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HPF - O BANQUETE (1) EM PDF

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Platão e o Eros filosófico 
Análise do texto o banquete 
Um diálogo fundamental sobre o amor 
 
Fontes: MARCONDES, D. Textos Básicos de Filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein, 2005; 
Estudo de obra: o banquete, de Platão, Parabólica; http://www.sergiobiagigregorio.com.br/filosofia 
 
 
 
O Banquete 
 
"O Banquete" é um livro de diálogos de Platão atribuído a 
ele mesmo e não a Sócrates, seu mestre. O pano de fundo 
são os sete discursos acerca do deus Eros, o deus do amor. 
Diz-se que depois de muitas festas, com bebidas em 
excesso, resolveram dar uma trégua à orgia e instituíram 
um encontro filosófico sobre o elogio ao deus Eros, 
sugerido por Erixímaco. Os oradores, em ordem de 
apresentação, foram: Fedro, Pausânias, Erixímaco, 
Aristófanes, Agaton, Sócrates e Alcibíades. 
 
Século V a.C. - Platão 
 
O banquete é uma importante obra para 
conhecermos a filosofia socrática, até porque 
Sócrates não deixou nenhum escrito. 
 
Se trata de um banquete (simpósio), realizado na 
casa de um poeta grego, Agatão, (Agaton), onde 
várias personalidades estão lá para conversar 
assuntos de forma democrática. 
 
O objetivo é discutir sobre o amor, sua origem, para 
que serve etc. 
 
 
• Cada membro teria a incumbência de fazer o 
discurso sobre o amor. 
 
• Platão não estava no banquete e esse 
banquete foi relatado por Apolodoro. 
 
Discurso de Fedro 
• O primeiro a falar sobre o amor foi Fedro; ele 
exalta o amor! O amor é a representatividade 
do deus Eros, e define o amor como o deus 
mais antigo e nele só há boas qualidades. Não 
há o que se falar mal do amor. 
 
Discurso de Pausânias 
Vai discordar do discurso de Fedro, dizendo que 
o Amor não é um deus, mas sim dois! A 
primeira forma de amor é o amor etéreo 
(celestial, inteligível, idealizado) e a segunda 
forma é a pandemia, a forma carnal, a forma 
física do amor. Os homens buscam o amor 
carnal, mais o corpo do que a alma. 
 
Discurso de Erixímaco 
• O mundo é feito de opostos: quente-frio, 
alegria e tristeza, etc. 
• Os opostos são harmonizados através do Eros. 
• Eros é a força , a energia, que atrai os opostos, 
que lhes dá harmonia. 
• Harmonia é o equilíbrio entre os opostos, a 
moderação entre os opostos. 
• Amor saudável é o amor equilibrado 
Discurso de Aristófanes 
Ele conta uma história sobre o amor: anteriormente havia 
três gêneros: masculino, feminino e um meio termo, os 
andróginos (homem e mulher juntos) e cada ser tinha 
oito membros, Quatro braços e quatro pernas. Eram 
pessoas fortes, poderosas e por isso tentaram 
conquistar os deuses. Zeus percebeu isso e, para 
diminuir o poder desses seres, os dividiu em dois: 
apesar de agora serem dois, eles continuam 
compartilhando a mesma alma. 
Um vai sempre continuar buscando o outro, a sua “cara 
metade”! Isso para ele é o amor. Isso explica o amor 
entre dois homens, entre duas mulheres e entre 
homem e mulher. 
 
 
Discurso de Agatão 
• Ele vai discordar principalmente do discurso 
de Fedro; segundo ele, o amor é um deus, 
mas um dos deuses mais novos e não um dos 
mais antigos. Nada pode se opor ao amor, pois 
é perfeito, nada pode abalar o amor. Algo 
apenas benéfico. 
 
Discurso de Sócrates 
Agora é o discurso de Sócrates e todos querem ouvi-lo. 
 
Perceba que Sócrates será praticamente o último a discursar, seguindo a linha 
de seu método, ironia e maiêutica. 
Sócrates falará depois de ouvir todos os discursos, com exceção de Alcibíades, 
que fará seu discurso por último. 
 
Sócrates vai falar que o amor é a carência, você só ama aquilo que você não 
têm, aquilo que não é de sua posse. Lembrem do amor platônico! A 
idealização do amor. 
 
Você ama uma pessoa, tem uma relação linda com ela, casa com ela, tem 
filhos com ela, mas ela não sabe disso. Ele não se quebra, ele está em 
você, na sua idealização. Esse é o amor platônico! Se isso se concretiza, o 
amor acabou. 
 
