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1. Quais são as causas de compressão radicular 
Perguntas: 
1. O que é cefaleia? Classificar quais os seus tipos. 
Poucas pessoas sabem, mas existem mais de 150 tipos de dor de cabeça 
(cefaleia). As dores de cabeça primárias, são aquelas que própria dor é a 
doença, podem ser muito debilitantes, embora a maioria delas não ofereça 
nenhum risco à vida dos portadores. Os tipos mais comuns são: enxaqueca, 
cefaleia do tipo tensional, cefaleia em salvas e cefaleia crônica diária. Porém 
as dores de cabeça secundárias são causadas por outras doenças, sendo as 
mais comuns: acidente vascular cerebral, tumores de sistema nervoso 
central, trombose venosa cerebral, ruptura de aneurisma, aumento da 
pressão intracraniana. 
 
DORES DE CABEÇA PRIMÁRIAS 
 
Enxaqueca é uma dor pulsátil, de forte intensidade, podendo ser 
acompanhada de náuseas e vômitos ou intolerância à luz ou ao som. 
Geralmente unilateral (mas pode ser bilateral) e as crises podem durar de 4 
a 72 horas. 
Cefaleia do tipo Tensional é o tipo mais frequente no mundo, caracterizada 
por dor bilateral ou na parte da frente ou atrás da cabeça, de moderada 
intensidade, que não piora com esforço, dura de 30 min até 7 dias. 
Cefaleia em Salvas é um tipo de dor intensa, unilateral, durando de 15 
minutos a 3 horas, geralmente as crises ocorrem no mesmo horário (maioria 
de madrugada) por vários dias seguidos. A dor é acompanhada de 
lacrimejamento e corrimento nasal no mesmo lado da dor. 
Cefaleia Crônica Diária é uma situação que caracteriza por dores de cabeça 
em pelo menos 15 dias ao mês. Ela é uma evolução das outras formas de dor 
de cabeça, que aumentam de frequência gradativamente por uso exagerado 
de analgésicos para dor. 
<https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos%
20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nic
a%20di%C3%A1ria.> 
 
2. Qual é o manejo clínico e exames complementares de um paciente com 
cefaleia (anamnese e exame físico)? 
O diagnóstico dos principais tipos de cefaleia é clínico e baseia-se na 
anamnese e no exame físico. As principais informações da anamnese e 
exame físico a serem consideradas são: 
• Localização: definir se a dor é holocraniana, bilateral, unilateral, retro-
orbital, occipital, cervical ou localização mais específica; avaliar se é sempre 
no mesmo lugar ou muda conforme a crise. 
https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos%20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nica%20di%C3%A1ria.
https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos%20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nica%20di%C3%A1ria.
https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos%20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nica%20di%C3%A1ria.
• Duração: idade de início ou há quanto tempo o paciente apresenta a dor; 
se a dor é contínua ou episódica, duração de cada episódio, frequência das 
crises e modo de início (súbito ou insidioso). 
• Características/intensidade da dor: definir como é a dor (em 
aperto/pressão ou latejante), e intensidade (leve, dor que não atrapalha as 
atividades rotineiras; moderada, dor mais intensa, que atrapalha as 
atividades rotineiras, mas não impede sua realização; forte, dor que impede 
o indivíduo de prosseguir com atividades rotineiras; muito forte ou 
excruciante). 
• Sintomas associados: identificar sintomas prodrômicos, duração e se 
persistem com a dor. Avaliar se fatores como luz, barulho ou cheiros pioram 
ou atrapalham o paciente durante a dor. Questionar outros sintomas 
associados, como náusea ou vômito, congestão nasal, lacrimejamento, olho 
vermelho, diplopia, sintomas visuais, tontura, perda de força, parestesia, 
febre, tosse, etc.; 
• Fatores desencadeantes: identificar sintomas desencadeantes, como 
estresse, privação de sono, jejum prolongado, álcool, cafeína, período 
menstrual, uso de medicamentos, tipos de alimentos ou outros, fatores 
agravantes e de alívio. 
• Tratamentos realizados: identificar tratamentos utilizados e se fez 
tratamento profilático para cefaleia. Se paciente está usando analgésico 
duas ou mais vezes por semana, suspeitar de cefaleia por abuso de 
analgésico. 
• Exame físico: Avaliar se pressão arterial e/ou temperatura estão elevadas, 
Oroscopia, otoscopia e avaliação dos seios da face na presença de sintomas 
associados. 
Palpação cervical e do crânio em busca de hipertonia muscular cervical, 
pontos dolorosos. Palpação trajeto da artéria temporal superficial pensando 
em diagnóstico diferencial de arterite temporal em pacientes com mais de 
50 anos. Palpação da articulação temporomandibular(ATM). 
 Exame neurológico na busca de possíveis déficits focais associados. 
Entende-se por exame neurológico: exame do estado mental, exame dos 
pares cranianos, exame motor, exame sensorial e reflexos. 
- Exame do estado mental: nível de consciência normal, deprimida ou 
hiperalerta. 
- Exame dos pares cranianos: (I) Olfatório, (II) Óptico: acuidade visual e 
campo visual; (III e IV) reflexo pupilar, (V) Trigêmeo: sensibilidade facial, 
reflexo corneano, teste motor facial e simetria facial. - Exame motor: prova 
dedo-nariz; Rebote. 
- Exame sensorial: Romberg; - Reflexos: Babinski. 
- Sinais de irritação meníngea: a rigidez de nuca pode estar associada à 
meningite ou hemorragia subaracnóidea. 
 
