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1. Quais são as causas de compressão radicular Perguntas: 1. O que é cefaleia? Classificar quais os seus tipos. Poucas pessoas sabem, mas existem mais de 150 tipos de dor de cabeça (cefaleia). As dores de cabeça primárias, são aquelas que própria dor é a doença, podem ser muito debilitantes, embora a maioria delas não ofereça nenhum risco à vida dos portadores. Os tipos mais comuns são: enxaqueca, cefaleia do tipo tensional, cefaleia em salvas e cefaleia crônica diária. Porém as dores de cabeça secundárias são causadas por outras doenças, sendo as mais comuns: acidente vascular cerebral, tumores de sistema nervoso central, trombose venosa cerebral, ruptura de aneurisma, aumento da pressão intracraniana. DORES DE CABEÇA PRIMÁRIAS Enxaqueca é uma dor pulsátil, de forte intensidade, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos ou intolerância à luz ou ao som. Geralmente unilateral (mas pode ser bilateral) e as crises podem durar de 4 a 72 horas. Cefaleia do tipo Tensional é o tipo mais frequente no mundo, caracterizada por dor bilateral ou na parte da frente ou atrás da cabeça, de moderada intensidade, que não piora com esforço, dura de 30 min até 7 dias. Cefaleia em Salvas é um tipo de dor intensa, unilateral, durando de 15 minutos a 3 horas, geralmente as crises ocorrem no mesmo horário (maioria de madrugada) por vários dias seguidos. A dor é acompanhada de lacrimejamento e corrimento nasal no mesmo lado da dor. Cefaleia Crônica Diária é uma situação que caracteriza por dores de cabeça em pelo menos 15 dias ao mês. Ela é uma evolução das outras formas de dor de cabeça, que aumentam de frequência gradativamente por uso exagerado de analgésicos para dor. <https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos% 20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nic a%20di%C3%A1ria.> 2. Qual é o manejo clínico e exames complementares de um paciente com cefaleia (anamnese e exame físico)? O diagnóstico dos principais tipos de cefaleia é clínico e baseia-se na anamnese e no exame físico. As principais informações da anamnese e exame físico a serem consideradas são: • Localização: definir se a dor é holocraniana, bilateral, unilateral, retro- orbital, occipital, cervical ou localização mais específica; avaliar se é sempre no mesmo lugar ou muda conforme a crise. https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos%20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nica%20di%C3%A1ria. https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos%20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nica%20di%C3%A1ria. https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363#:~:text=Os%20tipos%20mais%20comuns%20s%C3%A3o,salvas%20e%20cefaleia%20cr%C3%B4nica%20di%C3%A1ria. • Duração: idade de início ou há quanto tempo o paciente apresenta a dor; se a dor é contínua ou episódica, duração de cada episódio, frequência das crises e modo de início (súbito ou insidioso). • Características/intensidade da dor: definir como é a dor (em aperto/pressão ou latejante), e intensidade (leve, dor que não atrapalha as atividades rotineiras; moderada, dor mais intensa, que atrapalha as atividades rotineiras, mas não impede sua realização; forte, dor que impede o indivíduo de prosseguir com atividades rotineiras; muito forte ou excruciante). • Sintomas associados: identificar sintomas prodrômicos, duração e se persistem com a dor. Avaliar se fatores como luz, barulho ou cheiros pioram ou atrapalham o paciente durante a dor. Questionar outros sintomas associados, como náusea ou vômito, congestão nasal, lacrimejamento, olho vermelho, diplopia, sintomas visuais, tontura, perda de força, parestesia, febre, tosse, etc.; • Fatores desencadeantes: identificar sintomas desencadeantes, como estresse, privação de sono, jejum prolongado, álcool, cafeína, período menstrual, uso de medicamentos, tipos de alimentos ou outros, fatores agravantes e de alívio. • Tratamentos realizados: identificar tratamentos utilizados e se fez tratamento profilático para cefaleia. Se paciente está usando analgésico duas ou mais vezes por semana, suspeitar de cefaleia por abuso de analgésico. • Exame físico: Avaliar se pressão arterial e/ou temperatura estão elevadas, Oroscopia, otoscopia e avaliação dos seios da face na presença de sintomas associados. Palpação cervical e do crânio em busca de hipertonia muscular cervical, pontos