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ALÍCIA ROCHA SIQUEIRA BARROSO GEÓRGIA FREITAS CAFÉ 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 2.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 5 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 5 3. METODOLOGIA ..................................................................................................... 6 3.1. CIRURGIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 1 ................................ 6 3.1.1. PLANO DE TRATAMENTO ........................................................................... 7 3.1.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................... 7 3.2. DENTISTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 2 ............................ 8 3.2.1. PLANO DE TRATAMENTO ........................................................................... 9 3.2.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................... 9 3.3. PERIODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°3 ........................ 11 3.3.1. PLANO DE TRATAMENTO ......................................................................... 12 3.3.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................. 12 3.4. ENDODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°4 ........................ 13 3.4.1. PLANO DE TRATAMENTO ......................................................................... 14 3.4.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO ................................................................. 14 4. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 17 5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 19 6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 20 3 1. INTRODUÇÃO A saúde bucal reflete diretamente na saúde geral do corpo do indivíduo, na odontologia não se baseia apenas em sorriso bonito e harmônico, ou fatores dentários relacionados à cor, a forma ou a alinhamento, e sim implica no bom funcionamento do conjunto de sistemas que constituem o ser, de forma saudável, observando o completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades. Faz-se necessário para um bom atendimento de início uma anamnese criteriosa, exame físico/clinico detalhado, buscando colher todas as informações importantes para o preenchimento correto do prontuário. No que se refere ao atendimento do paciente na clínica integrada deve-se ter uma visão integral abrangendo todas as necessidades que o mesmo necessita, traçando um planejamento incorporando as várias possibilidade de tratamento e relatando para o paciente o planejamento e inclusive aquelas que o profissional não tem condições técnicas de executar, mas que poderiam ser realizadas por outros especialistas, recomenda-se explicá-las e descrevê-las detalhadamente, registrando todas essa possibilidades no prontuário, ressaltando ainda a necessidade do consentimento livre e informado do paciente ou seu representante legal, conforme o anexado no prontuário. Por esse motivo, o trabalho em equipe multidisciplinar é de suma importância, o qual consiste numa forma especial de organização, que tem por objetivo, principalmente, a ajuda mútua entre profissionais de uma mesma área. De modo específico, o trabalho em equipe multidisciplinar é caracterizado como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou um determinado trabalho, visando um objetivo comum, neste caso é a pessoa atendida. Este, além de possibilitar a troca de conhecimento é determinante nas relações humanas, pois motiva o grupo a buscar de forma específica os objetivos traçados. Tendo em vista essa perspectiva quando se fala em trabalhar em equipe, fala-se em maior volume de atividades, maior responsabilidade, comprometimento, flexibilidade, colaboração e esforço pessoal, particularidades que são aprimoradas a cada novo dia de trabalho. Assim, o estudo e análise de cada caso, bem como o trabalho em equipe, deve fazer parte fundamental da rotina dos consultórios odontológicos. 4 O presente estudo justifica-se em razão do interesse em aprimorar os conhecimentos sobre a importância da atuação odontológica no planejamento de tratamento de cada paciente, bem como, esclarecer como deve ser conduzido e executado dos procedimentos a serem realizados durante o acompanhamento dos casos clínicos, seguindo uma lógica adequada, posto que ainda há paradigmas a serem superados até que se alcance uma assistência qualificada e humanizada. Dessa forma, aspectos como: humanismo, ética, prevenção, cidadania devem estar presentes no atendimento. Para que esses comportamentos sejam incorporados à aprendizagem, à apreciação pelo caráter ético deve sempre um fator primordial a ser ensinado e aperfeiçoado todos os dias, ressaltando a importância de haver algumas bases éticas para a tomada de decisão em casos específicos. Por fim, o trabalho sobre o devido assunto introduzido torna-se relevante uma vez que vem a contribuir para o âmbito assistencial e científico como fonte de estudo e conhecimento sobre a temática, ademais, destaca-se ainda como relevante, a possibilidade de despertar no leitor uma reflexão a respeito dos diferentes processos de planejamento estratégico em odontologia, bem como o cuidado multiprofissional, ético e humanizado. 