<https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neur
ocirurgia_resumo_cefaleia_TSRS.pdf> 
O exame físico deve abranger um exame neurológico detalhado, incluindo a 
avaliação de reflexos primitivos de liberação frontal, que pode refletir 
disfunção neurológica sutil não evidenciada rotineiramente. A avaliação 
neuropsiquiátrica deve incluir um exame geral completo do estado mental, 
bem como uma análise detalhada de funções cognitivas; o último exame 
deve enfatizar testes cronometrados de atenção e de processamento de 
informação, codificação e recuperação de memória e função executiva. A 
equipe de assistência deve estar ciente de que o Miniexame do Estado 
Mental (MEEM) não é considerado uma ferramenta adequada para 
avaliação de tipos de disfunção cognitiva produzidos por TCE. 
A anatomia do TCE, seja leve ou de maior gravidade, prevê maiores prejuízos 
em funções cognitivas mediadas por região frontal mais do que as funções 
cognitivas temporais mediais e bitemporoparietais avaliadas pelo MEEM. 
Assim, medidas de avaliação à beira do leito, com maior sensibilidade ao 
déficit de cognição frontalmente mediadas, como a Bateria de Avaliação 
Frontal ou a escala de descontrole comportamental, podem melhorar a 
detecção de déficit cognitivo funcionalmente relevante entre pacientes com 
TCE leve. Os membros da equipe de assistência não familiarizados com a 
administração e interpretação das medidas de beira do leito devem 
considerar a possibilidade da indicação formal de testes neuropsicológicos. 
Quantificação dos sintomas usando escalas padronizadas desenvolvidas para 
esta finalidade também pode orientar no diagnóstico e tratamento desses 
pacientes. 
<Miotto, Eliane Correa 
Neuropsicologia clínica / Eliane Correa Miotto, Mara Cristina Souza de Lucia, Milberto Scaff. 
- 2. ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro : Roca, 2018. 
522 p. : il. ; 24 cm.> 
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_cefaleia_TSRS.pdf
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_cefaleia_TSRS.pdf
3. Qual a fisiopatologia, causas e tratamento das cefaleias. 
CEFALEIA CRÔNICA DIÁRIA: 
O termo cefaleia crônica diária é empregado para se referir a um tipo de 
cefaleia que se manifesta por 15 dias ou mais no período de 1 mês por mais 
de 3 meses. 
 
→ Etiologia e patogênese: A causa de CCD é desconhecida, embora existam 
várias hipóteses. Há cefaleia do tipo enxaqueca transformada, evolução de 
cefaleia tensional, nova cefaleia persistente diária e cefaleia pós-traumática. 
Embora o uso excessivo de medicamentossintomáticos tenha sido 
relacionado com casos de CCD, existe um grupo de pessoas para o qual a 
CCD não está relacionada com o uso excessivo de medicamentos. 
 
→ Manifestações clínicas: Em muitas pessoas, CCD mantém determinadas 
características de enxaqueca, enquanto em outras se assemelha à cefaleia 
tensional crônica. CCD pode estar ligada à cefaleia tensional crônica e 
episódica. A nova cefaleia persistente diária pode ter manifestação súbita, 
sem histórico de enxaqueca, cefaleia tensional, traumatismo ou estresse 
psicológico. 
 
 
 
 
 
 
→ Tratamento: Para as pessoas com CCD, pode ser necessária uma 
combinação de intervenções farmacológicas e comportamentais. Tal como 
acontece com a cefaleia tensional, pode ser útil o emprego de técnicas não 
farmacológicas, como biofeedback, acupuntura, massagem, relaxamento, 
terapia de imagens mentais e fisioterapia. Há também o auxílio de algumas 
medidas para reduzir ou eliminar o uso excessivo de medicação, incluindo a 
ingestão de cafeína. 
 