dolorosos. Palpação trajeto da artéria temporal superficial pensando em diagnóstico diferencial de arterite temporal em pacientes com mais de 50 anos. Palpação da articulação temporomandibular(ATM). Exame neurológico na busca de possíveis déficits focais associados. Entende-se por exame neurológico: exame do estado mental, exame dos pares cranianos, exame motor, exame sensorial e reflexos. - Exame do estado mental: nível de consciência normal, deprimida ou hiperalerta. - Exame dos pares cranianos: (I) Olfatório, (II) Óptico: acuidade visual e campo visual; (III e IV) reflexo pupilar, (V) Trigêmeo: sensibilidade facial, reflexo corneano, teste motor facial e simetria facial. - Exame motor: prova dedo-nariz; Rebote. - Exame sensorial: Romberg; - Reflexos: Babinski. - Sinais de irritação meníngea: a rigidez de nuca pode estar associada à meningite ou hemorragia subaracnóidea. <https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neur ocirurgia_resumo_cefaleia_TSRS.pdf> O exame físico deve abranger um exame neurológico detalhado, incluindo a avaliação de reflexos primitivos de liberação frontal, que pode refletir disfunção neurológica sutil não evidenciada rotineiramente. A avaliação neuropsiquiátrica deve incluir um exame geral completo do estado mental, bem como uma análise detalhada de funções cognitivas; o último exame deve enfatizar testes cronometrados de atenção e de processamento de informação, codificação e recuperação de memória e função executiva. A equipe de assistência deve estar ciente de que o Miniexame do Estado Mental (MEEM) não é considerado uma ferramenta adequada para avaliação de tipos de disfunção cognitiva produzidos por TCE. A anatomia do TCE, seja leve ou de maior gravidade, prevê maiores prejuízos em funções cognitivas mediadas por região frontal mais do que as funções cognitivas temporais mediais e bitemporoparietais avaliadas pelo MEEM. Assim, medidas de avaliação à beira do leito, com maior sensibilidade ao déficit de cognição frontalmente mediadas, como a Bateria de Avaliação Frontal ou a escala de descontrole comportamental, podem melhorar a detecção de déficit cognitivo funcionalmente relevante entre pacientes com TCE leve. Os membros da equipe de assistência não familiarizados com a administração e interpretação das medidas de beira do leito devem considerar a possibilidade da indicação formal de testes neuropsicológicos. Quantificação dos sintomas usando escalas padronizadas desenvolvidas para esta finalidade também pode orientar no diagnóstico e tratamento desses pacientes. <Miotto, Eliane Correa Neuropsicologia clínica / Eliane Correa Miotto, Mara Cristina Souza de Lucia, Milberto Scaff. - 2. ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro : Roca, 2018. 522 p. : il. ; 24 cm.> https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_cefaleia_TSRS.pdf https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_cefaleia_TSRS.pdf 3. Qual a fisiopatologia, causas e tratamento das cefaleias. CEFALEIA CRÔNICA DIÁRIA: O termo cefaleia crônica diária é empregado para se referir a um tipo de cefaleia que se manifesta por 15 dias ou mais no período de 1 mês por mais de 3 meses. → Etiologia e patogênese: A causa de CCD é desconhecida, embora existam várias hipóteses. Há cefaleia do tipo enxaqueca transformada, evolução de cefaleia tensional, nova cefaleia persistente diária e cefaleia pós-traumática. Embora o uso excessivo de medicamentossintomáticos tenha sido relacionado com casos de CCD, existe um grupo de pessoas para o qual a CCD não está relacionada com o uso excessivo de medicamentos. → Manifestações clínicas: Em muitas pessoas, CCD mantém determinadas características de enxaqueca, enquanto em outras se assemelha à cefaleia tensional crônica. CCD pode estar ligada à cefaleia tensional crônica e episódica. A nova cefaleia persistente diária pode ter manifestação súbita, sem histórico de enxaqueca, cefaleia tensional, traumatismo ou estresse psicológico. → Tratamento: Para as pessoas com CCD, pode ser necessária uma combinação de intervenções farmacológicas e comportamentais. Tal como acontece com a cefaleia tensional, pode ser útil o emprego de técnicas não farmacológicas, como biofeedback, acupuntura, massagem, relaxamento, terapia de imagens mentais e fisioterapia. Há também o auxílio de algumas medidas para reduzir ou eliminar o uso excessivo de medicação, incluindo a ingestão de cafeína. CEFALÉIA EM