5 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL O presente trabalho tem por objetivo construir algumas considerações acerca do planejamento estratégico em Odontologia, de forma ética e que o profissional conheça o código de ética que rege a profissão assim como guardar sob sigilo as informações pertinentes ao paciente. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estudar os aspectos que constituem um atendimento multiprofissional humanizado e ético. Realizar a descrição criteriosa de casos clínicos fictícios executados no decorrer da disciplina de Clínica Integrada I, destacando os aspectos relacionados as diferentes especialidades odontológicas, com ênfase ética sobre a importância da relação profissional/paciente para a promoção da saúde bucal. 6 3. METODOLOGIA 3.1. CIRURGIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 1 Paciente E.N.S, do sexo masculino, 28 anos, negro, sem histórico de patologias de base, normossistêmico. Procurou o complexo odontológico da UNIFAMETRO para uma avaliação de rotina. Procedeu-se à anamnese, com levantamento da história médica pregressa do paciente, arguindo-o também a respeito do seu histórico odontológico, hábitos de vida, medicações de uso, bem como a realização de aferição dos sinais vitais, os mesmos apresentando-se normais ao momento da consulta. Ao exame clínico extra-oral nenhuma alteração foi detectada e ao exame clínico intra-oral, constatou-se presença de extensa lesão cariosa no terceiro molar inferior esquerdo (38), O exame radiográfico, sugeriu que a lesão já havia tomado grande parte da coroa e o dente tinha indicação de exodontia. Figura 1. Radiografia periapical do elemento 38, sugerindo lesão cariosa com comprometimento da câmara pulpar, destruição coronária e uma parte radicular. 7 3.1.1. PLANO DE TRATAMENTO O diagnóstico foi de lesão cariosa no dente 38, onde a radiografia periapical do mesmo evidenciou haver comprometimento da polpa, destruiçãocoronária e radicular, elemento indicado para exodontia. 3.1.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO EXODONTIA DO ELEMENTO 38 PASSO A PASSO CIRÚRGICO ● Preparo do profissional e campo operatório: Lavagem das mãos. Paramentação cirúrgica, seguindo as normas de biossegurança. Montagem da mesa cirúrgica (diérese, exérese, hemostasia e síntese). ● Preparo do paciente: Orientação da paciente a bochecho com clorexidina 0,12% por 1 minuto. Realizar antissepsia extra-oral com clorexidina a 2% (movimentos únicos de dentro para fora), utilizando pinça allis e gaze. ● Anestesia: Realizar anestesia do nervo alveolar inferior e bucal (articaína 4% com epinefrina 1:1000, até 2 tubetes anestésicos), utilizando seringa carpule. ● Técnica cirúrgica de primeira escolha: Técnica primeira (etapa da exodontia realizado com fórceps) Primeiramente faz-se a sindesmotomia, para desinserir as fibras periodontais, utilizando o sindesmótomo, proporcionando um descolamento inicial. Posicionar a alavanca reta no espaço entre o tecido ósseo do alvéolo e o dente que será removido (por vestibular), realizar movimentos de cunha permitindo luxação e 8 com uso do fórceps 17, realizar movimento de luxação para vestibular e lingual e remover dente com movimento de tração. Fazer sutura do alvéolo dentário (ponto simples), com auxílio do porta agulha e pinça dietrich. PÓS-OPERATÓRIO Prescrever Dipirona 500mg, 1 comprimido de 6 em 6 horas durante o primeiro dia, no segundo dia em caso de dor. Realizar orientações para paciente, onde a mesma deve ingerir somente alimentos frios ou gelados, em consistência líquida, evitando esforços físicos, exposição ao sol, nos primeiros 3 dias, após isso retomar progressivamente a rotina e alimentação normal. Por último, paciente deve ser orientada a retornar com sete dia dias para remoção da sutura e acompanhamento. Observação: Paciente não autorizou fotografias durante o período transoperatório e pós-cirúrgico. No código de ética odontológico, no capitulo VI, Art. 14º, constituem infração ética: fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, sua imagem ou qualquer outro elemento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, salvo se o cirurgião-dentista estiver no exercício da docência ou em publicações científicas, nos quais, a autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite a exibição da imagem ou prontuários com finalidade didático-acadêmicas, esta autorização deve esta fixada ao prontuário. 