Buscar

Fisiologia da Dor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dor 1
💥
Dor
Class Fisiologia SNC
Created
Reviewed
A percepção de dor é subjetiva e influenciada por uma gama de fatores. 
Estímulos idênticos podem induzir diferentes respostas.
A dor não é uma expressão direta de um evento sensorial.
Receptores Para a Dor e Sua Estimulação
Nociceptores
Uma das categorias de receptores sensoriais são os nociceptores, que tem 
a capacidade de detectar estímulos físicos ou químicos que indicam a 
presença de dano tecidual ou que poderiam o causar.
Esses receptores são classificados como terminações nervosas livres, ou 
seja, em que as pontas de cada uma das fibras não são mielinizadas. Esses 
receptores são encontrados em altas quantidades principalmente na pele, 
onde as fibras emergem de redes nervosas subepiteliais e ramificam-se 
entre as células da epiderme. Também são encontrados em alguns tecidos 
internos como periósteo, superfícies articulares, paredes de vasos e a foice 
e tentório da abóboda craniana. Estão presentes muito mais esparsamente 
em outros tecidos profundos.
Os nociceptores são capazes de sinalizar dois tipos de dor: a rápida 
(também chamada de primeira dor), que ocorre dentro de 0,1 segundos 
depois do estímulo e está relacionada a cortes, punções e queimaduras 
agudas, e a dor lenta (segunda dor), que ocorre após um segundo ou mais 
depois do estímulo e está relacionada a processos de destruição tecidual 
como inflamação. A dor lenta pode ser sentida em tecidos profundos do 
corpo, diferente da rápida.
Sep 6, 2020 140 AM
Dor 2
Cada tipo de estímulo doloroso é transmitido por um tipo de fibra nervosa : 
o estímulo da dor rápida é transmitida por fibras do tipo Aδ enquanto a dor 
lenta é transmitida por fibras do tipo C.
Uma característica especial dos nociceptores em relação aos outros 
receptores sensoriais é que eles se adaptam muito pouco ou não se 
adaptam, ou seja, mesmo com um estímulo continuo os receptores 
continuam enviando impulsos com a mesma frequência. Inclusive, em 
algumas situações a excitação das fibras dolorosas fica progressivamente 
maior quanto mais duradouro for o estímulo, principalmente se esse 
estímulo for de dor lenta, esse aumento de sensibilidade se chama 
hiperalgesia. Pelo mesmo princípio também se observa que estímulos que 
normalmente seriam inócuos tornam-se dolorosos, esse fenômeno é 
chamado de alodinia.
Fonte: Ângelo Machado FIGURA 10.1
Dor 3
Tipos de Estímulo
Os nociceptores são excitados por três diferentes tipos de estímulo: 
mecânicos, térmicos e químicos. 
Dependendo dos estímulos reconhecidos os receptores podem ser 
classificados como polimodais, que reconhecem dois ou mais tipos de 
estímulo, ou unimodais, que reconhecem apenas um. Os receptores 
polimodais representam a grande maioria dos nociceptores.
Estímulos Térmicos
O reconhecimento da temperatura pelos nociceptores é realizado por um 
grupo de canais iônicos de membrana chamados canais TRP (transient 
receptor potential). Cada um dos canais é responsável por identificar uma 
faixa de temperatura específica, além disso, alguns desses canais também 
podem se ligar a substâncias específicas, que simulam a sensação de uma 
temperatura. 
Esses canais estão presentes tanto em fibras C quanto Aδ.
Os canais TRPV1 são ativados quando entram em contato com uma 
temperatura acima de 43°, que representa o limiar da dor em humanos. 
Esses canais também tem a capacidade de se ligar à capsaicina, o que 
explica a sensação de queimação causada pelas pimentas.
Os canais TRPV2 são ativados em temperaturas ainda mais elevadas, 
acima de 52°.
Os canais TRPA1 e TRPM8 identificam temperaturas abaixo de 15° e 25°, 
respectivamente e são responsáveis pela sensação de frio doloroso que é 
transmitida abaixo de 15° (as fibras C que respondem ao frio estão 
localizadas na região da lâmina I do corno dorsal da medula espinhal). Os 
canais TRPA1 também são abertos em contato com compostos presentes 
no wasabi e mostarda. Enquanto o mentol, presente na menta, pode ativar 
os canais TRPM8.
Estímulos Mecânicos
Quando ocorre um estímulo mecânico exacerbado na região do nociceptor 
ou em algum tecido nas redondezas esse estímulo torna-se doloroso.