CEFALÉIA EM SALVAS: 
A cefaleia em salvas é um tipo relativamente incomum de dor de cabeça que 
se manifesta com mais frequência em pacientes do sexo masculino do que 
do sexo feminino e, tipicamente, se inicia na terceira década de vida. Esse 
tipo de cefaleia tende a ocorrer em grupos, ou salvas, por períodos de 
semanas ou meses, seguido por um período de remissão longo, sem dores 
de cabeça. A cefaleia em salvas é um tipo de cefaleia neurovascular primária 
que tipicamente inclui dor intensa, implacável e unilateral. 
 
 
→ Etiologia e patogênese: Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à 
cefaleia em salvas não são completamente conhecidos, embora 
recentemente tenha sido observado que a hereditariedade, por meio de um 
gene autossômico dominante, tenha algum papel na patogênese da cefaleia 
em salvas. Os mecanismos fisiopatológicos mais prováveis incluem a ação 
combinada de fatores vasculares, neurogênicos, metabólicos e humorais. 
Acredita-se que a ativação do sistema vascular do nervo trigêmeo e os 
reflexos autônomos parassimpáticos cranianos possam explicar a dor e os 
sintomas autônomos. Acredita-se também que o hipotálamo desempenhe 
um papel fundamental. O possível papel dos centros de regulação do 
hipotálamo anterior está implicado pela observação de alterações biológicas 
circadianas e distúrbios neuroendócrinos (p. ex., alterações no cortisol, na 
prolactina e na testosterona) tanto durante os períodos ativos quanto 
durante a remissão clínica. Ressonâncias magnéticas revelam artérias 
intracranianas dilatadas no lado doloroso. Crê-se que a perda de tônus 
vascular resulte de um defeito na inervação simpática perivascular. 
 
→ Manifestações clínicas: A dor associada à cefaleia em salvas tem 
manifestação súbita e aumenta de intensidade até alcançar o pico em um 
intervalo de aproximadamente 10 a 15 min, com duração de 15 a 180 min. A 
dor por trás dos olhos irradia para o nervo trigêmeo ipsolateral (p. ex., 
têmpora, bochecha, gengiva). Frequentemente, a cefaleia está relacionada 
com um ou mais sintomas, como inquietação ou agitação, vermelhidão na 
conjuntiva, lacrimejamento, especificamente unilateral, congestão nasal, 
rinorreia, sudorese na testa e na face, miose, ptose e edema palpebral 
 
 
→ Tratamento: Devido à duração relativamente curta e à natureza 
autolimitada da cefaleia em salvas, preparações orais geralmente levam 
muito tempo para alcançar níveis terapêuticos. Os tratamentos mais efetivos 
são aqueles de ação rápida. A inalação de oxigênio pode ser indicada para 
uso doméstico. Medicamentos profiláticos para casos de cefaleia em salvas 
incluem verapamil, carbonato de lítio, corticosteroides e valproato de sódio 
 
CEFALÉIA TENSIONAL 
Definição 
 A cefaleia do tipo tensional (CTT) é o tipo mais comum de cefaleia. Segundo 
a Classificação Internacional das Cefaleias, ela pode ser dividida em três 
subtipos de acordo com a frequência da cefaleia: (1) CTT episódica 
infrequente (<12 dias de cefaleia/ano), (2) CTT episódica frequente (12-180 
dias de cefaleia/ano) e (3) CTT crônica (>180 dias de cefaleia/ano). 
Epidemiologia A prevalência ao longo da vida da CTT episódica é de quase 
80%, e da CTT crônica de 3%. Mulheres são discretamente mais acometidas 
que os homens. O pico da idade de início está entre 35 e 40 anos, e a 
prevalência reduz-se com a idade em ambos os sexos. 
Características Clínicas 
 A CTT caracteriza-se por crises de cefaleia de leve a moderada intensidade, 
geralmente descrita com sendo em pressão ou aperto (não-pulsátil), que 
não pioram com a atividade física rotineira, como caminhar ou subir 
escadas. A dor dura de horas a dias e é predominantemente bilateral. 
Fisiopatologia A CTT origina da combinação de disfunção miofascial e 
desequilíbrio nociceptivo central. Acredita-se que a evolução do subtipo 
episódico para o subtipo crônico deve-se ao aumento da disfunção 
nociceptiva central. 
Diagnóstico/Diagnóstico Diferencial 
 O diagnóstico de CTT é baseado na anamnese, por meio da descrição das 
características da cefaleia, e na normalidade do exame neurológico. A 
palpação manual da musculatura pericraniana pode revelar aumento da 
sensibilidade dolorosa, sendo esse o achado mais comum em CTT. Um 
raciocínio diagnóstico adicional deve ser considerado em pacientes que 
apresentem outros sintomas além da cefaleia. Como a CTT crônica está 
frequentemente associada ao uso excessivo de medicações analgésicas, isto 
deve ser levado em conta em todos os pacientes com aumento no número 
de dias de cefaleia (para detalhes, veja o capítulo “Cefaleia por uso excessivo 
de medicação”). 
Tratamento 
 A terapêutica consiste em tratamento farmacológico agudo, tratamento 
farmacológico preventivo e intervenções nãofarmacológicas, que podem ser 
usados sozinhos ou em combinação dependendo da frequência da cefaleia e 
da preferência individual. Analgésicos simples e anti-inflamatórios não-
esteroidais (AINES) são efetivos no tratamento agudo da cefaleia. 
Antidepressivos tricíclicos (especialmente a amitriptilina) devem ser a 
primeira escolha no tratamento preventivo da CTT episódica ou crônica. O 
uso de intervenções não-farmacológicas como o relaxamento muscular e o 
biofeedback eletromiográfico tem suporte clínico sólido no tratamento da 
CTT e tem taxas de sucesso comparadas ao tratamento preventivo 
farmacológico. As estratégias terapêuticas devem ser adaptadas para cada 
caso de acordo com o relato do paciente e o diário de cefaleia. 
 
