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Diferenciação Sexual


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 Fisiologicamente, a diferenciação é 
o padrão de desenvolvimento das 
gônadas, dos ductos genitais e da 
genitália externa, e existem alguns 
fatores que determinam o sexo final 
do indivíduo; 
 Desse modo, o sexo pode ser 
classificado em genético 
(cromossomos xx ou xy), gonadal 
(testículo ou ovário) e genital ou 
fenotípico. Sendo que o fenotípico é 
aquele que pode ser observado 
visivelmente no indivíduo. 
 Até a 5° semana de vida uterina, o 
feto se encontra no estado 
ambisexual, em que não houve 
nenhuma diferenciação sexual e, 
entre a 6° e a 7° semanas, se o 
indivíduo tiver o genótipo xy, ele 
apresenta determinantes testiculares 
no braço curto do cromossomo y que 
expressam genes que induzem 
proteínas que atuam sobre a gônada 
indiferenciada promovendo a 
diferenciação da mesma em 
testículo; 
 Então, para formar plenamente o 
sexo masculino, é necessário que 
ocorram ações, como a expressão de 
genes e a síntese proteica, que vão 
promover uma regulação da 
estrutura indiferenciada; 
 Quando ocorre a diferenciação 
para o sexo masculino, se 
diferenciam as células de Leydig, que 
realizam produção hormonal, e as 
células de Sertoli, muito envolvidas 
com a função reprodutiva, dando 
suporte à linhagem germinativa e 
produzindo o hormônio anti-
milleriano; 
 Sendo que do ponto de vista 
evolutivo, a diferenciação sexual 
para o sexo feminino foi muito mais 
fácil que para o sexo masculino. Ou 
seja, quando há a ausência de 
cromossomo y, de determinantes 
testiculares e de determinadas 
proteínas, até a 6° e a 7° semanas, 
ocorre a diferenciação para o sexo 
feminino com a formação de ovário a 
partir da 9° semana; 
 Quando ocorre alguma falha em 
um desses processos, como nos 
determinantes testiculares, o 
indivíduo apresenta genótipo xy, mas 
não apresenta desenvolvimento da 
gônada satisfatório, o que é 
chamado de desgenesia; 
 Por mais que não haja um 
determinante ovariano tão marcante 
quanto o determinante testicular, se 
não houver expressão dos dois 
cromossomos x, ocorre alteração no 
desenvolvimento das gônadas, 
gerando um ovário desgenético; 
 Quando o indivíduo apresenta o 
genótipo xy e apresenta a 
diferenciação gonadal (presença do 
testículo), começa a haver a 
 
 
diferenciação da genitália, tanto 
interna quanto externa. Sendo que a 
genitália interna, no período 
bipotencial há os ductos de Wolffian 
e de Muller; 
 A genitália externa masculina se 
diferencia a partir dos ductos de 
Wolffian quando a testosterona 
começa a atuar sobre o mesmo, 
mostrando a importância das células 
de Leydig nesse processo. Então, com 
a ação da testosterona, os ductos de 
Wolffian se diferenciam em 
epidídimo, ductos deferentes e 
vesículas seminais; 
 É importante ressaltar que nesse 
momento, a ação é parácrina 
Ipsilateral, ou seja, o testículo do lado 
direito atua sobre os ductos de 
Wolffian do lado direito. Isso é 
importante porque pode haver falha 
no desenvolvimento da genitália 
interna apenas em um dos lados; 
 Entretanto, para que haja a 
perfeita diferenciação sexual para o 
sexo masculino, é preciso que haja, 
além da diferenciação do ducto de 
Wolffian, uma inibição dos ductos de 
Muller pelos hormônios anti-
mullerianos produzidos pelas células 
de Sertoli, porque se nada inibi-los, 
eles se diferenciam em genitália 
interna feminina (útero, trompas e 
terço superior da vagina); 
 Então, a gônada masculina tem a 
função de produzir testosterona 
pelas células de Leydig para 
estimular os ductos de Wolffian, e a 
função de produzir hormônio anti-
mulleriano para inibir os ductos de 
Muller para que se desenvolva 
normalmente a genitália interna 
masculina; 
 Ambas as ações das gônadas 
sobre os ductos são parácrina. Então, 
se houver testosterona, o canal de 
Wolffian regride uma vez que ele não 
consegue se desenvolver sozinho, 
diferentemente do ducto de Muller, 
que consegue se desenvolver 
sozinho, sem a necessidade de um 
estímulo; 
 A testosterona produzida pelos 
testículos, além de ter uma ação 
parácrina nesses ductos, também 
precisa cair na circulação sanguínea 
para ter uma ação endócrina na 
genitália externa indiferenciada, 
chegando no seio urogenital e no 
tubérculo genital, onde começa a 
agir; 
 A testosterona só é captada após 
ser transformada em um andrógeno 
mais potente por uma enzima 
presente na genitália externa 
indiferenciada, a 5-α- redutase. Essa 
testosterona modificada é, então, 
captada e vai levar ao 
desenvolvimento das bolsas 
escrotais, do pênis e da próstata, que 
são os elementos da genitália 
externa masculina; 
 Vale ressaltar que a 5-α-redutase 
do tipo 2 é produzida na vida 
intrauterina enquanto a 5-α-
redutase do tipo 1 é produzida na 
puberdade. Na ausência da 
testosterona, o seio urogenital e o 
tubérculo genital dão origem aos 
grandes e pequenos lábios, o clitóris 
e os dois terços inferiores da vagina; 
 No período intrauterino, a 
diferenciação sexual ocorre muito 
 