Discurso de Sócrates 
Você ama e deseja aquilo que você não têm. 
Sócrates assume que mesmo assim, o amor 
está longe de ser perfeito, de ser um deus. 
O amor pode ser sentido por todos e está na 
parte intermediaria entre deuses e as pessoas, 
de alguma forma se contrapondo aos outros 
discursos e até fazendo uma crítica à 
mitologia. 
 
Discurso de Alcibíades 
O jovem mais belo de Atenas, Alcibíades, apaixonado pelo velho mais feio, Sócrates, 
faz um discurso, elogiando Sócrates. 
 
Sócrates não cedia aos apelos amorosos de Alcibíades, porque Sócrates já sabia que a 
beleza de Alcibíades não era a beleza de Alcibíades, mas era belo porque tinha 
alguma semelhança com uma ideia de beleza que lhe era “superior.” 
 
Sócrates diz: não se torne escravo de ninguém ou de nada que você considere belo. 
Porque o belo não é nada dessas coisas, a sua filiação deve ser com uma ideia de 
beleza. Não se apegue a isso, seu alvo é a verdade, a ideia de beleza. “a teoria das 
ideias”. 
 
Esta troca da beleza física de Alcibíades pela beleza de alma de Sócrates, Sócrates 
não aceita. 
 
Sócrates recusa essa troca e lhe diz que ele não entende a verdadeira natureza do 
Amor. 
 
Diotima e o Amor 
O Amor foi concebido de Poros, deus da Riqueza, e de Penúria, 
(pobreza) no mesmo dia que Afrodite, a deusa da beleza, nasceu. 
Por isso, o Amor está sempre numa situação peculiar: vive entre a 
pobreza que herdou da mãe, Penúria, e os esquemas de conquista 
de tudo que é belo e bom, herdado do pai, Poros. 
Por isso, o Amor está sempre a meio caminho da sabedoria e a meio 
caminho da ignorância. 
Se o Amor fosse um deus, já seria sábio e não precisaria perseguir a 
sabedoria. 
Se o Amor fosse ignorante não buscaria a sabedoria, pois a ignorância, 
em si, é angustiosa: estar satisfeita consigo mesma sem ser uma 
pessoa esclarecida nem inteligente. Por não se sentir deficiente não 
deseja aquilo de que não sente deficiência (falta). 
O Amor está entre os dois, entre a sabedoria e a ignorância! 
 
 
Filosofia 
 
Filo: amor 
Sofia:sabedoria 
 
O filósofo é aquele que está sempre entre a sabedoria e a 
ignorância. Não se julga sábio, pois não possui em si 
sabedoria, tampouco se julga ignorante, pois deseja a 
sabedoria, que lhe falta e por isso a persegue. 
São as pessoas de tipo intermediário que seguem a 
sabedoria, entendida como as coisas mais belas, a 
essência da beleza. 
 
 
 
 
 
 
 
• Fedro, o primeiro orador a falar, coloca o Eros como 
um dos mais antigos deuses, que surgiram depois do 
Caos da terra. Pelo fato de ser antigo, traz diversas 
fontes de bem, que é o amor de um amante. De tudo o 
que o ser humano pode ter – vínculos do sangue, 
dignidade e riquezas – nada no mundo pode, como 
Eros, fazer nascer a beleza. É o Eros que insufla os 
homens a grandes brios. Só os que amam sabem 
morrer um pelo outro. 
• Segundo Fedro, o amor torna o indivíduo virtuoso, 
melhor, pois o amor que sentirá por alguém o tornará 
uma pessoa melhor. 
 
 
• Pausânias, o segundo a falar, critica o elogio a Eros, feito por Fedro, 
porque o deus Eros não é único, pois há o Eros Celeste e o Eros 
Vulgar. Para ele, qualquer ação realizada não é em si mesma nem 
boa nem ruim. Para que uma ação seja boa, ela deve se 
fundamentar na justiça. O mesmo se dá com o amor. Atender 
ao Eros Vulgar é prender-se à cobiça, à iniquidade e aos caprichos 
da matéria. Para atender ao Eros celeste, deve agir segundo os 
cânones da justiça e da beleza celeste. 
• O amor são duas deusas: o amor entre corpos (perecível) e o amor 
entre mentes (intelectual) 
• O amor mental é superior. 
• O amor entre homem e mulher, não! A mulher é inferior ao 
homem. 
• O amor entre um velho sábio e um jovem aprendiz é legitimo, pois 
o jovem aprende e o velho mantém sua virtude enquanto ensina. 
 
