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SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS E-book 1 Getulio de Souza Nunes Neste E-Book: INTRODUÇÃO ����������������������������������������������4 FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ���������������������������������������������� 5 Organizações e seus Sistemas �������������������������������5 Conhecimento organizacional: afinal o que isso significa? �����������������������������������������������������������6 Dados ������������������������������������������������������������������������6 Informação ���������������������������������������������������������������8 Conhecimento ������������������������������������������������������� 10 Conceitos relevantes sobre Sistemas de Informação ������������������������������������������������������������ 12 Mas o que é então um Sistema de Informação? 14 Conceitos relevantes sobre Sistemas de informação Gerenciais ���������������������������������������� 22 FUNÇÕES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ��������������������������������������������26 O que a empresa espera dos sistemas de informação gerencial? ������������������������������������������ 26 Nível de abrangência �������������������������������������������� 27 Características dos Sistemas de Informações Gerenciais �������������������������������������������������������������� 27 Por que as mudanças tecnológicas impactam os sistemas de informação? �������������� 30 2 PLATAFORMA DIGITAL MÓVEL ������������31 Nanotecnologia ���������������������������������������������������� 32 Computação em nuvem ��������������������������������������� 32 Computação Autônoma ��������������������������������������� 33 CONSIDERAIS FINAIS ������������������������������34 SÍNTESE �������������������������������������������������������36 3 INTRODUÇÃO Neste módulo, buscamos proporcionar uma visão panorâmica do papel dos sistemas de informação no contexto empresarial e de que modo as organizações utilizam esses sistemas para a tomada de decisões, a fim de atingirem seus objetivos corporativos. Com isso, estudaremos as principais ferramentas que compõem o ambiente de Tecnologia da Informação (ou ambiente de TI), necessárias para o desenvolvi- mento de novos negócios, base de informações para a melhor tomada de decisões e, consequentemente, atingir a conquista de vantagens competitivas por meio dos sistemas de informação gerenciais� Além desse panorama corporativo relacionado à importância dos sistemas de informação para as organizações, colocamos algumas questões rele- vantes, por exemplo: • O que é um sistema de informação? • Qual estrutura é necessária para um ambiente de tecnologias da informação, visto que os sistemas de informação são essenciais ao mundo corporati- vo e visto que a informação é importante para sua carreira? 4 FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Neste tópico, compreenderemos o significado da in- formação para as organizações, os tipos de sistemas e sua importância para os negócios, tomada de de- cisão e solução de problemas de uma organização. Organizações e seus Sistemas As organizações por si só formam o maior de todos os sistemas de informação e precisam de informa- ções organizadas para manterem a relação entre suas funções organizacionais e o ambiente interno e externo em que está inserida. Obviamente, o con- trole das organizações não se acontece apenas pela disponibilidade de suas informações, mas também pela gestão de outros recursos necessários ao seu ciclo de vida, como o conhecimento organizacional gerado� SAIBA MAIS O ciclo de vida de uma organização passa basi- camente por quatro fases: criação, crescimento, maturidade e declínio� 5 Conhecimento organizacional: afinal o que isso significa? Apesar de as maneiras de se definir conhecimento serem variadas e/ou estarem agregadas a correntes filosóficas, nosso objetivo é dar ênfase ao tema, de modo a ser compreendido como uma extensão de seu significado primeiro ou como conhecimento pro- dutivo. A atual “explosão do conhecimento” prende- -se ao fato de as organizações estarem desenvol- vendo novas percepções relacionadas à necessidade do conhecimento como um dos principais recursos para vencer na atual e futura economia. Uma questão básica, observada nas organizações na tentativa de gestão do conhecimento, é a dificuldade da distinção entre dados, informação e conheci- mento. No geral, ainda existe — e em grande escala — uma confusão generalizada quanto à distinção prática desses conceitos. Para dar clareza à posição aqui assumida, analisaremos esses conceitos nesta ordem: dados, informação e conhecimento. Dados No contexto