02 SLIDES LEI DE TORTURA 9.455

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LEI DE TORTURA
LEI 9.455/1997
Exposição Geral acerca do tema.
Por: Stephany Marinele.
ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DECORRENTES DA 
INTERPRETAÇÃO DA LEI 
● MANDADO CONSTITUCIONAL DE CRIMINALIZAÇÃO: O art. 5º, XLIII, da CF é um mandado 
constitucional de criminalização (expresso), pois obriga o legislador ordinário à proteção de forma 
eficiente/suficiente de determinados bens ou interesses jurídicos, reduzindo a sua margem de atuação.
Art. 5º (…) XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem;
● EM ÂMBITO INTERNACIONAL: Crime PRÓPRIO, praticado por funcionário público ou qualquer pessoa 
no exercício da função público (Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penais cruéis, 
desumanas ou degradantes).
● EM ÂMBITO NACIONAL: Crime Comum, em regra (qualquer pessoa); LEI 9.455/1997;
ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DECORRENTES DA 
INTERPRETAÇÃO DA LEI 
● CONCEITO: “Qualquer método de submissão de uma pessoa a sofrimento atroz, físico ou 
mental, contínuo e ilícito, para obtenção de qualquer coisa ou para servir de castigo por 
qualquer razão” (Guilherme Nucci).
● COMPETÊNCIA: Justiça Estadual ou Federal, a depender do local em que cometida e da 
incidência em uma das hipóteses do art. 109 da CF. Com a edição da Lei 13.491/17, o militar 
responde na Justiça Militar no caso de tortura praticada em serviço ou em razão do serviço 
(antes respondia na Justiça Comum).
● SÚMULA N. 172- Compete à Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de 
autoridade, ainda que praticado em serviço.
● SÚMULA N. 90 -Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela 
prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele.
ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DECORRENTES DA 
INTERPRETAÇÃO DA LEI 
● Pretensão de danos morais decorrentes de tortura no regime militar é 
IMPRESCRITÍVEL.
● As ações de indenização por danos morais decorrentes de atos de tortura 
ocorridos durante o Regime Militar de exceção são imprescritíveis.
● Não se aplica o prazo prescricional de 5 anos previsto no art. 1º do 
Decreto 20.910/1932. STJ. 2ª Turma. REsp 1.374.376-CE, Rel. Min. Herman 
Benjamin, julgado em 25/6/2013 (Info 523).
● NÃO CONFUNDIR COM O CRIME DE TORTURA, QUE É PRESCRITÍVEL!
ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DECORRENTES DA 
INTERPRETAÇÃO DA LEI 
ASPECTOS COMUNS DAS MODALIDADES DE TORTURA*:
● É possível a tentativa e a desistência voluntária;
● Não é possível o arrependimento eficaz e nem o arrependimento 
posterior;
Ação penal pública incondicionada.
*tortura-prova; tortura-crime; tortura-discriminação; tortura-
castigo; tortura por tortura;
MODALIDADES DO CRIME DE TORTURA
1) TORTURA-CONSTRANGIMENTO
● I - constranger alguém com emprego de violência ou grave 
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
2) TORTURA-PROVA/ PROBATÓRIA/ PERSECUTÓRIA/ 
INQUISITORIAL OU INSTITUCIONAL
● a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão 
da vítima ou de terceira pessoa;
MODALIDADES DO CRIME DE TORTURA
3) TORTURA-CRIME
● b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
4) TORTURA-DISCRIMINATÓRIA / PRECONCEITUOSA / 
RELIGIOSA
● c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
MODALIDADES DO CRIME DE TORTURA
5) TORTURA-CRIME/ VINGATIVA/ INTIMIDATÓRIA OU PUNITIVA
● II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com 
emprego de violência ou grave ameaça, a INTENSO SOFRIMENTO 
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de 
caráter preventivo. Pena - reclusão, de dois a oito anos.
