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CASOS CLÍNICOS ODONTOLÓGICOS II

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ALÍCIA ROCHA SIQUEIRA BARROSO 
GEÓRGIA FREITAS CAFÉ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 
2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 
2.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 5 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 5 
3. METODOLOGIA ..................................................................................................... 6 
3.1. CIRURGIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 1 ................................ 6 
3.1.1. PLANO DE TRATAMENTO ........................................................................... 7 
3.1.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................... 7 
3.2. DENTISTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 2 ............................ 8 
3.2.1. PLANO DE TRATAMENTO ........................................................................... 9 
3.2.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................... 9 
3.3. PERIODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°3 ........................ 11 
3.3.1. PLANO DE TRATAMENTO ......................................................................... 12 
3.3.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................. 12 
3.4. ENDODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°4 ........................ 13 
3.4.1. PLANO DE TRATAMENTO ......................................................................... 14 
3.4.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................. 14 
4. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 17 
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 19 
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 20 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
A saúde bucal reflete diretamente na saúde geral do corpo do indivíduo, na 
odontologia não se baseia apenas em sorriso bonito e harmônico, ou fatores 
dentários relacionados à cor, a forma ou a alinhamento, e sim implica no bom 
funcionamento do conjunto de sistemas que constituem o ser, de forma saudável, 
observando o completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de 
afecções e enfermidades. Faz-se necessário para um bom atendimento de início 
uma anamnese criteriosa, exame físico/clinico detalhado, buscando colher todas as 
informações importantes para o preenchimento correto do prontuário. 
No que se refere ao atendimento do paciente na clínica integrada deve-se ter 
uma visão integral abrangendo todas as necessidades que o mesmo necessita, 
traçando um planejamento incorporando as várias possibilidade de tratamento e 
relatando para o paciente o planejamento e inclusive aquelas que o profissional não 
tem condições técnicas de executar, mas que poderiam ser realizadas por outros 
especialistas, recomenda-se explicá-las e descrevê-las detalhadamente, registrando 
todas essa possibilidades no prontuário, ressaltando ainda a necessidade do 
consentimento livre e informado do paciente ou seu representante legal, conforme o 
anexado no prontuário. Por esse motivo, o trabalho em equipe multidisciplinar é de 
suma importância, o qual consiste numa forma especial de organização, que tem por 
objetivo, principalmente, a ajuda mútua entre profissionais de uma mesma área. 
De modo específico, o trabalho em equipe multidisciplinar é caracterizado 
como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou um 
determinado trabalho, visando um objetivo comum, neste caso é a pessoa 
atendida. Este, além de possibilitar a troca de conhecimento é determinante nas 
relações humanas, pois motiva o grupo a buscar de forma específica os objetivos 
traçados. Tendo em vista essa perspectiva quando se fala em trabalhar em equipe, 
fala-se em maior volume de atividades, maior responsabilidade, comprometimento, 
flexibilidade, colaboração e esforço pessoal, particularidades que são aprimoradas a 
cada novo dia de trabalho. Assim, o estudo e análise de cada caso, bem como o 
trabalho em equipe, deve fazer parte fundamental da rotina dos consultórios 
odontológicos. 
4 
 
