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Hipertensão Arterial Sistêmica

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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
Prevalência mundial muito alta, nos países 
subdesenvolvidos é maior do que nos 
desenvolvidos.
Causas multifatorial.
Dentre as doenças cardiovasculares, HAS 
é a que está mais relacionada.
De todos os motivos de consultas 
médicas, HAS é a principal causa.
Conceitos:
Normotensão ≤ 120/80 mmHg
Pré-Hipertensão:
PAS 121 - 139mmHg
	 e/ou
PAD 81 - 89 mmHg
Paciente considerado pré hipertenso tem 
um risco maior de desenvolver HAS e 
suas complicações.
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão 
Arterial
Hipertensão = PA ≥ 140 x 90mmHg
Classificação: 
HAS estágio I: 
PAS: 140 - 159 mmHg
PAD: 90 - 99 mmHg
HAS estágio II:
PAS: 160 - 179 mmHg
PAD: 100 - 109 mmHg
HAS estágio III:
PAS ≥ 180 mmHg
PAS ≥ 110 mmHg
De um estágio para o outro, a PAS 
aumenta 20 e a PAD aumenta 10 mmHg.
Diretr izes americanas : consideram 
hipertensão uma PA ≥ 130 x 80mmHG
O que elevou em 14% a prevalência de 
HAS nos EUA.
HAS estágio I: 
PAS: 130 - 139
PAD: 80 - 89
HAS estágio II:
PAS ≥ 140
PAD ≥ 90
H i p e r t e n s ã o m a s c a r a d a e 
epidemiologia 
Efeito do avental branco: paciente ansioso 
ao verificar PA, pode causar um leve 
aumento da mesma. 
Diferença PAS ≥ 20mmHg e/ou PAS ≥ 
10mmHg entre a pressão verificada em 
casa com a pressão verificada no 
consultório.
Hipertensão do jaleco branco:
É dita quando o paciente tem valores 
anormais da PA no consultório e normais 
pelo MAPA ou MRPA.
Tem uma prevalência de 32% , podendo 
chegar a 40%.
Cerca de 55% desses pacientes se 
encontram com HAS estágio I.
Hipertensão mascarada:
Quando o paciente está com a PA normal 
no consultório, porém, fora do consultório 
é observada uma PA elevada.
Tem prevalência de 13-14% nos estudos.
Fatores que podem elevar a PA fora do 
consultório:
- Estresse
- Alcoolismo
- Medicamentos
- Exercícios físicos extenuantes
- Disfunção renal
EPIDEMIOLOGIA
A população mundial hipertensa está 
entre 20-40%.
Fatores socioeconômicos influencias na 
incidencia e prevalencia da HAS.
Em países desenvolvidos tem uma média 
de 28,5% enquanto em outros países está 
em média de 31,5%.
No Brasil, a incidência é de 32,5%. Dentro 
desse valor, 60% são idosos.
C e r c a d e 5 0 % d a s d o e n ç a s 
cardiovasculares são correlacionadas com 
a HAS.
Fisiopatologia e Fatores de Risco 
Hipertensão arterial essencial ou primária:
PA = DC x RVP
PA: Pressão Arterial
DC: Débito cardíaco = FC x Volume 
Intravascular
RVP: Resistência vascular periférica.
O débito cardíaco tem uma grandeza 
diretamente proporcional à PA.
HIPERTENSÃO 
Tem ume gênese do tipo neural - reflexo 
barorreceptor. 
O reflexo barorreceptor ativa o sistema 
nervoso simpático e parassimpático.
O reflexo barorreceptor é ativado quando 
ocorre uma mudança abrupta nos níveis 
pressóricos, seja acima ou abaixo.
Essa informação da alteração dos níveis 
pressóricos, é transmitida até o sulco 
carotídeo ou arco aórtico, localizações 
dos barorreceptores.
O sulco carot ídeos é sensit ivo à 
mudanças tanto abaixo quando acima da 
PA, enquanto o arco aórtico é mais 
sensível as mudanças para a elevação da 
PA.
Quando ocorre essa mudança, através 
dos mecanorreceptores e do estiramento 
dos vasos, esse estímulo vai até o sulco 
carotídeo através do seio carotídeo, passa 
pelos centros vasomotores e chega ao 
tronco encefálico.	 