Em geral, as fibras podem ser consideradas de limiar alto ou baixo para a 
estimulação mecânica, sendo que algumas são completamente insensíveis 
Dor 4
(silenciosas). Essas fibras silenciosas podem, porém, ser excitadas por 
estímulos mecânicos quando ocorre o fenômeno da alodinia.
Os canais de membrana específicos que reconhecem os estímulos 
mecânicos ainda não estão muito bem descritos mas incluem os canais 
KCNK de potássio, canais Piezo2 e possivelmente os canais do tipo ASIC 
(acid-sensing ion channel) por homologia estrutural.
Estímulos Químicos
Os estímulos químicos estão intimamente relacionados com lesão tecidual 
e as substâncias liberadas durante o processo inflamatório, e , 
consequentemente, estão ligados à transmissão da dor lenta carregada 
pelas fibras do tipo C.
Os tecidos lesionados liberam uma série de substâncias (designada sopa 
inflamatória) que podem atuar como mediadores químicos na 
sensibilização periférica, mediada por proteínas quínases A e C (PKA e 
PKC.
Entre as principais substâncias envolvidas no processo inflamatório 
capazes de serem reconhecidas pelos nociceptores está a bradicinina. Os 
mastócitos e basófilos degranulam bradicinogênio em sítios de inflamação, 
a inflamação ativa proteínas proteolíticas, como a calicreína (do sistema 
calicreína-cinina) que cliva o bradicinogênio em sua forma ativa, 
bradicinina. A bradicinina se une a receptores acoplados à proteína G B1 e 
B2 para ativar a fosfolipase C, que hidrolisa o fosfatidinilinositol bifosfato 
PIP2 na membrana produzindo 1,4,5-trifosfato de inositol IP3 e libera o 
Ca2 dos depósitos intercelulares. A atividade dos canais TRP é regulada 
pela PKC, recém ativada. Com isso, os canais TRPV1 são sensibilizados, o 
que leva à sua abertura e consequentemente, ao influxo de Ca2.
Citocinas e fatores de crescimento liberados durante a inflamação também 
podem excitar nociceptores. O Fator de crescimento nervoso NGF liga-se 
ao receptor TRKA, de forma a induzir a sensibilização de TRPV1 por meio 
da PKC. Sua importância também está relacionada à sua ação no corpo 
neuronal dos neurônios primários, onde ele atua aumentando a produção 
de substância P, CGRP e BDNF, bem como de receptores ASICs, TRPV1 e 
Nav1.8, que ao migrarem para a membrana terminal ou axonal, irão 
aumentar a sensibilização periférica. Já as citocinas, principalmente 
representadas pelo fator de necrose tumoral TNF e interleucinas 1β e 6, 
Dor 5
tem como alvo principal a ativação de PKA e PKC. Essas proteínas quínases 
levam à fosforilação de TRPV1, reduzindo seu limiar de ativação e 
consequentemente tornando-o mais responsivo a estímulos.
Outras substâncias do processo inflamatório que induzem diretamente o 
estímulo da dor dão os prótons, que ativam ASICs e canais TRPV1, ATP, 
que ativa P2RX2 e P2RX3 (canais permeáveis a cátions) e P2RY2 (receptor 
associado à proteína G, serotonina e histamina.
O lipídeo anandamida (agonista canabinoide endógeno) também ativa os 
canais TRPV1 e desencadeia dor associada à inflamação
Algumas substâncias diretamente relacionadas com a lesão celular também 
afetam os nociceptores ao atacar diretamente os receptores e torna-los 
mais permeáveis a íons. Esse processo ocorre com o aumento da 
concentração de enzimas proteolíticas e íons de potássio por exemplo.
Durante a isquemia tecidual, além das substâncias liberadas por lesão 
celular, também ocorre liberação de ácido lático decorrente do 
metabolismo anaeróbio. O ácido lático também é capaz de estimular 
nociceptores.
Existem ainda algumas substâncias que, apesar de não excitarem 
diretamente as terminações nervosas, são capazes de diminuir o limiar da 
dor, sensibilizando os receptores. Substâncias como prostaglandinas e a 
substância P possuem esse mecanismo de ação.
Prostaglandina 2 é um importante mediador da dor inflamatória,que pode 
se ligar a 4 diferentes subtipos de receptores localizados nos neurônios 
sensitivos: EP1, EP3a, EP3b e EP4. A ativação dos receptores EP2 e EP4 é 
responsável por aumento de liberação de transmissores pelos neurônios 
sensoriais aferentes, tais receptores são acoplados a proteínas Gαs e 
AMPc-dependente proteína quinase A. Portanto, a ação de muitos 
analgésicos não esteroides anti-inflamatórios é voltada para a diminuição 
de sua produção, efeito obtido ao se interferir na ação das enzimas COX, 
que metabolizam o ácido araquidônico (produzido a partir do aumento de 
cálcio intracelular) em prostaglandinas.