organizacional, dados podem ser des- critos utilitariamente como um conjunto de fatos em sua forma primária, relativos a determinado evento. Isso sugere que os dados, por si só, têm pouca rele- vância para a organização. Por exemplo, quando a empresa compra uma máquina, esse evento pode ser 6 descrito como um dado, mas não sabemos nada do fornecedor e da própria máquina. Apenas sabemos que um fato ou evento aconteceu. Contudo, precisamos ter em mente que as organi- zações precisam de dados. Mesmo que sejam elas que julgam e interpretam ou forneçam uma base sustentável para a tomada de decisões, no fundo o dado é o ponto de partida da análise, isto é, a si- tuação de que se parte para resolver um problema. As organizações avaliam, em geral, a gestão dos dados em função do seu custo de armazenamento e recuperação. Já são bastante comuns o arma- zenamento e a recuperação de dados por meio de recursos tecnológicos. Por exemplo, há vários tipos de dados que podemos armazenar: alfanuméricos, numéricos, alfabéticos e outros caracteres (imagens gráficas, figuras, som, vídeos etc.). FIQUE ATENTO Dados alfabéticos são compostos por letras; dados numéricos são compostos por números e dados alfanuméricos são compostos por letras e números. Embora nada digam sobre a própria importância, os dados podem ser entendidos como uma condição que, ao mesmo tempo, restringe e garante a validade da informação e do próprio conhecimento, já que é uma percepção da relação entre os próprios dados. 7 Informação A informação, por sua vez, acontece na organização por meio de uma comunicação audível ou visível e/ou na forma de um documento. O esquema da informação é essencialmente constituído de três elementos: a mensagem emitida, a transmissão e a mensagem recebida� A mensagem emitida é geralmente a expressão, a tradução/codificação de quem ou do que emite aqui- lo que pretende transmitir. A decodificação/tradução da mensagem pelo receptor permite o entendimento e, por consequência, a informação. Observamos, então, que a informação é um conjunto de dados ou fatos veiculados pelos meios de comunicação. As características das informações relevantes para a organização geralmente são medidas pelo valor que elas representam para as tomadas de decisão, pela sua disponibilização de forma flexível e no tempo certo, e pela sua complexidade. Neste último caso, pode ter pouco valor para a organização se ela é demasiadamente complexa para ser compreendida. Assim, o valor da informação está diretamente ligado à maneira como ela ajuda na tomada de decisão. Quanto à natureza da informação, podemos consi- derar como características de uma boa informação os seguintes atributos: • Precisão: a informação precisa não contém ne- nhum erro. Em alguns casos, a informação impre- cisa é gerada pela entrada de dados incorretos no 8 processo de transformação, seja por meio manual seja por meio de sistemas de informação. • Completude: a informação completa contém todos os fatos importantes. • Economia: a produção da informação deve ser eco- nômica. Deve-se sempre fazer um balanço do valor da informação em relação ao custo de sua geração. • Flexibilidade: a informação pode ser usada para diversas finalidades e deve apresentar facilidade na sua recuperação. • Confiabilidade: a informação confiável pode ser dependente, isto é, muitas vezes a confiabilidadeda informação depende da confiabilidade do método de coleta de dados. • Relevância: a informação relevante é importante para a tomada de decisão. • Em tempo: a informação deve atender quando existir uma necessidade. • Verificação: a informação verificável pode ser che- cada quando necessário. Tais condições da informação e o seu uso nas or- ganizações podem ser implícitas ou explicitamente admitidas em qualquer área. 9 Conhecimento Lembrando que a preocupação com o conhecimento tem sido uma constante na história, por isso, a nos- sa intenção não é tratar nenhuma definição como definitiva. O que buscamos é fornecer um significado funcional de conhecimento que caracterize o que queremos dizer quando falamos de conhecimento organizacio- nal, e que corrobore a hipótese de compartilhamento de conhecimento por meio das redes digitais e hu- manas, levando-se em conta que o conhecimento é colocado como uma inter-relação de vários ele- mentos, que existem dentro das pessoas. Nesse contexto, podemos sustentar que o conheci- mento deriva da informação da mesma forma que a informação deriva dos dados, ocorrendo pela trans- formação das ações de: • Comparação: de que modo as informações relati- vas a uma situação se comparam a outras situações conhecidas? • Consequências: quais implicações essas informa- ções trazem para as decisões e tomadas de ação? • Conexões: quais são as relações desse novo co- nhecimento com o conhecimento acumulado? • Conversão: o que as outras pessoas pensam dessa informação? 