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JASMINY MOREIRA | TURMA 5 FISIOPATOLOGIA | 2021.1 1 Aterosclerose 1. VEIA ↳ Veia fica até mais achatada 2. ARTÉRIA ↳ Estrutura mais robusta FUNÇÕES • Homeostase vascular ↳ Se sofre alguma ação/alteração de algum agente etiológico, tem alterações. Ele mantém a homeostase. • Permeabilidade, tônus vascular, cascata de coagulação • Vasodilatadores: NO, prostaglandinas, proteína C • Vasoconstritores: endotelina, tromboxano RESPOSTA À LESÃO DOS VASOS ↳ Ocorre a lesão ↳ As células endoteliais são a base estrutural para a homeostase circulatória. Se tiver alterada, elas terão resposta importante. (base da grande maioria dos distúrbios vasculares) ↳ Envolve trombose, aterosclerose e lesões vasculares hipertensivas ↳ Depois da lesão, precisa-se de reparo de danos para que não ocorra uma oclusão luminal, processo trombótico não evoluindo para embolia • Resposta vascular frente à uma lesão ↳ Tem a camada íntima, média e a lamina elástica interna ↳ Se tem alguma lesão no endotélio, tenho uma resposta ↳ Resposta vai envolver as células musculares lisas, células que estão participando da camada média ↳ Pode ocorrer recrutamento de células para que elas façam mitose, se multipliquem para destruir o que está ocorrendo na camada íntima (síntese de matriz, de MEC, mediadores inflamatórios, monócitos entrando no tecido virando macrófagos) → ação de várias células a partir de mediadores inflamatórios, ativação de plaquetas para fazer ação onde está ocorrendo a adesão. Isso ocorrerá enquanto está ativando a cascata de coagulação, fatores trombóticos e pró-trombóticos. ↳ Temos o espessamento da camada íntima. A partir do momento da lesão, ocorre uma grande resposta celular de mediadores, produção de MEC para fazer o reparo da região que ocorreu a lesão. T I P O S ARTERIOSCLEROSE Espessamento da parede arterial e perda da elasticidade ATEROSCLEROSE Doença de artérias de grande e médio calibre DEFINIÇÃO ↳ Espessamento da parede arterial e perda da elasticidade. ↳ Afeta pequenas artérias e arteríolas. Possui 3 padrões 1. Variantes anatômicas: hialina e hiperplásica 2. Aterosclerose 3. Esclerose da média Monckeberg – calcificação (acima de 50 anos) ARTERIOSCLEROSE HIALINA ↳ Deposição de material proteico homogêneo em posição subendotelial em arteríolas, entre o endotélio e a camada média. ↳ Não é patognomônica (exclusiva) de nenhuma doença, sendo observada em arteríolas de indivíduos normais com o avançar da idade, especialmente nas arteríolas do baço • Hipertensão arterial ↳ Pressão arterial elevada (mínima >90 mmHg) ↳ Gradualmente lesa as células endoteliais, alterando sua permeabilidade • Diabetes mellitus ↳ No rim, afeta especialmente as arteríolas aferentes glomerulares ENDOTÉLIO HISTOLOGIA ARTERIOSCLEROSE JASMINY MOREIRA | TURMA 5 FISIOPATOLOGIA | 2021.1 2 • Lesão isquêmica ↳ Material hialino homogêneo e róseo (proteínas plasmáticas e síntese de MEC) ↳ Estreitamento da luz ↳ Hipertensão crônica e diabetes ARTERIOSCLEROSE HIPERPLÁSICA ↳ Hipertensão maligna ↳ Espessamento laminar e concêntrico das paredes e estreitamento da luz ↳ Lesões em casca de cebola ↳ Hiperplasia das células musculares lisa Pequenas artérias e arteríolas renais sofrem intensa hiperplasia da íntima. As células se dispõem concentricamente