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Aula 11- Secreção salivar, gástrica e pancreática

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Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
Secreção salivar, gástrica, 
pancreática e biliar
SECREÇÃO SALIVAR 
♥ Funções: 
→ Digerir (amilase salivar) 
→ Lubrificar (mastigação, deglutição, fala) 
→ Proteger (ácidos, bactérias) 
 
♥ pH 6,0 - 7,0 
 
♥ Produção de aproximadamente 1 litro/dia 
 
♥ Intensidade máxima de secreção 8-20 vezes 
 
♥ A digestão começa na boca com a presença da 
amilase salivar, e a partir do contato com o 
amido, já inicia a digestão. 
 
♥ A saliva também participa da digestão devido a 
suas funções 
 
♥ A função de lubrificar o alimento vem a partir de 
um complexo de glicoproteínas, as quais 
chamamos de mucinas que são liberadas pelas 
glândulas submaxilares e sublinguais. A partir da 
mucina, o alimento vai ser lubrificado e assim será 
possível realizarmos a deglutição. 
 
Amilase salivar 
♥ Essa enzima se aproveita do pH salivar para fazer 
a digestão do amido em oligossacarídeos (pH 
ótimo, aproximadamente 7, abaixo de 4). 
 
♥ Existem outras enzimas que podem estar presentes 
na saliva, mas que não participam da digestão na 
boca, como a amilase pancreática e a lípase 
lingual (a lipase é produzida na boca, mas precisa 
do pH gástrico para ser ativada, logo participa da 
digestão no estômago). 
 
Tipo de secreção das glândulas 
Temos glândulas que secretam apenas um componente 
(como a parótida e sublingual) e glândulas mistas que 
secretam ambos os componentes (como a glândula 
submandibular). 
 
Glândula parótidaGlândula parótidaGlândula parótidaGlândula parótida 
♥ Secreta proteína: amilase salivar. 
 
Glândula Glândula Glândula Glândula submandibularsubmandibularsubmandibularsubmandibular 
♥ Secreta proteína e mucina: N-acetil glicosamina 
(glicoproteína). Apresenta o componente 
glicoprotéico e o mucoso, que vão lubrificar o 
alimento. 
 
Glândula Glândula Glândula Glândula sublingualsublingualsublingualsublingual 
♥ Secreta apenas mucina. Possui apenas o 
componente mucoso. 
 
Estrutura das glândulas 
 
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Fisiologia II 
♥ As glândulas possuem ácinos ácinos ácinos ácinos (região onde temo 
células serosas, células mucosas). Nos ácinos é 
onde os componentes dos capilares que passam ao 
redor de cada glândula possuem transportadores 
para chegarem na glândula salivar. Então é a 
partir do ácino que chega água, íon, proteína, ou 
seja, ele é uma estrutura muito importante porque 
é através dele que chegam os componentes que 
estão no sangue/ capilares. 
Além disso, as glândulas possuem ductos ductos ductos ductos 
intercaladosintercaladosintercaladosintercalados que realizam troca de certos íons 
para melhorar os constituintes da saliva, a fim de 
deixar o pH ótimo para que ocorra a nossa 
digestão. Isso porque a saliva tem propriedades 
muito parecidas com o sangue, só que o pH 
sanguíneo não vai ser interessante para o pH 
salivar, já que a nossa saliva não pode ser nem 
extremamente ácida e nem extremamente alcalina. 
 
♥ Essas trocas são chamadas de processos de 
reabsorção, ou seja, os componentes chegam aos 
ácinos e alguns deles são reabsorvidos para os 
capilares. 
 
♥ Um fator importante para a nossa secreção salivar 
é o suprimento sanguíneo já que a saliva tem 
componentes parecidos com o plasma. Por isso 
falamos que a secreção primária que está no ácino 
é isotônica em relação ao plasma, ou seja, ela tem 
componentes parecidos com o que tem no plasma. 
Dependendo da glândula vamos ter amilase 
salivar, mucina, cloreto, sódio, bicarbonato, 
potássio. Entretanto, ao longo da passagem da 
saliva pela glândula salivar, a saliva que chega 
ao ducto estriado é hipotônica, isso é importante 
porque se fosse hipertônica, fatalmente a 
tonicidade favoreceria o surgimento de lesões na 
cavidade oral 
Estrutura das glândulas 
♥ Com a passagem do líquido pelo ácino e chegando 
ao ducto intercalado, ocorrem trocas no ducto 
estriado, as quais são chamadas de reabsorção. 
 