3.2. DENTISTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N° 2 Paciente F.P.G, de 24 anos, melanoderma, gênero feminino, sem histórico de patologias de base, ou seja, normossistêmica. Procurou o complexo odontológico da UNIFAMETRO queixando-se de desconforto na região posterior dos dentes inferiores do lado esquerdo, realizado exame clinico extra-oral e nada foi digno de 9 nota e ao exame clínico intra-oral foi observado que havia restauração ocluso distal (OD) em resina composta com fratura da margem estendendo para face proximal, e ausência de cárie no dente 35. Presença de cárie secundária sob a restauração de amálgama mesiooclusodistal (MOD) no dente 36 e restauração satisfatória em resina composta no dente 37 (Figura 2). O exame radiográfico revelou a presença de cárie secundária sob a restauração do dente 36 e dentes 37 e 35 sem alterações. Figura 2. Imagem mostra restauração de amálgama no elemento 36 com pontos de infiltração. 3.2.1. PLANO DE TRATAMENTO Visto isso, notou-se a necessidade primeiramente de realizar a troca desta restauração de amálgama por resina composta, e retirada de tecido cariado que se encontrava por baixo da antiga restauração. 3.2.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO RESTAURAÇÃO CLASSE II COM RESINA COMPOSTA Cárie secundária, fraturas coronárias, infiltrações marginais e estéticas são, atualmente, os principais motivos que levam à substituição de restaurações A odontologia contemporânea vivencia o período da busca pela estética. O paciente tem procurado, rotineiramente, o consultório odontológico relatando insatisfação com a presença de restaurações metálicas e solicitando a sua substituição por materiais que melhor mimetizem a estrutura dentária. Além do fator estético, restaurações têm 10 sido substituídas em decorrência de cáries secundárias, e infiltrações marginais. No relato de caso foi observada a somatória desses fatores, que juntamente com a presença de sintomatologia, resultou na realização de nova restauração. Naquele momento, foi feito o isolamento absoluto, e assim remoção do tecido cariado com brocas esféricas lisas em baixa rotação finalizando um preparo cavitário, limpeza da cavidade (figura 3), proteção por uma matriz de aço abraçando o dente, e protegendo os vizinhos, foi aplicado do ácido por 30 segundos no esmalte e 15 segundos na dentina, após a lavagem e secagem da cavidade com a proteção da dentina por uma bolinha de algodão, faz aplicação do primer/adesivo com fotopolimerização do mesmo (figura 4), com a espátula suprafil um pequeno incremento de compósito é levado à cavidade cuidadosamente, procurando minimizar a ocorrência de excessos. Como a cavidade tinha uma maior extensão foi utilizado cunha de madeira para colaborar na técnica e para finalizar é realizado a fotopolimerização e depois realiza-se o processo de acabamento e polimento com tiras de lixa de granulação fina, pasta de polimento (figura 5). Figura 3. Imagem mostrando elemento após a retirada de restauração de amalgama e limpeza da cavidade. Figura 4. Fotografia mostrando aplicação do primer. 11 Figura 5. Imagem mostra acabamento restauração finalizada. Observação: todas as fotos foram autorizadas pela paciente onde a mesma assinou um termo de consentimento, este que fica fixado ao prontuário. Art. 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital. Não se esquecendo de anexar ao prontuário termos de autorização e acordos feitos entre as partes. 3.3. PERIODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°3 Paciente S.F.M, sexo feminino, 22 anos de idade, procurou a clínica odontológica da Unifametro referindo dor aos escovar os dentes e sangramento sempre presente, percebendo a gengiva bastante inchada, paciente relatou que desde a infância sofre com esse aumento de volume gengival e que a cerca de um ano, isso vem acontecendo com maior frequência, apresentando episódios de sangramento, sintomatologia dolorosa e edema gengival. Relatou que realizou tratamento anteriormente de raspagem supragengival e subgengival em combinação com a medicação. A higienização é dolorosa com sangramento, dor a escovação e ao uso do fio dental. Ao exame extra-oral não observou nenhuma alteração que ocasionasse algum tipo de enfermidade ou alteração na face. Ao exame intra-oral, observou um quadro de gengiva edemaciada com sangramento, aumento gengival na arcada superior e inferior, deslocamento gengival em todos os elementos dentário, perda dentária no elemento 46 (Figura 6). 12 Figura 6. Aspectos clínicos iniciais da cavidade oral da paciente, gengiva edemaciada; aumento gengival nos dentes inferiores. O exame clínico periodontal a mesma foi diagnosticada com periodontite agressiva, como resultado do índice pelo PSR em escore 4 em toda a arcada. 