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Apostila de Biossegurança

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APOSTILA DE BIOSSEGURANÇA
Trata se de ciência voltada para a prevenção, controle, minimização e eliminação de riscos na pratica de diferentes áreas, inerente as atividades de pesquisa, produção, desenvolvimento tecnológico, ensino e prestação de serviços que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Existência de diversos órgãos preocupados com normatização dos procedimentos e produtos afim de garantir atividades sem riscos para a vida
Biossegurança no brasil
O órgão vinculado ao Ministério da Saúde que visa garantir as práticas para uma completa biossegurança é a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Este se preocupa com tudo que envolve defesa da saúde humana
Ministério da ciência e tecnologia: possui o CTNBio – comissão técnica nacional de biossegurança - Se preocupa com os assuntos que regulamentam a biossegurança no trabalho
Garantir Atividades sem Riscos para a Vida 
Ministério do Meio Ambiente: Possui o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – Se preocupa com os assuntos que envolvem o meio ambiente como o descarte de resíduos.
Histórico da biossegurança
1941 – Meyer e Eddie verificaram 74 casos de brucelose associados a manipulação inadequada em laboratórios
“A manipulação de culturas, espécies ou inalação de poeira contendo a bactéria Brucella é eminentemente perigosa para trabalhadores de um laboratório”
1949 – Sulkin e Pike ⇨ Pesquisa sobre infecções associadas a laboratórios - 222 infecções, sendo 21 fatais – 12% por acidentes relatados
1951 - Sulkin e Pike ⇨ Nova pesquisa - 1342 casos de infecções, sendo 72% das infecções por brucelose, tuberculose, tifo e infecção estreptocócica.
EUA - FORTE DETRICK ⇨ Programa de preparação para uma possível Guerra Biológica - Black Maria = laboratório dedicado ao trabalho de contenção
1974 – Classificação de Risco dos Agentes Etiológicos;
1980 – Precauções universais na manipulação de fluídos corpóreos;
1984 – Primeiro Workshop Brasileiro de Biossegurança – Fiocruz;
1995 – Lei Brasileira de Biossegurança – Lei 897/95;
1999 – Fundação da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio);
1999 – Primeiro Congresso Brasileiro de Biossegurança;
2000 – Biossegurança como disciplina Universitária; 
2001 – Indução de ações em Biossegurança pelo CNPq;
Normas regulamentadoras 
Bases legais CLT – consolidação das leis trabalhistas lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977
Normas regulamentadoras do ministério do trabalho portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978.
NR-1: Disposições Gerais
NR-2: Inspeção Prévia
NR-3: Embargo e Interdição
NR-4: SESMT
NR-5: CIPA
NR-6: EPI
NR-7: Exames Médicos
NR-8: Edificações
NR-9: Riscos Ambientais
NR-10: Instalações e Serviços de Eletricidade
NR-11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR-12: Máquinas e Equipamentos
NR-13: Vasos Sob Pressão
NR-14: Fornos
NR-15: Atividades e Operações Insalubres
NR-16: Atividades e Operações Perigosas
NR-17: Ergonomia
NR-18: Obras de Construção, Demolição e Reparos
NR-19: Explosivos
NR-20: Combustíveis Líquidos e Inflamáveis
NR-21: Trabalhos a Céu Aberto
NR-22: Trabalhos Subterrâneos
NR-23: Proteção Contra Incêndios
NR-24: Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho
NR-25: Resíduos Industriais
NR-26: Sinalização de Segurança
NR-27: Registro de Profissionais
NR-28: Fiscalização e Penalidades
NR-29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR-30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR-31: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
Perigo e Risco
Perigo é uma situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou danos à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle (causa)
Risco é uma possibilidade elevada ou reduzida de alguém sofrer danos provocados pelo perigo (efeito)
Grupo 1 – vermelho
Riscos físicos, ruídos, vibrações, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade
Grupo 2 – verde
Riscos químicos, poeiras, fumos, nevoas, neblinas, gases, vapores e substancias compostas ou produtos químicos em geral
Grupo 3 – marrom
Riscos biológicos, vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos
Grupo 4 – amarelo
Riscos ergonômicos, esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico ou psíquico 
Grupo 5 – azul
Riscos de acidente, arranjo físico inadequado, maquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
Tipos de riscos
Físicos 
São provocados por algum tipo de energia;
· Equipamentos que geram calor ou chamas;
· Equipamentos de baixa temperatura;
· Material Radioativo;
· Equipamentos que geram ruídos ou vibrações.
Químicos
São provocados pela manipulação de substâncias químicas;
Cuidados adequados para o manuseio de cada químico a ser utilizado.
Ex. Formol, Ácidos, Bases, Metais Pesados, etc.
Agentes Químicos: Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo.
· Via respiratória = poeiras, gases, neblinas, vapores.
· Via digestória = líquidos, sólidos.
· Via cutânea = líquido, sólidos.
Biológicos
São provocados pela exposição aos produtos de animais, vegetais e micro-organismos;
Agentes microbiológicos: grau de patogenicidade; poder de invasão; resistência e esterilização; virulência; capacidade mutagênica.
Vias de contaminação.
Ergonômicos
São provocados por fatores que gerem situações de risco para a integridade física e moral;
Fatores que possam interferir nas características psicofisiológicas - má postura, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, depressão, estresse, etc.
Riscos de acidentes
São provocados por fatores que gerem situações de risco para a integridade física;
Não utilização de EPIs, equipamentos sem proteção, armazenamento de substâncias inadequadas, falta de adoção de medidas de precaução padrão.
CONCEITOS uTILIZADOS EM BIOSSEGURANÇA
ANTISSEPSIA é a eliminação das formas vegetais de bactérias patogênicas e grande parte da flora residente na pele ou mucosa através da ação de substancias químicas (antissépticos)
ANTISSÉTICO é uma substancia ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de microrganismo patogênicos a temperatura ambiente em tecidos vivos
ASSEPSIA é o método empregado para impedir que um determinado meio seja contaminado; quando esse meio for isento de bactérias chamamos de meio asséptico
ALERGENO é o produto com caracteristica antigênica que desencadeia reações alérgicas particularmente reações de hipersensibilidade de tipo 1 que são mediadas por IGE 
EXEMPLO: pólen, poeira, pelos de animais, componentes de alimentos e produtos químicos
ALERGIA ATÓPICA é a sintomatologia que surge como consequência de uma susceptibilidade aumentada referente a hipersensibilidade mediada por IGE
ALERGIA é a reação sintomática que ocorre em consequência de uma interação do anticorpo ou de célula sensibilizada e um alergeno seja de origem natural ou sintética
BACTERIAS é a forma vegetativa quando estão realizando todas as suas atividades metabólicas como respiração, multiplicação e absorção
CONTAMINAÇÃO CRUZADA é quando há interposição nos ciclos de contaminação entre um ou mais pacientes e o profissional
CHOQUE é o estado de diminuição generalizado de perfusão tissular devido a insuficiência circulatória aguda causando alteracões metabólicas grave com desequilíbrio entre aporte de oxigenio e nutrientes e as necessidades tissulares
CHOQUE SÉPTICO ocorre quando uma infecção severa frequentemente uma septicemia causada por bactérias gram negativas está associada com uma hipotensão e perfusão tissular inadequada
COLONIZAÇÃO é a presença demicroorganismos nos tecidos do hospedeiro sem causar manifestações clínicas, inflamatórias ou imunológicas, ou seja doença. Contaminação ocorre quando existe a presença transitória de microrganismos sobre a superfície corpórea sem invasão tissular ou reação inflamatória. Também refere-se a presença de microrganismos sobre objetos inanimados.
CONTÁGIO IMEDIATO ocorre quando o agente infeccioso fica exposto por um tempo nulo ou mínimo ao meio ambiente. Exige contato direto de uma superfície contaminada com outra não contaminada
Exemplo: seringas contaminadas.
CONTÁGIO MEDIATO ocorre quando o agente infeccioso fica um tempo maior exposto ao meio ambiente. Neste caso não há um contato entre a fonte contaminada com a receptora não contaminada.
Exemplo: contágios por mão na boca.
CONTAMINAÇÃO refere-se ao ato de levar aos objetos vivos, ou não, material indesejável que pode ser constituído por micro-organismos ou substâncias químicas de variada natureza.
DESCONTAMINAÇÃO tem por objetivo a remoção física dos microrganismos contaminantes ou a alteração de sua natureza, transformando-os em substâncias inócuas. Ex. Lavagem com sabão.
DESINFECÇÃO é a eliminação de microrganismos patogênicos na forma vegetativa, geralmente é feita por meio químicos (desinfetantes).
DESINFESTAÇÃO: exterminação ou destruição de insetos, roedores e outros seres, que possam transmitir infecções ao homem.
DESINFETANTES: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de micro-organismos patogênicos em ambientes e superfícies do consultório, à temperatura ambiente.