10 Deve-se entender a geração do conhecimento or- ganizacional como um processo que amplifica or- ganizacionalmente o conhecimento gerado pelos indivíduos e que formaliza como parte da rede de conhecimento da organização. Por isso, a geração de conhecimento organizacional tem como respaldo fontes de conhecimento como indivíduos, grupos, equipes, áreas, departamentos etc. A Teoria do Conhecimento nas Organizações con- sidera que o processo de comunicação do conhe- cimento deve ser tratado por duas modalidades, a saber: o conhecimento tácito e o explícito. FIQUE ATENTO O termo conhecimento tácito e explícito foi des- crito inicialmente por Michael Polanyi em 1966. O conhecimento tácito refere-se àquele que não é de fácil expressão e definição, por não se encontrar codificado. É o conhecimento pessoal que existe simbolicamente na mente humana. Por outro lado, o conhecimento explícito refere-se àquele que está codificado e que é transmitido por meio de algum sistema e em uma linguagem formal, ou seja, o co- nhecimento classificado é conduzido de uma pessoa a outra de modo sistemático. O conhecimento tácito reside em experiências e está centrado nos modelos mentais (experiências de tra- balho, emocionais, habilidades etc.), que ajudam os 11 membros de uma comunidade a definir sua visão de mundo. O conhecimento explícito reside em do- cumentos (relatórios, imagens, memorandos etc.) e em outros processos de comunicação. A codificação do conhecimento organizacional tem o objetivo de torná-lo acessível a todos os níveis (estratégico, tático e operacional) da organização. A codificação do conhecimento organizacional deve torná-lo inteligível, confiável e flexível quanto à sua recuperação. Naturalmente, os sistemas de infor- mação desempenham um papel importante nesse processo. Conceitos relevantes sobre Sistemas de Informação A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) desempenha um papel primordial no processamento de dados e, consequentemente, no fornecimento de informação para as organizações, pois desempenha um papel de apoio a toda estrutura organizacional, desde o nível estratégico até o tático e operacional. Outro fator que leva a tecnologia da informação e comunicação a ocupar um papel central nas orga- nizações modernas é o fato de ela estar diretamente relacionada à geração de informações, bem como à viabilização da comunicação entre os ambientes internos e externos da organização. Assim, na con- cepção moderna de gestão empresarial, a TIC deve 12 ser considerada um fator crítico de sucesso para as organizações� Na verdade, falamos até agora de Tecnologia da Informação (TI) e sistemas de informação sem a preocupação de definir os conceitos. A TI correspon- de a todo software e hardware de que uma empresa necessita para estruturar a sua base tecnológica com a finalidade de atingir seus objetivos estraté- gicos e organizacionais� Por Hardware, entende-se a parte física do ambiente de tecnologia ou máquina, ou seja, o conjunto de aparelhos eletrônicos, peças e equipamentos que fazem o com- putador funcionar. A palavra hardware pode se referir também ao conjunto de equipamentos acoplados em produtos que precisam de algum tipo de processamento computacional, como uma impressora ou um equipa- mento de transmissão de dados. FIQUE ATENTO A área que estuda o hardware é conhecida como Ar- quitetura de Computadores. Diferentemente do hardware, o software é a parte lógica do computador ou da máquina. Trata-se de programas compostos por comandos e declarações de dados que interpretam os dados e realizam pro- cedimentos ou funções para as quais foram desen- volvidos. Uma planilha, um processador de texto ou mesmo os jogos são exemplos de software. 13 FIQUE ATENTO Softwares básicos são programas responsáveis pelo funcionamento de um sistema e pela inte- ração entre máquina e usuário, como sistema operacional, compiladores, linguagens de pro- gramação etc� Software aplicativos são programas utilizados pelos usuários para fornecer apoio às tarefas operacionais cotidianas, como navegadores, planilhas, programas gráficos etc. Software utilitários são programas que apoiam a execução de tarefas complementares ao siste- ma operacional, como antivírus, winzip etc. Mas o que é então um Sistema de Informação? Entende-se por Sistemas de Informação (SI) um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (input), processam, armazenam e disponibili- zam (output) informações, destinadas a apoiar a estru- tura organizacional em