ATP, acetilcolina e serotonina também são liberados das células endoteliais 
danificadas e das plaquetas e agem indiretamente na sensibilização dos 
nociceptores por desencadearem liberação de agentes químicos 
(prostaglandinas e bradicininas)
Dor 6
Fonte: Basic Neurochemistry FIGURA 541
Como ocorre a transdução da dor?
O rompimento de uma célula (membrana plasmática) faz extravasar K para
o ambiente extracelular, despolarizando a via da dor.
O rompimento da MP também ativa enzimas que produzem prostaglandinas 
(lipídeos) produzidos a partir da membrana da célula. 
As prostaglandias também são vasodilatadoras e aumentam o edema 
atraindo mastócitos.
Os mastócitos sob influência da substância P e prostaglandinas fazem a 
degranulação, liberando histamina, que aumenta o edema 
Os estímulos dolorosos atuam de forma sinérgica amplificando o sinal da 
dor 
Isso gera um potencial de ação nociceptivo
O sinal nociceptivo também pode voltar para a área lesada, voltando para 
estimular os mastócitos e vasos sanguíneos (vasodilatação) → amplificação
A via sensorial primária é tanto aferente SNC quanto eferente (volta para 
a área lesada)
Neurotransmissores
Dor 7
O glutamato é estocado em vesículas pequenas e os peptídeos em vesículas 
grandes nos terminais centrais dos neurônios sensoriais nociceptivos. Os 
locais distintos permitem que esses neurotransmissores sejam liberados em 
condições diferentes. 
Glutamato
O glutamato é o principal neurotransmissor dos os neurônios sensoriais 
primários, independentemente da modalidade sensorial. 
Neuropeptídeos
Os neuropeptídeos são liberados como cotransmissores por muitos 
nociceptores com axônios amielínicos, como as fibras C. Esses peptídeos 
incluem a substância P, o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, a 
somatostatina e a galanina.
A substância P (da família dos peptídeos neurocinina) é liberada dos 
terminais centrais dos neurônios aferentes nociceptivos em resposta à 
lesão tecidual ou após estimulação intensa dos nervos periféricos. 
Sua interação com os receptores neurocinina nos neurônios do corno 
dorsal provoca potenciais pós-sinápticos excitatórios lentos que 
prolongam a despolarização induzida pelo glutamato. 
Como os neuropeptídeos não são recaptados de maneira eficientes, eles 
difundem-se a uma distância maior que o glutamato. Com isso, possuem 
uma maior influência excitatória em neurônios do corno dorsal. Isto pode 
contribuir para o caráter difuso de muitas condições dolorosas. 
Os níveis de expressão de neuropeptídeos também podem estar 
aumentados em algumas condições patológicas, contribuiindo para o 
aumento da excitabilidade dos neurônios no corno dorsal que acompanha 
alguns estados de dor crônica.
💡 Um método de tratamento para pacientes com síndrome da dor 
crônica está sendo investigado pela interação dos neuropeptídeos 
com seus receptores. A infusão de substância P associada à uma 
neurotoxina no corno dorsal de animais, produz uma destruição 
seletiva de neurônios que expressam receptores neurocinina. Animais 
tratados com essa infusão acabam não desenvolvendo sensibilização 
central.
Dor 8
Dor 9
Codificação do sinal nociceptivo, hiperalgesia 
primária
A bradicinina, prostaglandida, histamina se espalham para regiões 
adjacentes onde não houve lesão e vão estimular neurônios ao lado da área 
lesada
Inflamação do tecido resultado de lesão periférica (rubor e edema).
O fator de crescimento neural NGF, nerve growth factor) também está 
ativo nos estados inflamatórios dolorosos. Inclusive, sua síntese está 
aumentada em muitos tecidos periféricos inflamados. Moléculas que 
neutralizam o NGF são agentes analgésicos efetivos nos modelos animais 
de dor persistente
A expressão de fator neurotrófico derivado do encéfalo BDNF, brain 
derived neurotrophic factor) também está elevada nos neurônios 
nociceptivos sob condições de dor inflamatória e neuropática. 
O BDNF é transportado para os terminais centrais dos aferentes primários 
no corno dorsal e então liberado. Fármacos que inibem sua expressão 
podem ser utilizados como analgésicos
Dor 10
A sensibilidade aumentada é mediada por lesão persistente, as fibras C 
disparam potenciais repetidamente e a resposta do corno dorsal aumenta 
de forma progressiva. 
