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– 1. Antes de iniciar o exame físico estarei higienizando minhas mãos através da técnica correta e realizando a assepsia dos instrumentos que utilizarei durante o exame. Feito isso, irei me dirigir ao paciente, me apresentarei dizendo meu nome e função, explicarei para ele o procedimento e seus objetivos e pedirei permissão para a realização do exame. 2. Nesse caso, os instrumentos utilizados serão: estetoscópio, relógio, caneta e caderno para anotação. * Inspeção: - Inspeção torácica estática: (solicita-se ao paciente que fique em posição sentada e depois em decúbito dorsal dependendo da fase do exame). 1. Observar: nível de consciência. Formato do tórax (peito de pombo, barril, escavado). Curvatura da lombar (escoliose, lordose, cifose). Deformidades (abaulamentos, depressões), simetria. Alteração da pele (cianose, palidez, presença de circulação colateral). Cicatrizes e drenos. Batimento das asas do nariz e lábios semicerrados. Baqueteamento digital. - Inspeção torácica dinâmica: 1. Frequência Respiratória, utilizando o relógio, é importante que o paciente não saiba que está medindo a frequência pois isso pode fazer ele alterar a respiração: - Bradipneia < 12 mrpm - Eupneia = 12 a 20 mrpm - Taquipneia > 20 mrpm - Apneia = 0 2. Amplitude (observar se é superficial, profunda ou uniforme). 3. Ritmo respiratório. 4. Tipo respiratório: torácica => mulher / diafragmática => homem 5. Se há tiragem intercostal e uso de musculatura acessória. * Palpação (traqueia, estrutura da parede torácica, expansibilidade e frêmito): - Palpação da traqueia: O examinador posiciona suavemente o dedo da mão em um dos lados da traqueia e observa o espaço entre ele e o esternocleidomastóideo. Os espaços devem ser simétricos em ambos os lados. A traqueia é suavemente deslocada de um lado para outro, ao longo de toda a sua extensão, enquanto o examinador, por meio da palpação, pesquisa massas, crepitações ou desvio da linha média. - Estrutura da parede torácica: A parede torácica inclui a pele, o tecido subcutâneo, as cartilagens e os ossos. Sua palpação é realizada com a base palmar, que é posicionada contra o tórax do paciente. Durante a palpação, o examinador avalia a presença de crepitações (barulho, crack como bolhas estourando com ar), dor na parede torácica (áreas hipersensíveis), tônus muscular, presença de massas, edema e frêmito palpável (vibração). - Expansibilidade torácica: 1. Expansibilidade dos ápices: o paciente deve estar sentado, o examinador se coloca atrás do paciente, posicionando as mãos espalmadas nas regiões dos ápices pulmonares, de tal modo que os polegares se toquem em ângulo quase reto no nível da vértebra proeminente. Os demais dedos permanecem justapostos e semifletidos. Solicita-se que o paciente respire fundo e, enquanto isso, o examinador observa a movimentação simétrica ou não de suas mãos. 2. Expansibilidade das bases: ainda com o paciente sentado, o examinador coloca as mãos espalmadas na face posterior do tórax. Os polegares encontram- se na linha média, na altura das apófises espinhosas da nona ou décima vértebra torácica, enquanto os dedos ficam estendidos e justapostos, procurando envolver o máximo da área correspondente às bases pulmonares. Ao posicionar as mãos, deve-se deslizá-las um pouco para dentro, a fim de fazer uma prega cutânea entre os polegares e a coluna. À medida que o paciente inspira, as mãos do examinador deslocam-se para fora e para cima, simetricamente. Qualquer assimetria pode ser indicativa de um processo patológico na região. - Frêmito toracovocal: - Paciente sentado e tórax desnudado. - É a transmissão da vibração do movimento do ar através da parede torácica durante a fonação. A palpação deve ser realizada junto à parede posterior do tórax, na região dos ápices em direção as bases, posterior e anterior, tendo sempre simetria das localizações e utilizando a técnica em z, enquanto o paciente pronuncia palavras que produzem intensa vibração, como “trinta e três”, “um, um, um”. Deve-se utilizar a parte óssea da palma das mãos e dos dedos para obter a sensibilidade vibratória dos ossos da mão, a fim de detectar o frêmito. Identifique e localize qualquer região com aumento, diminuição ou ausência do frêmito. As vibrações mais fortes são sentidas nas áreas em que existe condensação pulmonar, como, por exemplo, em casos de pneumonia. - Diminuição ou abolição do frêmito: excesso de ar nos pulmões (enfisema, pneumotórax). - Aumento do frêmito: presença de líquido ou secreções brônquicas. - Regiões para localização do frêmito: (em localizações simétricas, dos ápices em direção às bases utilizando a técnica em z, região anterior e posterior do tórax). *Percussão: - Paciente sentado e o tórax desnudado. - Realiza-se a percussão dígito-digital do tórax em localizações simétricas, dos ápices em direção às bases utilizando a técnica em z, região anterior e posterior do tórax. - Os sons podem ser claro pulmonar, maciço, submaciço, timpânico e hipersonoros. - Devem ser descritos quanto ao tipo e a localização pois está pode indicar se o som é patológico ou não. *Ausculta: - A ausculta pulmonar deve ser realizada preferencialmente com o paciente sentado, com o tórax parcial ou totalmente descoberto, enquanto ele respira com a boca entreaberta e um pouco mais profundamente, seguindo a mesma localização já referida na percussão (em localizações simétricas, dos ápices em direção às bases utilizando a técnica em z, região anterior e posterior do tórax). - Região Posterior – Paciente sentado com a cabeça inclinada para a frente e braços cruzados sobre o tórax. - Região Anterior – Paciente sentado com ombros para trás. - Observam-se também as fases de inspiração ou de expiração e se há prolongamentos dela. - Sons respiratórios normais na asculta: 1. Som traqueal: é auscultado na fenda glótica e região supraesternal. São intensos, agudos e têm qualidade pouco sonora. A fase expiratória é um pouco mais audível e longa do que a inspiratória. 2. Som brônquico: é auscultado na região de projeção dos brônquios de maior calibre, próximo ao esterno. Tem timbre agudo, intenso e oco. Na fase expiratória, é mais forte e prolongado. 3. Som broncovesicular: auscultado, em condições normais, no primeiro e no segundo espaços intercostais no tórax anterior e entre as escápulas no nível da terceira e quarta vértebras dorsais. 4. Murmúrio vesicular: é auscultado em toda a extensão do tórax, sendo mais intenso nas bases pulmonares. Tem timbre grave e suave. É mais forte e prolongado na fase inspiratória. - Ruídos Adventícios: 1. Roncos: ocorrem pela passagem do ar por via aérea obstruída por secreção espessa. 2. Sibilos: é causada pela passagem de ar por uma via aérea estreitada. 3. Creptos: é causada pela passagem de ar quebrada por uma via aérea menor. 5. Atrito Pleural: ocorrem quando a pleura está inflamada. - Após o término do exame, fazer as anotações de enfermagem, agradecer ao paciente, higienizar minhas mãos, organizar o ambiente e higienizar novamente minhas mãos novamente.
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