SALVAS: A cefaleia em salvas é um tipo relativamente incomum de dor de cabeça que se manifesta com mais frequência em pacientes do sexo masculino do que do sexo feminino e, tipicamente, se inicia na terceira década de vida. Esse tipo de cefaleia tende a ocorrer em grupos, ou salvas, por períodos de semanas ou meses, seguido por um período de remissão longo, sem dores de cabeça. A cefaleia em salvas é um tipo de cefaleia neurovascular primária que tipicamente inclui dor intensa, implacável e unilateral. → Etiologia e patogênese: Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à cefaleia em salvas não são completamente conhecidos, embora recentemente tenha sido observado que a hereditariedade, por meio de um gene autossômico dominante, tenha algum papel na patogênese da cefaleia em salvas. Os mecanismos fisiopatológicos mais prováveis incluem a ação combinada de fatores vasculares, neurogênicos, metabólicos e humorais. Acredita-se que a ativação do sistema vascular do nervo trigêmeo e os reflexos autônomos parassimpáticos cranianos possam explicar a dor e os sintomas autônomos. Acredita-se também que o hipotálamo desempenhe um papel fundamental. O possível papel dos centros de regulação do hipotálamo anterior está implicado pela observação de alterações biológicas circadianas e distúrbios neuroendócrinos (p. ex., alterações no cortisol, na prolactina e na testosterona) tanto durante os períodos ativos quanto durante a remissão clínica. Ressonâncias magnéticas revelam artérias intracranianas dilatadas no lado doloroso. Crê-se que a perda de tônus vascular resulte de um defeito na inervação simpática perivascular. → Manifestações clínicas: A dor associada à cefaleia em salvas tem manifestação súbita e aumenta de intensidade até alcançar o pico em um intervalo de aproximadamente 10 a 15 min, com duração de 15 a 180 min. A dor por trás dos olhos irradia para o nervo trigêmeo ipsolateral (p. ex., têmpora, bochecha, gengiva). Frequentemente, a cefaleia está relacionada com um ou mais sintomas, como inquietação ou agitação, vermelhidão na conjuntiva, lacrimejamento, especificamente unilateral, congestão nasal, rinorreia, sudorese na testa e na face, miose, ptose e edema palpebral → Tratamento: Devido à duração relativamente curta e à natureza autolimitada da cefaleia em salvas, preparações orais geralmente levam muito tempo para alcançar níveis terapêuticos. Os tratamentos mais efetivos são aqueles de ação rápida. A inalação de oxigênio pode ser indicada para uso doméstico. Medicamentos profiláticos para casos de cefaleia em salvas incluem verapamil, carbonato de lítio, corticosteroides e valproato de sódio CEFALÉIA TENSIONAL Definição A cefaleia do tipo tensional (CTT) é o tipo mais comum de cefaleia. Segundo a Classificação Internacional das Cefaleias, ela pode ser dividida em três subtipos de acordo com a frequência da cefaleia: (1) CTT episódica infrequente (<12 dias de cefaleia/ano), (2) CTT episódica frequente (12-180 dias de cefaleia/ano) e (3) CTT crônica (>180 dias de cefaleia/ano). Epidemiologia A prevalência ao longo da vida da CTT episódica é de quase 80%, e da CTT crônica de 3%. Mulheres são discretamente mais acometidas que os homens. O pico da idade de início está entre 35 e 40 anos, e a prevalência reduz-se com a idade em ambos os sexos. Características Clínicas A CTT caracteriza-se por crises de cefaleia de leve a moderada intensidade, geralmente descrita com sendo em pressão ou aperto (não-pulsátil), que não pioram com a atividade física rotineira, como caminhar ou subir escadas. A dor dura de horas a dias e é predominantemente bilateral. Fisiopatologia A CTT origina da combinação de disfunção miofascial e desequilíbrio nociceptivo central. Acredita-se que a evolução do subtipo episódico para o subtipo crônico deve-se ao aumento da disfunção nociceptiva central. Diagnóstico/Diagnóstico Diferencial O diagnóstico de CTT é baseado na anamnese, por meio da descrição das características da cefaleia, e na normalidade do exame neurológico. A palpação manual da musculatura pericraniana pode revelar aumento da sensibilidade dolorosa, sendo esse o achado mais comum em CTT. Um raciocínio diagnóstico adicional deve ser considerado em pacientes que apresentem outros sintomas além da cefaleia. Como a CTT crônica está frequentemente associada ao uso excessivo de medicações analgésicas, isto deve ser levado em conta em todos os pacientes com aumento no número