• Erixímaco, o terceiro orador, educado nas artes 
médicas, quer completar o discurso de Pausânias, 
dizendo que o Eros não existe somente nas almas dos 
homens, mas em muitos outros seres: nos corpos dos 
animais, nas plantas que brotam da terra,em toda 
natureza. Para ele, a natureza orgânica comporta dois 
eros: saúde e doença, e que "o contrário procura o 
contrário". Um é o amor que reside no corpo são; o 
outro é o que habita no corpo enfermo. Tal qual a 
medicina, que procura a convivência entre os 
contrários, o amor deve procurar o equilíbrio entre as 
necessidades físicas e espirituais. 
• Aristófanes, o quarto orador, começa o seu discurso enfatizando o total desconhecimento por parte 
dos homens acerca do poder de Eros. Para conhecer esse poder, ele diz que é preciso antes 
conhecer a história da natureza humana e, dito isto, passa a descrever a teoria dos andróginos: 
• Em tempos remotos os seres humanos não tinham a forma que temos hoje; Eram espécies em 
forma de bolas, cada um tinha quatro braços, quatro pernas, dois rostos, dois orgãos genitais, 
quatro olhos, eram rápidos, auto suficientes e se dividiam em três classes de pessoas (1/3 cada 
classe). A primeira classe : macho e macho ; a segunda: fêmea – fêmea e terceira: macho e fêmea ( 
no mesmo ser!). 
• Certo dia, essas bolotas olharam para o céu, vendo algumas nuvens e sabendo que era a morada 
dos deuses, resolveram espiar os deuses e através de uma torre humana chegaram lá no alto. 
Quando conseguiram, os deuses estavam almoçando e ficaram irritados ao vê-los. Zeus olhou para 
eles e pegou a espada e de cima para baixo fez um corte em todas aquelas bolotas, de modo que, 
cortadas, caíram e se esparramaram todas, e não encontravam mais sua outra metade. 
• Seriam obrigadas a viver nesse formato. E hoje temos essa forma e nosso umbigo é parte da antiga 
natureza. 
• Zeus colocou em nós o Eros, que é o desejo alucinado para reencontrar nossa outra metade. Isto 
explica, que no final das contas, nesse mar de gente, existe apenas um ou uma que nos faz feliz. 
Nossa antiga metade! Nossa humanidade é uma perpétua busca para restaurar nossa totalidade! 
• Um terço para cada classe, então além de explicar, mostra que têm muitos gêneros escondidos! 
• A felicidade é encontrar a cara metade. Enquanto não encontrar não há felicidade. 
 
• Agaton, o quinto orador, critica os seus 
antecessores, pois acha que eles enalteceram 
Eros sem contudo explicar a sua natureza. Ele 
diz: "Para se louvar a quem quer que seja, o 
verdadeiro método é examiná-lo em si mesmo 
para depois enumerar os benefícios que dele 
promanam". Diz, ao contrário de Fedro, que 
Eros é um deus jovem. Depois passa a 
enumerar as suas virtudes, ou seja, a justiça, a 
temperança e a potência desse deus. 
• Sócrates, o sexto orador, considerado o mais 
importante dos oradores presentes, afirma que o 
amor é algo desejado, mas este objeto do amor 
só pode ser desejado quando lhe falta e não 
quando possui, pois ninguém deseja aquilo de 
que não precisa mais. Segundo Platão, o que se 
ama é somente "aquilo" que não se tem. E se 
alguém ama a si mesmo, ama o que não é. O 
"objeto" do amor sempre está ausente, mas 
sempre é solicitado. A verdade é algo que está 
sempre mais além, sempre que pensamos tê-la 
atingido, ela se nos escapa entre os dedos. 
• Alcibíades, o sétimo orador, procura muito 
mais fazer um elogio a Sócrates do que 
discorrer sobre o amor. 
 
 
Pausânias 
• O amor são duas deusas: o amor entre corpos 
(perecível) e o amor entre mentes (intelectual) 
• O amor mental é superior. 
• O amor entre homem e mulher, não! A mulher 
é inferior ao homem. 
• O amor entre um velho sábio e um jovem 
aprendiz é legitimo, pois o jovem aprende e o 
velho mantém sua virtude enquanto ensina. 
Eriximaco 
• O mundo é feito de opostos: quente-frio, 
alegria e tristeza, etc. 
• Os opostos são harmonizados através do Eros. 
• Eros é a força , a energia, que atrai os opostos, 
que lhes dá harmonia. 
• Harmonia é o equilíbrio entre os opostos, a 
moderação entre os opostos. 
• Amor saudável é o amor equilibrado 
 
Agatão 
• Faz um discurso belíssimo! 
• A argumentação de Agatão é que o 
semelhante ao semelhante busca. O belo 
busca o belo; o bom busca o bom; o justo 
busca o justo. 
• E através disto define: o amor é belo e por isso 
atrai a beleza; o amor é a identificação entre o 
amante e o amado. São parecidos. O amor é o 
encontro entre os parecidos. 
Sócrates (Diotima) 
 
