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A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) (≥ 140 e/ou 90 milímetros de mercúrio (mmHg) ). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos- alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais A longo prazo é um dos principais fatores de risco para uma série de doenças graves como: • Doença arterial coronária • Acidente vascular cerebral; • Insuficiência cardíaca; • Doença arterial periférica; • Incapacidade visual; • Doença renal crónica; A pressão arterial é expressa em duas medidas: a pressão sistólica e pressão diastólica: a pressão sistólica é a pressão máxima, enquanto a diastólica é a pressão mínima. A hipertensão arterial primária, essencial, ou idiopática, é a forma mais comum de hipertensão, contabilizando 90 a 95% de todos os casos da doença. A pressão arterial aumenta a par do envelhecimento, pois é fisiológico e relacionado com o aumento de rigidez da parede arterial. É consequência de uma interação complexa entre genes e fatores ambientais, como o excesso de sal. A hipertensão arterial secundária é consequência de uma causa identificável. As doenças renais são a causa mais comum. Entre as outras possíveis causas encontra-se a obesidade, a apneia do sono, a gravidez, e o uso de determinados medicamentos Idade: No Brasil, 35% da população acima de 40 anos é portadora de hipertensão arterial. Os principais fatores de risco para HAS são: • Idade principalmente acima de 50 anos; • Prevalência parecida entre ambos os sexos; • Excesso de peso; • Sedentarismo; • Ingesta aumentada de sal e álcool; • Fatores socioeconômicos e genéticos; • Pessoas de raça negra/cor preta; O risco CV global deve ser avaliado em cada indivíduo hipertenso, pois auxilia na decisão terapêutica e permite uma análise prognóstica. A identificação dos indivíduos hipertensos que estão mais predispostos às complicações CV, especialmente infarto do miocárdio e AVE, é fundamental para uma orientação terapêutica mais agressiva. O AVE é a manifestação mais comum da lesão vascular causada pela HA. O tratamento não medicamentoso (TNM) da HA envolve controle ponderal, medidas nutricionais, prática de atividades físicas, cessação do tabagismo, controle de estresse, entre outros. • Peso corporal: O aumento de peso está diretamente relacionado ao aumento da PA tanto em adultos quanto em crianças. A relação entre sobrepeso e alteração da PA já pode ser observada a partir dos 8 anos. O aumento da gordura visceral também é considerado um fator de risco para HA. Reduções de peso e de CA correlacionam-se com reduções da PA e melhora metabólica; • Padrão alimentar: Adoção de um plano alimentar saudável e sustentável. A utilização de dietas radicais resulta em abandono do tratamento. @nandassilva_ https://pt.wikipedia.org/wiki/Mil%C3%ADmetro_de_merc%C3%BArio https://pt.wikipedia.org/wiki/Mil%C3%ADmetro_de_merc%C3%BArio https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_arterial_coron%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_vascular_cerebral https://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%C3%AAncia_card%C3%ADaca https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_arterial_perif%C3%A9rica https://pt.wikipedia.org/wiki/Incapacidade_visual https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_renal_cr%C3%B3nica https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADstole https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1stole https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial_prim%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Envelhecimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiol%C3%B3gico https://pt.wikipedia.org/wiki/Gene https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial_secund%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Apneia_do_sono https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez • Redução do consumo de sódio O aumento do consumo de sódio está relacionado com o aumento da PA. O limite de consumo diário de sódio em 2,0 g está associado à diminuição da PA. No entanto, o consumo médio do brasileiro é de 11,4 g/dia • Ácidos graxos insaturados Os ácidos graxos ômega-3 provenientes dos óleos de peixe (eicosapentaenoico – EPA e docosaexaenoico - DHA) estão associados com redução modesta da PA. O consumo de ácidos graxos monoinsaturados também tem sido associado à redução da PA. • Fibras As fibras solúveis são representadas pelo farelo de aveia, pectina (frutas) e pelas gomas (aveia, cevada e leguminosas: feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha), e as insolúveis pela celulose (trigo), hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças). A ingestão de fibras promove discreta diminuição da PA, destacando-se o beta glucano proveniente da aveia e da cevada. • Laticínios Existem evidências que a ingestão de laticínios, em especial os com baixo teor de gordura, reduz a PA. O leite contém vários componentes como cálcio, potássio que podem diminuir a PA. • Alho O alho possui inúmeros componentes bioativos, como a alicina (encontrada no alho cru) e a s-alil- cisteína (encontrada no alho processado). Discreta diminuição da PA tem sido relatada com a suplementação de várias formas do alho. • Álcool O consumo habitual de álcool eleva a PA de forma linear e o consumo excessivo associa-se com aumento na incidência de HA. As doenças crônico-degenerativas são consideradas as maiores causas de morbimortalidade da população em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Seu aparecimento tem sido cada vez maior e mais precoce: aponta-se que cerca de 4% das crianças e adolescentes também sejam portadoras. Já entre os idosos brasileiros, pelo menos 65% são hipertensos. A hipertensão arterial é responsável por cerca de 40% das mortes por acidente vascular cerebral Por 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabetes mellitus. 50% dos casos de insuficiência renal terminal. @nandassilva_
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