Quando esse estímulo passa pelo arco 
aórtico, ele passa pelo nervo vago, passa 
pelos centros vasomotores e chega no 
tronco encefálico.
A partir daí, haverá um estímulo através 
do sistema nervoso simpático ou 
parassimpático.
SNS
4 premissas:
- Aumento da FC, através de uma 
estimularão direta do nó sinusial
- Aumento da contração do músculo 
cardíaco e aumento do volume sistólico
- Vasoconstricção das arteríolas
- Vasoconstricção das veias
SNPS
- Queda da FC.
Outro mecanismo da HAS é o sistema 
humoral.
É dado através da estimulação do sistema 
renina angiotensina aldosterona, que, 
através do angiotensinogenio II, faz 
vasoconstricção e através da aldosterona 
faz retenção diosalina (sódio + água), o 
que tende a aumentar o volume e a PA 
consequentemente.
Outro mecanismo da HAS é a ativação em 
nível endotelial, através de alguns fatores 
como a endotelina e o óxido nítrico.
E por final, outro mecanismo também 
seria pela ativação dos barorreceptores 
cardiopulmonares.
Fatores de Risco 
- Genético
- Tabagismo
- Alcoolismo
- Obesidade
- Uso excessivo de sal
- Depressão
- Estresse
- Idade
- Diabetes
- Estilo de vida
Técnica de Aferição da PA 
1. Preparo
2. Perguntas
3. Posicionamento
4. Pulsos
5. Manguito
6. Ruídos
PREPARO DO PACIENTE
Explicar o procedimento para o paciente
Estar em ambiente calmo e repouso do 
paciente por 3 a 5 minutos.
PERGUNTAS
1. Como está a bexiga? Fez xixi?
2. Realizou alguma atividade física na 
ultima hora?
3. Fumou nos últimos 30min?
4. Tomou café, alcool ou estimulantes ?
POSICIONAMENTO
P a c i e n t e s e n t a d o , c o m p e r n a s 
descruzadas, pés apoiados no chão e 
dorso recostado.
Ideal que o braço esteja na altura do 
coração e a palma da mão virada para 
cima.
Erro comum: conversar durante o 
procedimento.
PULSOS
• Pulso braquial
• Pulso radial: estimar PAS
Insuflar 20-30mmHg acima.
Importância do método palpatório:
- Evitar desconforto
- Evitar hiato auscultatório
- Melhor estimativa
MANGUITO
Precisa estar calibrado, com manutenção 
adequada.
Sem folgas, centralizado
2-3cm da fossa cubital.
NÃO deve ser colocado em cima da 
roupa.
O manguito deve estar adaptado ao que o 
paciente necessita.
AFERIÇÃO DA PA
20-30mmHg acima da PA estimada pela 
radial.
Sempre insuflar o manguito de 10 em 
10mmHg e desinflar de 2 em 2.
FASES DE KOROTKOFF
1. Surgimento dos primeiros sons PAS
2. Sons suaves e prolongados
3. Sons mais intensos e nítidos
4. Sons baixa intensidade e abafados
5. Desaparecimento dos sons PAD
HIATO AUSCULTATÓRIO
Quando ocorre o desaparecimento dos 
sons durante a deflação do manguito, 
entre o final da fase I e a fase II de 
Korotkoff
Maior ocorrência em idosos, pelo 
p rocesso de a te rosc le rose , uma 
calficação natural das artérias, evita 
fazendo o método palpatório.
Manobra de Osler: ocorre quando o 
manguito é insuflado após o valor da PAS 
e a artéria radial continua sendo palpável.
Acontece justamente em pacientes 
idosos, pelo processo de aterosclerose.
SEMPRE deve aferir a PA nos 2 braços, 
em um intervalo entre 1-2min.
Sempre considerar a PA de maior valor.
Considerar fisiológico a diferença de até 
15mmHg
Diferença de PA nos dois membros:
- Dissecção aórtica
- Coarctação da aorta
- Aterosclerose avançada
- Vasculite 
Use uma média de 2 ou mais aferições em 
2 ocasiões para estimar o nível de PA.