DETERGENTE: substância ou preparação química que produz limpeza; possui uma ou mais propriedades: tenso atividade, solubilização, dispersão, emulsificação e umectação.
DOENÇA ENDÊMICA: Doença que está constantemente presente na população específica. Uma infecção que é transmitida direta ou indiretamente sobre humanos e está ocorrendo dentro de uma expectativa habitual.
DOENÇA EPIDÊMICA: Uma doença que afeta simultaneamente um grande número de pessoas, que se dissemina rapidamente num segmento demográfico, cuja incidência está acima do esperado.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI'S): são equipamentos de proteção utilizados, a fim de evitar contaminação e acidentes (gorro, máscara, avental, luvas, óculos de proteção...).
ESPOROS: a forma mais resistente dos micro-organismos, sendo mais difícil de serem eliminados.
ESTERILIZAÇÃO: é a destruição dos micro-organismos nas formas vegetativas e esporuladas. A esterilização pode ser por meio físico (calor) ou químico (soluções esterilizantes).
ESTERILIZANTE: agente físico (estufa, autoclave) ou químico (glutaraldeído2%, formaldeído 38%) capaz de destruir todas as formas de microrganismos, inclusive as esporuladas.
INFECÇÃO CRUZADA: é a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado.
INFECÇÃO ENDÓGENA: é um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente. Medidas terapêuticas que reduzem a resistência do indivíduo facilitam a multiplicação de bactéria em seu interior.
INFECÇÃO EXÓGENA: é aquela causada por micro-organismos estranho a paciente. É importante, que barreiras sejam colocadas para impedir que instrumentos estéreis sejam contaminados. A infecção exógena significa um rompimento da cadeia asséptica, o que é muito grave, pois, dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, a infecção exógena pode ser fatal, como é o caso da AIDS, Hepatites B e C.
PROCEDIMENTO CRÍTICO: é todo procedimento em que existe a presença de sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade.
PROCEDIMENTO SEMICRÍTICO: todo procedimento em que existe a presença de secreção orgânica sem perda de continuidade do tecido.
PROCEDIMENTO NÃO-CRÍTICO: todo procedimento onde não há presença de sangue, pus ou outra secreção orgânica.
Procedimento Operacional Padrão – POP
POP trata-se de descrição detalhada de todas as operações necessárias para realização de uma atividade – roteiro padronizado para realizar uma atividade
APLICAÇÃO DO POP: deve ser aplicado em laboratório, consultórios e outros onde trabalhem muitos profissionais em turnos diferentes sem que os trabalhadores desses turnos se encontrem e que, por isso, executem a mesma tarefe de modo diferente; Garantia de qualidade ao realizar uma atividade.
OBJETIVO DO POP: Garantir, mediante uma padronização, os resultados esperados por cada tarefa executada e de forma segura.
Elaboração do POP: essencial colocar todas as informações necessárias ao bom desempenho da tarefa
POP é um instrumento destinado a quem realmente vai executar a tarefa: o operador
Preferencialmente deverão ser elaborados pelos operadores executores da tarefa
ITENS NECESSÁRIO PARA CONFECCIONAR O POP: Procedimentos de segurança para realizar a atividade; A seleção e uso adequado de recursos e ferramentas; Condições para assegurar a repetição do desempenho dentro das variações previstas ao longo do tempo.
PRINCIPAIS PASSOS PARA ELABORAÇÃO DO POP: nome do POP com nome da atividade a ser executada ou equipamento a ser operado e área eminente 
1. Objetivo: Padronizar o procedimento para (nome da atividade), utilizando (nome e modelo do equipamento/instrumento).
Exemplo: Padronizar o procedimento para pesagem de gesso e outros materiais, utilizando a Balança analítica AL 500C.
2. Finalidade: Informar o tipo de atividade a ser feita com o equipamento.
Exemplo: A balança analítica deve ser utilizada para a pesagem de gesso e outros materiais, nas análises que exigem precisão de 2 a 3 casas decimais, na faixa de 0,02 a 500 gramas.
3. Materiais e Reagentes: Citar materiais, reagentes, instrumentos e sua utilidade no manuseio do equipamento.
Exemplo: Recipiente de alumínio, plástico, vidro ou saco de papel para colocar o material a ser pesado.
Utensílio (pinça, colher ou espátula) para manipular o material a ser pesado;
Pincel macio para limpeza interna;
Pano úmido para limpeza do equipamento.
4. Equipamentos: Nome e modelo do equipamento.
Exemplo: Balança Analítica AL 500C.
5. Descrição do Equipamento: Foto do equipamento com a indicação dos componentes por numeração ou letras.
Figura 1. Citar o nome e modelo do equipamento/ instrumento.
Citar o nome e finalidade de cada componente indicado na Figura.
6. Operação do Equipamento: Descrever cada item enumerado, para operar o equipamento, indicando a necessidade ou não de EPIs.
7. Aplicação: Ambiente ou Setor ao qual o POP é destinado.
Exemplo: Este POP aplica-se ao laboratório Pré-Clínico I/Odontologia – Sala____.
8. Divulgação: Informar o local de guarda do documento - onde ele vai ficar guardado e o responsável pela guarda e atualização.
Este POP está disponível fisicamente para consulta no (nome do, laboratório/Setor).
9. Usuários Principais: Informar: o tipo de acesso (papel, rede, etc.), nome do laboratório/setor, do responsável pela elaboração e área/local.
10. Histórico: Apresentar histórico de mudança e aprovação.
11. Controle de Aprovação: Apresentar histórico de mudança e aprovação.
12. Referências Bibliográficas: Documentos de referência, Manuais, outros Pops, Livros.
Mapa de risco
Mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores
O seu objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização desses riscos
É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho com objetivo que interessa aos empresários e a trabalhadores
É importante ter uma planta do local porem ela pode ser substituída por um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local
Quem faz o mapa de risco é a comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) após ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos e com a orientação do serviço especializado em engenharia e segurança e medicina do trabalho (SESMT) da empresa quando houver
Cores utilizadas
Grupo I – vermelho, grupoII – verde, grupo III – marrom, grupo IV – amarelo e grupo V – azul 
Como levantar e identificar os riscos
Tabela, que classifica os riscos de acidentes de trabalho. Nessa tabela, que faz parte dos anexos da Portaria Ministerial, há cinco tipos de riscos que corresponderão a cinco cores diferentes no mapa 
Anotar o que existe e marcar o lugar certo na planta ou croqui para representar os riscos
Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar cada risco identificado. Nesta fase, é feita a classificação dos perigos existentes conforme a Tabela de Riscos Ambientais.
Também se determina o grau ("tamanho"): pequeno, médio ou grande (Círculos).
COLOCAÇÃO DOS CÍRCULOS NA PLANTA OU CROQUI
Início de colocação dos círculos na planta ou croqui para representar os riscos.
Os riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos.
- O tamanho do círculo representa o grau do risco. Segundo Portaria Ministerial: risco pequeno é representado menor; médio por um círculo médio; e grande por um círculo maior.
- A cor do círculo representa o tipo de risco, conforme Tabela de Riscos Ambientais
É necessário que contenha uma legenda para cada mapa de risco
Caso existam, no mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só tipo, por exemplo, riscos físicos: ruído, vibração e calor, NÃO é preciso colocar um círculo para cada um desses agentes.
Basta um círculo apenas neste exemplo, com a cor verde, dos riscos físicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade.
Outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes, em um mesmo ponto. Neste caso, divide‐se o círculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais, cada parte com a sua respectiva cor, sendo este procedimento é chamado de critério de incidência.
Quando um risco afeta a seção inteira, como por exemplo, ruído, uma forma de representar isso no mapa é colocá‐lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que aquele problema se espalha pela área toda.
Legislação Brasileira - Portaria nº 25 de 2911211994, incluiu se na NR 5, item 5.16.
1. O Mapa de Riscos tem como objetivos:
· Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa
· Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
2. Etapas de elaboração:
a) conhecer o processo de trabalho no local analisado (número de trabalhadores, idade, gênero, jornada, etc.)
b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação;
c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia (proteção coletiva, individual; higiene e conforto, etc.);
d) identificar os indicadores de saúde (queixas mais frequentes, acidentes ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, intensidade de risco, etc.).
3. Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
4. No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situação de riscos estabelecidos.
O Mapa de Risco é qualitativo, não envolve medições. Os riscos são definidos de acordo com a percepção de riscos dos trabalhadores, da CIPA e do SESMT.
Riscos biológicos
Agentes de RISCOS BIOLÓGICOS – Todo Micro-organismo (bactérias, fungos, vírus, parasitos, etc.) Que, ao invadirem o organismo humano, causam algum tipo de Patologia (tuberculose, AIDS, hepatites, tétano, micoses, etc.).
Agentes Biológicos: vírus, bactérias, fungos, protozoários, parasitas, etc.
Vias de contaminação: Cutânea, Digestória, Respiratória.