♥ Ducto intercalado gera velocidade para o fluxo 
ser ideal, para que o líquido chegue ao ducto 
estriado para realizar reabsorção. 
 
♥ A reabsorção é de Na+ e Cl-. Como sai mais do que 
entra, a saliva fica hipotônica. 
 
♥ A osmolaridade da saliva depende muito do fluxo. 
 
 
♥ Além disso, a saliva é sempre hipotônica ao 
plasma. Se a velocidade de contração das céllas for 
muito rápida, a saliva tende a ficar + hipertônica. 
 
 
 
♥ Aumentando-se a secreção, aumenta a tonicidade. 
Conforme a saliva flui ao longo dos ductos, ela se 
torna mais hipotônica. 
 
 
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Controle da secreção salivar 
♥ O controle primário é realizado pelo sistema 
nervoso autonômico. 
 
♥ Resultado da estimulação parassimpática: 
→ Aumento da síntese e secreção de amilase e 
mucinas 
→ Aumento do influxo de sangue para as 
glândulas 
→ Aumento da secreção de HCO3- 
→ Diminuição da reabsorção de Na+ e 
secreção de K+ 
 
♥ Resultado da estimulação simpática: 
→ Aumento da síntese de amilase 
→ Aumento da secreção de HCO3- e K+ 
→ Constrição dos vasos sanguíneos que 
estão ao redor da glândula (isso 
compromete os constituintes aquosos da 
saliva) 
→ Contração das células mioepiteliais ao 
redor do ácino 
 
Assim não há uma reabsorção ideal de sódio e 
cloreto, e a secreção de bicarbonato até continua, 
mas devido a toxidade, a saliva pode se tornar 
ácida, mesmo com o bicarbonato, até porque a 
quantidade de água na saliva é pequena, por isso 
a sensação é de boca seca. 
 
♥ Temos o núcleo de medula que recebe informações 
(medo, sono, fadiga, reflexos condicionados) de 
várias regiões do nosso SNC, as quais inibem esse 
núcleo. 
 
SECREÇÃO ESOFÁGICA 
♥ O esôfago possui glândulas mucosas compostas 
(no esôfago proximal e extremidade gástrica). 
Essas glândulas realizam a secreção de muco. 
 
♥ O muco tem a função de lubrificar o alimento para 
deglutição e de proteger a parede do esôfago 
contra alimentos ácidos e refluxo gastro-esofágico 
 
♥ Se o refluxo persistir, a glândula é comprometida, 
assim a pessoa perde essa barreira de mucosa. A 
pessoa pode ter úlcera de esôfago por perder esse 
muco. Além disso, o contato excessivo do HCl com 
o esôfago faz com que as células mudem e se 
pareçam com as células do estômago (processo 
chamado de metaplasia). 
 
SECREÇÃO GÁSTRICA 
♥ O estômago possui três regiões: fundo, corpo e 
antro (o antro é mais próximo do canal pilórico, já 
está em contato com o duodeno, sendo delimitado 
pelo esfíncter). 
 
 
 
♥ No corpo temos a cárdia que é a região que tem 
contato com o esôfago. 
 
 
 
♥ O estômago tem como função ser a região de 
contato/conexão entre o esôfago e o intestino e 
tem a função de realizar digestão. 
 
♥ A gastrina é o principal hormônio da digestão, ela 
estimula diretamente as glândulas gástricas a 
produzirem HCl. 
 
Glândula oxíntica 
♥ Células epiteliais de supeCélulas epiteliais de supeCélulas epiteliais de supeCélulas epiteliais de superfícierfícierfícierfície: produz muco e 
bicarbonato, protegendo o estômago do pH ácido. 
O bicarbonato não permite que o pH do estômago 
fique tão ácido a ponto de gerar uma úlcera.
CORPO
ANTRO 
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O estômago tem como função ser a região de 
contato/conexão entre o esôfago e o intestino e 
A gastrina é o principal hormônio da digestão, ela 
estimula diretamente as glândulas gástricas a 
: produz muco e 
bicarbonato, protegendo o estômago do pH ácido. 
O bicarbonato não permite que o pH do estômago 
fique tão ácido a ponto de gerar uma úlcera. 
 