Informar os níveis pressóricos para o 
paciente.
ANAMNESE, EXAME FÍSICO E EXAMES 
LABORATORIAIS 
Anamnese do paciente hipertenso
- Sintomas: cefaleia (occipital), tonteira, 
vertigem, lipotimia, síncope, turvação 
visual, redução da acuidade visual, 
dispneia, dor torácica, claudicação 
intermitente
- Fatores de risco: sexo (homem), idade, 
DM, dislipidemia, doença arterial 
periférica, AVE..
- Aspecto socioeconomico
- Estilo de vida: alimentação, atividade 
físico, etilismo, tabagismo, trabalho
- História familiar
- Tratamento prévio
Exame físico:
- PA
- Peso, altura, IMC
- Ectoscopia / Fundoscopia (retinopatia 
hipertensiva)
- Exame cardiovascular: ictus cordis 
(palpação), bulhas, sopros, frêmitos, 
edema periférico
- Exame dos vasos
- Exame neurológico
Exame laboratoriais
- Urina: proteinúria
- Potáss io : cont ra ind icação para 
r e m é d i o s ( h i p o c a l e m i a - H A S 
secundária)
- Glicemia / hb glicada
- Creatinina: marcador de função renal
- Ácido úrico: verificar hiperuricemia, 
principalmente para uso de diuréticos 
tiazídicos que retém a excreção de 
ácido úrico
- Colesterol: assim como a glicemia pode 
dar o diagnóstico de dislipidemia como 
fator derisco associados
Exames complementares:
- ECG
- RX de tórax (suspei ta de HAS 
secundária)
- Doppler Renal
- Ecocardiograma
- Teste ergométrico
- MAPA / MRPA
MAPA = MEDIDA AMBULATORIAL DE 
PRESSÃO ARTERIAL
Aparelho 24h no braço do paciente, 
aferindo a pressão de 30 em 30min
O ideal é que a PA seja mensurada no 
mínimo a cada 30min num período de 
24h.
16 medidas diurnas e 8 noturnas
Para ser fidedigno, tem que ser utilizada 
em dia normal de rotina para o paciente, 
não adianta fazer num final de semana 
relaxando.
Paciente não pode parar de utilizar as 
medicações. 
Precisa anotar as atividades para 
entender o que aconteceu em algum 
momento de PA muito elevada.
Não tomar banho e fazer atividade física 
de aparelho.
Vantagens: 
- Sem influência do médico;
- Variação da PA em 24h;
- Avaliação da PA no sono;
- Eficácia da terapia.
Desvantagens: 
- Adequação do manguito
- Distúrbios de movimentos
- Arritmias cardíacas
- Desconforto do método
- Custo elevado
Descenso noturno: quando a pessoa 
dorme, a tendencia do metabolismo é 
reduzir e em consequência a PA também.
Normal: queda entre 10-20%
Queda < 10% : atenuado (maior risco 
cardiovascular)
Queda > 20% : acentuado
Queda < 0% : ausente
Resultado anormal:
24h ≥ 130/80 mmHg
Vigília ≥ 135/85 mmHg
Sono ≥ 120/70 mmHg
MRPA = MEDIDA RESIDENCIAL DE 
PRESSÃO ARTERIAL
Paciente vai no mesmo horário na 
farmácia aferir a pressão todos os dias e 
anota.
Para ter validade tem que mensurar no 
mínimo 3x ao dia e 3x a noite por pelo 
menos 5 dias.
Vantagens:
- Baixo custo
- Reduz idas ao médico
- Boa aceitação
- Promove maior adesão
- Bom valor prognóstico
Desvantagens:
- Não avalia descenso noturno
- Poucas medidas obtidas
- Semiotécnica duvidosa
- Risco de “autoajuste" de medicação.
Resultado anormal:
PAS ≥ 135 mmHg e/ou PAD ≥ 85 mmHg
Principais indicações MAPA e MRPA:
- Suspeita de HAS ou efeito do avental 
branco
- Suspeita de hipertensão mascarada
- Confirmação diagnóstica de HAS
- Avaliação de eficácia terapêutica
- Confirmação de HAS resistente ou 
refratária
COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO 
- Acidente Vascular Encefálico isquêmico 
ou hemorrágico
- Síndrome demencial
- Retinopatia hipertensiva
- Aterosclerose
- Síndrome coronariana
- Insuficiência cardíaca
- IAM
- Insuficiência renal
- Impotência sexual.