Estão distribuídos em 4 classes por ordem crescente de risco segundo os seguintes critérios:
Patogenicidade: é a capacidade do agente invasor em causar doença com suas manifestações clinicas entre os hospedeiros
Virulência: capacidade infecciosa de um microrganismo, medida pela mortalidade que ele produz e ou por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro
Transmissibilidade: capacidade de transmissão 
Medidas profiláticas: medidas tomadas para evitar a disseminação e contaminação
Endemicidade: doença comum em um local aquilo que é típico de uma região 
Risco 1 – escasso risco individual e risco comunitário
Ex: bacillus subtilis bactéria gram positiva não patogênica
Risco 2 – risco individual moderado e risco comunitário baixo
Ex: Salmonela, Cândida albicans e Staphylococcus aureus
Risco 3 – risco individual elevado e risco comunitário moderado
Ex: mycrobacterium tuberculosis, hepatite b e c e HIV
Risco 4 – elevado risco individual e comunitário
Ex: vírus Ebola, febres hemorrágicas
	Classes
	Níveis de Biossegurança
	Risco 1
	Nível 1 ou NB 1
	Risco 2
	Nível 2 ou NB 2
	Risco 3 
	Nível 3 ou NB 3
	Risco 4
	Nível 4 ou NB 4
Barreiras de contenção
Serie de condutas que irão combater a disseminação do patógeno em potencial
Barreiras Primárias: equipamentos de segurança
Ex: EPIs, EPCs, preocupação com perfuro cortantes...
Barreiras Secundárias: desenho e organização 
Ex: autoclave
Necessidade de um conjunto de medidas Biossegurança
Medidas administrativas = Procedimento Operacional Padrão - POP’s
Medidas Técnicas = Programa de Prevenção de Acidentes
Medidas Educacionais = Treinamentos
Medidas Médicas = Programa de Medicina Educacional
Para realizar um trabalho com biossegurança precisamos:
· Realizar a avaliação de riscos
· Se Risco Biológico, Classificar;
· Utilizar as Barreiras de Contenção;
· Utilizar o Conjunto de Medidas. PPRA = Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Como prevenir acidentes ou pelo menos reduzir o risco de transmissão de doenças caso eles ocorram?
Vacinação; treinamento e educação continuada; precauções universais como luvas, aventais, mascaras, protetores oculares, gorros, lavar as mãos, não re-encapar agulhas; boas práticas laboratoriais
Após o contato com material contamidado, Quais são meus riscos de adquirir uma doença infecciosa?
Vários fatores determinam as ações necessárias: 
- Agente etiológico – patógeno envolvido;
- Tipo e tempo de exposição;
- Quantidade do material contaminado;
- Quantidade de patógeno no material;
- Tipo de contágio.
Existem cuidados após o acidente que diminuem o riso de transmissão?
CUIDADOS: Lavagem exaustiva do local com água e sabão; Os olhos devem ser irrigados com qualquer solução estéril ou água corrente;
Em caso de acidente com transfixação percutânea, deve-se deixar sangrar livremente, quando possível, sem estancar a lesão.
O que fazer em caso de exposição?
1º passo: Cuidados locais;
2º passo: Registro;
3º passo: Avaliação da Exposição;
4º passo: Avaliação da Fonte;
5º passo: Manejo específico HIV, hepatite B e C;
6º passo: Acompanhamento clínico-sorológico.
Existe tratamento pós-exposição que reduza o risco de desenvolver a doença?
HEPATITE B: a pessoa pode ser vacinada ou revacinada a partir do momento imediatamente após o acidente, o que reduz o risco de infecção, se ela responder a vacina.
HEPATITE C: tratamento à base de Ribavirina e Interferon, proteína que estimula o sistema imunológico a combater a doença.
HIV: o tratamento quimioprofilático reduz em 82% o risco de transmissão após acidente com material contaminado com o vírus. Ele também é realizado quando não se pode confirmar a sorologia da fonte expositora. Este tratamento deve ser iniciado dentro de 48 horas após o acidente e mantido por 28 dias.
Como minimizar os riscos?
- Conhecimento e conscientização = ações educativas;
- EPI’s;
- Precauções padrão e especiais;
* Conhecer os possíveis agentes etiológicos e os meios de transmissão;
* Lavagens das mãos;
* Imunizações;
* Manuseio e descarte de perfuro-cortantes;
* Conhecer a rotina para atendimento de acidentes com material biológico;
* Conhecer as ações de profilaxia pós-exposição.
EQUIPAMENTO PROTEÇÃO INDIVIDUAL– EPI 
EPI é considerado todo equipamento ou dispositivo de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
Norma Regulamentar
NR6: Equipamentos e dispositivos de proteção individual e coletiva. 
A NR6 preconiza que os EPI’s devem ser utilizados APENAS no ambiente necessário. A utilização de EPI’s fora desses ambientes expõe outras pessoas a riscos desnecessários.
NR6 – Orientação sobre a utilização dos EPI’s:
 - Deveres dos empregados
- Deveres dos empregadores
- Exigência quanto a certificação dos equipamentos 
- Fiscalização Federal quanto as condições e certificados.
NR32: Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde.
NR32: Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. 
- Informações no ambiente de trabalho;
- Garantia de integridade do trabalhador; 
- Descartes de materiais potencialmente perigosos (contaminados com agentes biológicos e químicos).
A função básica do EPI é proteger o trabalhador das exposições aos agentes ambientais. 
Vias de Exposição: Inaladora, Ocular e Dérmica
A empresa empregadora é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas condições: 
· Medidas de ordem geral; 
· Medidas de proteção coletiva; 
· Para atender situações de emergência.
Cabe ao empregador: Aquisição; Exigir uso; Substituição; Higienização; Registrar o seu fornecimento; Treinamento
Não utilização por parte do empregado: Advertência verbal ou por escrito; Suspensão; Demissão
Cabe ao trabalhador: Guarda e conservação; Comunicar alteração; Uso adequado. 
Cabe ao fabricante ou importador: Cadastro - MTE; Solicitar Certificado de Aprovação; Qualidade do EPI; Providenciar avaliação de conformidade; Informações sobre limpeza e higienização
Competência do Ministério do Trabalho e Emprego: Órgão Nacional 
· Cadastro: fabricante ou importador; 
· Emitir o Certificado de Aprovação (CA); 
· Renovação do CA
Todo EPI deverá apresentar: Nome comercial da empresa fabricante ou nome do importador; Lote de Fabricação; Número do Certificado de Aprovação (CA).
Proteção de Mãos: LUVAS - Devem ser utilizadas para prevenir contaminação da pele das mãos e antebraços. 
A utilização de luvas não isenta o profissional da higienização das mãos: higienização deve ser realizada antes e depois da utilização de luvas. 
Em caso de luvas que não são higienizáveis (são descartáveis) utilizar um par de luva para o determinado procedimento
- Sempre verificar a integridade física das luvas antes de utilizá-las; 
- Não lavar ou desinfetar luvas de procedimentos ou cirúrgicas. O processo de lavagem pode ocasionar dilatação de poros e deixa-las permeáveis; 
- Utilizar as luvas apenas nos locais de trabalho, exceto no caso de transporte de materiais; - Nunca tocar objetos comuns quando estiver de luvas (caneta, fichas de usuários, maçanetas, telefones, bebedouros, etc).
Tipos de luvas
· Contato com membranas, lesões e em procedimentos que não necessite luvas estéreis. 
· Procedimentos cirúrgicos. 
· Não contém látex nem amido, por isso, antialérgicas, substituindo as luvas de látex. 
· Proteção contra materiais cortantes.
· Para serviços gerais, como processo de limpeza de instrumentos e descontaminação. Podem ser descontaminadas (solução de hipoclorito 0,1%- 12h) 
· São mais resistentes que as de borracha. Devem ser utilizadas para manuseio de ácidos (ácido sulfúrico, ácido clorídrico), produtos cáusticos (Hidróxido de sódio) e solventes orgânicos (toluenos, benzenos). Luvas de borracha nitrílica 
· Manuseio de produtos químicos como ácidos, amoníacos, álcoois, cetonas e óleos
· Manipulação de trabalhos com temperaturas até 250ºC 
· Atividades leves sem contato com objetos molhados em ambientes com temperatura 35ºC
· Manipulação de animais com garras, unhas ou bico
Proteção Respiratória e Mucosa Oral: MÁSCARAS - Deve ser utilizado apenas quando as medidas de proteção coletiva não existem, não podem ser implantadas ou são insuficientes. Uso deve ser esporádico e para operações não rotineiras. 
- As máscaras para amostras potencialmente contaminadas, agentes biológicos Classe 3, devem utilizar máscaras com sistema de filtração que retenha, no mínimo, 95% das partículas menores que 0,3 µm. 