• Sócrates ironicamente diz: que discurso belo! Fui 
ingênuo. Eu nada sei! ignorante, eu jamais 
poderia rebater sobre essas perspectivas sobre o 
amor. 
• Depois Sócrates diz a Agatão: o amor, é o amor 
por algo ou é o amor por nada? 
• Agatão diz : claro que é o amor por algo. 
• Sócrates diz: o amor então é um desejo? 
• Agatão: Claro que é um desejo 
 
 
 
Sócrates 
• Sócrates: é um desejo por algo que falta, certo? Ou as pessoas 
desejam algo que já tem? Se tivessem não a desejariam. 
• Agatão: faz sentido. 
• Sócrates: ora, se o amor é desejo e o desejo é por algo que falta, 
você acabou de dizer que o amor atrai o belo, mas se o amor atrai o 
belo é porque o deseja e se o amor deseja o belo é porque não 
têm, portanto o amor não é o belo. 
• Sócrates quebrou a lógica de Agatão. Sócrates diz: Você me diz que 
o amor é belo, é justo, é bom e depois diz que o amor atrai a 
beleza, oras se o amor é um desejo (do que falta) e o amor esta 
atraindo o belo, é porque não tem o belo, então o amor não é a 
beleza, a bondade e etc. 
• Os convidados se calaram pois Sócrates quebrou a perna de todos. 
 
 
 
Sócrates 
 
• Resumo: o amor é desejo. Desejo só existe na 
falta. 
 
• O amor platônico é só desejo. Amará sempre 
porque nunca terá o objeto de seu amor. 
 
 
 
Sócrates vai desenvolver essa ideia 
• Sócrates: Convidados, não saberia dizer mais sobre o amor, mas vou dizer o que aprendi com uma 
sacerdotisa no caminho. 
 
• O amor é filho de Poros, o deus da riqueza e Penúria (pobreza), por isso, o amor não é belo, mas 
também não é feio! O amor se situa entre o belo e o feio! O amor se situa entre o imortal e o 
mortal. 
• Portanto o amor é o desejo pelo belo e pelo bem, mas sem tê-los. Se tivéssemos não amaríamos. 
• O amor portanto é uma busca pelo conhecimento do bem e do belo (sabedoria). Mas é uma busca 
que só pode ser empreendida por quem: 1- reconhece que não é belo e não é bom e 2 - se dispõe a 
caminhar na direção certa. O amor é o filósofo. O filósofo é aquele que esta entre a sabedoria e a 
ignorância. O filósofo é aquele que esta entre o sábio (tudo sabe) e o ignorante (não sabe, mas acha 
que sabe). Só o filósofo pode desejar, porque o sábio não deseja porque já sabe e o ignorante acha 
que sabe por isso não deseja. O amor é o filósofo. 
• O amor se materializa na busca que nós empreendemos pela imortalidade, procurando reproduzir 
o belo e o bom no mundo. Através de suas obras, no campo de batalha, Construindo prédios, 
escrevendo bons livros, dando uma boa aula, etc. minha aula sempre poderá ser melhor... 
 
 
 
Sócrates 
• Existe para Sócrates quatro etapas na busca pelo 
belo: 
• Aquilo é belo, aquela mulher é bela 
• Encontra semelhanças, esta folha é bela e aquela 
mulher é bela 
• Se essa folha é bela e a mulher é bela, então a 
beleza não esta nem na folha e nem na mulher, a 
beleza existe em ambas, mas que não é nenhuma 
das duas, é uma ideia de beleza. 
• O conhecimento dessa ideia de beleza. 
Alcibíades, um general apaixonado por 
Sócrates 
• Faz um discurso, elogiando Sócrates: 
• Nos mostra que Sócrates não cedia aos apelos amorosos de 
Alcibíades, porque Sócrates já sabia que a beleza de Alcibíades não 
era a beleza de Alcibíades, mas era belo porque tinha alguma 
semelhança com uma ideia de beleza que lhe era “superior.” 
• Sócrates diz: não se torne escravo de ninguém ou de nada que você 
considere belo. Porque o belo não é nada dessas coisas, a sua 
filiação deve ser com uma ideia de beleza. Não se apegue a isso, 
seu alvo é a verdade, a ideia de beleza. “a teoria das ideias” 
• Esta troca da beleza física de Alcibíades pela beleza de alma de 
Sócrates, Sócrates não aceita. 
• É um exemplo concreto do discurso de Diotima:Sócrates recusa 
essa troca. O latente “desejo do que lhe falta” ou o “amor” de 
Alcibíades e Sócrates lhe diz que não entende a verdadeira natureza 
do Amor.

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