Glândula pilórica 
♥ Células GCélulas GCélulas GCélulas G: produtora de 
gastrina, mais HCl). O estir
com a chegada de alimento também estimula a 
produção de gastrina.
→ Estimula: 
• Secreção de ácido
• Crescimento celular
• Aumento da motilidade 
gastrointestinal
• Aumento da contração do esfíncter 
ilórico 
→ Atua nas células enterocromafins para 
liberar histamina.
→ Com o pH menor que 3 a secreção degastrina é inibida.
→ Células D estimulam secreção de 
somatostatina.
 
♥ Células mucosas do coloCélulas mucosas do coloCélulas mucosas do coloCélulas mucosas do colo
quais são produzidos a partir de prostaglandinas 
fisiológicas. 
 
Muco: secreção de líquido 
células da superfície epitelial.
mucosa alcalina sobre a superfície luminal gástrica. É 
uma secreção estimulada por acetilcolina, por um 
estímulo mecânico. 
Células parietais- HCl 
♥ Auxilia na digestão de proteínas
 
♥ Converte o pepsinogênio em pepsina
 
♥ Ação bactericida 
 
♥ Bombas de prótons têm a função de bombear o 
hidrogênio que no canalículo vai reagir com o 
cloreto e vai formar o ácido clorídrico.
hidrogênio vem da reação do ácido carbônico que 
na célula parietal vamos ter água e gás carbônico 
que reage com uma enzima chamada de anidrase 
carbônica e forma ácido carbônico que se dissocia 
em hidrogênio e bicarbonato. Quanto mais ácido é 
produzido, mais bicarbonato, assim o bicarbonato 
é trocado pelo cloreto. Então, o c
o ácido clorídrico vem do sangue e é trocado pelo 
CORPO 
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produtora de gastrina (quanto mais 
gastrina, mais HCl). O estiramento do estômago 
com a chegada de alimento também estimula a 
produção de gastrina. 
Secreção de ácido 
Crescimento celular 
Aumento da motilidade 
gastrointestinal 
Aumento da contração do esfíncter 
 
Atua nas células enterocromafins para 
rar histamina. 
Com o pH menor que 3 a secreção de 
gastrina é inibida. 
Células D estimulam secreção de 
somatostatina. 
Células mucosas do coloCélulas mucosas do coloCélulas mucosas do coloCélulas mucosas do colo: muco e bicarbonato, os 
quais são produzidos a partir de prostaglandinas 
Muco: secreção de líquido aquoso com HCO3- pelas 
células da superfície epitelial. Forma uma barreira 
mucosa alcalina sobre a superfície luminal gástrica. É 
uma secreção estimulada por acetilcolina, por um 
 
Auxilia na digestão de proteínas 
Converte o pepsinogênio em pepsina 
Bombas de prótons têm a função de bombear o 
hidrogênio que no canalículo vai reagir com o 
cloreto e vai formar o ácido clorídrico. O 
hidrogênio vem da reação do ácido carbônico que 
mos ter água e gás carbônico 
que reage com uma enzima chamada de anidrase 
carbônica e forma ácido carbônico que se dissocia 
em hidrogênio e bicarbonato. Quanto mais ácido é 
produzido, mais bicarbonato, assim o bicarbonato 
é trocado pelo cloreto. Então, o cloreto que forma 
o ácido clorídrico vem do sangue e é trocado pelo 
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H2CO3. O excesso de bicarbonato após uma 
digestão pode gerar sono (maré alcalina). 
 
♥ Os estímulos para que o HCl seja formado, ou 
seja, para que fique mais ácido são: 
→ Distensão gástrica 
→ Ativação de quimiorreceptores por 
peptídeos que vem da alimentação 
→ Gastrina 
→ Histamina 
 
♥ As células parietais produzem um fator intrínseco 
que é uma glicoproteína que la no íleo forma um 
complexo com vitamina B12. 
→ É um complexo resistente à digestão 
permitindo a absorção da vitamina B12 
(essa vitamina para ser absorvida no íleo 
precisa estar ligada ao fator intríneco). 
→ Liberado em resposta aos mesmos 
estímulos que provocam secreção de HCl. 
→ Deficiência do fator intrínseco causa 
deficiência de vitamina B12 gerando uma 
anemia perniciosa (doença autoimune na 
qual a pessoa cria anticorpos contra o 
fator intrínseco, assim a B12 não consegue 
ser absorvida). 
 