Nunca deixe a máscara pendurada no pescoço, não guardar nos bolsos, descartar em lixo apropriado e evitar tocá-la após a colocação
Tipos de máscara:
· Composta por grânulos de resina de polipropileno unidos por processo térmico, funcionando como barreira contra passagem de micro-organismos, com eficiência de 99,8%. Devem se descartadas após o uso. 
· Para proteção em ambientes hospitalares com presença de aero dispersáveis e prevenção de disseminação de agentes de transmissão por via respiratória. 
· Máscara de inalação em polipropileno. Após a utilização, lavar com água e sabão. Deixar me imersão em ácido peracético a 1% por 15 minutos, enxaguar e secar. 
· Desenvolvido para filtragem e separação de partículas como fumaça, vapores orgânicos e gases maléficos. 
· Para proteção em ambientes onde ocorra liberação de gases tóxicos.
* Proteção da Cabeça: toucas e capacetes
* Proteção de Olhos e Face: óculos de proteção e face shield
* Proteção Auditiva: protetores de ouvido
Proteção de Corpo e Membros: Jaleco e Roupas de Proteção: 
- Jalecos Descartáveis (TNT): proteção ao usuário, criando barreira de contaminação cruzada, poluição e fluídos corpóreos. Descartável. 
- Jalecos de Tecido: proteção da roupa e pele e utilizado exclusivamente em ambiente laboral para prevenir contaminação por exposição a agentes biológicos e químicos
Proteção de Pés: Diferentes tipos de calçados: 
Para proteção dos pés no ambiente laboral durante suas atividades. É obrigatória a utilização de calçados fechados. 
Pró-pé TNT compostos de material permeável, não oferecendo proteção se utilizados sobre sapatos abertos. São proibidos em clínicas e laboratórios. Permitidos em ambientes cirúrgicos e centros de esterilização de materiais.
EQUIPAMENTO PROTEÇÃO COLETIVO – EPC
EPC é considerado todo equipamento que se destinam a proteção coletiva dos trabalhadores e/ou transeuntes, podendo substituir, em alguns casos o EPI. 
Norma Regulamentar: 
- NR6: Equipamentos e dispositivos de proteção individual e coletiva. 
- NR32: Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde.
Tipos de EPC’s: 
- Extintor de Incêndio
- Capelas de Segurança Química: fornece segurança na manipulação de produtos químicos, tóxicos, vapores agressivos, etc. Apresenta sistema de exaustão dos gases.
- Capela de Fluxo Laminar: proporciona a recirculação de 100% do ar. Utilizada para manter a proteção de contaminação da amostra ou dos produtos manipulados, porém não do usuário
 - Capela de Segurança Biológica: proporciona proteção tanto das amostras quanto dos usuários e do meio ambiente. Não deve ser utilizada para produtos tóxicos
- Biombos de Segurança
- Exaustores
Boas práticas laboratoriais – BPL
É o conjunto de normas que dizem respeito a organização e as condições sob as quais estudos em laboratórios e campo ou atividades em clinicas, são planejados, realizados, monitorados, registrados e relatados
Trata-se de um sistema de qualidade relativo ao processo organizacional de estudos ou ações
Estudo – é um ensaio ou conjunto de ensaios nos quais uma ou mais substancias teste são estudadas para a obtenção de dados sobre suas propriedades e ou segurança com respeito à saúde humana, vegetal, animal e do ambiente 
Para que os estudos sigam as boas práticas laboratoriais deve constar algumas etapas:
Agenda mestre: tabela com dados referentes a todos os estudos conduzidos segundo BPL pela instituição
Substancia teste: qualquer espécie química, biológica ou biotecnológica que estásob investigação
Substancia referência: substancia utilizada como padrão
Sistema teste: qualquer animal, micro-organismo, sistema celular, químico ou físico ou sua combinação incluindo o sistema ecológico que sejam objetos de estudo
Amostra: qualquer material encaminhado para exame, analise ou armazenamento do sistema teste; amostra de substancia teste ou de referencia
Amostra tratada: qualquer parte do sistema teste, exposto a substancia teste ou de referência que é encaminhado para exame (confirmação).
Espécime: qualquer material derivado do sistema teste para exame, análise ou retenção.
Plano de Estudo: documento que define o objetivo do estudo e o detalhamento experimental para a condução do estudo e inclui quaisquer emendas.
Emendas: alteração planejada ao plano de estudo após a data de seu início.
Desvio do Plano de Estudo: é uma alteração não planejada do plano de estudo após sua data de início.
POP - Procedimento Operacional Padrão: descrevem como conduzir as rotinas de laboratório ou atividade normalmente não especificadas ou detalhadas no protocolo de estudo.
Os envolvidos que tem responsabilidade no estudo:
Patrocinador: mandante da pesquisa (Universidade; Laboratório);
Gerência: deve assegurar que as BPL sejam compridas;
Diretor de Estudos: Ponto único de controle do estudo e tem a responsabilidade global pela condução do estudo e do relatório final;
Gerência de Qualidade: Pessoal responsável por garantir as BPL’s;
Pesquisador Principal: Responsável por assegurar que as fases do estudo sejam conduzidas de acordo com as BPL’s;
Todo o pessoal envolvido no estudo: Pessoas envolvidas no estudo que devem estar capacitadas para suas reponsabilidades, dentro das BPL’s e obedecendo os POP’s.
Para a execução dos Estudos:
Ideal haver pelo menos duas pessoas no laboratório para conduzir o experimento;
Deve-se planejar o protocolo antes de sua execução;
Deve-se verificar se os equipamentos, reagentes e materiais necessários estão disponíveis.
Quanto a LUVA no Laboratório (EPI’s adequado):
- SEMPRE utilizar, segundo a necessidade;
- NUNCA tocar em maçanetas;
- NUNCA tocar em telefones/celular;
- NUNCA tocar em nariz, olhos e boca;
- NUNCA tocar em bolsas;
- NUNCA tocar em bolsos.
VESTUÁRIO (EPI’s adequado):
- Calças compridas;
- Calçados fechados de material adequado (não pode ser poroso e deve ser resistente para impedir lesões);
- Jalecos e aventais adequados.
CABELOS (EPI’s adequado):
- devem estar presos e, quando necessário, com gorros para evitar contato com materiais químicos e biológicos;
- verificar a obrigatoriedade do gorro no Mapa de Risco.
OLHOS (EPI’s adequado):
- As lentes de contato devem ser evitadas em ambiente laboratorial, uma vez que pode existir contaminação e manter agentes infecciosos na mucosa ocular.
MÃOS (EPI’s adequado):
- devem ser lavadas constantemente, antes e após cada procedimento, colocação, retirada ou troca de luvas;
- Deve-se seguir corretamente o POP para lavagem de mãos.
UNHAS:
- Devem ser mais curtas possíveis, sendo o ideal não ultrapassar as pontas dos dedos, além de não utilizar esmaltes escuros e opacos.
MAQUIAGEM, HIDRATANTES E ESMALTES:
- Devem ser evitados, pois podem facilitar a aderência de agentes infecciosos;
- Podem interferir no resultado final do estudo.
JOIAS:
- Podem ser locais para depósitos de agentes infecciosos ou químicos.
VACINAS:
- Carteira de vacinação em dia, sendo que a vacinação ocupacional indicada para profissionais de saúde são: Hepatite A e B, Tétano, difteria e coqueluche (triplo adulto), varicela, Influenza, Sarampo, Caxumba e rubéola
No Laboratório NUNCA se deve:
- Comer, fumar, beber, mascar chicletes;
- Utilizar geladeiras, freezers, estantes para guardar alimentos;
- Colocar a mão na boca, olhos, nariz, rosto ou cabelo;
- Cultivar plantas.
- Guardar objetos de uso pessoal;
- Aplicar maquiagem e pentear cabelos;
- Ficar com bolsas, casacos, etc.
- Levar amigos, parentes, crianças para visitação.
- Utilizar o olfato para identificar produtos desconhecidos;
- Deixar frascos de produtos voláteis abertos;
- Pipetar com a boca. A simples colocação da pipeta na boca é um risco, pois pode-se carrear partículas infectantes. Além de correr o risco de aspirar substâncias tóxicas, carcinogênicas e contaminadas.
- re-encapar agulhas;
- cheirar placas de cultura, pois a inalação de microrganismos pode resultar em infecções;
No Laboratório SEMPRE se deve:
- Identificar os resíduos produzidos;
- Descartar de maneira segura os resíduos;
- Limpar a área utilizada após o término de cada atividade;
- Descontaminar a área imediatamente após a utilização;
- Transportar e manusear vidraria de maneira adequada;
- Etiquetar identificando todos os frascos;
- Usar EPI’s e EPC’s;
- Lavar as mãos segundo as normas de higienização das mãos;
- Manter a porta do laboratório sempre fechada restringindo o acesso.
- Antes de iniciar qualquer trabalho, ler atentamente o roteiro, o POP dos equipamentos, organizar as vidrarias e produtos a serem utilizados;
- Quando necessário utilizas cabine de segurança biológica;
- Ter cuidado com tubos e vidros aquecidos;
- Tudo na bancada, laboratório, geladeira, freezer, etc., devem estar devidamente identificados;
- Lavar e desinfetar todo o material utilizado, sem deixar acúmulos.