 
precocemente, em torno da 6° e 7° 
semanas para o sexo masculino e em 
torno da 9° semana para o sexo 
feminino e nesse momento a hipófise 
ainda não está funcionando e como 
não tem os hormônios hipofisários 
para estimularem as células de 
Leydig nesse período, essas células 
são estimuladas pelos hormônios 
produzidos pela placenta, 
principalmente a gonadatrofina 
placentária. Desse modo, uma 
insuficiência placentária 
compromete a viabilidade fetal, mas 
também pode comprometer a 
diferenciação sexual uma vez que ela 
é capaz de produzir todos os 
hormônios hipofisários durante o 
período gestacional. 
 Hermafroditismo Verdadeiro: 
 O hermafroditismo verdadeiro é 
quando há um problema genético e 
quando o problema não é genético, é 
chamado de 
pseudohermafroditismo; 
 O hermafrodita verdadeiro 
apresenta tanto xx quando xy nas 
mesmas células e a partir dessas 
alterações e do percentual de 
alteração dessas células, ele pode 
apresentar uma gônada que é 
metade testículo e metade folículos 
rudimentares e isso pode ser 
bastante heterogêneo; 
 Ou seja, ocorre uma alteração no 
sexo genético que faz com que haja 
alterações no sexo fenotípico e 
gonadal. 
 
 Síndrome de Klinefelter: 
 Nesse caso há uma disgenesia 
gonadal com atrofia no 
desenvolvimento e o indivíduo é 
infértil; 
 Dependendo da quantidade de 
células de Leydig que ele tenha, ele 
pode ter uma diferenciação sexual 
masculina e passa a ter um pênis 
pequeno e durante a puberdade a 
gônada não tem uma quantidade 
suficiente de testosterona e, ainda, 
essa testosterona pode ser 
transformada em estrogênio; 
 Então, essa ausência de 
testosterona faz com que o indivíduo 
não desenvolva caracteres 
secundários, não hipertrofia o pênis, 
não desenvolve pelos e não fecha as 
cartilagens de conjugação, fazendo 
com que a pessoa fique muito alta, 
com ossos muito compridos; 
 Vale ressaltar que quando esses 
indivíduos que não fecham as 
cartilagens de conjugação e crescem 
muito e apresentam braços muito 
longos, e que apresentam 
hipogonadismos são chamados de 
eunucóides. 
 
 
 
 Pseudohermafroditas Masculinos: 
 Já os pseudohermafroditas 
masculinos tem o sexo genético 
normal, xy, mas ocorre alguma 
alteração no processo de 
diferenciação que gerou uma 
anomalia; 
 Isso acontece quando há ausência 
do hormônio anti-mulleriano, que faz 
com que haja a presença de parte de 
um útero, parte de uma vagina, e 
uma trompa, podendo ser unilateral 
ou bilateral; 
 Pode ainda acontecer por uma 
insensibilidade adrogênica total ou 
parcial que pode se dar por uma 
alteração na síntese de testosterona 
ou pode ser um defeito na enzima 5-
α-redutase, que só afeta a genitália 
externa, que é estimulada pela 
dehidrotestosterona e, nesse caso, 
não se forma nem genitália interna e 
nem genitália externa masculina,o 
que faz com que esse indivíduo tenha 
sexo genético masculino (xy), sexo 
gonadal masculino (tem testículo, 
mas este geralmente se encontra na 
região abdominal) e sexo fenotípico 
feminino (genitália externa 
feminina); 
 Então, esse indivíduo apresenta 
genitália externa feminina porque a 
diferenciação da genitália externa 
depende da dehidrotestosterona, 
que precisa de um receptor para 
atuar, mas há uma falha nesse 
receptor, fazendo que não se 
diferencie a genitália externa 
masculina; 
 Já a genitália interna não se 
apresenta, nem a feminina e nem a 
masculina porque o ducto de 
Wolffian não vai se desenvolver já 
que a testosterona não vai conseguir 
atuar e o ducto de Muller também 
não se desenvolve porque o 
hormônio anti-mulleriano (hormônio 
proteico) é produzido normalmente 
pelas células de Sertoli e, por isso, 
esse indivíduo não apresenta 
genitália interna; 
 Além disso, como não houve 
desenvolvimento da genitália interna, 
esse indivíduo apresenta uma vagina 
curta, porque só se desenvolveram 
os dois terços, e de fundo cego, desse 
modo, esse indivíduo é estéril; 
 Esse indivíduo quando chega na 
puberdade ocorre uma grande 
produção de androgênios, mas o 
indivíduo não apresenta pelos 
pubianos e axilares porque não há 
receptores para testosterona, então, 
o organismo metaboliza todos esses 
hormônios como estrogênio, fazendo 
com que haja desenvolvimento de 
mamas; 
 Quando ocorre defeito na enzima 
5-α-redutase do tipo II, que é que 
está presente na vida uterina, a 
 
 
genitália externa fica feminina 
enquanto a genitália interna fica 
masculina porque o sexo genético e o 
gonadal são normais, há hormônio 
anti-mulleriano e presença de 
testosterona, mas ocorreu uma 
alteração na expressão gênica da 
enzima; 
 Na puberdade, a enzima 5-α-
redutase é do tipo I e essa é 
expressada e, com isso, esse 
indivíduo, que foi criado como 
menina, começa a expressar 
características masculinas porque há 
muita produção de testosterona, 
apresentando característica sexuais 
secundárias masculinas.

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