Histamina 
♥ Sintetizada e armazenada nas células 
enterocromafins (lamina própria das glândulas 
gástricas) que está em anexo a célula parietal. 
 
♥ A histamina é muito importante para a produção 
de ácino. 
 
♥ A secreção de histamina é estimulada por: 
→ Gastrina 
→ Acetilcolina 
 
Componentes estimulatórios da bomba de prótons 
♥ Os componentes estimulatórios são: 
→ Gastrina 
→ Acetilcolina 
→ Histamina 
 
♥ Gastrina e acetilcolina são vias dependentes de 
cálcio e o cálcio também é um fato estimulatório 
da bomba de prótons. 
 
♥ A gastrina também estimula a célula de 
enterocromafins a produzir histamina. 
 
♥ A acetilcolina vem da via vagal da digestão só de 
sentir o cheiro da comida, além disso, o pH fica 
mais ácido (do estômago) 
 
♥ Inibidores H2 são medicamentos que impedem a 
ligação da histamina com seus receptores, assim, 
inibe a via do AMPc que é uma das vias 
estimulatórias da bomba de prótons. 
 
 
 
Mecanismos reguladores da secreção gástrica 
♥ Reflexos curtos e longos (reflexos neurais) 
→ Te a ver com toda a informação sensorial 
que temos no estômago 
 
→ Os receptores estão localizados na 
mucosa e nas camadas musculares. 
 
→ Reflexo curtoReflexo curtoReflexo curtoReflexo curto: circuito de informação 
sensorial restrito à parede 
gastrointestinal, envolve a transmissão 
contida completamente no sistema nervo 
entérico. 
 
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→ Reflexo longoReflexo longoReflexo longoReflexo longo: envolve a ativação de 
aferentes primários que trafegam através 
do nervo vago. São interpretados no 
complexo dorsal do vago, desencadeando 
impulsos vagais eferentes. 
 
→ Vias aferentes primáriasVias aferentes primáriasVias aferentes primáriasVias aferentes primárias trafegam pelo 
nervo vago, partem do complexo dorsal 
do vago do SNC e quando ativado essas 
terminações neurais levam informações 
colinérgicas para o estômago. Quando a 
ACH está presente, é um dos estimuladores 
da produção do HCl.. 
 
♥ Controle humoral 
→ O principal regulador endócrino é a 
gastrina, trafega pela corrente sanguínea 
para estimular as células parietais e ECL, 
via CCK 
 
→ A secreção gástrica também é modificada 
por mediadores parácrinos. 
 
→ A gastrina se liga ao se receptor CCK-B na 
célula parietal e também estimula a célula 
enterocromafim a produzir histamina. 
Quanto mais gastrina, maior a produção 
de HCl, porque além dela mesmo produzir, 
ela estimula a produção de outro 
regulador que é a histamina. A mucosa 
antral tem receptores de pH, 
quimiorreceptores, célula produtora de 
somatotastina que inibe a célula G. Se o 
pH ficar muito ácido, os 
quimiorreceptores deflagram a 
somatostatina que inibe a célula G e o pH. 
• A célula G é estimulada pela via 
neural, estiramento do estômago, 
por peptídeo e aminoácidos. 
 
♥ Reguladores luminares: o que chega ao estômago 
pode controlar a secreção de gastrina e histamina. 
Constituintes luminais específicos também 
modulam a secreção gástrica indiretamente. Os 
componentes que chegam ao estômago como 
peptídeo e aminoácido também estimulam a célula 
G. 
 
 
A VIA ESTINMULATÓRIA DA DIGESTÃO É A VIA 
NEURAL/ PARASSIMPÁTICA 
 
Regulação da secreção gástrica 
♥ As três fases acontecem concomitantemente quando 
o alimento está ingerido. 
 
♥ Fase cefálica (20%): anterior à ingestão do 
alimento, basta ver ou sentir o cheiro. 
→ Totalmente dependente da inervação vagal 
 
→ Eventos excitatórios: pensar em um 
alimento, estimulação de receptores de 
paladar ou olfato. 
 
→ Eventos inibitórios: perda de apetite ou 
depressão e diminuição da estimulação 
parassimpática. 
 