à maneira de um bulbo de cebola cortado transversalmente, e há grande redução da luz. ESCLEROSE DA MÉDIA MONCKEBERG ↳ Calcificação da camada média muscular ↳ Acima de 50 anos de idade ↳ Idiopática ↳ Não afeta luz vascular ↳ Pouca ou nenhuma repercussão clínica DEFINIÇÃO ↳ Doença de artérias de grande e médio calibre ↳ Alterações da íntima, representada por acúmulos de lipídeos, carboidratos complexos, componentes do sangue, células e material extracelular ↳ Comum na aorta e nas artérias coronárias, cerebrais, mesentéricas, renais, ilíacas e femorais ↳ Espessamento da camada íntima por deposição de lipídeos (colesterol) O colesterol é acarreado pelas lipoproteínas (LDL). Ele participa de todos os tecidos, sistema nervoso, urina, constituinte da membrana plasmática, formação de hormônios esteroides, sais biliares, vitamina D. Muito importante para o nosso organismo para uma série de metabolismos. Parte dele é sintetizada do fígado e intestino e a outra parte é proveniente da dieta. O acúmulo pode ser um problema (principalmente para doenças do coração). Se ele tiver em excesso ele se depositará na túnica íntima das artérias. Sofrerá alterações e se depositará no subendotelio e isso será um problema. FATORES DE RISCO – DOENÇA MULTIFATORIAL ↳ Idade ↳ Gênero ↳ Hiperlipidemia ↳ Hipertensão ↳ Tabagismo ↳ Diabetes ↳ Inflamação ↳ Síndrome metabólica ↳ Genética/história familiar ↳ Estilo de vida PATOGENIA DA ATEROSCLEROSE → ATEROMAS ↳ Inicialmente tem uma resposta à lesão ↳ Resposta crônica inflamatória e reparativa da parede arterial à lesão endotelial ↳ Progressão da lesão interação de lipoproteínas modificadas + macrófagos + linfócitos T ↳ Lesões endoteliais e musculares da parede arterial A partir da lesão tem aumento da permeabilidade vascular levando a presença de monócitos, leucócitos. As plaquetas estará presente no local da lesão. Terá ativação de macrófagos para fagocitar. ATEROSCLEROSE JASMINY MOREIRA | TURMA 5 FISIOPATOLOGIA | 2021.1 3 Há presença de células inflamatórias do sistema imune, recrutarão células muscular lisa para tentar fazer o reparo da região que está tendo a lesão. Vai tendo as células musculares lisas se multiplicando e fazendo o espessamento da camada Por fim, tem a formação da placa de ateroma ↳ Temos a luz do vaso, endotélio, camada íntima, membrana elástica e a média ↳ Na camada íntima tenho uma lesão endotelial juntamente com a presença/acúmulo de lipoproteínas que vão se depositar no endotélio permitindo a entrada do HDL para a região da camada íntima Consegue passar pela permeabilidade vascular permitindo a adesão de leucócitos, monócitos que migram para a íntima facilitando a passagem do LDL ↳ O LDL entra de forma oxidada ↳ O macrófago vai tentar fagocitar o LDL oxidado (eles chegam a partir da liberação de citocinas inflamatórias) ↳ Os macrófagos ficam espumosos que são as gotículas do colesterol a partir da oxidação → macrófago espumoso Macrófago tenta remover → a partir da fagocitose fica macrófago espumoso ↳ Tem citocinas liberadas por plaquetas e macrófagos que ativam/recrutam o TGF-BETA, fatores de crescimento ativando as células musculares lisas ↳ Ocorre liberação de citocinas para mover as células musculares lisas para ir para a região lesionada ↳ Ocorre a ativação das células T. A presença das glicoproteínas