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Aula 14- fígado e viass biliares

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1 
 
Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
Fígado, vias biliares e metabolismo intermediário
♥ O fígado possui diversas funções fisiológicas, 
entretanto, em relação a sua circulação temos uma 
particularidade, sendo os vasos responsáveis pela 
circulação a: 
→ Artéria hepática 
→ Veia porta 
→ Veia hepática 
 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO FÍGADO 
♥ Formação e excreção da bile (o que é fundamental 
para o metabolismo de gordura) 
 
♥ Dextoxificação (realiza a defesa química e 
bioquímica e assim elimina substâncias tóxicas) 
 
♥ Armazenamento de glicogênio 
 
♥ Gliconeogênese 
 
♥ Função tampão da glicose 
 
♥ Oxidação de ácidos graxos 
 
♥ Excreção da bilerrubina (o acúmulo da bile causa 
icterícia) 
♥ Participa do controle da glicemia 
 
♥ Síntese de lipoproteínas, colesterol e fosfolipídeos 
 
♥ Síntese de uréia (o ciclo da uréia é muito 
importante para eliminar amônia do organismo 
que é extremamente tóxica) 
 
♥ Síntese de corpos cetônicos 
 
♥ Respostas imunes ativam a via hepática 
 
♥ Síntese de proteína do plasma 
 
♥ Síntese de fatores da coagulação (exceção do fator 
de Von willebrand, produzido pelo endotélio) 
 
♥ Armazenamento de ferro 
 
♥ Armazenamento de vitaminas 
 
♥ Degradação de hormônios 
 
♥ Inativação de substâncias exógenas e endógenas 
2 
 
Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DO FÍGADO E DO 
SISTEMA BILIAR 
♥ O fígado é o maior órgão do corpo humano (1,5kg) 
 
♥ O fígado fica localizado no abdome superior, 
mais a direita (no hipocôndrio direito), além de ser 
protegido pelo esqueleto torácico. 
 
♥ Possui um elevado fluxo sanguíneo justificado 
pela quantidade de funções fisiológicas do fígado. 
Frente a esse elevado fluxo sanguíneo não há uma 
alteração na pressão em condições fisiológicas, 
porque há uma baixa resistência nos sinusóides 
hepáticos. 
 
SISTEMA PORTA HEPÁTICO 
♥ O suprimento sanguíneo do fígado ocorre de 
forma atípica. 
 
♥ O trato gastrointestinal funciona como uma porta 
de entrada para substâncias estranhas e a proteção 
disso é realizada pelo fígado. O fígado consegue 
realizar essa proteção devido ao seu suprimento 
sanguíneo ser atípico (via porta hepático) 
 
♥ Pela artéria sanguínea temos a absorção de 
nutrientes, toxinas, fármacos, substâncias 
estranhas e é por meio dos capilares que essas 
substâncias passam para a veia porta hepática. 
 
♥ Essa veia porta hepática forma capilares nos 
sinusóides hepáticos. 
 
♥ As duas redes de capilares em comunicação 
formam o sistema porta hepático. 
 
♥ A segunda rede de capilares é importante porque 
ela forma uma triagem para as substâncias que 
entram no nosso organismo passem pelos 
hepatócitos. Posterior a passagem pelos 
hepatócitos, essas substâncias são lançadas na 
circulação pela veia hepática. 
 
♥ Vasos: 
→ Artéria hepática 
→ Artéria do trato digestório: forma a 
primeira rede de capilares (nessa rede 
ocorre a absorção das substâncias) 
 
♥ Depois que as substâncias passam pela veia porta 
elas são conduzidas aos capilares hepáticos que 
constituem uma segunda rede de capilares. 
 
♥ A comunicação entre as duas redes de capilares é o 
que caracteriza o sistema porta hepático. 
 
♥ As substâncias metabolizadas ou não seguem 
para a veia hepática e caem na circulação 
sanguínea para se distribuir pelo corpo. 
 
