Apresentação: 25 / 50 / 100mg Biodisponibilidade: 25 - 55% Dose habitual: 75 - 300mg/dia Absorção: TGI Eliminação: urina Inicio de ação: 45 min Pico de ação: 1-2h Duração: 2-4h Permitido o uso na gestação e lactação Muito utilizado em gestantes com pré- eclâmpsia Efeitos colaterais: - Cefaleia - Angina - Flushing - Sintomas GI - LES (indução) Contraindicações: - Hipersensibilidade - Insuficiência de VD - IC de alto débito - Hipotensão - LES idiopático AGENTES DE AÇÃO CENTRAL (ALFA- AGONISTAS) - Met i ldopa (pr imei ra escolha no tratamento de HAS em gestantes) - Clonidina A clonidina estimula os receptores alfa- adrenérgicos no SNC. Reduzindo o fluxo simpático e gerando vasodilatação e reduzindo o sinal de dor. Clonidina: Apresentação: 0,1 / 0,15 / 0,20mg Mecanismo de ação: estímulo receptores alfa Biodisponibilidade: 75 - 95% Dose habitual: 0,2 - 0,6mg/dia Absorção: TGI Eliminação: urina Tempo de ação: 30 - 60min (usado em urgencia hipertensiva) Pico de ação: 1-3h Duração: 8h Evitar durante gestação ou lactação A clonidina do tipo transdérmica reduz efeitos adversos. Pode dar uma sonolência entre 2-38% dos casos Efeitos colaterais: - Sonolência - Cefaleia - Fadiga - Tonteira - Erupções cutâneas - Xerostomia - Dor abdominal Contraindicações: - Hipersensibilidade - Galactosemia - BAV (b loque io a t r i oven t r i cu la r ) avançado ALFA-BLOQUEADORES - Doxazosina - Prazosina Prazosina Inibe receptores alfa-adrenérgicos (pós sinápticos) gerando uma vasodilatação. Apresentação: 1 / 2 /4mg Biodisponibilidade: 50-70% Dose habitual: 1 - 20mg/dia Absorção: TGI Eliminação: urina Tempo de inicio: 30 - 90min Pico: 2-4h Duração: 10 - 24h Contraindicada para gestação e Lactação Efeitos colaterais: - Palpitações - Sonolência - Cefaleia - Fadiga - Fraqueza muscular (7%) Contraindicações: - Hipersensibilidade - Angina - Depressão do SNC - Síndrome da íris flexível - Priapismo
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