O presente estudo justifica-se em razão do interesse em aprimorar os 
conhecimentos sobre a importância da atuação odontológica no planejamento de 
tratamento de cada paciente, bem como, esclarecer como deve ser conduzido e 
executado dos procedimentos a serem realizados durante o acompanhamento dos 
casos clínicos, seguindo uma lógica adequada, posto que ainda há paradigmas a 
serem superados até que se alcance uma assistência qualificada e humanizada. 
Dessa forma, aspectos como: humanismo, ética, prevenção, cidadania devem 
estar presentes no atendimento. Para que esses comportamentos sejam 
incorporados à aprendizagem, à apreciação pelo caráter ético deve sempre um fator 
primordial a ser ensinado e aperfeiçoado todos os dias, ressaltando a importância de 
haver algumas bases éticas para a tomada de decisão em casos específicos. 
Por fim, o trabalho sobre o devido assunto introduzido torna-se relevante uma 
vez que vem a contribuir para o âmbito assistencial e científico como fonte de estudo 
e conhecimento sobre a temática, ademais, destaca-se ainda como relevante, a 
possibilidade de despertar no leitor uma reflexão a respeito dos diferentes processos 
de planejamento estratégico em odontologia, bem como o cuidado multiprofissional, 
ético e humanizado. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. OBJETIVOS 
2.1. OBJETIVO GERAL 
O presente trabalho tem por objetivo construir algumas considerações acerca 
do planejamento estratégico em Odontologia, de forma ética e que o profissional 
conheça o código de ética que rege a profissão assim como guardar sob sigilo as 
informações pertinentes ao paciente. 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Estudar os aspectos que constituem um atendimento multiprofissional 
humanizado e ético. 
 Realizar a descrição criteriosa de casos clínicos fictícios executados no 
decorrer da disciplina de Clínica Integrada I, destacando os aspectos 
relacionados as diferentes especialidades odontológicas, com ênfase 
ética sobre a importância da relação profissional/paciente para a 
promoção da saúde bucal. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3. METODOLOGIA 
3.1. CIRURGIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 1 
Paciente E.N.S, do sexo masculino, 28 anos, negro, sem histórico de 
patologias de base, normossistêmico. Procurou o complexo odontológico da 
UNIFAMETRO para uma avaliação de rotina. Procedeu-se à anamnese, com 
levantamento da história médica pregressa do paciente, arguindo-o também a 
respeito do seu histórico odontológico, hábitos de vida, medicações de uso, bem 
como a realização de aferição dos sinais vitais, os mesmos apresentando-se 
normais ao momento da consulta. Ao exame clínico extra-oral nenhuma alteração foi 
detectada e ao exame clínico intra-oral, constatou-se presença de extensa lesão 
cariosa no terceiro molar inferior esquerdo (38), O exame radiográfico, sugeriu que a 
lesão já havia tomado grande parte da coroa e o dente tinha indicação de exodontia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Radiografia periapical do elemento 38, sugerindo lesão cariosa com 
comprometimento da câmara pulpar, destruição coronária e uma parte radicular. 
7 
 
3.1.1. PLANO DE TRATAMENTO 
O diagnóstico foi de lesão cariosa no dente 38, onde a radiografia periapical 
do mesmo evidenciou haver comprometimento da polpa, destruiçãocoronária e 
radicular, elemento indicado para exodontia. 
3.1.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO 
EXODONTIA DO ELEMENTO 38 
PASSO A PASSO CIRÚRGICO 
● Preparo do profissional e campo operatório: 
Lavagem das mãos. 
Paramentação cirúrgica, seguindo as normas de biossegurança. 
Montagem da mesa cirúrgica (diérese, exérese, hemostasia e síntese). 
● Preparo do paciente: 
Orientação da paciente a bochecho com clorexidina 0,12% por 1 minuto. 
Realizar antissepsia extra-oral com clorexidina a 2% (movimentos únicos de dentro 
para fora), utilizando pinça allis e gaze. 
● Anestesia: 
Realizar anestesia do nervo alveolar inferior e bucal (articaína 4% com epinefrina 
1:1000, até 2 tubetes anestésicos), utilizando seringa carpule. 
● Técnica cirúrgica de primeira escolha: Técnica primeira (etapa da 
exodontia realizado com fórceps) 
Primeiramente faz-se a sindesmotomia, para desinserir as fibras periodontais, 
utilizando o sindesmótomo, proporcionando um descolamento inicial. 
Posicionar a alavanca reta no espaço entre o tecido ósseo do alvéolo e o dente que 
será removido (por vestibular), realizar movimentos de cunha permitindo luxação e 
8 
 
com uso do fórceps 17, realizar movimento de luxação para vestibular e lingual e 
remover dente com movimento de tração. 
Fazer sutura do alvéolo dentário (ponto simples), com auxílio do porta agulha e 
pinça dietrich. 
 