 
 
ANATOMIA MACROSCÓPICA DO FÍGADO 
♥ O fígado esta disposto em lobos hepáticos na 
configuração de hexágono. 
 
♥ Os hepatócitos que se constituem no principal tipo 
de célula do fígado estão dispostos formando 
placas (que formam o parênquima hepático) ao 
redor das quais circula grande volume de sangue. 
 
♥ A grande parte das células volta-se para os 
sinusóides hepáticos, os quais drenam para a veia 
central, facilitando a distribuição das substâncias. 
3 
 
Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
♥ Vasos: 
→ Ramo da artéria hepática: responsável pela 
entrada de nutrientes 
 
→ Ramo da veia porta do fígado: 
responsável pela entrada de nutrientes e 
outras substâncias 
 
→ Ducto biliar: por onde sai a bile (a bile é 
armazenada na vesícula biliar) 
 
♥ Células de kupffer: são macrófagos que ficam 
distribuídos ao longo da circulação para realizar 
a defesa. 
 
TRÍADE HEPÁTICA 
♥ A tríade hepática é constituída pela (o): 
→ Artéria hepática 
→ Veia porta 
→ Ducto biliar 
 
♥ Espaço de disse: está entre o endotélio do 
sinusóide e o parênquima/ hepatócito. 
 
♥ Sinusóides hepáticos que drenam para a veia 
central e terminações linfáticas que ajudam na 
drenagem das regiões. 
 
♥ Ducto linfático: contribui para que não haja 
formação de edema, comprometendo essa região. 
 
REALÇAÕES ENTRE OS PRINCIPAIS TIPOS DE 
CÉLULAS DO FÍGADO 
♥ Lúmen sinusoidal: facilita a entrada de substâncias 
por possuir um endotélio fenestrado com espaço 
entre as células. 
♥ Célula estrelada: está no espaço de disse que 
possui tecido conjuntivo frouxo, permitindo uma 
baixa resistência na entrada de susbtâncias. Caso 
ela sofra uma alteração patológica, pode ocorrer 
uma fibrose no espaço disse. 
 
♥ Célula de kupffer: macrófagos residentes no nosso 
fígado que tem o papel de defesa. 
 
COMPONENTES CELULARES DO FÍGADO 
♥ Parênquima: hepatócitos como principal célula, 80% 
do volume do fígado. 
 
♥ Células não paraquimatosas 
→ Endotélio dos sinusóides: capilares 
fenestrados para permitir a passagem de 
substâncias. 
 
→ Células estreladas de Ito: possui função de 
armazenar vitamina A. Se sofre alguma 
alteração patológica pode aumentar a 
produção de tecido conjuntivo fibroso. 
 
→ Células de kupffer: principal população de 
macrófagos 
 
→ Colangiócitos: células epiteliais colunares 
que revestem o ducto biliar. 
 
FISIOLOGIA CLÍNICA 
♥ As lesões dos hepatócitos são causadas por 
álcool e substâncias tóxicas. 
 
♥ Cirrose: ativação de células estreladas 
→ As substâncias tóxicas começam a causar 
danos de hepatócitos, ativando as células 
estreladas. 
 
→ As células estreladas fazem síntese de 
colágeno e gera fibrose (no espaço de 
disse passa a ter um tecido fibroso que 
compromete o funcionamento do fígado) 
 
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Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
♥ Lesão hepática crônica: ascite (acúmulo de líquido 
na cavidade peritoneal e formação dos vasos 
colaterais. 
 
♥ Acúmulo de substâncias tóxicas: gera icterícia, 
prurido e complicações neurológicas devido ao 
acúmulo de amônia 
 
VESÍCULA BILIAR 
♥ A vesícula é o órgão que armazena a bile. A bile é 
produzida pelo fígado e participa do metabolismo 
de gordura. 
 
