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ODONTOLOGIA, TRANSPLANTES E TRANSTORNOS DE IMUNIDADE IMUNOSSUPRESSÃO Em odontologia, quais são os principais pacientes que podem estar imunossuprimidos? 1. Autoimunes; 2. Transplantados; 3. Doenças infecciosas. Quais medicamentos devemos ficar em alerta sobre o risco de imunossupressão? Azatioprina Micofenolato Prednisona Ciclosporina Rampamicina Prednisolona Metotrexato Anticorpos monoclonais Dexametasona Tacrolimo Hidrocortisona Betammetazona OBS: Se a paciente tomar anticoncepcional é importante avisar que os fármacos que receitamos interagem com esses medicamentos. TRANSPLANTES TMO: Leucemias; Discrasias sanguíneas Cardíaco: Cardiomiopatias; Doenças coronárias graves Fígado: Hepatites; Câncer Rins: Doença renal crônica Pâncreas: Diabetes insulino dependente Período pós-transplante: Imediato: 3 meses Estabilidade do enxerto: Após 3 meses Rejeição crônica: Insuficiência do órgão. Tratamento odontológico de urgência: Em casos de imunossupressão extrema: Ocorre nos primeiros 6 meses. Avaliar todas as condutas com o médico; Avaliar a necessidade de internação do paciente; Utilização de antibióticos, antifúngicos e antivirais profiláticos. Após 6 meses de transplante: O paciente terá estabilidade do enxerto e devemos avaliar cada caso, pois o paciente continua imunossuprimido. Manter higiene oral; Consultas regulares; Manter exames hematológicos recentes. CONSIDERAÇÕES ODONTOLÓGICAS Para evitar infecções: Profilaxia ou cobertura antibiótica (amoxicilina 2g); Controle de infecções virais (aciclovir); Controle de infecções fúngicas (antifúngicos tópicos ou sistêmicos). Para evitar hemorragias: Solicitar os exames: TS TTP (INR<3,5) TP (6min) Plaquetopenia (40mil) OBS: Pacientes que apresentam infecções fúngica ou viral significa que a imunossupressão está muito forte. Considerações odontológicas: 1. Tratamento odontológico deverá ter sido realizado antes do transplante; 2. Nos primeiros 6 meses de transplante: A imunossupressão é mais intensa para evitar a rejeição, portanto há maior risco de infecção; Realizar apenas procedimentos de urgência; Reforçar a higiene bucal. 3. Após 6 meses: Consulta de rotina já podem ser realizados (exame, avaliar higiene e adaptação de próteses, realizar profilaxia e ATF). 4. Em transplantados cardíacos: Risco aumentado para a disfunção valvar adquirida, principalmente durante episódios de rejeição; Realizar profilaxia antibiótica antes de procedimentos cruentos. USO CRÔNICO DE CORTICÓIDES Diminui a produção endógena de mineralocorticoides; Maior risco de infecções e de sangramento (anticorpos contra células vermelhas, brancas e plaquetas); As lesões orais surgem e são semelhantes ao líquen plano ou leucoplasias; Altera a função dos leucócitos (não alteram o número de células). Efeitos colaterais: Hipertensão; Hiperglicemia; Glicosúria Distúrbio do comportamento; Parada de crescimento; Síndrome de Cushing exógena (paciente tem aspecto inchado e retem muito liquido); Distúrbio de sono; Maior risco de infecção e de sangramento; Pode causar lesões orais (semelhante a líquen plano e/ou leucoplasias); Possuem maior propensão a CEC e qualquer outro câncer. Os corticoides interagem com: Eritromicina e metronidazol; Alguns tipos de corticoides causam lesões de tecido mole, por exemplo: A ciclosporina causa atraso de cicatrização e hiperplasia gengival. Importante fazer controle de placa adequado nessa ocasião e se necessário a gengivoplastia. O medicamento Tacrolimus também causa lesões em tecido mole.
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