PÓS-OPERATÓRIO 
Prescrever Dipirona 500mg, 1 comprimido de 6 em 6 horas durante o primeiro 
dia, no segundo dia em caso de dor. Realizar orientações para paciente, onde a 
mesma deve ingerir somente alimentos frios ou gelados, em consistência líquida, 
evitando esforços físicos, exposição ao sol, nos primeiros 3 dias, após isso retomar 
progressivamente a rotina e alimentação normal. Por último, paciente deve ser 
orientada a retornar com sete dia dias para remoção da sutura e acompanhamento. 
Observação: Paciente não autorizou fotografias durante o período 
transoperatório e pós-cirúrgico. 
No código de ética odontológico, no capitulo VI, Art. 14º, constituem 
infração ética: fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, 
sua imagem ou qualquer outro elemento que o identifique, em qualquer meio 
de comunicação ou sob qualquer pretexto, salvo se o cirurgião-dentista estiver 
no exercício da docência ou em publicações científicas, nos quais, a 
autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite a exibição da 
imagem ou prontuários com finalidade didático-acadêmicas, esta autorização 
deve esta fixada ao prontuário. 
 
3.2. DENTISTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 2 
Paciente F.P.G, de 24 anos, melanoderma, gênero feminino, sem histórico de 
patologias de base, ou seja, normossistêmica. Procurou o complexo odontológico da 
UNIFAMETRO queixando-se de desconforto na região posterior dos dentes 
inferiores do lado esquerdo, realizado exame clinico extra-oral e nada foi digno de 
9 
 
nota e ao exame clínico intra-oral foi observado que havia restauração ocluso distal 
(OD) em resina composta com fratura da margem estendendo para face proximal, e 
ausência de cárie no dente 35. Presença de cárie secundária sob a restauração de 
amálgama mesiooclusodistal (MOD) no dente 36 e restauração satisfatória em 
resina composta no dente 37 (Figura 2). O exame radiográfico revelou a presença 
de cárie secundária sob a restauração do dente 36 e dentes 37 e 35 sem alterações. 
 
Figura 2. Imagem mostra restauração de amálgama no elemento 36 com pontos de 
infiltração. 
3.2.1. PLANO DE TRATAMENTO 
 Visto isso, notou-se a necessidade primeiramente de realizar a troca desta 
restauração de amálgama por resina composta, e retirada de tecido cariado que se 
encontrava por baixo da antiga restauração. 
3.2.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO 
RESTAURAÇÃO CLASSE II COM RESINA COMPOSTA 
Cárie secundária, fraturas coronárias, infiltrações marginais e estéticas são, 
atualmente, os principais motivos que levam à substituição de restaurações A 
odontologia contemporânea vivencia o período da busca pela estética. O paciente 
tem procurado, rotineiramente, o consultório odontológico relatando insatisfação com 
a presença de restaurações metálicas e solicitando a sua substituição por materiais 
que melhor mimetizem a estrutura dentária. Além do fator estético, restaurações têm 
10 
 
sido substituídas em decorrência de cáries secundárias, e infiltrações marginais. No 
relato de caso foi observada a somatória desses fatores, que juntamente com a 
presença de sintomatologia, resultou na realização de nova restauração. 
 Naquele momento, foi feito o isolamento absoluto, e assim remoção do 
tecido cariado com brocas esféricas lisas em baixa rotação finalizando um preparo 
cavitário, limpeza da cavidade (figura 3), proteção por uma matriz de aço abraçando 
o dente, e protegendo os vizinhos, foi aplicado do ácido por 30 segundos no esmalte 
e 15 segundos na dentina, após a lavagem e secagem da cavidade com a proteção 
da dentina por uma bolinha de algodão, faz aplicação do primer/adesivo com 
fotopolimerização do mesmo (figura 4), com a espátula suprafil um pequeno 
incremento de compósito é levado à cavidade cuidadosamente, procurando 
minimizar a ocorrência de excessos. Como a cavidade tinha uma maior extensão foi 
utilizado cunha de madeira para colaborar na técnica e para finalizar é realizado a 
fotopolimerização e depois realiza-se o processo de acabamento e polimento com 
tiras de lixa de granulação fina, pasta de polimento (figura 5). 
 