As equipes do laboratório e apoio devem receber treinamentos anuais e apropriados sobre os riscos potencias associados aos trabalhos desenvolvidos;
Treinamentos adicionais serão necessários em caso de mudanças de normas ou de procedimentos.
MATERIAL BIOLÓGICO:
- Deve ser manipulado de forma segura, de acordo com a classe de risco;
- Deve ser transportado adequadamente para não acontecer contaminação tanto do material quanto do ambiente;
- Deve ser identificado de maneira clara;
- Deve ser descontaminado antes do descarte.
Higienização das mãos
O que é?
Trata-se de uma ação isolada mais importante para a prevenção e o controle das infecções em serviços de saúde.
Quando realizada com técnica correta, pode reduzir a população microbiana das mãos e interromper a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais.
Por que fazer?
Para diminuir a transmissão de micro-organismos, remoção de sujeiras, suor, oleosidade, células mortas, etc.
Microbiota Resistente: MO aderidos aos estratos mais profundos da pele, formando colônias que se multiplicam e se mantêm em equilíbrio com as defesas do hospedeiro.
Microbiota Transitória: MO que se deposita, na superfície da pele, provenientes de fontes externas, colonizando temporariamente.
Quem deve fazer?
Todos os profissionais da saúde que mantém contato direto ou indireto com pacientes, que manuseiam medicamentos, alimentos e material estéril e/ou contaminado.
Na prática odontológica, quaisquer profissionais que estejam em ambiente clínico, independentemente do tipo de atendimento.
Quando fazer?
Deve ser realizada a todo momento que julgar necessário, mas especialmente quando:
- manipular medicamentos;
- imediatamente antes de colocar luvas para realizar qualquer procedimento; 
- manipulação de amostras de quaisquer espécies.
A escolha entre os diferentes métodos para a higienização das mãos depende:
- do processo de trabalho adotado;
- do tipo de procedimento realizado.
Na rotina de consultório:
- Higienizar as mãos imediatamente antes de iniciar qualquer atendimento e, só então, colocar as luvas;
- Após retirar as luvas;
- Durante os atendimentos a um mesmo paciente, é possível que seja necessárias trocas as luvas e/ou higienizar as mãos mais de uma vez.
Como fazer?
- Deve ser seguido um POP = Procedimento Operacional Padrão para a higienização correta.
A escolha dos produtos:
Todos os produtos destinados a higienização das mãos devem ser registrados na ANVISA:
RDCs (Resolução da Diretoria Colegiada):
· n.º 79, de 28 de agosto de 2000
· n.º 133, de 29 de maio de 2003
· n.º 136, de 29 de maio de 2003
· Ou as que vierem substituí-las.
Princípios ativos aceitos pelo MS para a antissepsia das mãos: sabão, álcool 70%, clorexidina, compostos de iodo.
A escolha da execução:
Higienização simples- fricção antisséptica
Remover os micro-organismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
IMPORTANTE
No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha.
O uso coletivo de toalhas de tecido é contraindicado, pois estas permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana.
Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele.
Higienização Antisséptica
Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por um antisséptico. Exemplo: antisséptico degermante.
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.
IMPORTANTE
Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão imediatamente antes ou depois de usar uma preparação alcoólica.
Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem completamente (sem utilização de papel-toalha).
· Antissepsia Cirúrgica ou Pré-operatória.
Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional.
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico, e de uso exclusivo em leito ungueal e sublingual.
Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante.
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia, e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).
Acidentes de Trabalho
O que é Segurança no Trabalho?
Conjunto de medidas e ações aplicadas para prevenir acidentes nas atividades das empresas, preservando a integridade física do trabalhador e os bens materiais da empresa.
Finalidade: Valorização do ser Humano e da Vida; Valorização do Trabalho.
O que é Acidente de Trabalho?
É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.
Para evitar são necessárias algumas medidas preventivas e, para isso, é necessário conhecer os riscos.
O que é?
RISCO: probabilidade de ocorrência de um evento não desejado (acidente de trabalho).
OCUPACIONAL: relacionado aos procedimentos específicos à profissão desempenhada.
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - CAT
De acordo com a legislação, todo acidente do trabalho deve ser imediatamente comunicado à empresa pelo acidentado ou por qualquer pessoa que dele tiver conhecimento.
Em caso de morte, é obrigatório a comunicação à autoridade policial.
A empresa por sua vez, deve comunicar o acidente do trabalho à
Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
Causas de Acidentes de Trabalho
Ocorre principalmente por Atos Inseguros:
- são definidos por acidentes de trabalho que reside, exclusivamente, no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança, ou seja, a violação de um procedimento aceito como seguro.
Ex.: Agir sem permissão; brincar em local de trabalho, inutilizar um dispositivo de segurança; dirigir perigosamente, não utiliza EPI’s, etc.
Conforme estatísticas mundiais, temos:
86% - Atos Inseguros.
12% - Condições inseguras.
2% - Elementos da Natureza/Situações Especiais.
Risco Biológico
Epidemiologia:
Médicos Cirurgiões - 6 a 10 exposições percutâneas/profissional – ano.
Odontólogos - 85% dos dentistas tem, pelo menos, uma exposição percutânea/5 anos. 
Como acontece a exposição?
Veículo ou Material Biológico: Sangue, secreções (vaginal e sêmen); Tecidos; Líquidos: peritoneal, pleural, pericárdico, amniótico, líquor, sinovial; Saliva, suor, lágrima, fezes, urina, escarro.
Fluxo de Atendimento e Conduta após Acidente com Exposição a Fluídos Biológicos
1- Conduta do profissional acidentado após a exposição;
A. Cuidados Locais:
- lavar imediatamente com água corrente e sabão ou solução antisséptica (clorexidina);
- Evitar o uso de substâncias cáusticas (hipoclorito de sódio).
B. Notificação:
- Notificar a chefia imediata que notificará ao Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar e/ou setor responsável para avaliar e determinar a conduta o mais precocemente possível:
IDEAL: primeiras 2 horas e no MÁXIMO: 72 horas
2- Avaliação do Acidente;
Material Biológico Envolvido - FLUÍDOS BIOLÓGICOS DE RISCO:
- sangue
- líquidos orgânicos: com sangue e potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico)
SEM RISCO PARA HIV - suor, lágrima, fezes, urina e saliva.
Tipo de Acidente
- Perfuro Cortante: penetração através da pele de agulha ou material cortante, contaminado com sangue ou outros líquidos orgânicos potencialmente infectantes.
- Contato com mucosa ou Pele não íntegra: contato direto com sangue, líquido orgânico com sangue visível ou outros líquidos orgânicos potencialmente infectantes.
- Contato com pele íntegra: contato com sangue, líquido orgânico com sangue visível ou outros líquidos orgânicos potencialmente infectantes.
3- Situação Sorológica do Paciente Fonte;
· Em relação ao HIV.
- Paciente Fonte HIV Negativo: apresentar documentação laboratorial recente para HIV (até 3 meses antes da data do acidente) ou no momento do acidente.
Não está indicada a quimioprofilaxia antirretroviral.
- Paciente Fonte HIV Positivo: Apresentar documentação de exames HIV positivo ou diagnóstico clínico de AIDS. Conforme a gravidade, iniciar a quimioprofilaxia antirretroviral.
- Paciente Fonte desconhecido ou com situação sorológica desconhecida: Sempre que possível testar a amostra para HIV. Na impossibilidade, recomenda-se a avaliação de risco da exposição e verificação de dados epidemiológicos. Iniciar a quimioprofilaxia antirretroviral.
· Em relação a Hepatite B.
Doses da vacina de 0, 1 e 6 meses
Recomendação de profilaxia de hepatite B para pessoas expostas a material biológico 
HBIG: Imunoglobulina Humana Contra a Hepatite B
· Em relação a Hepatite C.
Não existe quimioprofilaxia.
- Recomenda-se: acompanhar a sorologia do acidentado por 6 meses (1ª coleta: momento do acidente; 2ª coleta: 6 meses após)
- Se Sorologia Positiva: encaminhamento para acompanhamento ambulatorial especializado.
* Caso o Paciente Fonte tenha sorologias negativas para HIV, VHB e VHC, o acidentado deverá receber alta após os resultados dos exames. Não existe necessidade de se fazer seguimento do acidente por 6 meses nessa situação.
4- Quimioprofilaxia;
· Em relação ao HIV
- No Brasil, a quimioprofilaxia é preconizada pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo e Ministério da Saúde (desde 1999).
1. Situação de Menor Risco: esquemas envolvendo duas drogas antirretrovirais AZT (Zidovudina) + 3TC (lamivudina) - Inibidores da transcriptase reversa.