4. Quais as causas, diagnóstico e tratamento da enxaqueca. 
CAUSAS 
A sensibilidade sensorial típica da enxaqueca provavelmente é causada por 
disfunção dos sistemas de controle sensoriais monoaminérgicos localizados 
no tronco encefálico e no tálamo. 
A maior parte dos sintomas de enxaqueca pode ser induzida por estimulação 
dopaminérgica. Além disso, há hipersensibilidade dos receptores da 
dopamina nos que sofrem de enxaqueca, conforme demonstrado pela 
indução do bocejo, náuseas, vômitos, hipotensão e outros sintomas de uma 
crise de enxaqueca pelos agonistas dopaminérgicos com doses que não 
afetam os que não têm enxaqueca. Os antagonistas dos receptores de 
dopamina são agentes terapêuticos eficazes na enxaqueca, especialmente 
quando administrados por via parenteral ou simultaneamente com outros 
agentes antienxaqueca. 
Locais do sistema nervoso central e periférico que podem estar envolvidos 
na patogênese da enxaqueca 
• Durante a fase de aura, uma redução no fluxo sanguíneo cortical se 
dissemina anteriormente a partir do córtex occipital, que se acredita 
ser decorrente de depressão alastrante. 
• Durante a fase de cefaleia, uma inflamação estéril das meninges 
pode ativar fibras sensitivas do nervo trigêmeo (V) que se projetam 
para o núcleo caudal, a substância cinzenta periaquedutal, os núcleos 
talâmicos sensitivos e o córtex somatossensorial primário. 
Alternativamente, essa via sensorial central pode conduzir os sinais 
aferentes interpretados como nocivos. 
DIAGNOSTICOEnxaqueca em seu nível mais básico é a cefaleia com manifestações 
associadas, e a cefaleia tensional é aquela que se apresenta sem 
manifestações. A maioria dos pacientes com cefaleia incapacitante 
provavelmente tem enxaqueca. 
Crises repetidas de cefaleia que duram 4 a 72 h em pacientes com exame 
físico normal, nenhuma outra causa razoável para cefaleia e: 
Pelo menos duas das seguintes manifestações: 
Dor unilateral 
Dor latejante 
Agravamento por movimento 
Intensidade moderada ou grave 
 
Além de pelo menos uma das seguintes manifestações: 
Náuseas/vômitos 
Fotofobia e fonofobia 
A enxaqueca geralmente começa com um pródromo, que pode persistir 
durante horas a dias, quando os pacientes observam dificuldade de 
concentração ou fadiga, sem dor de cabeça. Uma aura pode ou não ocorrer, 
mas é geralmente presente antes da dor de cabeça começar. A dor de 
cabeça pode ser unilateral ou bilateral, latejante, moderada a grave, e piora 
com a atividade. Características clínicas que acompanham incluem náuseas, 
vômitos, sensibilidade à luz e som. Outras características clínicas incluem dor 
no pescoço, ocasionalmente tontura, osmofobia e dificuldade para pensar. A 
enxaqueca com aura é geralmente visual, mas pode ser sensitiva ou pode 
incluir afasia ou vertigem. Aura de enxaqueca sem dor de cabeça começa 
com um distúrbio neurológico, como um fenômeno visual, mas sem dor de 
cabeça subsequente. 
 