3.3.1. PLANO DE TRATAMENTO Raspagem supragengival e subgengival de todos os sextantes, orientação de higiene oral, utilização de clorexidina 0,12%, e prescrição medicamentosa. 3.3.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO RASPAGEM SUPRAGENGIVAL E SUBGENGIVAL Realizado raspagem supragengival e subgengival de todos os sextantes com irrigação com Clorexidina a 0,12%,prescrito para após o procedimento Amoxicilina 500mg de 8 em 8 horas por 7 dias e metronidazol 400mg de 8 em 8 horas por 5 dias e digluconato de clorexidina 0,12% em solução aquosa 500 ml em bochechos de 1 minuto depois da escovação, e a mesma sendo orientada a voltar para acompanhamento do caso (Figura 7). Observou-se uma boa evolução do caso, porém ainda há pequenas áreas com edema, entretanto houve uma melhora significativa. 13 Figura 7. Aspectos clínicos iniciais da cavidade oral da paciente, gengiva edemaciada; Paciente encaminhada para realização de biopsia e exames complementares e investigação mais profunda do caso, encaminhada para um periodontista. Observação: É de grande importância ética, encaminhar os pacientes para o especialista quando é visto a necessidade, se você não for profissional especialista na área. No capítulo XI, Art. 25. Para fins de diagnóstico e tratamento o especialista poderá conferenciar com outros profissionais. Buscando atender a necessidade do paciente. 3.4. ENDODONTIA: RELATO DE CASO CLÍNICO FICTICIO N°4 Paciente do sexo masculino, 16 anos, pardo, compareceu à clínica odontológica da Unifametro referindo dor espontânea no dente 21. Procedeu-se à anamnese, com levantamento da história médica pregressa do paciente. Ao exame clínico intra-oral, constatou-se extensa cárie no primeiro molar inferior esquerdo (elemento 36), que aos testes de vitalidade respondeu de forma positiva, com declínio lento, ao frio e negativa à percussão. O exame radiográfico (Figura 8) sugeriu que a lesão cariosa já havia atingido a câmara pulpar e havia lesão periapical. 14 Figura 8. Radiografia de Diagnóstico ou Inicial do tratamento endodôntico do dente 21, tomada com a técnica do Paralelismo. Manter a centralização do dente em questão. 3.4.1. PLANO DE TRATAMENTO O tratamento indicado foi a terapia endodôntica em sessão única. 3.4.2. PROCEDIMENTO EXECUTADO Após anestesia por bloqueio do nervo alveolar inferior, foi feito o isolamento absoluto do dente, remoção do tecido cariado e cirurgia de acesso (Figura 9) , localizando-se os canais radiculares. 15 Figura 9. Acesso coronário. Deve-se utilizar uma solução irrigante auxiliar no preparo do canal radicular, dotada de ação lubrificante, bactericida e capaz de atuar sobre matéria orgânica, dissolvendo restos pulpares). A solução que melhor atende a estes quesitos é o hipoclorito de sódio em concentração variando de 0,5 a 5,0%, devendo ser usada em quantidades generosas e dispensada no interior do canal radicular com o auxílio de uma agulha fina, preferivelmente de anestesia (Figura 29). Neste caso, utilizou-se o líquido de Dakin (hipoclorito de sódio a 0,5% com pH reduzido por ácido bórico). Após a remoção das interferências cervicais, efetuou-se a odontometria para determinação do comprimento de trabalho, seguida por um alargamento dos condutos com limas adequadas ao caso. Realizado o preparo cervical e a odontometria, os canais estão preparados. Continuou-se com o preparo, utilizando instrumentos maiores, até alcançar o instrumento de memória, sempre irrigando com NaClO. Terminando o preparo, os canais estarão prontos para receber os cones de guta percha; Após deve ser feita a prova dos cones de guta-percha, com a devida confirmação radiográfica. 16 Confirmado radiograficamente o sucesso da obturação, foi feito o corte dos cones de guta-percha abaixo da linha cervical, com o auxílio de instrumento aquecido ao rubro. Em seguida, efetuou-se a condensação vertical da obturação e a limpeza da câmara pulpar; Um material selador provisório foi utilizado e executado uma radiografia final para proservação do caso. Observação: As fotos foram autorizadas pela paciente onde a mesma assinou um termo de consentimento, este que fica fixado ao prontuário. Art. 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital. Não se esquecendo de anexar ao prontuário termos de autorização e acordos feitos entre as partes. 