1. O paciente quer ser tratado?
Ele vai se tratar?
2. Qual o risco cardiovascular?
3. Mudança de Estilo de Vida (clareza/
objetividade)
4. Qual é o alvo terapêutico?
5. Como escolher o melhor ant i-
hipertensivo?
6. Quais anti-hipertensivos você dispõe?
RISCO CARDIOVASCULAR
Qual é o risco cardiovascular estimado?
Homem, 40 anos, tabagista, com PA: 
146/80
Risco moderado 
Mulher, 66 anos, tabagista, com PA: 
165/90
Risco alto 
Homem, 60 anos, tabagista, com PA: 
150/84
Risco alto 
Fatores de risco CV:
- Sexo masculino
- Idade (H ≥ 55; M ≥ 65)
- Tabagismo 
- Dislipidemia 
- Diabetes 
- Obesidade
- História familiar DCV (H < 55; M < 65 
anos)
Com lesão de órgão alvo:
- Angina
- IAM 
- AVE
- Ataque isquêmico transitório
- Insuficiência cardíaca
- DAOP
- Doença renal crônica 
- Retinopatia hipertensiva
MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA 
Dieta: total impacto na redução dos níveis 
pressóricos, no risco cardiovascular e na 
qualidade de vida.
DASH: dieta rica em frutas, legumes e 
baixo teor de gorduras. Benefício 
independente da perda de peso.
MEDITERRÂNEO: dieta rica em frutas, 
legumes, azeite e peixes.
A perda de peso é o que maior tem 
impacto na redução da PA.
Uma redução de 5% do peso corporal, 
pode reduzir de 20-30% da PA.
Atividade física: recomendado que faça 
no mínimo 150min de atividade aeróbica 
de intensidade moderada ou 75min de 
atividade aeróbica intensa por semana.
O limite da ingesta de sal é de 2g/dia.
Média no Brasil: 11,4g/dl
Consumo de álcool:
O ideal é que não se consuma, mas se for 
utilizar o limite é de 1 dose/dia mulheres e 
2 doses/dia homens.
P A R A Q U A L P A C I E N T E D E V O 
PRESCREVER ANTI-HIPERTENSIVOS?
- Pacientes com alto risco CV: ≥ 3 fatores 
de risco, diabetes, doença CV, doença 
renal crônica, lesão de órgão alvo.
- HAS estágio II ou III
Para pacientes com HAS estágio I + baixo 
risco CV: o tratamento é MEV por 6 
meses.
Paciente com HAS estágio I + moderado 
risco CV: MEV por 3 meses
ALVOS TERAPÊUTICOS 
HAS estágio I + Baixo / Mod risco CV
HAS estágio II + Baixo / Mod risco CV
HAS estágio III
Esses 3 tipos de pacientes, tem um alvo 
terapêutico de PA < 140/90mmHg 
HAS estágio I + Alto risco CV
HAS estágio II + Alto risco CV
Esses 2 tipos de pacientes, tem um alvo 
terapêutico de PA < 130/80mmHg 
Idosos < 150/90mmHg
População geral < 140/90
Alto risco CV < 130/80
• Estágio I + Risco CV baixo/moderado 
= MEV + Monoterapia (diuréticos / IECA 
/ BRA / BCC / BB (casos específicos) 
• Estágio I + Risco CV alto ou estágios II 
e III = MEV + Combinações (2 classes 
de anti-hipertensivos em doses baixas) 
Se o paciente não atingiu as metas ou 
efeitos colaterais limitantes = Aumentar 
d o s e o u A s s o c i a r n o v o a n t i -
hipertensivo ou Trocar anti-hipertensivo 
Qual anti-hipertensivo escolher?
FARMACOLOGIA 
ANTI-HIPERTENSIVOS 
DIURÉTICOS 
- Furosemida
- Hidroclorotiazida
- Clortalidona
- Indapamida
- Espironolactona 
Furosemida:
Cp de 40mg.