→ Ativação do vago: 
• Estimula o plexo nervoso entérico e 
a secreção do pepsinogênio. 
• Estimula a célula G a secretar 
gastrina e ACH 
• Estimula a ECL a secretar histamina 
• Indiretamente estimula célula 
parietal a secretar HCl. 
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♥ Fase gástrica (70%): entrada do alimento no 
estômago. 
→ Reflexos locais 
 
→ Reflexos vagais 
 
→ Gastrina 
 
→ Histamina 
 
→ Eventos excitatórios: 
• Distensão gástrica 
• Ativação de quimiorereceptores por 
peptídeos, cafeína e aumento do pH. 
• Liberação de gastrina para o 
sangue. 
 
→ Eventos inibitórios: pH menor que 2. 
 
♥ Fase intestinal (10%): produtos parciais da digestão 
entram no duodeno 
→ Reflexos enterogástrico (por exemplo, pelo 
estiramento do duodeno, estômago) 
 
→ Colecistocinina(CCK- fecha o esfíncter 
pilórico e inibe temporariamente o 
vazamento gástrico, interfere a digestão). 
 
→ Secretina 
→ Evento excitatórios 
• Diminuição do pH 
• Distensão do duodeno 
• Presença de gordura, ácido ou 
quimo hipertônico e/ou irritantes no 
duodeno. 
 
→ Peptídeo inibidor gástrico 
 
O estômago não é uma boa área de absorção, é de 
degradação. A melhor área de absorção é no duodeno. 
 
A somatotastina é um grande regulador inibitório da 
produção de ácido do estômago e quem regula isso é o 
pH do próprio estômago. 
 
SECREÇÃO PANCREÁTICA 
♥ Secreção endócrina: produzida pelas ilhotas de 
langerhans, secretando insulina (células beta), 
glucagon (células alfa) e somatostatina. 
 
♥ Secreção exócrina: componente aquoso e 
componente enzimático. Produz enzimas 
importantes para a digestão. 
 
♥ Quando o pH fica ácido e o alimento chega no 
duodeno, a célula S produz secretina, ao mesmo 
tempo há o estímulo da célula i a produzir CCK. 
 
♥ Célula S do duodenoCélula S do duodenoCélula S do duodenoCélula S do duodeno: produz secretina 
 
♥ O componente aquoso é estimulado pela secretina 
que induz a secreção do ducto para que a 
concentração de bicarbonato seja maior do que do 
plasma sanguíneo. A secretina também estimula o 
bicarbonato, o qual protege o duodeno. 
 
♥ Célula i do duodeno e jejunoCélula i do duodeno e jejunoCélula i do duodeno e jejunoCélula i do duodeno e jejuno: produz 
colecistoquinina. 
 
♥ O componente enzimático e as enzimas 
pancreáticas são estimulados pela colecistocinina 
que induz os ácinos a secretarem mais 
componentes enzimáticos. Além disso, a atividade 
parassimpática via acetilcolina estimula a secreção 
enquanto a atividade simpática a inibe. 
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Fases de secreção pancreática 
♥ Fase cefálica:Fase cefálica:Fase cefálica:Fase cefálica: secreção com alto teor de proteína via 
impulsos vagais gerados por estímulos visuais 
olfatórios e paladar. 
 
♥ Fase gástricaFase gástricaFase gástricaFase gástrica: pequeno volume com elevada 
concentração de enzimas via impulsos vagovagais 
e gastropancreática, sendo esta ultima gerada pela 
secreção de gastrina pelo estômago que, pela 
circulação sanguínea, estimula a secreção 
pancreática (de acordo com o que chega ao 
estômago) 
 
♥ Fase intestinalFase intestinalFase intestinalFase intestinal: o quimo ácido estimula a secretina 
no duodeno, responsável por maior parte da 
secreção pancreática (de acordo com o que chega 
ao duodeno). 
 
Composição da secreção pancreática 
♥ Componente aquoso: concentração de sódio e 
potássio semelhantes as do plasma, bicarbonato 
(níveis elevados) e cloro. 
 