Esse aumento tem sido chamado de potenciação da dor (wind up) e 
acredita-se que envolve receptores para glutamato do tipo N-metil-D
aspartato NMDA
A exposição repetida ao estímulo nocivo resulta em mudanças a longo 
prazo na resposta neuronal. Esse fenômeno é chamado de sensibilização 
central e constituem em uma ''memória'' dos sinais de entrada da fibra C. 
Essa via também envolve o recrutamento de vias de segundos 
mensageiros e ativação de proteínas-quinase que têm sido implicadas no 
armazenamento da memória em outras regiões do sistema nervoso 
central.
A sensibilização central ocorre quando os neurotransmissores atuam de 
forma sinérgica gerndo uma amplificação no corno dorsal da medula, por 
meio da seguinte cascata: ativação da fosfolipase C induz a mobilização de 
Ca+ do retículo endoplasmático, o aumento do cálcio intracelular dos 
neurônios pós-sinápticos faz com que o estímulo dure mais tempo. A 
remoção de Mg+ que bloqueava o canal iônico NMDA também contribui 
com o aumento de Ca+ intracelular.
Essa concentração de Ca+ leva à ativação de diversas proteínas quinases 
PKA, PKC, SRC, CAMK2 e MAP, que têm como um de seus alvos os 
receptores glutamatérgicos. Há ainda a fosforilação das subunidades do 
receptor NMDA e adição de mais receptores AMPA à membrana pós-
sináptica, aumentando a excitabilidade da membrana pós sináptica. 
Quando o estímulo é continuado pode haver a fosforilação da CREB (cAMP
responsive element binding protein) -induzida pelas MAP quinases-, que 
por fim, configurará a transcrição genética de forma a manter os neurônios 
do corno dorsal em um estado sensibilizado, através de genes como c-fos, 
TRKB e COX2.
Essas condições acarretam a alteração na excitabilidade dos neurônios, 
podendo diminuir o limiar da dor e levar à dor espontânea. Um fenômeno 
conhecido desse tipo de dor é a dor do membro-fantasma, uma sensação 
de dor persistente que aparece após a amputação de um membro.
Dor 11
Formação das prostaglandinas
Originadas de fosfolípideos de membrana → que ativam fosfolipases que as 
transformam em ácido aracdônico
O ácido aracdônico → enzima ciclo-oxigenase → transforma o ac. 
aracdônico em prostaglandinas PGE, tromboxanas)
💡 Importância médica: reduzir a transdução de dor - muito utilizada a 
inibição da ciclo-oxigenase COX - ex. ácido acetilsalicílico e outros 
AINEs
Vias aferentes
Existem cinco vias ascendentes principais (trato espinotalâmico, 
espinorreticular, espinomesencéfalico, cervicotalâmico e espino-
hipotalâmico) que contribuem para o processamento central nociceptivo
Dor 12
Penetram pelo ramo dorsal da medula e fazem sinapse com neurônios de 
projeção
As fibras Aβ também fazem sinapse com neurônios de projeção 
Dor rápida e dor lenta: tipos de fibras de primeira ordem
Fibras Aδ
Fracamente mielinizadas
Fazem sinpase na lâmina I, II e lâmina V
Aδ são sensíveis a estímulos mecânicos ou térmicos (acima de 43ºC
Aδ: produz dor rápida → início e finalização rápida
Libera glutamato como neurotransmissor (excitatório que utiliza o Cálcio 
para despolarizar a membrana)
Fibras C
AmielinizadasFazem sinapse na lâmina I e II (frio)
C são polimodais → sensíveis a estímulos térmicos, mecânicos, químicos
C produz dor prolongada → início mais lento e dor aumenta 
progressivamente
Libera glutamato como neurotransmissor (excitatório que utiliza o Cálcio 
para despolarizar a membrana)
As fibras C também contêm substância P (peptídeo) armazenada em 
vesículas no terminal sináptico
A substância P prolonga a duração da despolarização da membrana pós-
sináptica (maior intensidade)
Tipos de receptores para dor: nociceptores
Classes de dor
Dor nociceptiva: mediada pela ativação dos nociceptores na pele ou nos 
tecidos moles em resposta à lesão tecidual, geralmente após uma 
inflamação. Distensões e entorses também produzem dor nociceptiva 
moderada e doenças inflamatórias articulares progresssivas ou tumores 
produzem dor mais intensa. 
Dor 13
Dor neuropática: injúria direta dos nervos no sistema nervoso periférico ou 
central, pode ser acompanhada de sensação de queimação ou choque. 