de dias de cefaleia (para detalhes, veja o capítulo “Cefaleia por uso excessivo de medicação”). Tratamento A terapêutica consiste em tratamento farmacológico agudo, tratamento farmacológico preventivo e intervenções nãofarmacológicas, que podem ser usados sozinhos ou em combinação dependendo da frequência da cefaleia e da preferência individual. Analgésicos simples e anti-inflamatórios não- esteroidais (AINES) são efetivos no tratamento agudo da cefaleia. Antidepressivos tricíclicos (especialmente a amitriptilina) devem ser a primeira escolha no tratamento preventivo da CTT episódica ou crônica. O uso de intervenções não-farmacológicas como o relaxamento muscular e o biofeedback eletromiográfico tem suporte clínico sólido no tratamento da CTT e tem taxas de sucesso comparadas ao tratamento preventivo farmacológico. As estratégias terapêuticas devem ser adaptadas para cada caso de acordo com o relato do paciente e o diário de cefaleia. 4. Quais as causas, diagnóstico e tratamento da enxaqueca. CAUSAS A sensibilidade sensorial típica da enxaqueca provavelmente é causada por disfunção dos sistemas de controle sensoriais monoaminérgicos localizados no tronco encefálico e no tálamo. A maior parte dos sintomas de enxaqueca pode ser induzida por estimulação dopaminérgica. Além disso, há hipersensibilidade dos receptores da dopamina nos que sofrem de enxaqueca, conforme demonstrado pela indução do bocejo, náuseas, vômitos, hipotensão e outros sintomas de uma crise de enxaqueca pelos agonistas dopaminérgicos com doses que não afetam os que não têm enxaqueca. Os antagonistas dos receptores de dopamina são agentes terapêuticos eficazes na enxaqueca, especialmente quando administrados por via parenteral ou simultaneamente com outros agentes antienxaqueca. Locais do sistema nervoso central e periférico que podem estar envolvidos na patogênese da enxaqueca • Durante a fase de aura, uma redução no fluxo sanguíneo cortical se dissemina anteriormente a partir do córtex occipital, que se acredita ser decorrente de depressão alastrante. • Durante a fase de cefaleia, uma inflamação estéril das meninges pode ativar fibras sensitivas do nervo trigêmeo (V) que se projetam para o núcleo caudal, a substância cinzenta periaquedutal, os núcleos talâmicos sensitivos e o córtex somatossensorial primário. Alternativamente, essa via sensorial central pode conduzir os sinais aferentes interpretados como nocivos. DIAGNOSTICOEnxaqueca em seu nível mais básico é a cefaleia com manifestações associadas, e a cefaleia tensional é aquela que se apresenta sem manifestações. A maioria dos pacientes com cefaleia incapacitante provavelmente tem enxaqueca. Crises repetidas de cefaleia que duram 4 a 72 h em pacientes com exame físico normal, nenhuma outra causa razoável para cefaleia e: Pelo menos duas das seguintes manifestações: Dor unilateral Dor latejante Agravamento por movimento Intensidade moderada ou grave Além de pelo menos uma das seguintes manifestações: Náuseas/vômitos Fotofobia e fonofobia A enxaqueca geralmente começa com um pródromo, que pode persistir durante horas a dias, quando os pacientes observam dificuldade de concentração ou fadiga, sem dor de cabeça. Uma aura pode ou não ocorrer, mas é geralmente presente antes da dor de cabeça começar. A dor de cabeça pode ser unilateral ou bilateral, latejante, moderada a grave, e piora com a atividade. Características clínicas que acompanham incluem náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e som. Outras características clínicas incluem dor no pescoço, ocasionalmente tontura, osmofobia e dificuldade para pensar. A enxaqueca com aura é geralmente visual, mas pode ser sensitiva ou pode incluir afasia ou vertigem. Aura de enxaqueca sem dor de cabeça começa com um distúrbio neurológico, como um fenômeno visual, mas sem dor de cabeça subsequente. 5. Quais são os fatores biopsicossociais desencadeantes de cefaleia? Muitos pacientes referem dores de cabeça quando em situações de grande estresse ou quando passam longos períodos sob forte pressão emocional - Pacientes com enxaqueca são consideravelmente mais depressivos e ansiosos que pacientes controle. Considerando que a percepção da dor é significativamente influenciada pela interação entre os processos fisiológicos, psicológicos e sociais, as emoções têm um papel importante nesse processo, interferindo na modulação da sensação dolorosa. 