Mecanismo de ação: Inibição da bomba 
de sódio/potássio/Atpase, com essa 
inibição o paciente acaba expelindo água, 
sódio e potássio.
Pode ter uma tendência a hipovolemia e 
baixos níveis de sódio e potássio no 
organismo.
Biodisponibilidade de 60% - porcentagem 
ativa da droga no organismo.
Dose habitual: 20 - 160mg/dia.
Absorção TGI
E eliminação - 88% na urina.
P o d e t e r u m i n í c i o d e a ç ã o d e 
aproximadamente 30 a 60 minutos.
Pico da furosemida: 1-2 horas
Duração: 6 - 8 horas
Nome comercial mais famoso: LASIX
Não é aconselhado o uso na gestação e 
amamentação, pois atravessa a barreira 
placentária e também é excretado no leite.
Efeitos colaterais: 
- Nefrotoxicidade
- Ototoxicidade
- Insuficiência renal
- Alcalose metabólica
- LES (pode agravar)
- Toxicidade por lítio
A furosemida por mascarar o uso de 
medicamentos como anabolizantes. O 
uso do mesmo, em esportes de alto 
desempenho pode ser considerado como 
dopping.
Contraindicações: 
- Hipersensibilidade
- Insuficiência renal (anúria)
- Insuficiência hepática
- Hipovolemia
- Hipotensão
- Hipocalemia
Hidroclorotiazida 
Apresentação de comprimidos de 25 - 
50mg
Mecanismo de ação: in ib ição da 
reabsorção de sódio no túbulo distal.
Biodisponibilidade: 65-75%
Dose habitural: 25 - 100mg/dia
Absorção no TGI e eliminação na urina.
Tempo de início de ação: 2h
Pico: 1-5h
Duração: 6-12h
Em média, no início, durante 28 dias, tem 
um efeito puro diurético, depois desse 
tempo que ela vai atingir o efeito 
vasodilatador. Portanto, a avaliação do 
uso com relação aos níveis pressóricos, 
deve ser realizada depois do primeiro 
mês.
Contra ind icada para gestantes e 
lactantes.
Alguns estudos mostram uma relação do 
tipo dose-cumulativa e a incidência de 
carcinoma basocelular e câncer de lábio.
A hidrocloratiazida causa um mecanismo 
de hiperuricemia, ela retém a excreção de 
ácido úrico. Dessa forma, em pacientes 
portadores de gota, a hidrocloratiazida é 
contraindicada.
Efeitos colaterais: 
- Nefrotoxicidade
- Hipocalemia / hipocalcemia
- Hipovolemia
- Hiperuricemia / hiperglicemia
- Intoxicação digitálica (risco)
- LES (agravar) 
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Gota
- Insuficiência renal (anúria)
- Insuficiência hepática
- Hipovolemia
- Hipotensão
- Hipocalemia
Espironolactona 
Diurético poupador de potássio, ela 
impede a ligação dos receptores da 
aldosterona, que por sua vez, retém água 
e sódio e libera potássio. 
Apresentação: comprimidos 25 / 50 / 
100mg
Mecanismo de ação: inibe aldosterona
Biodisponibilidade > 90%
Dose habitual: 25 - 200mg/diaAbsorção: TGI
Eliminação: urina
Inicio de ação: 2-3dias
Tempo de duração: 48-72h
Efeitos colaterais:
- Neurotoxicidade
- Hipercalemia
- Hipermagnesemia
- Ginecomastia
- Redução da libido
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Insuficiência renal (anúria)
- Doença de Addison
BETABLOQUEADORES 
- Propranolol
- Metoprolol
- Bisoprolol
- Atenolol
- Nebivolol
- Carvedilol
Betabloqueadores seletivos (ß-1): 
Bisoprolol, Metoprolol, Atenolol, Nebivolol
Betabloqueadores não seletivos (ß1 e 
ß2): Propranolol. Nadolol, Pindolol
Duplo efeito (ß1 e alfa): Carvedilol
ß-1: cardíaco 
ß-2: pulmonar
Coração você só tem um, pulmão você 
tem dois.
1ª escolha para pacientes que tem angina, 
pois além de diminuir a FC ele diminui o 
consumo de miocárdio - O2. Com isso, 
ele acaba dilatando as coronárias.