Inclui as síndromes da distrofia simpático- reflexa (síndrome de dor 
regional complexa), e a neuralgia pós-herpética (herpes zóster), uma dor 
grave ex-perimentada pelos pacientes após surtos de herpes. Outra tipo 
dor neuropática é a dor do membro-fantasma, que pode ocorrer após uma 
amputação de um membro. A dor neuropática também pode ocorrer sem a 
necessidade de um estímulo, fenômeno conhecico como anestesia 
dolorosa, que pode ser desencadeada após tentativas de bloquear a dor 
crônica após uma transecção terapêutica das fibras aferentes dorsais 
(rizotomia seletiva).
Fibras do tipo C → receptores silenciosos (diferente das polimodais)
Acionados pela consequência inflamatória da lesão inicial
Prostaglandina 2
Nessa etapa, a prostaglandina 2 atua nos interneurônios inibitórios do corno 
dorsal ligando-se ao receptor EP2. Através da fosforilação da subunidade α3 
do receptor de glicina mediada pela PKA, diminuindo a transmissão 
glicinérgica.
Trato espinotalâmico anterolateral
É a via mais predominante da medula espinal, inclui axônios de neurônios 
específicos (termossensíveis e os de amplo espectro dinâmico das lâminas 
I e V a VII do corno dorsal.
Os axônios entram pelo corno dorsal, fazem sinapse com neurônios de 
segunda ordem decussam a linha média da medula espinhal e ascendem 
pela substância branca anterolateral até o núcleo ventral posterolateral do 
tálamo
Esse trato tem um papel crucial na percepção de dor, apenas sua 
estimulação elétrica é capaz de provocar sensações dolorosas
A lesão desse trato (cordotomia anterolateral) pode resultar em hipoalgesia 
contralateral
Dor 14
Trato espinorreticular
Axônios dos neurônios de projeção das lâminas VII e VIII que ascendem 
pela substância branca na região anterolateral até a formação reticular no 
bulbo e ponte
Esse trato contém axônios que decussam e que não decussam na linha 
média
Trato espinomesencefálico
Axônios das lâminas I e V
Se projeta para a formação reticular mesencefálica, substância cinzental 
periaquedutal e núcleo parabraquial (neurônios desse núcleo se projetam 
para a amígdala, componente do sistema límbico)
Esse trato tem relação com o caráter afetivo (emocional) da dor
Trato cervicotalâmico
Axônios das lâminas III e IV
Originam-se dos segmentos cervicais superiores contendo os neurônios do 
núcleo cervical lateral
A maioria decussa na linha média e ascende pelo lemnisco medial do 
tronco encefálico até os nucléos mesencefálicos e posteromedial do 
tálamo
Alguns axônios das lâminas III e IV emitem seus axônios diretamente para a 
coluna dorsal e terminam no bulbo nos núcleos grácil e cuneiforme 
Trato espino-hipotalâmico
Axônios das lâminas I, V e VIII 
Axônios se projetam para os núcleos hipotalâmicos
Essa via pode desencadear alterações viscerais, como o aumento da 
frequência cardíaca e repiratória, modificação dos movimentos 
peristálticos, midríase etc. O hipotálamo é um centro de controle que faz 
conexões com a hipófise que podem mediar endocrinamente a liberação de 
cortisol pelas suprarrenais em situações de estresse (como nas condições 
dolorosas)
Trato trigemiotalâmico (craniano)
Dor 15
A sensibilidade dolorosa da face é mediada pelo V par de nervo craniano, o 
nervo trigêmio. 
As fibras do NC V fazem sinapse com os neurônios sensoriais secundários 
no núcleo espinhal do trigêmeo no tronco 
encefálico. 