Figura 3. Imagem mostrando elemento após a retirada de restauração de amalgama 
e limpeza da cavidade. 
 
Figura 4. Fotografia mostrando aplicação do primer. 
11 
 
 
Figura 5. Imagem mostra acabamento restauração finalizada. 
Observação: todas as fotos foram autorizadas pela paciente onde a mesma 
assinou um termo de consentimento, este que fica fixado ao prontuário. 
 Art. 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e 
atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma 
física ou digital. Não se esquecendo de anexar ao prontuário termos de 
autorização e acordos feitos entre as partes. 
3.3. PERIODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°3 
Paciente S.F.M, sexo feminino, 22 anos de idade, procurou a clínica 
odontológica da Unifametro referindo dor aos escovar os dentes e sangramento 
sempre presente, percebendo a gengiva bastante inchada, paciente relatou que 
desde a infância sofre com esse aumento de volume gengival e que a cerca de um 
ano, isso vem acontecendo com maior frequência, apresentando episódios de 
sangramento, sintomatologia dolorosa e edema gengival. Relatou que realizou 
tratamento anteriormente de raspagem supragengival e subgengival em combinação 
com a medicação. A higienização é dolorosa com sangramento, dor a escovação e 
ao uso do fio dental. Ao exame extra-oral não observou nenhuma alteração que 
ocasionasse algum tipo de enfermidade ou alteração na face. Ao exame intra-oral, 
observou um quadro de gengiva edemaciada com sangramento, aumento gengival 
na arcada superior e inferior, deslocamento gengival em todos os elementos 
dentário, perda dentária no elemento 46 (Figura 6). 
12 
 
 
Figura 6. Aspectos clínicos iniciais da cavidade oral da paciente, gengiva 
edemaciada; aumento gengival nos dentes inferiores. 
O exame clínico periodontal a mesma foi diagnosticada com periodontite agressiva, 
como resultado do índice pelo PSR em escore 4 em toda a arcada. 
3.3.1. PLANO DE TRATAMENTO 
Raspagem supragengival e subgengival de todos os sextantes, orientação de 
higiene oral, utilização de clorexidina 0,12%, e prescrição medicamentosa. 
3.3.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO 
RASPAGEM SUPRAGENGIVAL E SUBGENGIVAL 
Realizado raspagem supragengival e subgengival de todos os sextantes com 
irrigação com Clorexidina a 0,12%,prescrito para após o procedimento Amoxicilina 
500mg de 8 em 8 horas por 7 dias e metronidazol 400mg de 8 em 8 horas por 5 dias 
e digluconato de clorexidina 0,12% em solução aquosa 500 ml em bochechos de 1 
minuto depois da escovação, e a mesma sendo orientada a voltar para 
acompanhamento do caso (Figura 7). 
Observou-se uma boa evolução do caso, porém ainda há pequenas áreas 
com edema, entretanto houve uma melhora significativa. 
 
13 
 
 
Figura 7. Aspectos clínicos iniciais da cavidade oral da paciente, gengiva 
edemaciada; 
 Paciente encaminhada para realização de biopsia e exames complementares 
e investigação mais profunda do caso, encaminhada para um periodontista. 
Observação: É de grande importância ética, encaminhar os pacientes para o 
especialista quando é visto a necessidade, se você não for profissional 
especialista na área. 
 No capítulo XI, Art. 25. Para fins de diagnóstico e tratamento o 
especialista poderá conferenciar com outros profissionais. Buscando atender 
a necessidade do paciente. 
3.4. ENDODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°4 
Paciente do sexo masculino, 16 anos, pardo, compareceu à clínica odontológica da 
Unifametro referindo dor espontânea no dente 21. Procedeu-se à anamnese, com 
levantamento da história médica pregressa do paciente. Ao exame clínico intra-oral, 
constatou-se extensa cárie no primeiro molar inferior esquerdo (elemento 36), que 
aos testes de vitalidade respondeu de forma positiva, com declínio lento, ao frio e 
negativa à percussão. O exame radiográfico (Figura 8) sugeriu que a lesão cariosa 
já havia atingido a câmara pulpar e havia lesão periapical. 
14 
 