2. Situações de Maior Risco: esquemas de AZT + 3TC com nelfinavir ou indinavir (inibidores da protease).
3. Deve-se considerar a possibilidade de utiliza esquemas alternativos em situações de exposição com risco de elevada resistência.
4. Recomenda-se enfaticamente que as sorologias da paciente fonte sejam realizadas.
- Pelo fato da quimioprofilaxia apresentar potencial de toxicidade, sua utilização não é justificada em exposições com baixo riscode transmissão do HIV.
- Além disso, por não existirem evidências suficientes de benefícios, o uso de esquemas expandidos (mais de 28 dias) não é recomendado para todos os tipos de exposição.
· Em relação ao HCV
- Não existe quimioprofilaxia para HCV: Indicação de acompanhamento sorológico do acidentado se a paciente fonte for positiva.
· Em relação ao HBV
HBV: Medidas profiláticas dependem da avaliação do estado imune do profissional acidentado (anti-HBs).
5- Coleta de material e seguimento clínico/laboratorial do profissional acidentado.
A. Relatar a história do acidentado em ficha de evolução clínica para documentação do caso - É necessário a verificação de possível gravidez – se necessário a profissional acidentada poderá tomar antirretroviral após o 3 mês de gestação após avaliação dos riscos.
B. Verificar no prontuário da paciente fonte os resultados de sorologias; solicitar exame necessários para assegurar as medidas adicionais ao acidentado.
C. Coleta de amostra de sangue do profissional de saúde para sorologia imediata para HIV, HBsAg, Anti-HBV e Anti HCV 
- Identificação das possíveis contaminações.
- Situação vacinal do acidentado para Hepatite B deve ser investigada e, se não estiver em situação de regularidade, deve ser encaminhado para fazê-lo.
D. Programas o seguimento Clínico/Laboratorial - Anti-HIV deve ser colhido:
* na data do acidente (data zero); 45 dias, 90 dias e 180 dias - Exames Bioquímicos (parâmetros renais e hepáticos) e hemograma
* antes do início dos antirretrovirais; 15 dias após o início e ao término da medicação = verificar os efeitos adversos dos retrovirais.
- Caso se tenha documentação que a paciente fonte é negativa para HIV, HBV e HCV, o acidentado não necessitará ser seguido e poderá receber alta assim que receber os resultados das sorologias.
- Caso a paciente fonte tenha a situação de risco recente para aquisição dessas viroses, deve ser considerada a possibilidade de ampliar o seguimento do funcionário por 6 meses.
E. A avaliação clínica deverá ser semanal durante o uso dos antirretrovirais.
F. O tratamento tem como objetivo principal evitar a contaminação. Além do acompanhamento sorológico, faz-se necessário o aconselhamento em todas as etapas do seguimento
- não amamentar, usar preservativos, não doar sangue, etc.
Esterilização para Odontologia
Trata-se dos processos que serão utilizados para que os equipamentos/utensílios possam ser reutilizáveis.
ASSEPSIA: Controle de microrganismos, utilizando substâncias microbiocidas ou microbiostáticas de uso em superfícies, equipamentos e instrumentos.
ANTISSEPSIA: Controle de infecção, utilizando substâncias microbicidas ou microbiostáticas de uso de pele ou mucosa.
CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO CME 
BARREIRAS: Todo meio físico que pode ser utilizado com forma de impedir ou dificultar o carreamento de agentes patogênicos de um indivíduo para outro.
INDICADORES QUÍMICOS E BIOLÓGICOS: Indicadores cuja função é proporcionar a visualização do correto processo de esterilização.
LIMPEZA: Processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica, sujidade) de superfícies e objetos. Normalmente é realizada através da aplicação de água e sabão ou detergentes, e ação mecânica.
ESTERILIZAÇÃO: Processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos.
DESINFECÇÃO: Processo físico ou químico, que destrói microrganismos presentes em objetos inanimados, mas não necessariamente os esporos bacterianos.
Desinfecção de alto nível: Bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose, fungos, vírus e alguns esporos bacterianos.
Indicada para: Artigos semicríticos
Utiliza-se: Ácido Peracético, formaldeído, glutaraldeido.
Desinfecção de nível intermediário: Bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose, fungos, alguns vírus.
Não é esperada ação sobre esporos bacterianos.
Indicado para: Artigos não-críticos e superfícies.
Utiliza-se: Cloro e álcoois.
Desinfecção de baixo nível: Maioria das bactérias vegetativas. Não há ação sobre esporos ou bacilo da tuberculose, pode ou não ter ação sobre vírus, atividade relativa contra fungos.
Indicada para: Itens não-críticos e superfícies.
Utiliza-se: Amônia.
Os matérias são separados em artigos: Críticos, Semicríticos e Não Críticos
⇨ Artigos Críticos: artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas adjacentes.
Ex. agulhas, limas, lâminas de bisturi, etc.
Exigem esterilização ou uso único e descartável
⇨ Artigos Semicríticos: artigos que entram em contato com a pele não íntegra e mucosas íntegras.
Ex. condensadores de amálgama, espátulas para resinas, alicates de uso ortodôntico, etc.
Exigem desinfeção de alto nível ou esterilização
⇨ Artigos Não Críticos: artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em contato direto com o paciente.
Ex. moldeira, aparelho ortodôntico, etc.
Exigem limpeza ou desinfeção de baixo ou médio nível
CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS SEGUNDO O RISCO POTENCIAL DE INFECÇÃO
AGENTES QUÍMICOS
Existem vários agentes químicos utilizados nos serviços de saúde;
Não existe um desinfetante que atenda a todas as situações e necessidades encontradas, sendo necessário conhecer as características de cada um para se ter subsídios suficientes que permitam a escolha correta do produto, evitando custos excessivos e uso inadequado.
Considerar: espectro de atividade desejada, ação rápida e irreversível, toxicidade, estabilidade e natureza do material a ser tratado.
Exemplos: Álcoois, Soluções de Iodo, Formaldeído, Glutaraldeído e Compostos liberadores de Cloro Ativo.
ÁLCOOIS
Desinfecção de nível intermediário ou médio de artigos e superfícies:
Tempo de exposição de 10 minutos, 3 vezes (friccionar o álcool 70%, esperar secar e repetir três vezes).
Contraindicações: em acrílico, enrijecem borrachas, tubos plásticos e pode danificar lentes de equipamentos.
SOLUÇÕES DE IODO (Polivil pirrolidona – iodo/ PVP-I)
Desinfecção de nível intermediário: álcool iodado, 0,5-1,0% de iodo.
Possuem baixa toxicidade, sendo irritante para os olhos e para a pele.
Contraindicações: metais não-resistentes à oxidação, como: cromo, ferro, alumínio e outros.
FORMALDEÍDO
Esterilizantes de artigos críticos e termossensíveis.
Tempo de utilização por volta de 18h ou de acordo com o fabricante.
Contraindicações: Quanto maior o tempo de esterilização, maiores problemas podem surgir, para artigos de alumínio ou com cobertura de verniz, com lentes e borrachas. O uso em Estabelecimentos de Saúde é limitado pelos vapores irritantes, odor desagradável e comprovado potencial carcinogênico.
GLUTARALDEÍDO
 Esterilização de artigos críticos e termossensíveis.
De acordo com o fabricante. Em torno de 10 horas. 
Contraindicações: Composto tóxico, irritantes para a pele, mucosas e olhos.
COMPOSTO LIBERADORES DE CLORO ATIVO (Hipoclorito de Sódio)
Desinfecção de nível intermediário de 0,02 a 1%, imersão de 20 a 60min.
Contraindicações: Atividade dificultada pela presença de matéria orgânica.
Cloro inativado pela luz, por altas temperaturas e pH.
Artigos Críticos, Semicríticos e Não Críticos, com ou sem matéria orgânica ou sujidade aparente
MÉTODOS FÍSICOS DE ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR
Estufas (Calor Seco): Proibida a utilização para estabelecimentos de saúde - RDC 15 de 15/03/12
Autoclaves (Calor Úmido): Temperaturas entre 121ºC e 132ºC, vapor sob pressão capaz de destruir todas as formas microbianas.
PARA ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS:
* Críticos: agulhas, lâminas de bisturi, sondas periodontais e materiais cirúrgicos
* Semicríticos: condensadores de amálgama, espátulas
* Termorresistentes
Método de menor toxicidade, mais seguro e eficaz
PREPARO DO MATERIAL A SER ESTERELIZADO
Todo artigo deve ser considerado como contaminado, sem levar em consideração o grau de sujidade.
ANTES DA ESTERILIZAÇÃO:
- Descontaminação: imersão completa dos artigos em hipoclorito de sódio a 0,5 a 1% ou glutaraldeido a 2%;
- Limpeza: fricção mecânica, lavadoras ultrassônicas;
- Enxágue: água potável e corrente;
- Secagem: secadora de ar quente/frio,papel toalha ou toalha de cor branca estéril.