seus níveis estratégico, tático e operacional, em tomadas de decisões e controle da organização. Assim, três funções do processo de um sistema de informação são responsáveis por gerar informações 14 relevantes de apoio à estrutura organizacional de uma organização: entrada, processamento e saída. A entrada ou coleta (input) de dados captura os dados brutos tanto do ambiente interno da orga- nização quanto do ambiente externo. A função do processamento é converter os dados brutos em uma forma mais significativa, neste caso em informação. A saída (output) disponibiliza as informações pro- cessadas às pessoas ou processos que as utilizarão. Por exemplo, em um sistema de vendas, a entrada de dados consiste no cadastramento dos dados do pedido, como o nome do cliente, endereço do cliente, telefone, quantidade do produto etc.; o processa- mento é responsável pela verificação dos dados, do estoque do item solicitado, do crédito do cliente, cálculo do pedido etc. A saída (output) consiste na emissão da fatura, nota de entrega do pedido, rela- tórios de vendas no dia etc. O sistema de informação referente à estrutura or- ganizacional que apoia, ou seja, o nível estratégico, tático e operacional, pode ser tipificado assim: • Nível estratégico é composto por sistemas de informação executiva, sistemas de apoio à decisão e sistemas especialistas. • Nível tático é composto pelos sistemas de Informações Gerenciais e sistemas de gestão ad- ministrativa (ERP). • Nível operacional é composto pelos sistemas transacionais� 15 Sistema de Informação Executiva (SIE): é um siste- ma que permite, de modo rápido e seguro, o acesso às informações críticas e estratégicas. Sua função básica é agilizar a gestão e tornar a empresa mais competitiva. Geralmente, essas informações são exibidas de forma gráfica e simplificada, visando a facilitar a compreensão de grandes volumes de infor-mações. Tem portabilidade e acessa as informações de plataformas diferentes, tais quais Windows, Linux, Unix etc. Sistema de Apoio à Decisão (SAD): é um sistema interativo que auxilia os tomadores de decisão na utilização de dados e modelos para a resolução de problemas não estruturados. É desenvolvido quando a organização precisa agilizar o processo de tomada de decisão, armazenar conhecimento, bem como conseguir apoio para o processo de planejamento estratégico organizacional. Sistema Especialista (SE): caracteriza-se pelo uso de Inteligência Artificial (IA), em que um conheci- mento especializado é específico de um domínio de problema. Representado simbolicamente, o co- nhecimento é transferido para um computador, que repete a análises peritas e estratégias de solução de problemas naquele domínio. Um sistema especialista usa conhecimento e pro- cedimentos de inferência para a resolução de pro- blemas de alta complexidade que requerem a pre- sença de um especialista para sua solução. Tem a 16 capacidade de aprender novos conhecimentos, e lidar com problemas complexos. Sistema de Informação Gerencial (SIG): é um tipo de sistema baseado nas informações de vários sistemas utilizados pela organização para o pla- nejamento e apoio à tomada de decisão de forma departamental ou sistêmica, isto é, de toda a organi- zação integradamente. Suas principais funções são gerar material de apoio para análise, planejamento e suporte à tomada de decisão, disponibilizar infor- mações integradas, eventuais, diárias, quinzenais e mensais, em níveis corporativos, e unidades es- tratégicas. Essas funções visam à redução de cus- tos operacionais, melhoria na produtividade, maior integração e abrangência entre os tomadores de decisão� Sistema de Gestão Empresarial: também conhecido como Enterprise Resources Planning (ERP), é um conjunto de subsistemas integrados, que tem por objetivo suprir as necessidades de informação e automatizar os diversos processos empresariais. Permite gerenciar, por exemplo, a entrada de um pedido de um cliente, até sua expedição, incluindo o planejamento dos recursos financeiros, materiais e humanos para sua produção. A finalidade de um sistema de gestão empresarial é integrar departa- mentos e funções de uma organização em um único sistema� 17 Sistema de Informação Transacional (SIT): é um sistema que atende a um fato ou evento de negó- cio (transações) ao qual a empresa deve responder, gerando ou modificando processos no nível opera- cional. Por exemplo, um pedido refere-se a um fato ou transação. A empresa responde a essa transação atendendo ao pedido, ajustando seu estoque, ge- rando uma nota fiscal, embalando e despachando o pedido e enviando a cobrança ao cliente. Os sistemas transacionais têm funções relevantes para o controle