17 4. DISCUSSÃO Diante dos casos clínicos, é importante lembrar que, a ordem exata de cada procedimento pode ser alterada conforme a tomada de decisão clínica e se baseia em componentes que influenciarão o planejamento em odontologia, como por exemplo o aspecto da evidência científica, experiência e julgamento do profissional, circunstâncias clínicas individuais do paciente, valores e preferências de cada um. Em vista disso, o sucesso de um tratamento odontológico integrado relaciona- se diretamente com a realização de um perfeito exame do paciente, um diagnóstico preciso e um bom planejamento para estabelecer o plano de tratamento. Dessa forma, a avaliação do paciente deverá ser cuidadosa, criteriosa e minuciosa, nesta etapa do atendimento do paciente, ou seja, na avaliação, encontra-se a maior importância do clínico geral. O exame do paciente tem início quando ele faz seu primeiro contato com o profissional, nesse momento ele deve observar também seu comportamento psíquico e locomotor, só então, dá-se início ao do exame clínico sistemático completo, que é composto por em quatro etapas distintas, sendo elas a anamnese, exame clínico, exames complementares, diagnóstico e plano de tratamento. Nesse sentido, a elaboração do plano de tratamento com a antecipação da visualização do resultado final é alcançada pelo planejamento, esta se mostra uma tarefa complexa, posto que pressupõe o diagnóstico mais preciso possível, além do conhecimento de todas as alternativas de tratamento e seus prognósticos. Para tanto, requer ainda a adequação de todas essas variáveis às condições físicas, emocionais e sociais do indivíduo. A elaboração do plano de tratamento é realizada em etapas, de acordo com a complexidade das necessidades de tratamento e auxiliará a condução das diversas técnicas operatórias. Esse plano que será realizado servirá como guia ai tratamento, mesmo quando executado por diversos profissionais da equipe interdisciplinar. Dessa forma, os procedimentos envolvidos no plano de tratamento escolhido deverão seguir uma sequência lógica e prática, com o fito de otimizar o tempo de tratamento, bem como os resultados que esperasse encontrar ao concluir todas as etapas. Essa sequência é descrita na figura abaixo: 18 19 5. CONCLUSÃO Conclui-se, que a assistência em odontologia pode ser entendida como uma equipe, formada por pessoas servindo outra pessoa em situação de vulnerabilidade e fragilidade. Para que a equipe odontológica entenda a importância da humanização do atendimento ao paciente é necessário um relacionamento interno de confiança entre o cirurgião-dentista, auxiliares, técnicos e, no caso de atendimento público, gestores, assim o cotidiano odontológico deve considerar diferentes aspectos, dentre eles os afetivos, cognitivos e psicomotores de cada paciente. O trabalho multiprofissional significa compartilhar em uma direção comum todo atendimento ao paciente em suas etapas de planejamento até execução do tratamento, seguindo os critérios de urgência, essas atividades desenvolvidas em conjunto encorajam o grupo, o que aumenta o desempenho na hora de realizar os procedimentos, transmitindo autoconfiança, habilidade e união, características primordiais para o sucesso dos casos. Vale ressaltar ainda, que a explicação do profissional sobre a natureza do tratamento deve atender aspectos éticos e a participação do paciente na seleção dos procedimentos tomados para o tratamento odontológico deve atender aspectos voltados ao atendimento humanizado. Isto posto, a integração curriculardas dimensões ética, humanística, técnica e científica do processo ensino/aprendizado é um importante e atual desafio do campo da formação dos profissionais da Odontologia. Desse modo, faz-se evidente que há muito mais a ser relatado e discutido sobre odontologia ética multidisciplinar, entretanto o objetivo aqui foi dar uma pincelada nos principais componentes constituintes de um bom e eficaz plano de tratamento encontrado na pratica odontológica, a fim de individualizar o tratamento de cada paciente. 20 6. REFERÊNCIAS BOTTAN, Eisabete Rabaldo et al. Educação em saúde: concepções e práticas de cirurgiões-dentistas da estratégia de saúde da família. Unimontes Científica, v. 18, n. 2, p. 24-35, 2017. FERNANDES, Eduarda Gaspar Sabatini; MASIERO, Anelise Viapiana; KUHNEN, Mirian. Percepção de cirurgiões dentistas inseridos na estratégia de saúde da família sobre o trabalho multiprofissional. Revista GepesVida, v. 1, n. 2, 2015. GUERRA, Camila Tuanny et al. Reflexões sobre o conceito de atendimento humanizado em Odontologia. Archives of Health Investigation, v. 3, n. 6, 2015. HARGREAVES, Kenneth M.; BERMAN, Louis H. Cohen Caminhos da polpa. Elsevier Brasil, 2017. HUPP, James; ELLIS, Edward; TUCKER, Myron R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. Elsevier Brasil, 2015. MONDELLI, José et al. Fundamentos de dentística operatória. 2008. NACIONAIS, Diretrizes Curriculares. Planejamento do curso de graduação de Odontologia. Indução para Aperfeiçoamentos, v. 1, n. 1, p. 7-13, 2001. NEWMAN, Michael G. et al. Carranza periodontia clínica. Elsevier Brasil, 2016.
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