♥ Componente enzimático 
Quadro de Quadro de Quadro de Quadro de 
Enzimas Enzimas Enzimas Enzimas 
 Substrato Substrato Substrato Substrato Ação Ação Ação Ação 
Tripsina, Tripsina, Tripsina, Tripsina, 
quiquiquiquimiotripsina e miotripsina e miotripsina e miotripsina e 
elastase elastase elastase elastase 
 Proteínas Quebra de 
ligações 
peptídicas 
Carboxipeptidases Carboxipeptidases Carboxipeptidases Carboxipeptidases Proteínas Quebra o 
aminoácido 
terminal 
Lipases Lipases Lipases Lipases 
pancreáticas pancreáticas pancreáticas pancreáticas 
Gorduras Quebra o 
triacilglicerol 
Amilase Amilase Amilase Amilase 
pancreática pancreática pancreática pancreática 
Polissacaríde
os 
Quebra em 
glicose e 
maltose 
RRRRibonucleases e ibonucleases e ibonucleases e ibonucleases e 
desoxirribonucleadesoxirribonucleadesoxirribonucleadesoxirribonuclea
ses ses ses ses 
Ácidos 
nucleicos 
Quebra em 
nucleotíde
os livres 
As enzimas são liberadas pelo pâncreas na forma 
inativa. 
 
SECREÇÃO HEPÁTICA- BILE 
♥ O fígado desempenha funções vitais: 
→ Regulação do metabolismo 
→ Síntese das proteínas 
→ Armazenamento de vitamina e ferro 
→ Inativação e excreção de drogas e toxinas 
→ Secreção da bile 
 
♥ A bile é produzida no fígado e armazenada na 
vesícula biliar 
 
♥ Além disso, ela é formada a partir do colesterol. 
 
♥ A bile, produzida nos hepatócitos, contém: 
→ Ácidos biliares: emulsificam lipídeos 
(tornam-nos menores para serem 
digeridos). 
 
→ Colesterol (principal via de excreção) e 
fosfolipídeos (lecitinas): sofram partição 
para as micelas de ácido biliar. 
• Triglicerídeos e vitaminas 
lipossolúveis sofrem partição para 
essas micelas. 
 
→ Bilirrubina: produto de degradação das 
hemácias. 
 
♥ Qual estímulo da liberação de bile? A gordura que 
chega da nossa alimentação. Temos estímulos para 
a abertura de esfíncter hormonais, a bile é liberada 
no intestino, emulsifica gordura e parte desse 
conteúdo pode retornar ao fígado pela circulação 
entero-hepática, e parte será eliminada pelas fezes. 
 
♥ O principal estímulo hormonal para a liberação de 
bile é a CCK. Então, a gordura além de estimular a 
liberação de bile, a CCK também estimula a 
liberação de bile. 
 
Ácidos biliares 
♥ Os ácidos biliares compõe aproximadamente 6t5% 
do peso seco da bile. 
 
♥ Emulsificam partículas gordurosas formando 
micromicelas que permitem a ação das lípases. 
 
♥ Ajudam no transporte e absorção dos produto 
finais da gordura. 
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Fisiologia II 
 
♥ Servem como meio de excreção de vários produtos 
de degradação como bilirrubina, excesso de 
colesterol. 
 
SECREÇÃO DO INTESTINO DELGADO 
♥ As células mucosas não interferem na absorção de 
alimentos. 
 
♥ As células mucosas chamadas de glândulas de 
bruner que vão estar no duodeno e esse muco 
também é importante para proteger as nossas 
vilosidades. 
 
♥ Secreção mucosa alcalina pelas glândulas de 
Bruner (proteção do bulbo duodenal) 
→ Inibição do simpático 
 
♥ Secreção mucosa (caliciforme) e aquosa pelas 
glândulas de Liberkunn, além de enzimas 
produzidas pelos enterócitos: 
→ Peptidases 
→ Sacarase, maltase isomaltase e lactase 
→ Lipase 
 
♥ A regulação da secreção do intestino delgado se 
dá primeiramente pela presença do quimo e 
secundariamente pela ecretina e colecistocinina. 
 
SECREÇÃO DO INTESTINO GROSSO 
♥ Muco produzido nas criptas de liberkunn: esse 
muco é altamente básico protegendo a mucosa das 
bactérias e ácidos formados no bolo fecal. Mantém 
o bolo fecal formado. 
 
♥ A irritação do intestino grosso leva a uma grande 
secreção de muco, água e eletrólito, o que além de 
diluir o patógeno, ajuda a expulsá-lo.

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