operacional das organizações, como coletar, ordenar, armazenar e gerar relatórios ope- racionais, disponibilizar consultas online e acom- panhar o fluxo das transações (administração de vendas, pesquisa de mercado, promoções, novos produtos, contas a pagar, contas a receber, contabi- lidade, folha de pagamento, orçamento, faturamento, controle de estoque etc.). Para compreender os sistemas de informação sis- tematicamente, precisamos considerá-los junta- mente com a tecnologias da informação, o papel das pessoas e o papel dos sistemas de informação na solução de problemas e desafios de uma orga- nização. A abordagem de resolução de problemas por meio de sistemas de informação tem sido para as organizações o maior meio de solucionar pro- blemas e desafios que as organizações enfrentam. Dito de outra maneira, quase que em sua totalidade, quando a organização se depara com um problema, recorre-se a ou apoia-se nos sistemas de informa- ção. Devemos estar cientes de que a solução de 18 problemas em uma organização, até muitas vezes pela complexidade, requer outros fatores que intera- gem com os sistemas de informação: a tecnologia, as pessoas e a própria organização (Figura 1): Tecnologia Organização Pessoas Figura 1: Fatores complementares à abordagem de resolução de problemas. Fonte: Elaboração própria. Um modelo para o processo de resolução de pro- blemas com o suporte de sistemas de informação pode ser entendido ou viabilizado por meio de quatro passos (LAUDON, 2010): • Identificação do problema. • Propostas de solução. • Avaliação das propostas e escolha da solução. • Implantação. 19 O primeiro passo é a identificação do problema. Os problemas nem sempre estão aparentes e descritos em uma organização, por isso, é preciso identificá- -los e ter bom senso em relação à sua existência. Em geral, os problemas organizacionais têm dois estágios: • Quando ele de fato existe no mundo real e pode estar identificado ou não. Por exemplo, um fun- cionário chega todos os dias atrasado e isso vem prejudicando a produtividade do setor, alguém pode ter percebido ou não. • Quando o problema se encontra em estado de potência, isto é, pode vir a existir na realidade se nada for feito. É o caso, por exemplo, da falta de manutenção em equipamentos, a qual pode causar um problema real. O atraso para atender a um pedido pode ser, à pri- meira vista, um problema relacionado à produti- vidade de um funcionário, mas também pode ser um problema com o sistema de informação atual que está ultrapassado, ou o modelo de negócio do mercado que mudou. O importante é saber que, do modelo de resolução de problemas até a solução do problema, será necessário envolver pessoas, analisar informações e avaliar as tecnologias envolvidas� O segundo passo do processo de solução de proble- mas ou propostas de solução corresponde ao mo- mento em que se apresentarão as propostas de so- luções elaboradas. É importante observar que, para a ciência, um problema tem sempre mais do que uma 20 resposta certa. A implicação disso para a organiza- ção é a de que sempre devemos especificar mais de uma solução para um problema. Teoricamente, quanto mais opções de hipótese de solução, melhor para a organização na hora da escolha. De modo geral, as hipóteses de solução em uma organização estão ligadas às tecnologias (hardware inadequado, software ultrapassado, capacidade ina- dequada do banco de dados, insuficiência de teleco- municações, incompatibilidade de novos sistemas com tecnologias antigas, mudança de tecnologia acelerada etc.), pessoas (falta de treinamento dos funcionários, ambiente de trabalho, administração deficiente, falta de apoio aos funcionários etc.) e aos processos da própria organização (recursos inadequados, complexidade das tarefas, conflitos políticos, cultura pouco colaborativa etc.). O terceiro passo do processo da abordagem para a solução de problemas, mais especificamente para a avaliação das propostas e a escolha da solução, deve contar com pelo menos quatro fatores a con- siderar: custo, prazo de implementação, riscos e envolvimento e apoio de todos os interessados. A última fase, de implantação, requer uma análise de viabilidade, ou seja, a escolha da alternativa que seja passível de implementação e implantação. Por exemplo, se você implantar uma solução que envolva um sistema de informação, será preciso implemen- tá-lo considerando a necessidade de software, o 21 que envolve além de tecnologia o treinamento de pessoas. Sabemos que em toda mudança, mas principalmente nas geradas por sistemas de informação, é preciso administrar essas mudanças, o que implica o con- ceito empresarial chamado gestão da mudança. Com isso, a implantação