Durante todo o processo a pessoa que manipular
os artigos deverá usar EPI.
Invólucros para a esterilização - Depois do material estar completamente descontaminado, limpo e seco deve ser acondicionado por unidade e em pacotes envolvidos por papel grau cirúrgico.
Tempo e Temperatura de Esterilização
· Exposição por 30 min/121ºC: autoclave convencional (1 ATM de pressão).
· Exposição por 15 min/132ºC em autoclave convencional (1 ATM de pressão).
· Exposição por 4 min/ 132ºC em autoclave de alto vácuo (diferença de ciclos de esterilização).
O tempo só deverá ser marcado quando o calor da câmara de esterilização atingir a temperatura desejada.
CUIDADOS PARA A ESTERELIZAÇÃO
· Não comprometer o espaço interno da autoclave (80%);
· Observar à completa despressurização da autoclave;
· Observar se todos os manômetros indicam o término da
· Operação;
· Retirar o material, fechado e lacrado com fita crepe para
· Autoclave, e datá-lo;
· Verificar se há umidade nos pacotes, ela indica defeito
· Da autoclave ou inobservância, pelo operador do tempo
· De secagem. Neste caso a esterilização deverá ser
· Refeita;
· Olhar se o risco preto da fita para autoclave está bem
· Definido, caso negativo repetir o processo da
· Esterilização.
Monitoração para A ESTERILIZAÇÃO
Registro de dados relacionados ao funcionamento da autoclave (temperatura, tempo e material a ser esterilizado). É a validação do processo. Para isso usam-se testes biológicos e reagentes químicos.
Controle biológico: utiliza-se um preparado padronizado de bacillus stearothermophilus, também conhecido como indicador biológico. Deve ser colocado dentro do pacote utilizado e deve ser o primeiro material a ser esterilizado. 
 * se o bacilo for destruído a autoclave está funcionando com eficiência, caso contrário ela está desregulada e todo o material contaminado. 
Controle químico: são medidores químicos termos-sensíveis que alteram sua coloração em presença do calor. Devem ser utilizados em comparação entre o material esterilizado e o não estéril. Não é 100% confiável. 
Artigos e instrumentais para A ESTERILIZAÇÃO
1. Similares ao médico-hospitalar - adaptados
2. Delicados e pequenos – brocas e limas
3. Pesados – fórceps, alavancas e alicates ortodônticos
4. Perda da capacidade de corte
5. Presença de compostos químicos 
- difícil remoção depois de secos
- depósitos de agentes inorgânicos – aderidos
6. Instrumentos com motor elétrico - alta rotação – 400.000 rpm 
7. Lumens diâmetro estreito – sugadores de endodontia
Vigilância sanitária vs: o básico e o obrigatório
I – Para montar um consultório odontológico
1) Legislação
 A lei considera consultórios odontológicos locais de risco (área crítica), por isso normas e princípios de biossegurança devem ser seguidos criteriosamente para obtenção do alvará de funcionamento do consultório.
   Todo projeto arquitetônico de um serviço de odontologia público ou privado deve ser avaliado e aprovado pela vs local previamente à execução da obra.
 Cada consultório recebe visita anual de funcionário da vs. A licença tem validade de um ano. 
 Renovação: nova vistoria, programada ou não. O dentista que não cumprir as exigências pode receber um auto de infração e ser penalizado, de acordo com a lei federal nº 6.437, de 20/08/1977 e lei estadual 16.140, de 02/10/2007.
Registro profissional (cro) do cd, com pagamento da taxa anual.
Cadastro na visa – vigilância sanitária estadual – taxa anual. O alvará sanitário de ser colocado em moldura e fixado em local visível.
Prefeitura municipal – cadastro - taxa de licença e issqn (imposto sobre serviços de qualquer natureza).
2) Manual de rotinas e procedimentos
 Documento escrito e detalhado das rotinas do consultório:
	- organização dos prontuários e recebimento dos pacientes.
	- anamnese (cópia do modelo utilizado).
	- protocolo de higiene das mãos (visual) / - protocolo de uso de EPI’s.
	- rotinas de limpeza (frequência/produtos).
	- Processamento de artigos (etapas de esterilização).
	- manutenção preventiva de equipamentos.
	- protocolo para acidentes com material biológico (serviços e tel.).
	- intercorrências e serviços de emergência (tel.).
	- pgrss: plano de gerenciamento de resíduos em serviços de saúde.
	- programa de controle de pragas e vetores.
	- calendário de vacinação (hepatite b) /teste.
	- capacitação da equipe.  
3) Higiene das mãos
4) EPI
5) Barreiras de proteção 
- As barreiras devem ser impermeáveis e descartáveis, devendo ser trocadas entre pacientes. 
- superfícies que serão protegidas com barreiras deverão ser limpas e desinfetadas antes do início do atendimento e ao final de cada clínica
· Caso a barreira seja comprometida, deve ser considerada contaminada e deverá ser desinfetada antes de nova barreira ser aplicada. 
6) área de esterilização
7) limpeza dos instrumentais
8) cuba de ultrassom
9) limpeza manual
10) inspeção visual com o uso de lentes de aumento
11) lubrificação de canetas e instrumentos
12) embalagem
13) seladora
14) destilador
15) uso da autoclave/manutenção
16) monitorização
17) armazenamento
18) capacitação da equipe
“Todo artigo que pode ser desarticulado deve ser limpo”
“Nunca desinfetar aquilo que pode ser esterilizado”
“O que não se pode desarticular para limpar, nem desinfetar e ou esterilizar é de uso único e descartável” 
Descarte de resíduos de saúde
O que são rss? 
 São detritos gerados nos estabelecimentos de saúde, durante a prestação de serviços assistenciais e de diagnóstico, podendo tornar-se risco à saúde, devido às suas características contaminantes.
Está formado em sua maioria por seringas, agulhas, luvas, fraldas, sondas, algodão e demais materiais descartáveis.
O que é gerenciamento dos rss? 
Constitui em um conjunto de procedimentos planejados e implementados, a partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais (rdc no 306, de 7 de dezembro de 2004 e resolução conama no 358/2005).
Trata-se de um lixo que representa um grande perigo à saúde, pois pode estar contaminado com micro-organismos causadores de doenças.
Objetivos do gerenciamento dos rss:
· Minimizar a produção de resíduos;
· Proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro e de formas eficientes; Proporcionar proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente;
· Formular uma cultura organizacional de segurança e de evitar desperdícios.
Estas orientações visam melhorar os aspectos referentes ao gerenciamento interno dos resíduos, com uma metodologia eficiente.
Quem gera resíduos de serviço de saúde?
· Unidades móveis de atendimento à saúde serviços de assistência domiciliar;
· Drogarias e farmácias;
· Laboratórios de análises clínicas;
· Serviços de tatuagem;
· Serviços de medicina legal;
· Trabalhos de campo necrotérios, funerárias e serviços onde se realizam atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservação);
· Distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
· Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde;
· Serviços de acupuntura;
· Centros de controle de zoonoses. 
Quem são os responsáveis pelos resíduos de serviço de saúde?
Os estabelecimentos de serviços de saúde são os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os rss por eles gerados, cabendo aos órgãos públicos, dentro de suas competências, a gestão, regulamentação e fiscalização. 
Todo gerador deve elaborar um plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (pgrss), com a descrição das ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, mostradas a seguir:
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde pgrss rdc 306 Anvisa 33
ETAPAS PARA A REALIZAÇÃO DO DESCARTE RSS
1. Segregação
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com:
 - as características físicas, químicas, biológicas;
 - o estado físico (sólido, líquido ou gasoso);
 - os riscos envolvidos
2. Acondicionamento
Consiste no atode embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e sejam resistentes às ações de ruptura, dependendo da natureza do material.
3. Identificação
Consiste no conjunto de medidas que permitem o reconhecimento dos resíduos contidos em sacos ou recipientes, fornecendo informações do correto manejo dos rss.
4. Transporte interno
Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo de apresentação, destinado para a coleta.
5. Armazenamento
Consiste na guarda (armazenamento) dos recipientes contendo os resíduos devidamente acondicionados e identificados.
6. Tratamento
Consiste na aplicação de métodos, técnicas ou processos que modifique as características dos resíduos, reduzindo ou eliminado os riscos de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de danos ao meio ambiente. Esse tratamento pode ser realizado através da esterilização, desinfecção ou incineração.
Existem várias tecnologias para realizar o tratamento adequado dos resíduos gerados, como: autoclavagem, micro-ondas e incineração.
Autoclavagem: descontaminação com utilização de vapor em altas temperaturas que consiste em manter o material contaminado em contato com vapor de água, a uma temperatura elevada, durante período de tempo suficiente para destruir potenciais agentes patogênicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco. 
 Após processados, esses resíduos tratados devem ser encaminhados para disposição final licenciada pelo órgão ambiental competente.
Os efluentes líquidos gerados pelo sistema de autoclavagem devem ser tratados, se necessário, antes de seu lançamento em corpo de água ou rede de esgoto.