6) TORTURA POR TORTURA
● § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a 
medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da 
prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
MODALIDADES DO CRIME DE TORTURA
7) TORTURA-OMISSÃO (IMPRÓPRIA)
● § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando 
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de 
detenção de um a quatro anos.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
DE 1/6 A 1/3!
I - se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de 
deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
III - se o crime é cometido mediante sequestro.
QUALIFICADORAS
● Qualificadoras preterdolosas/preterintencionais: dolo no 
antecedente (torturar), culpa no consequente 
(lesionar/matar).
● § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou 
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se 
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou 
emprego público e a interdição para seu exercício pelo DOBRO 
DO PRAZO da pena aplicada.
EFEITOS AUTOMÁTICOS.
MODALIDADES DO CRIME DE TORTURA
● § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
Só para lembrar: crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia são os 3T H (Terrorismo + Tráfico + Tortura + Hediondos).
● § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o 
cumprimento da pena em regime fechado.
● Art. 2º O disposto nesta Lei APLICA-SE ainda quando o crime não tenha sido 
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o 
agente em local sob jurisdição brasileira.
EVITAR CONFUNDIR
EVITAR CONFUNDIR
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QUESTÕES
01 – De acordo a Lei n.º 9.455, de 1997, que define os crimes de tortura, assinale a alternativa 
correta.
A) A condenação de agente público no crime de tortura não acarretará a perda do cargo, 
função ou emprego público nem a interdição para seu exercício.
B) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça, mas pode ser anistiado.
C) Se a vítima for brasileira, o disposto nessa lei aplica-se ainda quando o crime tenha sido 
cometido fora do território nacional.
D) A pena do crime de tortura não aumenta quando é cometido contra criança, gestante, 
portador de deficiência, adolescente ou maior de sessenta anos de idade.
E) Não é considerado crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou 
autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou 
mental como forma de aplicar castigo pessoal.
QUESTÕES
01 – De acordo a Lei n.º 9.455, de 1997, que define os crimes de tortura, assinale a alternativa 
correta.
A) A condenação de agente público no crime de tortura não acarretará a perda do cargo, 
função ou emprego público nem a interdição para seu exercício.
B) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça, mas pode ser anistiado.
C) Se a vítima for brasileira, o disposto nessa lei aplica-se ainda quando o crime tenha 
sido cometido fora do território nacional.
D) A pena do crime de tortura não aumenta quando é cometido contra criança, gestante, 
portador de deficiência, adolescente ou maior de sessenta anos de idade.
E) Não é considerado crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou 
autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou 
mental como forma de aplicar castigo pessoal.
QUESTÕES
02- Lindomar é agente público e foi condenado à pena de reclusão de quatro anos pela 
prática de tortura. De acordo com a Lei federal nº 9.455/1997, que define os crimes de 
tortura e dá outras providências, a condenação de Lindomar acarretará a:
A) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por dois anos.
B) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por 
quatro anos.
C) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por quatro anos.
D) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por 
oito anos.
E) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição permanentepara seu 
exercício.
QUESTÕES
02- Lindomar é agente público e foi condenado à pena de reclusão de quatro anos pela 
prática de tortura. De acordo com a Lei federal nº 9.455/1997, que define os crimes de 
tortura e dá outras providências, a condenação de Lindomar acarretará a:
A) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por dois anos.
B) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por 
quatro anos.
C) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por quatro anos.
D) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício 
por oito anos.
E) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição permanente para seu 
exercício.
QUESTÕES
02- Lindomar é agente público e foi condenado à pena de reclusão de quatro anos pela 
prática de tortura. De acordo com a Lei federal nº 9.455/1997, que define os crimes de 
tortura e dá outras providências, a condenação de Lindomar acarretará a:
A) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por dois anos.
B) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por 
quatro anos.
C) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por quatro anos.
D) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício 
por oito anos.
E) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição permanente para seu 
exercício.
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