requer que se inclua no pro- cesso a mensuração de resultados, isto é, momento de avaliação da solução implantada e de possíveis necessidades de customização� Podemos tratar agora da necessidade de uma visão integrada e da conexão entre problemas, soluções e objetivos organizacionais, bem como os sistemas de informação, visto que as organizações costu- mam recorrer a tais sistemas para as tomadas de decisão,excelência operacional, especificação de novos produtos, serviços e novos modelos de negó- cio, obtenção de vantagem competitiva e a própria sobrevivência da organização� Conceitos relevantes sobre Sistemas de informação Gerenciais É notório como os negócios na economia global estão mudando a cada dia, basta observar como as organizações e pessoas estão conduzindo os negócios. É comum a observação de que o campo da administração organizacional vive enormes 22 mudanças e que é difícil encontrar organizações que correspondam às expectativas da economia global. A situação administrativa, em graus variados, pode ser afetada diretamente pelo ambiente informacional expandido nesse estudo pelas tecnologias e pelos sistemas de informações gerenciais. Atualmente, a mudança frequente da tecnologia, a gesto do uso de tecnologias e o impacto no sucesso dos negó- cios fazem com que os Sistemas de Informações Gerenciais (SIG) tornem-se um fator crítico de su- cesso para as organizações. Segundo Laudon e Laudon (2010), há três mudanças inter-relacionadas nesse contexto de mudanças: a plataforma digital móvel está evoluindo, o cresci- mento do software online como serviço e o nível de software executados pela internet. Nas mudanças tecnológicas, destacamos a com- putação em nuvem, por exemplo, impactando uma rede flexível de computadores na internet que come- çam a desempenhar tarefas que outrora eram feitas por computadores empresariais; o crescimento de software como serviço, acarretando a distribuição de aplicações online e não mais como um sistema customizado� Nas mudanças relacionadas às pessoas, aparece o uso da colaboração online e redes, aplicação da inteligência empresarial, reuniões virtuais etc., pro- piciando a coordenação, a colaboração e o compar- tilhamento de conhecimento� 23 Nas mudanças organizacionais, aparece o amplo uso de aplicações da web, teletrabalho e, sobretudo, a cocriação do valor de negócio. Como já salientamos, todas as mudanças necessi- tam de informações para que a arquitetura funcio- ne com qualidade e rapidez. Os SIG destacam-se nesse contexto porque lidam com toda a estrutura tecnológica atual, tal qual com todas as questões comportamentais que envolvem o desenvolvimento do ambiente corporativo (Figura 2). Organização Sistemas de Informações Gerenciais TecnologiaPessoas Figura 2: Sistemas de Informação Gerenciais. Fonte: Elaborada pelo autor (2020). Retomando o conceito, Sistema de Informação Gerencial (SIG) é um tipo de sistema que se baseia nas informações de vários sistemas utilizados pela organização para o planejamento e o apoio à tomada de decisão de modo departamental ou sistêmico, isto é, de toda a organização, integralmente. 24 Entre as principais funções do SIG, constam ge- rar material de apoio para análise, planejamento e suporte à tomada de decisão, disponibilizar in- formações integradas, eventuais, diárias, quinze- nais e mensais, em níveis corporativos e unidades estratégicas. 25 FUNÇÕES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO A primeira grande função do sistema de informa- ções gerencial é fornecer informações que permitam comparar o desempenho da organização com o que foi planejado, objetivando conhecer o caminho que a organização se propõe a atender, suas metas prees- tabelecidas; integrar informações; atender os níveis organizacionais (estratégico, tático e operacional) e apoiar com informações os tomadores de decisão. O que a empresa espera dos sistemas de informação gerencial? Existem diversos benefícios que um sistema de in- formação gerencial pode trazer para a organização poder gerenciar e organizar o seu ciclo de vida. A primeira melhoria ou benefício que se espera de um sistema de informação gerencial é a disponibilização de informações precisas e rápidas para a tomada de decisão� Como consequência da disponibilização de informações boas e flexíveis, da organização es- pera-se que benefícios como redução de custos 26 operacionais; redução do grau de centralização das informações e decisões, maior integração entre as pessoas tomadoras de decisão e maior produtivida- de tanto departamental quanto toda a organização. Observamos que esses benefícios são requisitos bá- sicos para que a organização seja mais competitiva. Nível de