 
5. Quais são os fatores biopsicossociais desencadeantes de cefaleia? 
Muitos pacientes referem dores de cabeça quando em situações de grande 
estresse ou quando passam longos períodos sob forte pressão emocional 
- Pacientes com enxaqueca são consideravelmente mais depressivos e 
ansiosos que pacientes controle. Considerando que a percepção da dor é 
significativamente influenciada pela interação entre os processos 
fisiológicos, psicológicos e sociais, as emoções têm um papel importante 
nesse processo, interferindo na modulação da sensação dolorosa. 
 
6. Qual a conduta do médico no atendimento de uma vítima de agressões 
domésticas? 
PROCEDIMENTOS EM CASO DE SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
Formas de perguntar indiretamente à mulher 
•Está tudo bem em sua casa ou no seu trabalho? 
•Você acha que os problemas de relacionamento familiar está afetando sua 
saúde? 
•Você se sente humilhada ou agredida por algum familiar? 
 
Perguntar diretamente 
•A violência física, psicológica ou sexual está presente na vida de muita 
gente e pode afetar a saúde mesmo depois de muitos anos. Você já sofreu 
ou sofre algum tipo de violência? 
 
Profissional atua no sentido de: 
•evitar julgar a mulher; escutar calmamente a história da mulher e suas 
expectativas em relação à assistência; 
•buscar entender seu problema, a origem de seu sofrimento e as 
dificuldades que ela tem para sair da dinâmica abusiva; 
•mapear conjuntamente a rede de suporte social que ela já tem ou pode 
acionar, como seu trabalho, amigos, família, recursos materiais. Apontar as 
possibilidades e reforçar •pontos positivos; mapear potenciais riscos que a 
mulher pode correr (presença de armas e ameaças) e avaliar junto com a 
mulher sobre tais riscos, tentativas anteriores e formas de prevenção; 
•partindo das questões trazidas pelas mulheres em atendimento, informar 
que a violência é uma situação de alta ocorrência, tem caráter social e está 
associada às desigualdades de direitos entre o homem e a mulher; 
•discutir os planos da mulher para a vida dela, buscando encontrar 
alternativas à situação atual. 
 
 
 
 
 
2. a nível de cervical? 
3. Qual a importância dos cuidados ergonômicos durante o trabalho? (medicina do 
trabalho, epidemiologia da DORT) 
A atividade deve ser concebida considerando a diversidade da população de 
trabalhadores e a variabilidade inerente a ela. Muito além da simples adaptação 
física dos ambientes de trabalho, é necessário conhecer e integrar as variáveis do 
indivíduo às exigências e a organização do trabalho. Somente integrando tais 
variáveis, pode-se facilitar a qualidade de vida no trabalho e favorecer a produção. 
Quanto ao efeito da ginástica laboral na prevenção das LER/DORT, a literatura 
ainda é controversa. Embora tenha sido considerada importante na prevenção de 
lesões osteomusculares relacionadas ao desgaste e ao estresse no trabalho, 
alguns autores defendem que a ginástica laboral, quando adotada de forma 
isolada, não é suficiente para prevenir LER/DORT e pode distorcer a visão 
sistêmica necessária para abordar esse complexo fenômeno. 
<AUGUSTO, VG et al . Um olhar sobre as LER/DORT no contexto clínico do fisioterapeuta. Rev. bras. fisioter., 
São Carlos , v. 12, n. 1, p. 49-56, Feb. 2008 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552008000100010&lng=en&nrm=iso>. 
access on 07 Apr. 2021. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000100010.>Kwai476174312 
4. Fisiopatologia da DORT e quais as causas 
O mais novo termo usado para substituir a LER, é a DORT (Distúrbios Osteo-
musculares Relacionados ao Trabalho), ao nosso ver, muito mais adequado, pois, 
agrupa nele vários outros estados dolorosos que não possuem, imperativamente, 
lesão tecidual, muito embora não seja o ideal, pois exclui os distúrbios 
ligamentares e as neuropatias periféricas, sendo, a julgamento do autor, os 
termos, Distúrbios Ocupacionais do Aparelho Locomotor ou Distúrbios reumáticos 
Ocupacionais (ou Relacionados ao Trabalho), os mais adequados. 
 