 
♥ Após a formação e armazenamento, a bile será 
liberada na ampola hepato-pancreática a fim de 
chegar ao intestino e promover a digestão. 
 
♥ Músculo esfíncter da ampola: contrai a vesícula e 
controla a secreção da bile através do relaxamento 
desse músculo. 
 
♥ Formação da bile 
→ Formada por colesterol que forma ácidos 
biliares 
 
→ O colesterol no fígado passa por 
metabolismo, principalmente por enzima enzima enzima enzima 
c27 desidroxilasec27 desidroxilasec27 desidroxilasec27 desidroxilase que forma os ácidos 
biliares primários: ácido cólico e 
quenodesoxicólico. 
 
→ Conjugação dos ácidos biliares com a 
glicina e taurina deixa os ácidos 
hidrossolúveis, o que dificulta a 
reabsorção das substâncias no intestino. 
 
→ A formação dos ácidos biliares 
secundários (ácido desoxicólico e 
ursodesoxicólico) ocorre do metabolismo 
de bactérias intestinais. 
 
→ Essas substâncias lançadas no trato 
gastrointestinal geram a emulsificação da 
gordura, facilitando a ação das lípases. 
 
→ Os ácidos biliares podem ser reabsorvidos. 
Eles permanecem no lúmen intestinal até 
serem absorvidos no íleo terminal pelo 
ASBT (transportador apical de sais 
biliares dependente de sódio). 
 
CICLO ENTERO-HEPÁTICO 
 
♥ Ação dos sais biliares 
→ A bile e uma agitação transformam a 
gordura em gordura emulsificada. Essa 
gordura emulsificada através dalipasse 
pancreática é transformada em ácidos 
graxos e 2- monoglicerídeos. 
 
→ Facilita a ação das lípases em ácidos 
graxos e monoglicerídeos 
 
→ Possuem uma porção não polar (estrutura 
básica de colesterol) e uma porção polar 
(grupos hidroxila e ligação de peptídeos). 
 
♥ Regulação da secreção da bile 
→ Para haver a secreção da bile pela ampola 
hepato biliar temos algumas regulações: 
• O estímulo hormonal no período 
pós prandial estimula a liberação 
de colecistocinina (estimula o 
5 
 
Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
esvaziamento) e secretina (aumenta 
os canais de aquaporina e 
bicarbonato para facilitar a 
digestão e neutralizar o pH ácido 
que vem do estômago) 
 
• Essas substâncias são produzidas, 
liberadas e chegam a corrente 
sanguínea, onde funcionam como 
estímulo para produzir a bile no 
fígado. A produção de bile também 
precisa de liberação de água. 
 
• A CCK é importante para que haja a 
contração da vesícula biliar e 
liberação da bile 
 
• A estimulação vagal também auxilia 
a contração da vesícula biliar. 
 
• A liberação de óxido nítrico é 
importante para o relaxamento do 
esfíncter de Oddi, para que através 
desse relaxamento haja abertura e 
lançamento da bile no intestino 
 
BILIRRUBINA 
♥ Resíduo do metabolismo da hemoglobina. 
 
♥ O acúmulo é extremamente prejudicial, podendo 
causar icterícia. 
 
♥ O HEME que constitui a hemoglobina passa por 
mecanismos de metabolismo que ocorre no sistema 
retículo endotelial de macrófagos. 
→ Heme oxigenase: transforma o HEME em 
biliverdina que depois será transformada 
em bilirrubina. 
 
 
♥ A bilirrubina não é solúvel no plasma e por isso 
precisa ser conjugada a albumina. Ao se conjugar 
com a albumina, a bilirrubina passa a ser solúvel 
na corrente sanguínea para entrar no hepatócito 
pelo transportador taligandina. 
 
♥ No hepatócito a bilirrubina passa por um processo 
de conjugação que é chamado de glicuronidação. 
Pela glicuronil transferase, a enzima vai transferir 
o glicuronil para a bilirrubina que passa a ser 
solúvel. 
 