abrangência Os Sistemas de Informações Gerenciais têm três níveis de abrangência. O nível corporativo representa as informações referentes aos negócios ou ao grupo de negócios em que a organização atua; o nível de unidade estratégica de negócio, como um deter- minado segmento de negócio da organização; e o nível operacional, que obedece a hierarquia existente na cultura da organização com diferentes graus de informação� Características dos Sistemas de Informações Gerenciais A principal característica do SIG é atender à orga- nização como um todo e seus níveis decisórios es- tratégico (atende à interação entre as informações do segmento de mercado da organização e às suas informações internas); tático (considera a compila- ção de informações de apenas uma área de resul- 27 tado) e operacional (atende por meio de relatórios e processos existentes). Tem ainda como característica a capacidade de dis- ponibilizar informações integradas provenientes de outros sistemas transacionais; supre os tomadores de decisão com informações integradas; fornece rela- tórios resumidos referentes às informações internas da organização, bem como as externas (relatórios di- ários, quinzenais e mensais, programados; relatórios excepcionais ou críticos de problemas fora de um padrão estabelecido); disponibiliza perfis diferentes da mesma fonte de dados� Podcast 1 O que devemos fazer para manter a performance dos Sistemas de Informação Gerencial? Pelo exposto até aqui, percebemos que a falta dos sistemas de informações gerenciais pode ser con- siderada um fator crítico de sucesso para as orga- nizações, já que são considerados instrumentos importantes para o processo de gestão e decisório da organização� Para isso não ocorrer, existem alguns aspectos que fortalecem os sistemas de informações gerenciais e que podem garantir a organização do uso desse recurso de forma confiável e segura. 28 https://famonline.instructure.com/files/720198/download?download_frd=1 Segundo Rezende e Abreu (2013, p. 121), as organiza- ções devem observar as seguintes recomendações: • O envolvimento da alta e média gestão. • A competência por parte das pessoas envolvidas com o SIG� • O uso de um plano mestre ou planejamento global. • A atenção específica ao fator humano da empresa. • A habilidade dos executivos de tomar decisões baseados em informações� • O apoio global dos vários planejamentos da empresa. • O apoio organizacional, de adequada estrutura organizacional e de normas e procedimentos ine- rentes ao sistema� • O conhecimento e a confiança no SIG. • Existência de informações relevantes e atualizadas� • A adequação do custo-benefício. Devemos ter sempre em mente que a situação con- fiável e ideal para a tomada de decisões será sem- pre a certeza, e que os sistemas de informações gerenciais devem minimizar a incerteza por meio de informações confiáveis e precisas. 29 Por que as mudanças tecnológicas impactam os sistemas de informação? Sabemos que a mudança tecnológica vem afetando consideravelmente os sistemas de informação e que essas mudanças causam impactos no suces- so de uma organização ou negócio, se não forem detectadas em tempo hábil. “Novos negócios e se- tores aparecem enquanto os antigos desaparecem, e empresas bem-sucedidas são aquelas que apren- dem como usar as novas tecnologias” (LAUDON; LAUDON, 2010, p. 5). As tendências contemporâneas de novas tecnolo- gias que afetam as organizações e os sistemas de informação concentram-se na crescente capacidade do hardware, em destaque para a capacidade de armazenamento, e da tecnologia de rede. As organi- zações concentram cada vez mais sua capacidadecomputacional às redes. Podemos concentrar essas mudanças tecnológi- cas em quatro grandes tendências de mercado: as plataformas digitais móveis emergentes, a nanotec- nologia, a computação em nuvem e a computação autônoma. 30 PLATAFORMA DIGITAL MÓVEL As plataformas digitais são modelos de negócio baseados em tecnologia que permite a conexão de produtores e consumidores, buscando criar algum valor de troca. Por exemplo, se você chama um taxi ou carro de aplicativos, na prática, o motorista quer trabalhar e você precisa se descolocar de um ponto a outro, a associação entre os dois desejos cria uma relação de oferta e demanda, um valor de troca. Na verdade, as plataformas digitais nada mais são do que facilitadores online de uma relação que já acontecia fora da web, e que agora são viabilizadas a partir de mecanismos digitais. Dessa forma, a plataforma digital passa a significar um meio para alcançar oportunidades e lucros. O benefício gerado desde a implantação está direta- mente associado às demandas do mercado atual, e permite basicamente