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Profilaxia Antibiótica, Cobertura Antibiótica e Dose de Ataque

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Lara de Aquino Santos 
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA, COBERTURA ANTIBIÓTICA E DOSE DE ATAQUE 
 
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 
 
conceito: 
→ É o uso de antibióticos em altas doses 
(bactericida), antes de determinados 
procedimentos, no intuito de diminuir os 
efeitos da bacteremia transitória em 
pacientes de risco. 
objetivo: 
→ Diminuir o risco de endocardite 
infecciosa ou limitar infecção 
local/distante. 
prescrição: 
→ Administração oral em dose única de 2g 
de amoxicilina, 1h antes do 
procedimento. 
 
 Pode ser administrada até 2h após o 
procedimento. Porém, quanto mais 
distante do procedimento, menor será a 
proteção. 
em casos de alergia a penicilina: 
 Para alérgicos à penicilina, cefalexina ou 
cefalosporina de 1° geração, são 
recomendadas azitromicina, clindamicina 
e claritromicina. 
 
→ Azitromicina 500 mg ou 15 mg/kg; 
→ Clindamicina 600 mg ou 20 mg/kg; 
→ Cefalexina 2g ou 50 mg/kg. 
atenção: 
→ Se o paciente que precisa de profilaxia 
antibiótica tiver vários procedimentos 
para fazer é mais indicado realizarmos a 
cobertura antibiótica, pois é necessário 
manter um intervalo mínimo de 10 a 15 
dias entre uma sessão e outra, para 
evitar o surgimento de microrganismos 
resistentes ao antibiótico utilizado. 
quando realizar: 
→ Procedimentos que gerem bacteremia, 
como procedimentos cirúrgicos 
periodontais e endodônticos; 
→ A exodontia gera entorno de 51-85% de 
bacteremia transitória, enquanto que a 
cirurgia periodontal gera 36-88%, a 
raspagem e o alisamento radicular 8-80% 
e a endodontia 0-15%. 
para quais procedimentos odontológicos farei 
profilaxia antibiótica: 
1. Manipulação de gengivas; 
2. Manipulação periapical dos dentes; 
3. Perfuração das mucosas. 
casos em que não há necessidade: 
→ Anestesia infiltrativa em tecido não 
infectado; 
→ Colocação, ajuste ou retirada de 
próteses e dispositivo ortodôntico; 
→ Perda da primeira dentição; 
→ Trauma dos lábios; 
→ Trauma da mucosa oral. 
DOSE DE ATAQUE 
 
conceito: 
→ É o uso dobrado de antibiótico (1g) antes 
de determinado procedimento, seguindo 
com o uso de sua posologia normal; 
→ Uma tomada dobrada + cobertura. 
Conceitos, Indicações e Prescrição 
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 
DOSE DE ATAQUE 
Lara de Aquino Santos 
objetivo: 
→ Diminuir a bacteremia e a infecção local. 
indicação: 
→ Casos em que há um processo infeccioso 
instalado. 
prescrição: 
→ Administração oral em dose única de 1g 
de amoxicilina, 1h antes do 
procedimento, e seguir com a posologia 
normal do fármaco de 8/8h até finalizar 
o procedimento ou obter a cicatrização. 
COBERTURA ANTIBIÓTICA 
 
conceito: 
→ É o uso de antibiótico na sua posologia 
habitual com intervalos de tomadas. 
objetivo: 
→ Evitar infecções locais. 
PACIENTES QUE NECESSITAM DE 
ANTIBIÓTICOS ANTES E/OU APÓS OS 
PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS 
CRUENTOS 
 
 
→ Pacientes com susceptibilidade 
aumentada a infecções sistêmicas 
(imunossuprimidos); 
→ Imunodeficiência adquirida ou congênita 
com pouca quantidade de células T CD4 e 
carga viral aumentada; 
→ Diabéticos com pobre controle glicêmico; 
→ Pacientes com doenças imunologicamente 
mediada; 
→ Pacientes com risco significante de 
osteonecrose. 
IMPORTANTE 
 