Conforme a resolução SS-197 de 08/06/ 1992 da Secretaria da Saúde do Estado de 
são Paulo, as LER têm origem ocupacional decorrentes de formas combinadas ou 
não, de: 
1 - uso repetitivo de grupos musculares; 
2 - uso forçado de grupos musculares; e 
3 - manutenção de posturas inadequadas. 
BAUMMER & MARTIN (1988), mostram que em virtude do desconhecimento de 
muitos aspectos patológicos inerentes às LER, como também em função dos 
fortes componentes psicossociais e econômicos que norteiam o tema, surgiram 
duas correntes que tentam fazer valer suas opiniões. De um lado, encontram-se 
os que defendem que a dor e a disfunção causadas pela LER, são consequentes de 
lesões orgânicas nos tecidos relacionados às tarefas desempenhadas no trabalho, 
enquanto que um outro grupo de estudiosos afirma que as LER representam 
situações de neurose compensatória, conversão, fadiga ou simplesmente 
simulação. 
As estruturas anatômicas envolvidas na fisiopatologia das LER, encontram-se no 
interior das articulações (ligamentos, sinóvias, cápsulas) ou em área adjacente 
(tendões, músculos, fáscias e nervos). Os tendões e os ligamentos têm como 
função principal modular a transmissão de forças para que não haja uma 
concentração de cargas entre os vários componentes do sistema músculo 
esquelético. Identicamente, a outros sistemas do corpo, as propriedades físicas e 
químicas dos tendões e ligamentos, variam com diversos fatores, como a idade, o 
sexo, a temperatura, a presença de fatores hormonais, atividades, etc. 
KANNUS & JOZSA (1991), afirmaram que as lesões degenerativas nos tendões, 
podem surgir na população, em geral acima de 35 anos de idade, quando a 
reposição do tecido tendíneo já não é tão eficaz, tanto no que diz respeito à 
velocidade quanto à qualidade, e que as alterações na estrutura física dos tendões 
e na microvascularização podem receber influências hormonais, bioquímicas, 
imunológicas e mecânicas. Esta faixa etária é a que mais sofre com a doença, e é 
também a idade mais produtiva das pessoas. Este estudo sugere ainda que ela se 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552008000100010&lng=en&nrm=iso
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000100010.%3eKwai476174312
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000100010.%3eKwai476174312
instala, progressivamente, o que demonstra chance de reversão do quadro 
quando medidas adequadas forem tomadas em tempo hábil. 
Os tendões sofrem stresstensional e compressivo, ocasionados, respectivamente, 
pelosmúsculos, ossos e ligamentos, respondendo aos mesmos através de 
deformidades nas matrizes dos tecidos, ou ainda, por alterações fisiológicas, que 
se dão, provavelmente, pela obstrução do fluxo sanguíneo e com isto cessando o 
aporte nutricional. Evidentemente, o grau de apresentação dessas alterações 
depende da intensidade, da duração e da frequência de extensão do tendão. 
<SANTOS, Heleodório Honorato dos. Abordagem clínica e psicossocial das Lesões por 
Esforços Repetitivos LER / DORT. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v. 28, n. 105-106, p. 
105-115, 2003 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-
76572003000100011&lng=en&nrm=iso>. access on 08 Apr. 2021. 
https://doi.org/10.1590/S0303-76572003000100011.> 
 
 
5. Como é feito o diagnóstico da DORT? (exames complementares, síndrome do 
túnel do carpo, epicondilites) 
“O diagnóstico de LER/DORT é primariamente clínico e ocupacional, sendo 
necessário avaliar principalmente o quadro clínico e correlacionar com a história 
ocupacional. O quadro clínico é o mais importante porque traz informações como 
a localização e a intensidade da dor, as características das manifestações e o 
tempo de evolução. Os exames complementares deverão ser indicados somente 
em casos de dúvidas diagnósticas, pois a clínica é soberana e, na maioria dos 
casos, existe como desencadeador o fator ocupacional”. 
“É necessário fazer “link” entre o diagnóstico e a história ocupacional, conhecer o 
posto de trabalho, a maneira como realiza as tarefas, o desempenho da atividade 
laborativa e correlacionar os fatores de risco com a lesão apresentada para 
determinar a causa e o efeito com nexo. Isso porque a atividade exercida e o 
tempo teriam importância no desencadeamento de LER/DORT. A história 
ocupacional é fundamental para relacionar o diagnóstico, e quadro clínico com 
esforço contínuo e repetitivo realizado no trabalho independentemente do CAT 
que, inclusive pode não corresponder à realidade”. 
<https://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n1/004_09.pdf> 
 