oxidadas ativa as células imunológicas que liberam mais citocinas (INTERFEROM GAMA) para ativação de mais células T. ↳ De forma intensa tem a síntese de matriz celular (produção). Ocorre um grande espessamento da camada pela grande atividade celular, produção de MEC, macrófagos fagocitando os LDL oxidados ↳ O fluxo/aumento de atividade celular, síntese de MEC, divisão das células musculares para fazer o reparo é intensa fazendo o espessamento Fatores de predisposição → lesão no interior da artéria causada pelas mudanças no fluxo sanguíneo → gradativo acúmulo de lipoproteínas e células do sistema imunológico → formação da placa ateromatosa, contendo massa amorfa recoberta por capa fibrosa → possível complicação da placa ateromatosa → formação de trombo ou calcificação ESTRUTURA BÁSICA DA PLACA ATEROSCLERÓTICA ↳ Dentro da placa há uma capa fibrosa ↳ células musculares lisas, macrófagos, células espumosas, linfócitos, colágenos, elastinas, proteglicanas, neovascularização ↳ Podemos ter um centro necrótico ↳ dendritos celulares, cristais de colesterol, células espumosas, cálcio Vai formando a cama fibrosa com o tempo. O espessamento da íntima pode obstruir a luz vascularsendo problema para o fluxo sanguíneo e atividade pró-trombóticas. LESÃO ENDOTELIAL E ATEROGÊNESE – PROGRESSÃO DA ATEROSCLEROSE • Lesão inicial ↳ Histologicamente normal ↳ Acúmulo de macrófagos ↳ Células espumosas isoladas ↳ Clinicamente silencioso. ↳ Tem adição de lipídeos → acúmulo inicial acontecendo • Estria adiposa ↳ Acúmulo intracelular de lipídios ↳ É o acúmulo de macrófagos espumosos • Lesão intermediária ↳ Acúmulo intracelular de lipídeos mais intenso ↳ Depósitos externos de lipídios ↳ O tempo todo tem disfunção endotelial • Ateroma ↳ Núcleos de lipídeos extracelulares ↳ Acúmulo de lipídeos intracelulares • Fibroateroma ↳ Nucleos de lipídeos simples ou múltiplos ↳ Camadas fibróticas ↳ Aumento do músculo liso • Lesão complicada ↳ Superfície defeituosa ↳ Desestabiliza a placa ↳ Hemorragia, hematosa, trombose Ao longo das décadas a progressão da placa vai aumentando. O agravamento está associado aos fatores de risco associados. JASMINY MOREIRA | TURMA 5 FISIOPATOLOGIA | 2021.1 4 CONSEQUENCIAS CLÍNICAS MACROSCOPIA ↳ Diversos tamanhos e formas ↳ Ocupam a circunferência do vaso ↳ Coloração branco-amarelada ↳ Manchas ou pequenas elevações lineares amareladas ↳ Não são elevadas o suficiente para causarem distúrbios significativos no fluxo sanguíneo MICROSCOPIA ↳ Espessamento da íntima ↳ Células musculares lisas, macrófagos e células T ↳ Lipídeos intra e extracelulares ↳ Capa fibrosa superficial ↳ Centro necrótico PLACA ESTÁVEL x PLACA INSTÁVEL PLACA ESTÁVEL ↳ Predomínio de colágeno, organizado em capa fibrosa espessa ↳ Escassas células inflamatórias e núcleo lipídico e necrótico em menor proporção PLACA INSTÁVEL ↳ Atividade inflamatória intensa, atividade proteolítica ↳ Núcleo lipídico e necrótico e capa fibrosa tênue ↳ Se rompe → formação de um trombo JASMINY MOREIRA | TURMA 5 FISIOPATOLOGIA | 2021.1 5 COMPLICAÇÕES • Ruptura, ulceração e erosão ↳ Na ruptura é a cápsula fibrosa que se rompe • Formação de aneurisma • Hemorragia dentro da placa • Ateroembolismo ANGIOPLASTIA ↳ Tentativa de reperfusão 1. Angioplastia 2. Medicamentos trombolíticos 3. Agentes antiplaquetários