→ Quando paciente fizer uso crônico de 
determinado antibiótico é interessante 
mudar a classe deste para realizar uma 
profilaxia antibiótica; 
→ Iremos associar o antibiótico de uso 
crônico com uma nova classe de 
antibiótico. 
ENDOCARDITE INFECCIOSA 
 
 
o que é: 
→ Consiste nas inflamações e destruição do 
endocárdio e do endotélio ou das válvulas 
cardíacas, podendo ser de origem 
bacteriana ou de outros microrganismos. 
incidência: 
→ É considerada uma enfermidade 
relativamente rara, porém possui 
mortalidade de 30% em 1 ano. 
importante: 
→ Está mais propensa em pacientes com 
alterações prévia no coração, seja ela 
uma má formação ou alteração, pois 
nesses locais haverá um turbilhonamento 
sanguíneo e com isso as bactérias 
conseguem mais facilmente povoar os 
tecidos. 
COBERTURA ANTIBIÓTICA 
ENDOCARDITE INFECCIOSA 
SE FAZ NECESSÁRIO PRESCREVER 
IMPORTANTE 
Lara de Aquino Santos 
condições de risco para o seu desenvolvimento: 
 Qualquer má formação ou alteração no 
coração e nos vasos maiores 
(principalmente a aorta), sejam elas de 
origem congênita ou adquirida. 
 
→ Endocardite prévia; 
→ Portadores de prótese valvar cardíaca; 
→ Febre reumática prévia; 
→ Prolapso da valva mitral com 
regurgitação (retorno sanguíneo); 
→ Defeito septal ventricular ou reparo 
cirúrgico incompleto em defeitos septais 
→ Coarctação da aorta. 
bacteremia transitória: 
→ É a presença de bactérias viáveis na 
corrente sanguínea após a manipulação 
de tecidos infectados. 
 
 A endocardite infecciosa é causada 
quando o paciente apresenta uma 
bacteremia transitória. 
como prevenir: 
→ Tendo em vista que os procedimentos 
odontológicos favorecem a ocorrência da 
endocartite, se faz necessário realizar 
uma prevenção por meio da profilaxia 
antibiótica. 
OSTEONECROSE DOS MAXILARES 
 
 
o que é: 
→ É a incapacidade do tecido ósseo afetado 
em reparar e se remodelar frente a 
quadros inflamatórios desencadeados 
por estresse mecânico (mastigação), 
exodontias, irritações por próteses ou 
infecção dental e periodontal. 
osteorradionecrose: 
→ É desenvolvida após radioterapia em 
pacientes com tumores em região de 
cabeça e pescoço; 
→ Levar em consideração somente as 
regiões de cabeça e pescoço que 
sofreram radiação. 
osteoquímionecrose: 
→ É desenvolvida por medicamentos 
antirreabsortivos e antiangiogênicos, que 
não permitem a cicatrização do alvéolo; 
→ Ter atenção a pacientes que fazem uso 
de medicamentos para osteoporose, 
principalmente os bisfosfonatos. 
por quê prescrever antibióticos: 
→ A radioterapia, os antirreabsortivos e 
antiangiogênicos provocam a diminuição 
da vascularização ou a diminuição de 
osteoblastos. 
importante: 
→ Sempre iremos optar pela cobertura 
antibiótica, principalmente em 
procedimentos cirúrgicos, pois a 
preocupação é com a necrose do osso, e 
enquanto ele estiver exposto há o risco 
de necrosar; 
→ Comumente associa-se o uso do 
antibiótico com clorexidina, laserterapia 
e PDT. 
qual antibiótico utilizar: 
→ Preferencialmente clindamicina, pois 
apresenta uma maior penetração óssea; 
→ Administrar até o início da epitelização 
(por volta de 15 a 20 dias). 
NECROSE DOS MAXILARES 
Lara de Aquino Santos 
DIABETES MELLITUS 
 
 
o que é: 
→ Integra um grupo de doenças 
metabólicas caracterizadas por níveis 
elevados de glicose no sangue 
(hiperglicemia) decorrente de defeitos 
na secreção e/ou na ação da insulina no 
metabolismo dos alimentos. 
classificação: 
→ Tipo I; 
→ Tipo II; 
→ Outros tipos específicos; 
→ Diabetes gestacional. 
 
 As formas mais frequentes são o 
diabetes tipo I e o tipo II. No tipo I 
ocorre a destruição das células beta do 
pâncreas, por um processo autoimune, já 
no tipo II tem-se um distúrbio da ação e 
secreção da insulina. 
exame de referência: 
→ Hemoglobina glicada: Fornece uma média 
dos últimos três meses. 
por quê prescrever antibióticos: 
 Pacientes diabéticos apresentam uma 
menor atividade das células brancas. 
 