Síndrome do túnel do carpo: A STC é a mais frequente das síndromes compressivas 
e é definida pela compressão e/ou tração do nervo mediano ao nível do punho. 
Sua primeira descrição é atribuída a Paget, que reportou um caso de compressão 
do nervo mediano em consequência de uma fratura do rádio distal. Marie e Foix 
em 1913 publicaram a primeira descrição anatômica e histopatológica de uma 
lesão em ampulheta do nervo mediano com neuroma proximal ao retináculo dos 
flexores (RF). A partir dos anos 1950, os trabalhos de Phalen estabeleceram os 
princípios da STC. 
Anomalias nervosas ultraestruturais e correlações clínicas 
Do ponto de vista fisiopatológico, uma síndrome compressiva combina fenômenos 
de compressão e tensão. Anatomicamente, existem dois locais de compressão do 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572003000100011&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572003000100011&lng=en&nrm=iso
https://doi.org/10.1590/S0303-76572003000100011
https://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n1/004_09.pdf
nervo mediano: um no nível do limite proximal do túnel do carpo, ocasionado pela 
flexão do punho por causa da alteração na espessura, na rigidez da fáscia 
antebraquial e na porção proximal do RF; e o segundo no nível da porção mais 
estreita, próximo do hâmulo do hamato. 
Compressão e tração nervosa podem criar, de maneira sequencial, problemas na 
microcirculação sanguínea intraneural, lesões no nível da bainha de mielina e no 
nível axonal e alterações no tecido conjuntivo de suporte. Lundborg propôs uma 
classificação anatomoclínica: 
Estágio precoce – Inicial, caracterizado por sintomatologia intermitente 
unicamente noturna. Na STC idiopática, múltiplos fatores são a origem do 
aumento de pressão intratúnel noturna: 
• 
Redistribuição, em posição supina, dos fluidos às membranas superiores; 
• 
Falta de um mecanismo de bomba muscular que contribua para drenagem 
dos fluidos intersticiais no túnel do carpo; 
• 
Tendência a posicionar o punho em flexão e aumentar a pressão intratúnel; 
• 
Aumento da pressão arterial na segunda metade da noite. 
Se a pressão ultrapassar 40‐50 mmHg, irá interferir no retorno venoso da 
microcirculação intraneural e causar uma diminuição do aporte de oxigênio 
intraneural e estase venosa com problemas de permeabilidade originada de 
edema endoneural. O aumento da pressão de 30 mmHg durante duas horas leva 
ao abrandamento progressivo do transporte axonal lento e rápido. Isso se corrige 
quando o paciente reposiciona seu punho, faz movimentos dos dedos e permite a 
drenagem do edema. Após o alívio da compr7.essão, uma melhoria rápida dos 
sintomas ocorre. 
Estágio intermediário – Os sintomas são noturnos e diurnos. As anomalias da 
microcirculação são permanentes, com edema intersticial epineural e 
intrafascicular, que causa um aumento de pressão dos fluidos endoneurais. Esse 
edema intersticial provoca um afluxo celular e causa um espessamento do 
envelope conjuntivo, notadamente do epineuro. Há também uma destruição da 
bainha de mielina e dos nodos de Ranvier, na base de condução saltatória de 
influxo para superfície de fibras nervosas mielinizadas. Após alívio da compressão, 
uma melhoria rápida dos sintomas ocorre por causa do restabelecimento da 
microcirculação intraneural. Ao contrário da reparação, a bainha de mielina 
demanda de semanas a meses e causa sintomas intermitentes e anomalias 
eletrofisiológicas persistentes. 
Estágio avançado – Há sintomas permanentes e, sobretudo, sinais de déficit 
sensitivo ou motor traduzidos pela interrupção de um número de axônios mais ou 
menos importantes (axoniotmeses). A degeneração walleriana existe no nível dos 
axônios interrompidos. Os envelopes conjuntivos são a sede de um espessamento 
fibroso reacional. Após a liberação nervosa, a recuperação depende da 
regeneração nervosa, demanda vários meses e pode ser incompleta. A 
importância da recuperação dependerá do potencial de regeneração axonal do 
paciente, principalmente por causa da idade, da existência de uma polineuropatia 
e da severidade de uma compressão. 
Na realidade, mesmo com a compressão de todas as fibras nervosas no interior de 
um mesmo nervo, elas não estarão no mesmo estágio de lesão. Foi demonstrado 
que as fibras nervosas periféricas na região do tronco nervoso são afetadas antes 
que as fibras mais centrais e, da mesma forma, as mielinizadas em relação às 
menores e as sensitivas em relação às motoras. 
Na STC crônica, a pioria pode acontecer em meses ou anos. 
Epicondilite: A articulação do cotovelo consiste no osso do braço (úmero) e um 
dos ossos do antebraço (ulna). As saliências ósseas encontradas na parte inferior 
do úmero são chamadas de epicôndilos. A borda do lado de fora do cotovelo é 
chamada de epicôndilo lateral e a interna de epicôndilo medial. Os músculos do 
antebraço que se estendem do punho estão ligados a estas protuberâncias ósseas 
pelos seus tendões. 