♥ A bilirrubina que passou pelo processo de 
glicuronidação é excretada pela bile. 
 
METABOLISMO DA BILIRRUBINA 
♥ As células vermelhas liberam HEME que precisa ser 
metabolizado a biliverdina. 
 
♥ O HEME libera o ferro que será transportado na 
corrente sanguínea pela transferrina. Esse ferro 
será armazenado no fígado na forma de ferritina. 
 
♥ A biliverdina no sistema retículo endotelial de 
macrófagos distribuídos no fígado, baço, medula 
é metabolizada em bilirrubina (que é insolúvel no 
plasma). 
6 
 
Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 
Fisiologia II 
♥ A bilirrubina forma um complexo com a albumina 
e é carregada até o fígado. Ao chegar no fígado, 
ela sofre a glicuronidação (bilirrubina ligada ao 
glicuronídeo). 
 
♥ Quando a bilirrubina é liberada na vesícula biliar 
no intestino, ela sofre metabolismo por bactérias 
formando o urobilinogênio (no intestino ele é 
solúvel e pode ser excretado no rim). No rim o 
urobilinogênio será metabolizado em urubelina 
(substância que contribui para a coloração 
amarela da urina e é derivada do metabolismo da 
bilirrubina). 
 
♥ O urobilinogênio pode ser absorvido na circulação 
e a ir para o rim, como também pode passar por 
metabolismo e gerar estercobilina (confere 
coloração marrom as fezes) 
Uma alteração hepática que compromete o 
metabolismo da bilirrubina podemos encontrar as 
fezes com coloração de massa de vidraceiro, fezes 
brancas. 
 
AMÔNIA 
♥ Participa do ciclo da uréia que é muito importante 
por converter o glutamato em amônia na 
mitocôndria. 
 
♥ A amônia não pode acumular no organismo e por 
isso precisa passar para o ciclo da uréia onde será 
transformada em uréia e perder sua toxidade. 
 
♥ O comprometimento do metabolismo hepático pode 
acumular amônia, a qual traz alterações 
neurológicas. 
 
FÍGADO E METABOLISMO 
♥ Metabolismo dos carboidratos: 
→ Armazenamento de glicogênio 
→ Gliconeogênese 
→ Glicogenólise 
→ Papel importante na manutenção da 
glicemia normal 
 
♥ Metabolismo dos lipídeos 
→ Oxidação de ácidos graxos para obtenção 
de energia 
→ Síntese de colesterol, fosfolipídeos e 
lipoproteínas 
→ Síntese de gordura a partir das proteínas e 
carboidratos. 
 
♥ Metabolismo do ácido graxo 
→ Produção de corpos cetônicos a partir do 
metabolismo do ácido graxo. 
 
→ Quando o fígado usa o ácido graxo para 
obter energia, há um processo de beta 
oxidação nos hepatócitos. Isso forma 
corpos cetônicos que em altas 
concentrações podem causar desequilíbrio 
no equilíbrio ácido-base, o que é chamado 
de acidose metabólica. 
 
♥ Metabolismo das proteínas 
→ Desaminação de aminoácidos (amônia) 
 
→ Formação de uréia para remoção de 
amônia dos líquidos corporais- ciclo da 
uréia 
 
→ Síntese de proteínas plasmáticas 
 
FISIOLOGIA CLÍNICA 
♥ Marcadores de comprometimento hepático: 
→ Dosagem de alanina aminotransferase 
(ALT): qualquer lesão hepática aumenta 
ALT (hepatócitos). 
 
→ Dosagem de aspartato aminotransferase 
(AST): hepatócitos )qualquer lesão 
hepática aumenta AST) 
 
→ Fosfatase alcalina: mostra lesão na 
membraana canalicular. 
 
→ Gamaglutamil transferase (GGT ou gama 
GT) mostra lesão de colangiócitos.

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