6. Qual a conduta do médico no atendimento de uma vítima de agressões domésticas? PROCEDIMENTOS EM CASO DE SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Formas de perguntar indiretamente à mulher •Está tudo bem em sua casa ou no seu trabalho? •Você acha que os problemas de relacionamento familiar está afetando sua saúde? •Você se sente humilhada ou agredida por algum familiar? Perguntar diretamente •A violência física, psicológica ou sexual está presente na vida de muita gente e pode afetar a saúde mesmo depois de muitos anos. Você já sofreu ou sofre algum tipo de violência? Profissional atua no sentido de: •evitar julgar a mulher; escutar calmamente a história da mulher e suas expectativas em relação à assistência; •buscar entender seu problema, a origem de seu sofrimento e as dificuldades que ela tem para sair da dinâmica abusiva; •mapear conjuntamente a rede de suporte social que ela já tem ou pode acionar, como seu trabalho, amigos, família, recursos materiais. Apontar as possibilidades e reforçar •pontos positivos; mapear potenciais riscos que a mulher pode correr (presença de armas e ameaças) e avaliar junto com a mulher sobre tais riscos, tentativas anteriores e formas de prevenção; •partindo das questões trazidas pelas mulheres em atendimento, informar que a violência é uma situação de alta ocorrência, tem caráter social e está associada às desigualdades de direitos entre o homem e a mulher; •discutir os planos da mulher para a vida dela, buscando encontrar alternativas à situação atual. 2. a nível de cervical? 3. Qual a importância dos cuidados ergonômicos durante o trabalho? (medicina do trabalho, epidemiologia da DORT) A atividade deve ser concebida considerando a diversidade da população de trabalhadores e a variabilidade inerente a ela. Muito além da simples adaptação física dos ambientes de trabalho, é necessário conhecer e integrar as variáveis do indivíduo às exigências e a organização do trabalho. Somente integrando tais variáveis, pode-se facilitar a qualidade de vida no trabalho e favorecer a produção. Quanto ao efeito da ginástica laboral na prevenção das LER/DORT, a literatura ainda é controversa. Embora tenha sido considerada importante na prevenção de lesões osteomusculares relacionadas ao desgaste e ao estresse no trabalho, alguns autores defendem que a ginástica laboral, quando adotada de forma isolada, não é suficiente para prevenir LER/DORT e pode distorcer a visão sistêmica necessária para abordar esse complexo fenômeno. <AUGUSTO, VG et al . Um olhar sobre as LER/DORT no contexto clínico do fisioterapeuta. Rev. bras. fisioter., São Carlos , v. 12, n. 1, p. 49-56, Feb. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552008000100010&lng=en&nrm=iso>. access on 07 Apr. 2021. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000100010.>Kwai476174312 4. Fisiopatologia da DORT e quais as causas O mais novo termo usado para substituir a LER, é a DORT (Distúrbios Osteo- musculares Relacionados ao Trabalho), ao nosso ver, muito mais adequado, pois, agrupa nele vários outros estados dolorosos que não possuem, imperativamente, lesão tecidual, muito embora não seja o ideal, pois exclui os distúrbios ligamentares e as neuropatias periféricas, sendo, a julgamento do autor, os termos, Distúrbios Ocupacionais do Aparelho Locomotor ou Distúrbios reumáticos Ocupacionais (ou Relacionados ao Trabalho), os mais adequados. Conforme a resolução SS-197 de 08/06/ 1992 da Secretaria da Saúde do Estado de são Paulo, as LER têm origem ocupacional decorrentes de formas combinadas ou não, de: 1 - uso repetitivo de grupos musculares; 2 - uso forçado de grupos musculares; e 3 - manutenção de posturas inadequadas. BAUMMER & MARTIN (1988), mostram que em virtude do desconhecimento de muitos aspectos patológicos inerentes às LER, como também em função dos fortes componentes psicossociais e econômicos que norteiam o tema, surgiram duas correntes que tentam fazer valer suas opiniões. De um lado, encontram-se os que defendem que a dor e a disfunção causadas pela LER, são consequentes de lesões orgânicas nos tecidos relacionados às tarefas desempenhadas no trabalho, enquanto que um outro grupo de estudiosos afirma que as LER representam situações de neurose compensatória, conversão, fadiga ou simplesmente simulação. As estruturas anatômicas envolvidas na fisiopatologia das LER, encontram-se no interior das articulações (ligamentos, sinóvias, cápsulas) ou em área adjacente (tendões, músculos, fáscias