 
Figura 8. Radiografia de Diagnóstico ou Inicial do tratamento endodôntico do dente 
21, tomada com a técnica do Paralelismo. Manter a centralização do dente em 
questão. 
3.4.1. PLANO DE TRATAMENTO 
O tratamento indicado foi a terapia endodôntica em sessão única. 
3.4.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO 
Após anestesia por bloqueio do nervo alveolar inferior, foi feito o isolamento absoluto 
do dente, remoção do tecido cariado e cirurgia de acesso (Figura 9) , localizando-se 
os canais radiculares. 
15 
 
 
Figura 9. Acesso coronário. 
Deve-se utilizar uma solução irrigante auxiliar no preparo do canal radicular, dotada 
de ação lubrificante, bactericida e capaz de atuar sobre matéria orgânica, 
dissolvendo restos pulpares). A solução que melhor atende a estes quesitos é o 
hipoclorito de sódio em concentração variando de 0,5 a 5,0%, devendo ser usada 
em quantidades generosas e dispensada no interior do canal radicular com o auxílio 
de uma agulha fina, preferivelmente de anestesia (Figura 29). Neste caso, utilizou-se 
o líquido de Dakin (hipoclorito de sódio a 0,5% com pH reduzido por ácido bórico). 
Após a remoção das interferências cervicais, efetuou-se a odontometria para 
determinação do comprimento de trabalho, seguida por um alargamento dos 
condutos com limas adequadas ao caso. 
Realizado o preparo cervical e a odontometria, os canais estão preparados. 
Continuou-se com o preparo, utilizando instrumentos maiores, até alcançar o 
instrumento de memória, sempre irrigando com NaClO. 
Terminando o preparo, os canais estarão prontos para receber os cones de guta 
percha; 
Após deve ser feita a prova dos cones de guta-percha, com a devida confirmação 
radiográfica. 
16 
 