Fármaco anti-anginoso.
Insuficiência Cardíaca (altera prognóstico): 
aumenta a taxa de mortalidade em 
aproximadamente 20% (bisoprolol, 
metoprolol, carvedilol, nebivolol)
Os BB não são utilizados em monoterapia 
usualmente, apenas em casos de 
ansiedade e enxaqueca.
BB X HAS 
Reduz a PA, mas o prognóstico não é 
bom. 
Metanálise com 22 estudos. 60mil 
pacientes hipertensos e o uso de BB pode 
aumentar o rico de eventos CV.
Incompatibilidade ventrículo-vascular.
Atenolol 
Apresentação: 25 / 50 / 100mg
Mecanismo de ação: inibe receptores ß-1
Biodisponibilidade: 46-60%
Dose habitual: 25 - 100mg/dia
Absorção: 50% TGI
Eliminado: fezes / urina
Tempo de início de ação: 60min
Pico: 2-4h
Duração: 24h
Não é indicado para gestantes e 
lactantes.
Efeitos colaterais:
- Bradicardia
- Disturbios Gastrointestinais
- Broncoespamos
- Redução da libido
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Bradicardia: 60bpm
- Bloqueios atrioventriculares
- Asma / DPOC
I N I B I D O R E S D A E N Z I M A 
CONVERSORA DE ANGIOTENSINA 
(IECA) 
- Captopril
- Lisinopril
- Enalapril
- Perindopril
- Ramipril
Atua inibindo a enzima conversora de 
angiotensina II (ECA)
Alguns estudos, afirmam que IECA são 
mais utilizados em pacientes brancos e os 
BCC são mais utilizados em pacientes 
negros.
Os pacientes negros norte-americanos 
tem uma menor expressão de ECA no 
pulmão, portanto o IECA, não vai 
funcionar.
Captopril 
Apresentação: 12,5 / 25 / 50mg
Mecanismo de ação: inibe ECA
Biodisponibilidade: 75%
Dose habitual: 50 - 150mg/dia (melhor 
usar 3x/dia)
Absorção: 75% TGI
Eliminação: urina
Inicio de ação: 15 - 60min
Pico: 60 - 90min
Duração: 6-12h
Não recomendados para gestantes e 
lactantes.
Efeitos adversos:
- Tosse: 5-20% dos usuários. Mulheres 
são mais afetadas. O tratamento seria a 
suspensão da medicação.
- Nefroproteção
- Angioedema
- Hipotensão
- Hipercalemia
- Lesões cutâneas
- Sintomas TGI
A tosse acontece, porque quando se faz a 
inibição da ECA, vai ocorrer a liberação de 
bradicinina, que é um potente estimulante 
da tosse.
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Hipercalemia
- Hipotensão
- Histórico de angioedema
- Insuficiência renal (Cr > 3mg/dl)
- Estenose bilateral artérias renais
- Uso concomitante de BRA
BLOQUEADOR DO RECEPTOR DE 
ANGIOTENSINA (BRA) 
- Losartana
- Valsartana
- Candersatana
- Olmesertana
Impedem a ligação de angiotensina 2 aos 
receptores AT1
BRA não causa tosse como os IECA, 
alteram prognóstico de insuficiência 
cardíaca e são nefroprotetores
Losartana: 
Apresentação: 25/50/100mg
Mecanismo de ação: bloqueio do receptor 
AT1
Biodisponibilidade: 33%
Dose habitual: 25 - 100mg/dia
Absorção: TGI
Eliminação: bile / fezes (60%) e urina 
(35%)
Inicio de ação: 1-4h
Pico: 5-6h
Duração: 24h
Não recomendado para gestantes e 
lactantes
Efeitos colaterais:
- Hipotensão
- Hipercalemia
- Lesões cutâneas
- Sintomas TGI
Contraindicações:
- Hipercalemia
- Hipersensibilidade
- Hipotensão
- Insuficiência renal (Cr > 3mg/dl)
- Estenose bilateral artérias renais
- Uso concomitante de IECA
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE 
CÁLCIO 
- Nifedipino
- Anlodipino
- Nimodipino
- Diltiazem
- Verapamil
Divididos em diidropiridínicos e os não 
diidropiridínicos.