e nervos). Os tendões e os ligamentos têm como função principal modular a transmissão de forças para que não haja uma concentração de cargas entre os vários componentes do sistema músculo esquelético. Identicamente, a outros sistemas do corpo, as propriedades físicas e químicas dos tendões e ligamentos, variam com diversos fatores, como a idade, o sexo, a temperatura, a presença de fatores hormonais, atividades, etc. KANNUS & JOZSA (1991), afirmaram que as lesões degenerativas nos tendões, podem surgir na população, em geral acima de 35 anos de idade, quando a reposição do tecido tendíneo já não é tão eficaz, tanto no que diz respeito à velocidade quanto à qualidade, e que as alterações na estrutura física dos tendões e na microvascularização podem receber influências hormonais, bioquímicas, imunológicas e mecânicas. Esta faixa etária é a que mais sofre com a doença, e é também a idade mais produtiva das pessoas. Este estudo sugere ainda que ela se http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552008000100010&lng=en&nrm=iso http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000100010.%3eKwai476174312 http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000100010.%3eKwai476174312 instala, progressivamente, o que demonstra chance de reversão do quadro quando medidas adequadas forem tomadas em tempo hábil. Os tendões sofrem stresstensional e compressivo, ocasionados, respectivamente, pelosmúsculos, ossos e ligamentos, respondendo aos mesmos através de deformidades nas matrizes dos tecidos, ou ainda, por alterações fisiológicas, que se dão, provavelmente, pela obstrução do fluxo sanguíneo e com isto cessando o aporte nutricional. Evidentemente, o grau de apresentação dessas alterações depende da intensidade, da duração e da frequência de extensão do tendão. <SANTOS, Heleodório Honorato dos. Abordagem clínica e psicossocial das Lesões por Esforços Repetitivos LER / DORT. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v. 28, n. 105-106, p. 105-115, 2003 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303- 76572003000100011&lng=en&nrm=iso>. access on 08 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S0303-76572003000100011.> 5. Como é feito o diagnóstico da DORT? (exames complementares, síndrome do túnel do carpo, epicondilites) “O diagnóstico de LER/DORT é primariamente clínico e ocupacional, sendo necessário avaliar principalmente o quadro clínico e correlacionar com a história ocupacional. O quadro clínico é o mais importante porque traz informações como a localização e a intensidade da dor, as características das manifestações e o tempo de evolução. Os exames complementares deverão ser indicados somente em casos de dúvidas diagnósticas, pois a clínica é soberana e, na maioria dos casos, existe como desencadeador o fator ocupacional”. “É necessário fazer “link” entre o diagnóstico e a história ocupacional, conhecer o posto de trabalho, a maneira como realiza as tarefas, o desempenho da atividade laborativa e correlacionar os fatores de risco com a lesão apresentada para determinar a causa e o efeito com nexo. Isso porque a atividade exercida e o tempo teriam importância no desencadeamento de LER/DORT. A história ocupacional é fundamental para relacionar o diagnóstico, e quadro clínico com esforço contínuo e repetitivo realizado no trabalho independentemente do CAT que, inclusive pode não corresponder à realidade”. <https://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n1/004_09.pdf> Síndrome do túnel do carpo: A STC é a mais frequente das síndromes compressivas e é definida pela compressão e/ou tração do nervo mediano ao nível do punho. Sua primeira descrição é atribuída a Paget, que reportou um caso de compressão do nervo mediano em consequência de uma fratura do rádio distal. Marie e Foix em 1913 publicaram a primeira descrição anatômica e histopatológica de uma lesão em ampulheta do nervo mediano com neuroma proximal ao retináculo dos flexores (RF). A partir dos anos 1950, os trabalhos de Phalen estabeleceram os princípios da STC. Anomalias nervosas ultraestruturais e correlações clínicas Do ponto de vista fisiopatológico, uma síndrome compressiva combina fenômenos de compressão e tensão. Anatomicamente, existem dois locais de compressão do http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572003000100011&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572003000100011&lng=en&nrm=iso