Confirmado radiograficamente o sucesso da obturação, foi feito o corte dos cones de 
guta-percha abaixo da linha cervical, com o auxílio de instrumento aquecido ao 
rubro. Em seguida, efetuou-se a condensação vertical da obturação e a limpeza da 
câmara pulpar; 
Um material selador provisório foi utilizado e executado uma radiografia final para 
proservação do caso. 
Observação: As fotos foram autorizadas pela paciente onde a mesma assinou 
um termo de consentimento, este que fica fixado ao prontuário. 
 Art. 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e 
atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma 
física ou digital. Não se esquecendo de anexar ao prontuário termos de 
autorização e acordos feitos entre as partes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4. DISCUSSÃO 
Diante dos casos clínicos, é importante lembrar que, a ordem exata de cada 
procedimento pode ser alterada conforme a tomada de decisão clínica e se baseia 
em componentes que influenciarão o planejamento em odontologia, como por 
exemplo o aspecto da evidência científica, experiência e julgamento do profissional, 
circunstâncias clínicas individuais do paciente, valores e preferências de cada um. 
Em vista disso, o sucesso de um tratamento odontológico integrado relaciona-
se diretamente com a realização de um perfeito exame do paciente, um diagnóstico 
preciso e um bom planejamento para estabelecer o plano de tratamento. Dessa 
forma, a avaliação do paciente deverá ser cuidadosa, criteriosa e minuciosa, nesta 
etapa do atendimento do paciente, ou seja, na avaliação, encontra-se a maior 
importância do clínico geral. 
O exame do paciente tem início quando ele faz seu primeiro contato com o 
profissional, nesse momento ele deve observar também seu comportamento 
psíquico e locomotor, só então, dá-se início ao do exame clínico sistemático 
completo, que é composto por em quatro etapas distintas, sendo elas a anamnese, 
exame clínico, exames complementares, diagnóstico e plano de tratamento. 
Nesse sentido, a elaboração do plano de tratamento com a antecipação da 
visualização do resultado final é alcançada pelo planejamento, esta se mostra uma 
tarefa complexa, posto que pressupõe o diagnóstico mais preciso possível, além do 
conhecimento de todas as alternativas de tratamento e seus prognósticos. Para 
tanto, requer ainda a adequação de todas essas variáveis às condições físicas, 
emocionais e sociais do indivíduo. 
A elaboração do plano de tratamento é realizada em etapas, de acordo com a 
complexidade das necessidades de tratamento e auxiliará a condução das diversas 
técnicas operatórias. Esse plano que será realizado servirá como guia ai tratamento, 
mesmo quando executado por diversos profissionais da equipe interdisciplinar. 
Dessa forma, os procedimentos envolvidos no plano de tratamento escolhido 
deverão seguir uma sequência lógica e prática, com o fito de otimizar o tempo de 
tratamento, bem como os resultados que esperasse encontrar ao concluir todas as 
etapas. Essa sequência é descrita na figura abaixo: 
18 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5. CONCLUSÃO 
Conclui-se, que a assistência em odontologia pode ser entendida como uma 
equipe, formada por pessoas servindo outra pessoa em situação de vulnerabilidade 
e fragilidade. Para que a equipe odontológica entenda a importância da 
humanização do atendimento ao paciente é necessário um relacionamento interno 
de confiança entre o cirurgião-dentista, auxiliares, técnicos e, no caso de 
atendimento público, gestores, assim o cotidiano odontológico deve considerar 
diferentes aspectos, dentre eles os afetivos, cognitivos e psicomotores de cada 
paciente. 
O trabalho multiprofissional significa compartilhar em uma direção comum 
todo atendimento ao paciente em suas etapas de planejamento até execução do 
tratamento, seguindo os critérios de urgência, essas atividades desenvolvidas em 
conjunto encorajam o grupo, o que aumenta o desempenho na hora de realizar os 
procedimentos, transmitindo autoconfiança, habilidade e união, características 
primordiais para o sucesso dos casos. 
Vale ressaltar ainda, que a explicação do profissional sobre a natureza do 
tratamento deve atender aspectos éticos e a participação do paciente na seleção 
dos procedimentos tomados para o tratamento odontológico deve atender aspectos 
voltados ao atendimento humanizado. Isto posto, a integração curriculardas 
dimensões ética, humanística, técnica e científica do processo ensino/aprendizado é 
um importante e atual desafio do campo da formação dos profissionais da 
Odontologia. 
Desse modo, faz-se evidente que há muito mais a ser relatado e 
discutido sobre odontologia ética multidisciplinar, entretanto o objetivo aqui foi 
dar uma pincelada nos principais componentes constituintes de um bom e 
eficaz plano de tratamento encontrado na pratica odontológica, a fim de 
individualizar o tratamento de cada paciente. 
20 
 
6. REFERÊNCIAS 
BOTTAN, Eisabete Rabaldo et al. Educação em saúde: concepções e práticas de 
cirurgiões-dentistas da estratégia de saúde da família. Unimontes Científica, v. 18, 
n. 2, p. 24-35, 2017. 
FERNANDES, Eduarda Gaspar Sabatini; MASIERO, Anelise Viapiana; KUHNEN, 
Mirian. Percepção de cirurgiões dentistas inseridos na estratégia de saúde da família 
sobre o trabalho multiprofissional. Revista GepesVida, v. 1, n. 2, 2015. 
GUERRA, Camila Tuanny et al. Reflexões sobre o conceito de atendimento 
humanizado em Odontologia. Archives of Health Investigation, v. 3, n. 6, 2015. 
HARGREAVES, Kenneth M.; BERMAN, Louis H. Cohen Caminhos da polpa. 
Elsevier Brasil, 2017. 
HUPP, James; ELLIS, Edward; TUCKER, Myron R. Cirurgia oral e maxilofacial 
contemporânea. Elsevier Brasil, 2015. 
MONDELLI, José et al. Fundamentos de dentística operatória. 2008. 
NACIONAIS, Diretrizes Curriculares. Planejamento do curso de graduação de 
Odontologia. Indução para Aperfeiçoamentos, v. 1, n. 1, p. 7-13, 2001. 
NEWMAN, Michael G. et al. Carranza periodontia clínica. Elsevier Brasil, 2016.

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