A epicondilite lateral ou “tendinite do tenista” é a principal causa de dor na região 
do cotovelo. Caracteriza-se por dor na região do epicôndilo lateral (face lateral do 
cotovelo), onde se localizam 6 tendões, os quais exercem ações de supinação do 
antebraço e extensão do punho e dedos, principalmente. 
Entre as atividades que podem causar uma epicondilite lateral, podemos 
considerar práticas esportivas que utilizam raquetes e tacos e que necessitam de 
impulso, vigorosas extensões do cotovelo ou supinações do antebraço. Algumas 
ocupações, como trabalhar em carpintaria, laborar com máquinas e exercer 
excesso de digitação. Por outro lado, também é evidenciada em pessoas 
sedentárias. Também pode ser vista em pessoas que dormem com um apertar 
inconsciente da mão (com a mão fechada). A grande maioria dos eventos, 
entretanto, não possui uma causa identificada. 
Esta condição patológica ocorre principalmente pelo envolvimento da origem do 
tendão extensorradial curto do carpo e, em menor grau, pela porção antero-
medial do tendão extensor comum dos dedos. 
Quando há lesão, a mesma provavelmente resulta da aplicação de tração contínua 
por repetição, resultando em micro-rupturas dessas estruturas anatômicas, 
seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação e falha no processo de 
reparo, traduzindo, portanto, mais degeneração do que inflamação. 
<https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/epicondilite-lateral/> 
6. Como é o processo de reabilitação dos pacientes com DORT? 
A Lesão por Esforço Repetitivo ou Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao 
Trabalho (LER/DORT) é uma das mais importantes causas de afastamento e 
destaca-se entre as maiores repercussões na saúde do trabalhador decorrentes 
das transformações do trabalho, principalmente dos novos modelos 
organizacionais e de gestão (BRASIL, 2001). 
Os serviços de referência em saúde do trabalhador de diversas regiões do país 
recebem uma alta demanda de trabalhadores portadores de LER/DORT, que 
https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/epicondilite-lateral/
buscam associar legalmente o diagnóstico com o trabalho, orientações 
previdenciárias e recursos terapêuticos (SETTIMI et al., 1998). 
O tratamento desses trabalhadores não deve considerar apenas aspectos clínicos 
e deve incluir também uma preparação para o retorno ao trabalho, algumas 
orientações para a melhor forma de realizar as atividades laborais e a própria 
modificação do trabalho. Nesse sentindo, é necessária a atuação de diversos 
profissionais, como médicos, engenheiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, 
fisioterapeutas, ergonomistas, assistentes sociais, dentre outros, para garantir a 
análise global da problemática (SATO, 2001; SETTIMI et al., 1998). 
As atividades em grupos complementando os procedimentos terapêuticos com 
pacientes com LER/DORT têm sido utilizadas desde o início dos anos 1990 (LIMA; 
OLIVEIRA, 1995). Elas têm possibilitado que os trabalhadores acometidos saibam 
lidar de forma mais autônoma com o seu quadro clínico e com as limitações 
associadas, que eles modifiquem sua forma de trabalhar e de realizar as atividades 
de vida diária e que também possam amenizar o sofrimento advindo da doença e 
da culpabilização a eles atribuída pelo adoecimento do qual são vítimas. 
A cinesioterapia em grupo faz com que o paciente aprenda a assumir parte da 
responsabilidade de seu próprio exercício, adquira confiança no tratamento, 
compreenda a dimensão coletiva do seu adoecimento, rompa com o isolamento, 
muitas vezes provocado pela doença, e perceba que, ao mesmo tempo em que 
precisa de ajuda, pode auxiliar outros membros do grupo (GARDINER, 1993; 
ZIMERMAN, 1997). Dessa forma, num tratamento fisioterapêutico dos 
trabalhadores com LER/DORT, se restabeleceria o caráter social do processo de 
adoecimento, reduzindo o foco no sintoma, tal como é feito nos tratamentos 
tradicionais. 
A participação nos grupos oferece, ainda, maior reconhecimento social, que pode 
auxiliar o portador de LER/DORT a ficar mais confiante em si, a conviver melhor 
com sua situação clínica durante o tratamento, com suas limitações, a se preparar 
melhor para o retorno ao trabalho ou a procurar novas formas de inserção 
profissional (LIMA; OLIVEIRA, 1995). 
<MENDES, Luciane Frizo; LANCMAN, Selma. Reabilitação de pacientes com LER/DORT: 
contribuições da fisioterapia em grupo. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v. 35, n. 121, p. 
23-32, June 2010 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-
76572010000100004&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Apr. 2021. 
https://doi.org/10.1590/S0303-76572010000100004.> 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572010000100004&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572010000100004&lng=en&nrm=iso
https://doi.org/10.1590/S0303-76572010000100004
	Anomalias nervosas ultraestruturais e correlações clínicas

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