Os diidropiridínicos atuam direto na 
musculatura celu lar l isa, gerando 
vasodilatação por conta da redução da 
resistência vascular periférica
- Nifedipino
- Anlodipino
- Nimodipino
Os não diidropiridínicos atuam de 2 
formas, primeiro no músculo cardíaco 
diretamente, gerando vasodilatação e no 
sistema de condução, reduzindo a FC. 
Não é tão eficaz na redução da FC como 
os BB, mas pode ser utilizado em vigência 
de uma contraindicação dos BB.
- Verapamil
- Diltiazem
Anlodipino 
Apresentação: 2,5 / 5 / 10mg
Mecanismo de ação: bloqueio de canais 
de cálcio
Biodisponibilidade: 64 - 90%
Dose habitual: 2,5 - 10mg/dia
Absorção: TGI
Eliminação: urina (60%)
Início de ação: 3-5h
Pico de ação: 6-12h
Duração: 24h
Recomendado evitar na gestação e 
lactação.
Efeitos colaterais:
- Edema periférico (2-11%)
- Flushing
- Taquicardia (diidropiridínicos)
- Palpitações
- Cefaleia
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Hipotensão
- Obstrução do trato de saúde do VE
- Deficiencia de glicerol quinase
VASODILATADORES 
- Hidralazina
- Minoxidil
Mecanismo de ação: célula muscular lisa 
das arteríolas, impedindo o fluxo de cálcio 
para dentro do retículo plasmático, 
causando uma vasodilatação
Hidralazina 
Apresentação: 25 / 50 / 100mg
Biodisponibilidade: 25 - 55%
Dose habitual: 75 - 300mg/dia
Absorção: TGI
Eliminação: urina
Inicio de ação: 45 min
Pico de ação: 1-2h
Duração: 2-4h
Permitido o uso na gestação e lactação
Muito utilizado em gestantes com pré-
eclâmpsia
Efeitos colaterais:
- Cefaleia
- Angina
- Flushing
- Sintomas GI
- LES (indução)
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Insuficiência de VD
- IC de alto débito
- Hipotensão
- LES idiopático
AGENTES DE AÇÃO CENTRAL (ALFA-
AGONISTAS) 
- Met i ldopa (pr imei ra escolha no 
tratamento de HAS em gestantes)
- Clonidina
A clonidina estimula os receptores alfa-
adrenérgicos no SNC. Reduzindo o fluxo 
simpático e gerando vasodilatação e 
reduzindo o sinal de dor.
Clonidina: 
Apresentação: 0,1 / 0,15 / 0,20mg
Mecanismo de ação: estímulo receptores 
alfa
Biodisponibilidade: 75 - 95%
Dose habitual: 0,2 - 0,6mg/dia
Absorção: TGI
Eliminação: urina
Tempo de ação: 30 - 60min (usado em 
urgencia hipertensiva)
Pico de ação: 1-3h
Duração: 8h
Evitar durante gestação ou lactação
A clonidina do tipo transdérmica reduz 
efeitos adversos.
Pode dar uma sonolência entre 2-38% 
dos casos
Efeitos colaterais:
- Sonolência
- Cefaleia
- Fadiga
- Tonteira
- Erupções cutâneas
- Xerostomia
- Dor abdominal
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Galactosemia
- BAV (b loque io a t r i oven t r i cu la r ) 
avançado
ALFA-BLOQUEADORES 
- Doxazosina
- Prazosina
Prazosina 
Inibe receptores alfa-adrenérgicos (pós 
sinápticos) gerando uma vasodilatação.
Apresentação: 1 / 2 /4mg
Biodisponibilidade: 50-70%
Dose habitual: 1 - 20mg/dia
Absorção: TGI
Eliminação: urina
Tempo de inicio: 30 - 90min
Pico: 2-4h
Duração: 10 - 24h
Contraindicada para gestação e Lactação
Efeitos colaterais:
- Palpitações
- Sonolência
- Cefaleia
- Fadiga
- Fraqueza muscular (7%)
Contraindicações:
- Hipersensibilidade
- Angina
- Depressão do SNC
- Síndrome da íris flexível
- Priapismo

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