https://doi.org/10.1590/S0303-76572003000100011 https://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n1/004_09.pdf nervo mediano: um no nível do limite proximal do túnel do carpo, ocasionado pela flexão do punho por causa da alteração na espessura, na rigidez da fáscia antebraquial e na porção proximal do RF; e o segundo no nível da porção mais estreita, próximo do hâmulo do hamato. Compressão e tração nervosa podem criar, de maneira sequencial, problemas na microcirculação sanguínea intraneural, lesões no nível da bainha de mielina e no nível axonal e alterações no tecido conjuntivo de suporte. Lundborg propôs uma classificação anatomoclínica: Estágio precoce – Inicial, caracterizado por sintomatologia intermitente unicamente noturna. Na STC idiopática, múltiplos fatores são a origem do aumento de pressão intratúnel noturna: • Redistribuição, em posição supina, dos fluidos às membranas superiores; • Falta de um mecanismo de bomba muscular que contribua para drenagem dos fluidos intersticiais no túnel do carpo; • Tendência a posicionar o punho em flexão e aumentar a pressão intratúnel; • Aumento da pressão arterial na segunda metade da noite. Se a pressão ultrapassar 40‐50 mmHg, irá interferir no retorno venoso da microcirculação intraneural e causar uma diminuição do aporte de oxigênio intraneural e estase venosa com problemas de permeabilidade originada de edema endoneural. O aumento da pressão de 30 mmHg durante duas horas leva ao abrandamento progressivo do transporte axonal lento e rápido. Isso se corrige quando o paciente reposiciona seu punho, faz movimentos dos dedos e permite a drenagem do edema. Após o alívio da compr7.essão, uma melhoria rápida dos sintomas ocorre. Estágio intermediário – Os sintomas são noturnos e diurnos. As anomalias da microcirculação são permanentes, com edema intersticial epineural e intrafascicular, que causa um aumento de pressão dos fluidos endoneurais. Esse edema intersticial provoca um afluxo celular e causa um espessamento do envelope conjuntivo, notadamente do epineuro. Há também uma destruição da bainha de mielina e dos nodos de Ranvier, na base de condução saltatória de influxo para superfície de fibras nervosas mielinizadas. Após alívio da compressão, uma melhoria rápida dos sintomas ocorre por causa do restabelecimento da microcirculação intraneural. Ao contrário da reparação, a bainha de mielina demanda de semanas a meses e causa sintomas intermitentes e anomalias eletrofisiológicas persistentes. Estágio avançado – Há sintomas permanentes e, sobretudo, sinais de déficit sensitivo ou motor traduzidos pela interrupção de um número de axônios mais ou menos importantes (axoniotmeses). A degeneração walleriana existe no nível dos axônios interrompidos. Os envelopes conjuntivos são a sede de um espessamento fibroso reacional. Após a liberação nervosa, a recuperação depende da regeneração nervosa, demanda vários meses e pode ser incompleta. A importância da recuperação dependerá do potencial de regeneração axonal do paciente, principalmente por causa da idade, da existência de uma polineuropatia e da severidade de uma compressão. Na realidade, mesmo com a compressão de todas as fibras nervosas no interior de um mesmo nervo, elas não estarão no mesmo estágio de lesão. Foi demonstrado que as fibras nervosas periféricas na região do tronco nervoso são afetadas antes que as fibras mais centrais e, da mesma forma, as mielinizadas em relação às menores e as sensitivas em relação às motoras. Na STC crônica, a pioria pode acontecer em meses ou anos. Epicondilite: A articulação do cotovelo consiste no osso do braço (úmero) e um dos ossos do antebraço (ulna). As saliências ósseas encontradas na parte inferior do úmero são chamadas de epicôndilos. A borda do lado de fora do cotovelo é chamada de epicôndilo lateral e a interna de epicôndilo medial. Os músculos do antebraço que se estendem do punho estão ligados a estas protuberâncias ósseas pelos seus tendões. A epicondilite lateral ou “tendinite do tenista” é a principal causa de dor na região do cotovelo. Caracteriza-se por dor na região do epicôndilo lateral (face lateral do cotovelo), onde se localizam 6 tendões, os quais exercem ações de supinação do antebraço e extensão do punho e dedos, principalmente. Entre as atividades que podem causar uma epicondilite lateral, podemos considerar práticas esportivas que utilizam raquetes e tacos e que necessitam de impulso, vigorosas