Micro-ondas: descontaminação dos resíduos com emissão de ondas de alta ou de baixa frequência, a uma temperatura elevada (entre 95 e 105ºc). Os resíduos devem ser submetidos previamente a processo de trituração e umidificação. Esse sistema de tratamento deve estar licenciado pelo órgão ambiental competente.
Após processados, esses resíduos tratados devem ser encaminhados para aterro sanitário licenciado pelo órgão ambiental competente.
Incineração: é uma reação química em que os materiais orgânicos combustíveis são gaseificados, num período de tempo prefixado. O processo se dá pela oxidação dos resíduos com a ajuda do oxigênio contido no ar.
Resulta na transformação de materiais com redução de volume dos resíduos, destruição de matéria orgânica, em especial de organismos patogênicos.
Após a incineração dos rss, os poluentes gasosos gerados devem ser processados em equipamento de controle de poluição (ecp) antes de serem liberados. Exemplos de poluentes produzidos: ácido clorídrico, ácido fluorídrico, óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, metais pesados.
 Também ocorre a geração de cinzas e escórias da câmara de incineração, que devem ter destinação final em aterro especial para resíduos perigosos, por ter metais pesados. Os efluentes líquidos devem atender aos limites de emissão de poluentes estabelecidos na legislação ambiental vigente.
7. Coleta e transporte externo
Consiste na remoção dos rss do armazenamento até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações de órgãos de limpeza urbana e cuidados com o meio ambiente.
8. Destinação final
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebe-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação dos locais de descarte, e com licenciamento ambiental de acordo com a resolução Conama nº 237/97.
Medidas de biossegurança
O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de resíduos deve receber educação continuada para as atividades de manejo de resíduos: utilização de epi’s e medidas de biossegurança.
Os trabalhadores devem ser imunizados seguindo das recomendações do programa nacional de imunização (pni) e realizar controle laboratorial sorológico para avaliação da resposta imunológica.
Classificação e descarte dos resíduos
Grupo a: resíduos com possível presença de agentes biológicos
Dividido em 5 classes
A1. 
· Culturas e estoques de micro-organismos; 
· Vacinas de micro-organismos vivos ou atenuados; 
· Resíduos de atenção à saúde humana e animal com suspeita ou certeza de contaminação classe de risco 4 (elevada periculosidade para o ser humano); 
· Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes, sobras de laboratórios com sangue ou líquidos corpóreos.
A2. 
· Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais inoculados com micro-organismo sem agentes classe 4.
A3. 
· Peças anatômicas humanas (membros) e produtos de fecundação sem sinais vitais.
A4. 
· Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; 
· Sobras de amostras de laboratórios contendo fezes, urina e secreções, sem agentes classe de risco 4; 
· Peças anatômicas e resíduos de procedimentos cirúrgicos e outros resíduos sem inoculação de micro-organismos.
A5. 
· Órgãos, tecidos, fluídos orgânicos e materiais perfuro cortantes, entre outros, com suspeita ou certeza de contaminação por príons.
Em geral, os resíduos do Grupo A devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento, impermeável, respeitando o limite de peso de casa saco.
O saco dever ser preenchido somente com até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Os resíduos do Grupo A gerados por programas de assistência domiciliar devem ser acondicionados e recolhidos pelos agentes e encaminhado ao estabelecimento de saúde.
A identificação do Grupo A é o símbolo de substância infectante.
O armazenamento temporário deste grupo deve ser feito em sala que servirá de estacionamento e/ou guarda dos recipientes de transporte de resíduos, vazios ou cheios, devidamente tampados e identificados.
A sala deve ter pisos e paredes lisas laváveis, pontos de iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores.
Os resíduos de fácil putrefação que forem coletados em período superior a 24h devem ser conservados sob refrigeração.
GRUPO B: Resíduos contendo Substâncias Químicas
 Produtos hormonais; antimicrobianos; antineoplásicos; antiretrovirais; imunossupressores.
 Saneantes; desinfetantes; germicidas; solventes; mercúrio de termômetro; ácido crômico; efluentes de processadores de imagem; amálgama; pilhas; baterias; óleo lubrificante e outros produtos perigosos.
Ampolas e resíduos de amálgama devem ser descartados em recipientes de plástico, hermeticamente fechado contendo água. 
 Fixador de RX armazenado em local de baixa temperatura, isento de luz solar direta
 Lençol de borracha utilizado no isolamento absoluto, quando houver procedimento que envolva o uso ou retirada de amálgama, também deve ser descartado como resíduo químico.
 O revelador e fixador não devem ser descartado na pia. Devem ser descartados em recipientes apropriados.
Em geral, quando não autorizado o seu descarte em esgoto sanitário, os resíduos químicos devem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas apropriadas, sempre com tampas de rosca e vedante que devem ser identificadas. 
Os reveladores usados devem ser neutralizados (pH 7-9) e então descartados com grande quantidade de água no sistema de esgoto sanitário com sistema de tratamento.
Já, soluções reveladoras não utilizadas e soluções concentradas devem ser acondicionadas em frascos específicos.
Fixadores usados devem ser submetidos a processo de recuperação da prata o, então, serem acondicionados e identificados adequadamente. 
O armazenamento temporário dos resíduos desse grupo deve ser em local adequado ao volume gerado e a frequência de coleta.
GRUPO C: Resíduos que contenham Radio nucleotídeos
 Rejeitos sólidos ou líquidos provenientes de laboratórios de Análises Clínicas; serviços de Medicina Nuclear e Radioterapia, segundo a Resolução CNEN 6.05.COLETA SELETIVA
Trata-se de um sistema de recolhimento de Materiais Recicláveis previamente separados e encaminhados para o beneficiamento, para que possam ser reutilizados ou reciclados. 
 A Reciclagem é a transformação de um material, que tem sua primeira utilidade terminada em outra, sendo a coleta seletiva de lixo sua maior aliada.
Quais são seus benefícios?
 Minimizar a quantidade de Resíduos destinados ao Tratamento, Coleta e Destino Final, e, assim:
 - aumentar a vida útil dos aterros sanitários, 
 - minimizar a utilização de matéria prima, 
 - incentivar o crescimento das indústrias de reciclados, 
 - preservar os recursos naturais,
 - economizar energia na produção de materiais novos.
Como é feita a coleta?
 O material a ser descartado é colocado em lixeira específica e recolhido posteriormente pelos responsáveis pela coleta.
 Para facilitar o descarte, as lixeiras são diferenciadas por cores: 
 AZUL = PAPEIS
 VERMELHO = PLÁSTICOS
 VERDE = VIDROS 
 AMARELO = METAIS
SIGA OS 3 “Rs”
Os 3 Rs se referem as palavras-chave para a boa utilização do material:
Reduzir: É possível reduzir o material descartado revisando seus hábitos de consumo e repensando na necessidade da sua utilização ou descarte.
Reutilizar: Muitos materiais podem ser reaproveitados, mesmo com outra função, sem passar pela reciclagem.
Reciclar: Transformar materiais já usados, por processo artesanal ou industrial, em novos produtos.
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde PGRSS
Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), com a descrição das ações relativas ao manejo de resíduos de serviços de saúde.
Resolução da Diretoria Colegiada 306 (ANVISA) e Resolução CONAMA 358, todos os estabelecimentos de Assistência à Saúde são obrigados a executarem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS).
Cirurgiões-Dentistas devem elaborar os respectivos PGRSS.
Após receber tratamento específico para cada grupo e conforme seu nível de contaminação, os resíduos são incinerados ou vão para os aterros municipais.
Cabe ressaltar que o gerador é responsável pelo seu resíduo, desde a geração até a disposição final. Em caso de acidente durante o transporte, ele responde pelo resíduo desejado no meio ambiente.
Principais Resíduos Gerados por Dentistas
MERCÚRIO ⇨ Amálgama 
Líquido/Pó = altamente volátil e tóxico, sendo que a principal via de contaminação é a respiratória. Principais sintomas da intoxicação: alteração em função renal, fauna intestinal, disfunções cardíacas, problemas respiratórios e alterações de SN (parestesia, cefaleia, tremores).
Quando descartado de forma errada, o mercúrio sedimenta e contamina o plâncton, contaminando os peixes e, assim, o homem.
 Os resíduos de amálgama devem ser armazenados em potes resistentes a rupturas, com água e hermeticamente fechados, para posterior descarte como resíduos do Grupo B (químico) e passarem por processamento para recuperação da Prata e do Mercúrio.
PÉRFURO-CORTANTES ⇨ Agulhas, lancetas, lâminas de bisturi. 
Descarte deve seguir as recomendações do Grupo E, em recipientes próprios para esse descarte = Descarpack
MATERIAL CONTAMINADO ⇨ algodão, luvas, máscara, sugadores.
Descarte deve seguir as recomendações do Grupo A, em sacos brancos leitosos.

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