Os axônios desses neurônios decussam e ascendem ao tálamo pelo 
lemnisco trigeminal
Dor 16
Vias descendentes (modulatórias)
Fibras nervosas de núcleos superiores do nosso SNC que modulam a 
atividade de neurônios mais inferiores (monoaminérgicas)
Substância cinzenta periaquedutal → ativada em situações extremas 
(grande estresse) → projeta neurônios descendentes que fazem sinapse 
Dor 17
com o locus coeruleus (núcleo noradrenérgico com projeções 
prosencefálicas e descendentes para o corno posterior da medula espinal)
Núcleos da Rafe (no bulbo) → sintetiza serotonina → projeção 
descendente para o corno posterior da medula espinal
Os neurônios da substância cinzenta periaquedutal estimulam o locus 
coeruleus e os núcleos da Rafe 
A ativação do locus coeruleus aumentará a atividade noradrenérgica no 
corno posterior e a ativação dos núcleos da Rafe a atividade serotonérgica
Quando o axônio entra no corno posterior para fazer sinapse com o 
neurônio de projeção há um interneurônio encefalinérgico (opioide 
endógeno) → este interneurônio é excitado pelas vias descendentes 
noradrenérgias e serotinérgicas
O interneurônio encefalinérgico tem uma ação inibitória sobre a sinapse do 
neurônio nociceptivo + projeção
A encefalina fecha canais de Ca+ ou aumenta o efluxo de K 
(hiperpolarização)
As vias descendentes também podem atuar diretamente sobre o neurônio 
de projeção, inibindo-o
Sistema opioide endógeno 
As substâncias que causam efeito de analgesia endógena são chamadas 
conjuntamente de endorfinas 
Neurônio de primeira ordem da dor é um neurônio cujo terminal sináptico 
tem como neurotransmissor o glutamato e pode ter também 
neuropeptídeos
Normalmente, o receptor nociceptivo é ativado pelo estímulo nocivo, 
geram-se potenciais de ação que chegam no terminal sináptico (abrir 
canais de Cálcio na membrana pré-sináptica promove a liberação do 
conteúdo das vesículas) excitando a via de projeção.
A encefalina ativada pelo sistema descendente 
(noradrenérgico/serotonérgico) atua em dois pontos (célula pré e pós-
sináptica)
Na célula pré-sinápica estabiliza os canais de Ca2, impedindo sua 
abertura e liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica. Dessa 
Dor 18
forma, não há estímulo do potencial nocivo para os centros encefálicos
Na célula pós-sináptica a encefalina atua nos canais de K, aumentando o 
efluxo de potássio, causando uma hiperpolarização, que reduz a 
transmissão do potencial de ação
💡 O efeito da encefalina é o mesmo da morfina
 Corticalização da dor
O tálamo funciona como uma centro de retransmissão do SNC, mais 
especificamente o isocórtex, transmitindo e modulando diversos impulsos 
ao córtex. 
O isocórtex pode ser subdividido em seis camadas: camada molecular, 
camada granular externa, camada piramidal externa, camada granular 
interna, camada piramidal interna e camada de células fusiformes. 
As fibras que entram no córtex podem ser de projeção (relacionadas com a 
sensibilidade e com a motricidade) ou de associação (relacionadas com o 
processamento de informações mais complexas). 
As fibras de projeção aferentes podem ter origem talâmica ou 
extratalâmicas, mas o maior contingente é de origem talâmica, por meio 
das fibras do sistema ativador reticular ascendente SARA. 
As radiações talâmicas originadas nos núcleos específicos do tálamo 
terminam na camada granular interna, uma área muito desenvolvida nas 
áreas sensitivas do córtex.
Sobre o córtex cerebral:
O córtex cerebral não é homogêneo em toda a sua extensão, o que permite 
a individualização de várias áreas. 
Quando pensamos em relação a classificação citoarquiteturaldo córtex, 
percebemos que é divido em numerosas áreas, havendo vários mapas de 
divisão. A divisão mais aceita é a de Brodmann, que identificou 52 áreas 
designadas por números. 
Dor 19
As diversas áreas corticais podem ser classificadas em grupos maiores, de 
acordo com suas características comuns. Do ponto de vista funcional, as 
áreas corticais também não são homogêneas e conhecer as localidades 
funcionais no córtex é de grande importância, inclusive para a 
compreensão do processamento da dor. 
As áreas sensitivas do córtex estão distribuídas nos lobos parietal, 
temporal e occipital, elas dividem-se em áreas sensitivas primárias (de 
projeção) – relacionadas com a sensação do estímulo recebido - e 
secundárias (de associação) – relacionadas à percepção de características 
específicas desse estímulo. 
Figura 26.1 do livro de neuroanatomia funcional 3ºEd., Angelo Machado)
A área somestésica primária S1 está localizada no giro pós-central, que 
corresponde as áreas 3, 1 e 2 de Brodmann. A área 3 localiza-se no fundo 
do sulco central, enquanto as áreas 1 e 2 aparecem na superfície do giro 
pós-central. 
Na área somestésica primária, chegam radiações talâmicas que se originam 
nos núcleos ventral posterolateral e ventral posteromedial do tálamo e 
Dor 20
trazem impulsos nervosos relacionados a temperatura, dor, pressão, tato e 
propriocepção consciente da metade oposta do corpo. 