→ O diabetes prejudica a imunidade 
mediada por células e pode levar a 
diminuição da quimiotaxia e fagocitose 
por neutrófilos, aumentando o risco de 
infecções após procedimentos 
odontológicos invasivos. 
risco infeccioso: 
→ 207-229 mg/dL: Risco em 20%; 
→ 230 mg/dL ou mais: Risco em 80%. 
 
 Quanto maior a glicemia, maior o risco 
infeccioso. 
importante: 
→ Procedimentos periodontais como 
raspagem supragengival e/ou subgengival 
podem ser realizados com uma glicemia 
até 300 mg/dL. Pois a periodontite 
dificulta o controle glicêmico; 
→ Na faculdade os procedimentos eletivos 
são contraindicados em pacientes com 
glicemia maior que 300 mg/dL. Somenteas situações de urgência (dor ou infecção 
ativa) que podem ser realizadas. 
quando realizar profilaxia ou cobertura 
antibiótica: 
→ Glicemia maior que 200 mg/dL; 
→ O que determina se será profilaxia ou 
cobertura é o procedimento a ser 
realizado e a condição do paciente. 
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA: 
 
 
o que é: 
→ Infecta as células do sistema imunológico 
do indivíduo provocando uma queda 
progressiva nos linfócitos T CD4+, 
DIABETES MELLITUS 
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 
Lara de Aquino Santos 
debilitando progressivamente o sistema 
imune e deixando-o mais vulnerável a 
diversas infecções por patógenos 
oportunistas e ao surgimento de 
cânceres de etiologia rara. 
parâmetros para avaliação da adesão de 
profilaxia ou cobertura antibiótica: 
→ Contagem de linfócitos T CD4 menos de 
200 células; 
→ Carga viral aumentada; 
→ Hemograma com neutropenia (<500 
células). 
 
 Avaliar os casos individualmente, bem 
como o procedimento a ser realizado, 
pois é isso que determinará se será 
realizada a profilaxia ou a cobertura. 
IMUNOSSUPRESSÃO 
 
 
o que é: 
→ É o ato de reduzir a atividade ou 
eficiência do sistema imunológico; 
→ Pode ser causada por uma doença imune 
ou intencionalmente para o tratamento 
de uma doença autoimune ou evitar a 
rejeição de um transplante; 
quando realizar profilaxia ou cobertura 
antibiótica: 
→ Neutrófilos abaixo de 500 células, seja 
por uso de imunossupressores ou 
corticoides; 
→ Pacientes com doenças imunologicamente 
mediadas. 
→ Pacientes transplantados; 
→ Transquimioterapia. 
importante: 
→ Lúpus eritematoso sistêmico: A condição 
por si só predispõe o paciente a um risco 
aumentado de endocardite, fora o quadro 
de imunossupressão. 
PACIENTES DIALÍTICOS 
 
 
o que é: 
→ Esse termo compreende todos os tipos 
de diálise, que substituem a função dos 
rins em pacientes com insuficiência renal 
crônica. 
modalidades dialíticas: 
→ Hemodiálise (máquina filtra os resíduos); 
→ Diálise peritoneal (peritônio atua como 
filtro). 
por quê realizar profilaxia antibiótica: 
→ É principalmente pelo risco de infecção 
da fístula arteriovenosa (devido ao 
turbilhonamento sanguíneo constante 
durante a hemodiálise); 
→ Endocardite bacteriana. 
importante: 
→ Pacientes que apresentam insuficiência 
renal crônica e não realizam hemodiálise 
não se pode prescrever a dose usual de 
antibiótico, é necessário realizar o 
cálculo da dose de segurança. 
IMUNOSSUPRESSÃO 
PACIENTES DIALÍTICOS 
Lara de Aquino Santos 
DOENÇA HEPÁTICA 
 
 
o que é: 
→ Qualquer inflamação do fígado por 
causas diversas, sendo as mais 
frequentes as infecções pelos vírus tipo 
A, B e C e o abuso do consumo de álcool 
ou outras substâncias tóxicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
quando realizar profilaxia antibiótica: 
→ Em casos de histórico de ascite, 
peritonite e encefalite. 
 
 Nessas situações há o risco de infecção 
aumentada; 
 Importante perguntar aos pacientes 
hepatopata sobre essas condições, 
principalmente se o abdômen for muito 
distendido. 
DOENÇA HEPÁTICA

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