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Introdução à Microbiologia

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Aula 1: Introdução à Microbiologia
Escherichia coli 
· Bactéria presente no cólon. 
· Sua forma alongada, com inúmeros prolongamentos por toda a superfície, permite locomoção. 
1969- O ecologista Robert Whittaker foi o primeiro a propor a classificação de cinco reinos para as biotas no planeta: 
· Animalia; · Protista; 
· Monera. 
· Plantae; 
· Fungi; 
1977- Carl Woose e George Fox descobriram um novo domínio: Archaea. Os dois cientistas afirmaram que todos os seres vivos pertencem a um dos três grandes domínios: Archaea, bactéria e Eucarya. Dessa forma, quando estamos classificando um ser vivo, começamos com o nível ou táxon mais abrangente na hierarquia: o domínio.
Exemplo 
Vamos usar o domínio Eucarya como exemplo. Os reinos incluídos nele são Animalia, Fungi, Plantae etc. Cada reino contém um filo cuja ordem inclui hierarquicamente: · Gênero; 
· Espécie (nome específico). 
· Classe; 
· Ordem; 
· Família; 
Todos os micro-organismos são denominados pelo sistema binomial. O primeiro nome designa o gênero e é escrito em letra maiúscula. Em seguida, vem a espécie (epíteto específico). Ambos devem estar em itálico; se forem manuscritos, sublinhados. Em um texto científico, quando o nome de um micro-organismo já tiver sido descrito, podemos abreviar seu primeiro nome. Exemplo: E. coli. 
A microrrevolução científica: Antes invisíveis - e, por isso mesmo, desconhecidas -, as bactérias acabaram provocando uma revolução no pensamento científico. Isso porque, durante séculos, foram muitas as explicações para o aparecimento de doenças e grandes epidemias, como, por exemplo, a peste negra. 
As primeiras células foram descritas por Robert Hooke. Ele foi o responsável pelas traduções dos trabalhos de Leeuwenhoek para a academia de ciências. 
A descoberta mais importante de Hooke, veio das suas observações com cortiças que ele preparava em finas camadas. 
Com o microscópio, ele as descreveu como se fossem favos de uma colmeia, uma estrutura repleta de alvéolos vazios. Na verdade, a cortiça é um tecido de revestimento formado por estruturas já mortas. 
Ele denominou cada alvéolo de cell, ou cela. Primeiro registro de uma célula vista no microscópio. 
Apesar dessas descrições, as funções dos micro-organismos e o que eles faziam no planeta ficaram adormecidas por muitos anos. No entanto, na segunda metade do século XIX, algumas questões sobre a geração espontânea e a natureza das doenças infecciosas deram um novo impulso à microbiologia. 
Na época, muitos cientistas e filósofos acreditavam que algumas formas de vida poderiam surgir espontaneamente da matéria morta e do solo úmido com estrume de vacas. Por outro lado, alguns cientistas, como Leeuwenhoek e o italiano Francesco Redi, já excluíam essa possibilidade.
1668 Redi divulgou um estudo no qual afirmava ser impossível surgir vida a partir de matéria inanimada. 
Experiência de Redi: Vidros com carne  
· Separou seis frascos, colocando em cada um vários pedaços de carne de boi e de peixe. 
· Com uma gaze fina, cobriu três frascos, deixando o restante aberto, e ficou observando o que ocorria com o passar das horas. 
· O cientista percebeu que os frascos com gaze mantinham os pedaços de carne frescos, ou melhor, sem nenhuma larva sobre as carnes, mas os frascos descobertos começaram a apresentar larvas. 
Se a teoria da abiogênese afirmava que vidas poderiam surgir espontaneamente de matérias, por que então não surgiram larvas nos dois frascos? Sabe onde as larvas apareceram? 
Nas gazes, onde havia depósitos de ovos e larvas.
Comentário 
Mesmo assim, a teoria da geração espontânea continuou forte. Anos depois, o inglês John Needham afirmou que, depois de aquecer um caldo nutriente (como um caldo de galinha ou de milho) e deixá-lo esfriar, logo surgiam micro-organismos espontaneamente. Se deixarmos qualquer frasco com o mínimo de nutrientes em contato com o ar, sabemos que os micro-organismos do ar se depositam e contaminam. Quando os defensores da geração espontânea eram questionados sobre o fato de os frascos fechados não terem bichos, eles argumentavam que, nesses frascos fechados, não existia a mesma quantidade de força vital que havia nos abertos. Por isso, nada cresceria. O que eles chamavam de força vital é oxigênio. 
Experiência com frasco em forma de pescoço de cisne 
Pasteur conseguiu demonstrar a presença de micro-organismos no ambiente como o fator responsável pela vida no caldo, provando que nada poderia surgir espontaneamente. A teoria da abiogênese foi finalmente derrubada. 
Saiba mais 
A vida profissional de Louis Pasteur foi repleta de descobertas e inovações. Ele identificou a fermentação de leveduras em cervejas e vinhos, padronizou o método de esterilização chamado pasteurização e descobriu vacinas. Entre 1880 e 1890, ele produziu as vacinas contra antraz, cólera e raiva.  
A Teoria dos Germes: como curar inoculando 
Médico alemão Robert Koch, dedicou a sua vida para identificar a presença de micro-organismos no sangue e correlaciona-los com a manifestação da doença. 
O médico programou uma série de experiências que resultaram na Teoria dos Germes e nos Postulados de Koch, que, em 1874, utilizavam a bactéria antraz. 
Teoria dos Germes  
Seus trabalhos provocaram uma evolução tão grande na área porque Koch foi capaz de identificar o Mycobacterium tuberculosis, que provoca a tuberculose, e o Vibrio cholerae (cólera), entre outros micro-organismos. A sua Teoria do Germe deu origem à microbiologia médica pela enorme importância dos seus resultados. 
Apesar de os postulados de Koch serem considerados extremamente valiosos, hoje sabemos que existem micro-organismos que não crescem em culturas de laboratório e que podemos ter o modelo animal da doença humana. No entanto, houve avanços em novas técnicas de identificação molecular, o que auxiliou nessas descobertas. 
DNA e nanotecnologia: a microbiologia do (já presente) futuro: A partir do século XX, houve o surgimento da microbiologia ambiental e industrial com suas bactérias fixadoras de nitrogênio no solo (Azotobacter) e os lactobacilos nos alimentos probióticos. 
 1900 - Graças a estudos com bactérias, o microbiologista e botânico Martinus Beijerinck percebeu a presença de um patógeno em filtrados de folhas de tabaco. 
O microbiologista e botânico Martinus Beijerinck, percebeu a presença de um patógeno em filtrados de folhas de tabaco.E o que ele afirmava “tratar-se de um organismo muito pequeno, filtrável e de difícil identificação presente no interior das células” era, na verdade, um vírus. 
 1950 - Watson e Crick mudaram totalmente a concepção de vida com a identificação da estrutura de DNA.

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