 Quando se estimula eletricamente a área somestésica, o indivíduo tem 
manifestações sensitivas em partes determinadas do corpo, porém mal 
definidas, do tipo dormência ou formigamento. Por outro lado, se são 
estimulados receptores exteroceptivos, ou quando são ativados receptores 
proprioceptivos, pode-se tomar potenciais evocados nas partes 
correspondentes da área somestésica. 
Assim, pode- se concluir que exite correspondência entre partes do corpo 
e partes da área somestésica (somatotopia). Para representar essa 
somatotopia, Penfielde Rasmussen imaginaram um "homúnculo sensitivo" 
de cabeça para baixo no giro pós-central.
💡 Clínica: o mapa do "homúnculo sensitivo está relacionado com a "dor 
do membro fantasma". O fenômeno ocorre porque o mapa cerebral 
do membro perdido permanece inalterado.
Dor 21
Figura 26.3 do livro de neuroanatomia funcional 3ºEd., Angelo Machado)
💡 Clínica: é importante salientar que, se ocorrer uma lesão nessas áreas 
somestésicas, as modalidades mais grosseiras de sensibilidade, tais 
como a sensibilidade dolorosa, permanecem praticamente 
inalteradas, pois elas se tornam conscientes em nível talâmico.
Já a área somestésica secundária S2 está localizada no lobo parietal 
superior, logo atrás da área somestésica primária, e corresponde a área 5 e 
parte da área 7 de Brodmann – e, enquanto a área SI codifica 
topograficamente as informações nociceptivas de intensidades diferentes, 
a área SII está relacionada com a codificação temporal da informação 
dolorosa.
💡 Clínica: uma lesão no núcleo ventral póstero-lateral do Tálamo 
interrompe a via ao córtex, causando incapacidade de localizar 
estímulos dolorosos apesar de se sentir os aspectos afetivos 
(emocionais) da dor. Essa relação será explicada posteriormente.)
Sobre a ínsula
Outra área muito importante e que está relacionada com o processamento da 
dor é o córtex insular, que irá contribuir para a regulação da atividade 
autonômica durante os processos dolorosos. 
Ele pertence a área de associações terciárias, essas áreas são 
supramodais, ou seja, não se relacionam isoladamente com nenhuma 
modalidade sensorial.
Recebem e integram informações sensoriais já elaboradas por todas as 
áreas secundárias e são responsáveis também pela elaboração das 
diversas estratégias comportamentais. 
A área do córtex insular foi por muito tempo considerada uma das “áreas 
cegas” do cérebro, mas atualmente está ocorrendo uma explosão de 
informações a respeito da insula. Hoje, já se sabe que o córtex insular 
Dor 22
posterior é isocórtex heterotípico granular, característico das áreas de 
projeções primárias, como as sensoriais viscerais. Já o córtex insular 
anterior é isocórtex homótipo, característicos das áreas de associação de 
percepção dos componentes subjetivos das emoções. 
A interação sensório-límbica é essencial para a resposta apropriada no 
contexto afetivo emocional da percepção da dor.
O giro do cíngulo e a dor
O giro do cíngulo, também conhecido como giro cingulado, é uma parte 
muito importante do cérebro, pois desempenha um papel essencial de 
conexão entre o sistema límbico e o neocórtex. 
Ele localiza-se próximo da superfície do corpo caloso e apresenta um 
formato arqueado. 
Há bastante tempo, sabe-se que a ablação do giro do cíngulo em 
carnívoros selvagens domestica o animal. No homem, a cingulectomia já foi 
empregada no tratamento de psicóticos agressivos. 
Sabe-se, hoje, que esses efeitos se devem à destruição do córtex cingular 
anterior, pois apenas a parte anterior do giro do cíngulo relaciona-se com o 
processamento das emoções. 
Estudos recentes apontam que as dores emocionais, à nível biológico, 
podem ser comparadas as dores físicas. O que parece acontecer é que a 
mesma região do cérebro que é estimulada em situações emocionais de 
origem pessoal e/ou social, como a dor de um desgosto amoroso é a 
mesma estrutura que é responsável em situações de dores físicas. 
Outro fator que contribui para isso é a riqueza de receptores para opioides, 
como a morfina, presentes no giro do cíngulo anterior. 
Dor 23
💡 Clínica: por volta dos anos 50, passou a ser realizado um 
procedimento cirúrigo denominado Cingulectomia. Esta cirurgia 
consistia em remover uma parte do Giro do Cingulo Anterior Dorsal, 
ou desativar estas estruturas do restante cérebro. Como resultado, 
os pacientes referiam ao médico que ainda sentiam dor, sabiam 
localizar exatamente onde estava a dor; no entanto, eles afirmam que 
a dor não os incomodava tanto, não era mais angustiante. A mesma 
cirurgia foi testada em dores emocionais e casos de depressão, e o 
efeito foi realmente muito satisfatório.