extensões do cotovelo ou supinações do antebraço. Algumas ocupações, como trabalhar em carpintaria, laborar com máquinas e exercer excesso de digitação. Por outro lado, também é evidenciada em pessoas sedentárias. Também pode ser vista em pessoas que dormem com um apertar inconsciente da mão (com a mão fechada). A grande maioria dos eventos, entretanto, não possui uma causa identificada. Esta condição patológica ocorre principalmente pelo envolvimento da origem do tendão extensorradial curto do carpo e, em menor grau, pela porção antero- medial do tendão extensor comum dos dedos. Quando há lesão, a mesma provavelmente resulta da aplicação de tração contínua por repetição, resultando em micro-rupturas dessas estruturas anatômicas, seguidas de fibrose e formação de tecido de granulação e falha no processo de reparo, traduzindo, portanto, mais degeneração do que inflamação. <https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/epicondilite-lateral/> 6. Como é o processo de reabilitação dos pacientes com DORT? A Lesão por Esforço Repetitivo ou Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (LER/DORT) é uma das mais importantes causas de afastamento e destaca-se entre as maiores repercussões na saúde do trabalhador decorrentes das transformações do trabalho, principalmente dos novos modelos organizacionais e de gestão (BRASIL, 2001). Os serviços de referência em saúde do trabalhador de diversas regiões do país recebem uma alta demanda de trabalhadores portadores de LER/DORT, que https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/epicondilite-lateral/ buscam associar legalmente o diagnóstico com o trabalho, orientações previdenciárias e recursos terapêuticos (SETTIMI et al., 1998). O tratamento desses trabalhadores não deve considerar apenas aspectos clínicos e deve incluir também uma preparação para o retorno ao trabalho, algumas orientações para a melhor forma de realizar as atividades laborais e a própria modificação do trabalho. Nesse sentindo, é necessária a atuação de diversos profissionais, como médicos, engenheiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, ergonomistas, assistentes sociais, dentre outros, para garantir a análise global da problemática (SATO, 2001; SETTIMI et al., 1998). As atividades em grupos complementando os procedimentos terapêuticos com pacientes com LER/DORT têm sido utilizadas desde o início dos anos 1990 (LIMA; OLIVEIRA, 1995). Elas têm possibilitado que os trabalhadores acometidos saibam lidar de forma mais autônoma com o seu quadro clínico e com as limitações associadas, que eles modifiquem sua forma de trabalhar e de realizar as atividades de vida diária e que também possam amenizar o sofrimento advindo da doença e da culpabilização a eles atribuída pelo adoecimento do qual são vítimas. A cinesioterapia em grupo faz com que o paciente aprenda a assumir parte da responsabilidade de seu próprio exercício, adquira confiança no tratamento, compreenda a dimensão coletiva do seu adoecimento, rompa com o isolamento, muitas vezes provocado pela doença, e perceba que, ao mesmo tempo em que precisa de ajuda, pode auxiliar outros membros do grupo (GARDINER, 1993; ZIMERMAN, 1997). Dessa forma, num tratamento fisioterapêutico dos trabalhadores com LER/DORT, se restabeleceria o caráter social do processo de adoecimento, reduzindo o foco no sintoma, tal como é feito nos tratamentos tradicionais. A participação nos grupos oferece, ainda, maior reconhecimento social, que pode auxiliar o portador de LER/DORT a ficar mais confiante em si, a conviver melhor com sua situação clínica durante o tratamento, com suas limitações, a se preparar melhor para o retorno ao trabalho ou a procurar novas formas de inserção profissional (LIMA; OLIVEIRA, 1995). <MENDES, Luciane Frizo; LANCMAN, Selma. Reabilitação de pacientes com LER/DORT: contribuições da fisioterapia em grupo. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v. 35, n. 121, p. 23-32, June 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303- 76572010000100004&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S0303-76572010000100004.> http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572010000100004&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572010000100004&lng=en&nrm=iso https://doi.org/10.1590/S0303-76572010000100004 Anomalias nervosas ultraestruturais e correlações clínicas
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