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MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 1 Abordagem familiar Introdução Toda abordagem familiar deve ser muito planejada. Para irmos à casa da família precisamos de uma resposta positiva da mesma, de um horário marcado e de um dia planejado. Esse primeiro contato é mediado pelo agente comunitário de saúde, que é a primeira pessoa que faz o link entre a família/comunidade e o sistema de saúde (UBS). → A primeira coisa a se fazer quando vamos organizar a consulta, precisamos preencher o cadastro familiar e individual. Esse cadastro é realizado pelo agente comunitário. Esse agente faz o cadastro de forma seqüencial, quando sua micro-área foi delimitada, o agente vai de casa em casa preenchendo. Quando o paciente chega ao consultório, devem-se validar todas as informações porque não se sabe em que condições essas foram acolhidas. → No início a anamnese é mais formal, mas com o passar do tempo, ela passa a ser informal e cria-se uma conversa com o paciente. → Ao abordar a família, devemos exaltar a importância dessa célula de indivíduos, mostrando que cada membro é fundamental para resolver o problema que está ali. → Deve-se saber quando e como se aproximar para formar um vínculo de confiança. Precisamos ter sensibilidade para perceber o momento certo de abordar a pessoa. Ex: às vezes pode ter acontecido um problema um pouco antes da visita e a família encontra-se num clima de estresse, ou quando se chega a uma casa um pouco antes do horário das crianças irem à escola, provavelmente a abordagem não será efetiva. → Deve-se entender os padrões de funcionamento familiar e respeitar os seus costumes. Não se deve abordar a família com preconceitos. Precisamos entender como a família vive sem julgamentos, estamos ali para entender a forma que elas vivem e para tentar ajudar. → Essa compreensão ajuda no plano de prevenção, na investigação clínica e no tratamento. Ou seja, quando a família percebe o que é melhor para ela ou quando ela entende a solução do problema dela e a gente passa a ser somente um guia/orientador conseguimos chegar mais fácil ao objetivo do nosso trabalho. → Precisamos conhecer toda a família e saber o olhar de todos sobre determinada situação. Cada um tem um ponto de vista sobre os acontecimentos da família e da rotina. O que é família? → A família é o primeiro contato que temos com a socialização. É onde temos proteção, apoio e é uma fonte de modelo. → Nessas populações, ribeirinha/ de rua/ comunidade, as fontes de modelo podem não ser as melhores. Uma criança que cresce com o pai atuando no mundo do crime e dando carinho para ela, tem o entendimento de que isso é normal. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 2 → Dentro da família temos um papel da mulher que mudou com o passar do tempo. Atualmente, a mulher trabalha e ajuda financeiramente. Quem geralmente leva o dinheiro para casa, toma as decisões do que será feito com ele e com a mudança do papel da mulher, ela também passa a intervir nas decisões acerca do uso do dinheiro. → As famílias podem ser de união estável, divórcio e casamentos e a estrutura familiar tem influência direta na saúde, no desenvolvimento da doença e na recuperação. Como deve ser a abordagem → Convide um membro da família para participar da consulta enfatizando a importância dessa união. → Abordagem familiar: o médico detecta um problema e pede ajuda a família. Mesmo que a família não reclame de um problema, o médico tenta instigar que a família peça ajuda. A equipe vai em busca de tentar ajudar essa família. → Terapia familiar: geralmente a família que procura ajuda. A família após detectar o problema vai atrás da equipe ou da UBS para pedir ajuda. Entrevista com a família 1. APRESENTAÇÃO FAMILIAR: fale com cada um de forma individual. 2. APROXIMAÇÃO: crie afinidade e vínculo. 3. ENTENDIMENTO DA SITUAÇÃO: cada membro deve falar seu ponto de vista. Quando se tem uma situação problema, cada membro da família deve mostrar o seu ponto de vista sobre aquele problema para que a equipe seja mais coerente ao tentar ajudar e buscar a solução. 4. DISCUSSÃO: estimule a família a conversar. 5. ESTABELECER UM PLANO TERAPÊUTICO: com envolvimento e comprometimento familiar. Não adianta construir o melhor plano de intervenção se a família não quiser participar do mesmo ou se ela não entender o objetivo do plano. Mesmo que o médico exponha toda a situação problema e a solução, o paciente só vai realizar o plano de intervenção do médico se ele quiser por isso ele precisa entender o porquê das atitudes que ele precisa tomar. Ciclo da vida → As famílias normais estão sempre lutando com os problemas da vida. Não é ausência de problemas, mas uma estrutura familiar funcional, uma estrutura que te auxilie a encarar o problema e a lidar com ele. → Respeitar e entender os estágios: crescer, sair de casa, ter filhos, gerações e morrer. Genograma → É uma ferramenta que explica a história familiar, mapeando e ampliando o conhecimento sobre essa família, para a realização de intervenções do profissional. → Para entender a dinâmica familiar é preciso, no mínimo, três gerações. Pais-filhos-avós. → É uma representação gráfica que ilustra o momento familiar e sua estrutura de forma objetiva. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE Ecomapa → Outro tipo de representação gráfica que resumo uma grande quantidade de informações e facilita a visualização das áreas de problemas e como melhorar o sistema social da família. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA Outro tipo de representação gráfica que resumo uma grande quantidade de informações e facilita a visualização das áreas de problemas e como melhorar o sistema social da família. → Percebe- se através dessa repr comunidade oferece as pessoas que ali habitam: uma igreja? Praça para as crianças brincarem? Uma quadra de esporte para realização de atividades físicas? 3 se através dessa representação o que a comunidade oferece as pessoas que ali habitam: uma igreja? Praça para as crianças brincarem? Uma quadra de esporte para realização de MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58- 2025.2 MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - MICAELA 4
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