Relação entre memória e dor
Memórias dolorosas geram aprendizado e atenção.
Os neurônios nociceptores e os neurônios centrais que recebem suas 
projeções mostram notável plasticidade após a lesão. Essa plasticidade 
resulta na amplificação da sinalização da dor que agora, à luz dos 
Dor 24
conhecimentos evolutivos, é entendida como crucial para a recuperação e 
sobrevivência dos organismos após a lesão.
Esses mesmos mecanismos de plasticidade, que possuem uma notável 
semelhança com os mecanismos moleculares envolvidos nos processos de 
aprendizagem e memória em outras regiões do cérebro, incluindo o 
hipocampo e o córtex cerebral, podem conduzir um processo de dor aguda 
à uma transição para um estado de dor crônica não adaptativa se não 
forem bem integrados ao processo de cura. 
A plasticidade nociceptiva fornece uma vantagem adaptativa aos 
organismos, por exemplo a hiperalgesia, ou amplificação da dor, que está 
relacionada com o extinto de proteger a área lesionada. 
Os mecanismos de memória e dor estão ligados, principalmente, ao 
conceito de que a plasticidade do corno dorsal espinhal compartilha 
semelhanças moleculares, neurofisiológicas e estruturais com a 
plasticidade em outras regiões do cérebro que estão envolvidas no 
aprendizado e na memória.
Um conceito importante na literatura sobre a aprendizagem e a memória 
dolorosa é a ideia de reconsolidação, mecanismo de atualização de 
memória durante o qual um traço de momória pode se tornar instável e 
suscetível a intervenções comportamentais. Os experimentos mais 
clássicos envolvem condicionamento pelo medo. Nesses testes, um animal 
é treinado para temer um estímulo doloroso, por exemplo, camundongos 
que são treinados a temer um estímulo neutro por meio do 
emparelhamento com um choque nas patas.
Há dois mecanismos potenciais principais para a memória da dor: primeiro, 
refere-se as mudanças na expressão gênica em nociceptores periféricosque alteram permanentemente o fenótipo e a função desses neurônios 
cruciais para a plasticidade da dor e, o segundo, refere-se as mudanças na 
força sináptica no corno dorsal orientados por mecanismos que 
desempenham um papel ativo na manutenção de um estado de dor 
crônica.
Dor 25
💡 Clínica: pacientes com dor crônica geralmente apresentam 
hiperalgesia (percepção exagerada da dor) e alodinia (percepção da 
dor com estimulação inócua). Por exemplo, descobriu-se que os 
limiares de dor eram significativamente mais baixos em pacientes 
com dores crônicas nas costas e dores de cabeça episódicas, cada 
vez mais quanto mais a dor crônica se manifestava.
Referências Bibliográficas
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: Desvendando 
o sistema nervoso. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.
BRADY, S. T. et al. Basic Neurochemistry: principles of molecular, cellular and 
medical neurobiology. 8ª. ed. San Diego: Elsevier, 2012.
GUYTON, A.C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13ª. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2017.
KANDEL, E.R.; SCHWARTZ, J.H.; JESSELL, T.M. Princípios da Neurociência. 5ª. 
ed. São Paulo: Manole, 2014.
KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Berne e Levy fisiologia. 7ª. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2018.
MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 
2014.
MENON, V.; UDDIN, L. Q. Saliency, switching, attention and control: a network 
model of insula function. Brain Struct Funct. 2010;21456655667. 
doi:10.1007/s0042901002620
NELSON, D. L.; COX, M.M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 7ª. ed. 
Porto Alegre : Artmed, 2019.
PRICE, T.J.; INYANG, K.E. Commonalities between pain and memory 
mechanisms and their meaning for understanding chronic pain. Prog Mol Biol 
Transl Sci. 2015;131409434. doi:10.1016/bs.pmbts.2014.11.010
PURVES, D. et al. Neuroscience. 6th ed. Massachusetts: Oxford University, 
2018.
Dor 26
SHACKMAN, A.J. et al. The integration of negative affect, pain and cognitive 
control in the cingulate cortex. Nat Rev Neurosci. 2011;123154167. 
doi:10.1038/nrn2994
YAM, M.F. et al. General Pathways of Pain Sensation and the Major 
Neurotransmitters Involved in Pain Regulation. International Journal of 
Molecular Sciences, v. 19, n. 8, p. 2164, jul. 2018. doi:10.3390/ijms19082164

Outros materiais