a conquista de novos clientes, a redução de custos com a automação dos pro- cessos, a otimização de recursos permitindo uma gestão mais enxuta eficaz; por consequência, um provável aumento no faturamento se consideramos a expansão do negócio e o aumento de vendas. As plataformas digitais móveis surgiram como uma alternativa aos PCs e computadores de grande por- te. Equipamentos como celulares, smartphones e netbooks assumiram grandes funções do proces- samento de dados, transmissão de mensagens, 31 comunicação sem fio, processamento de textos e imagens etc� Podcast 2 Nanotecnologia A nanotecnologia é a ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria em uma escala atómica e molecular, lidando com estruturas entre 1 e 1 mil nanômetros (unidade de comprimento equivalente à bilionésima parte de um metro). A tecnologia computacional recorre atualmente à nanotecnologia para diminuir o tamanho dos tran- sistores, permitindo assim a inserção de cada vez mais microprocessadores em espaços cada vez me- nores. Ao mesmo tempo, aumentado a capacidade de processamento. Computação em nuvem O conceito de computação em nuvem refere-se a um modelo de computação de armazenamento de dados e capacidade de computação, sem o gerenciamento direto do usuário. O termo é geralmente usado para descrever centros de dados disponíveis para muitos usuários pela internet. Em síntese, a computação em nuvem possui três diferentes tipos de serviços: I) A infraestrutura em nuvem como serviço, em que os usuários que normalmente não têm uma infra- 32 https://famonline.instructure.com/files/720199/download?download_frd=1 estrutura adequada não necessitam fazer grandes investimentos em hardware e software, utilizando serviços computacionais junto a provedores remotos; II) Outro tipo de serviço é denominado de plata- forma em nuvem como serviço. Aqui as organi- zações utilizam a plataforma para desenvolverem seus próprios softwares, por meio de ferramentas de programação disponibilizadas pelo provedor; III) O terceiro tipo é chamado de software em nuvem como serviço, no qual os usuários utilizam os sof- twares hospedados pelo provedor, como o Google Aps. Nesse sentido, os usuários pagam pela capa- cidade de processamento utilizada. Computação Autônoma A computação autônoma tem como objetivo o de- senvolvimento de sistemas computadorizados capa- zes de autogerenciamento e adaptação a mudanças. Dito de outra maneira, visa a desenvolver sistemas capazes de configurar, otimizar e sintonizar a si mes- mos. Um exemplo fácil de entender é a utilização de software de firewall e antivírus, pois podem detectar um risco no seu PC, eliminá-lo de modo autônomo e automático e ainda alertar o usuário. A área está em expansão, e o foco mais recente são as aplicações e softwares capazes de tornarem, por exemplo, o seu carro totalmente autônomo. 33 CONSIDERAIS FINAIS Buscamos abordar, neste módulo, uma visão do pa- pel dos sistemas de informação no contexto em- presarial e por que as organizações utilizam esses sistemas para a tomada de decisões, a excelência operacional, geração de novos produtos e serviços, relacionamento mais estreito com seus clientes, a fim de atingirem seus objetivos corporativos. Mostramos também que os sistemas de informação são essenciais para a condução dos negócios e até mesmo para a sua sobrevivência, caso não utilizem a tecnologia da informação� Da perspectiva técnica, estudamos o que é exa- tamente um sistema de informação e como fun- ciona, coletando dados, processando esses dados e disponibilizando as informações. Da perspectiva organizacional, estudamos o papel dos sistemas de informação na solução de problemas e a necessida- de de integração entre as pessoas, a tecnologia e a própria organização. Em outras palavras, a dimen- são humana envolve questões comportamentais e necessidade de capacitação. Da dimensão organizacional, aprendemos que o uso de um método para a solução de problemas ajuda a solucionar questões relacionadas aos sistemas de informação e que a implantação de uma solução do sistema de informação envolve desenvolver ou 34 adquirir um software, treinar as pessoas e medir resultados� Compreendemos ainda que a grande mudança no ambiente tecnológico vem impactando o mundo dos negócios, principalmente com as plataformas digitais móveis emergentes, a nanotecnologia, com- putação em nuvem, computação autônoma, mudan- do não só os modelos de negócio, mas também a cultura organizacional� 35 SÍNTESE • Sistema de Informação Executiva (SIE): sistema que permite de forma rápida e segura o acesso as informações críticas e estratégicas; • Sistema de Apoio à Decisão (SAD): sistema interativo que auxilia os tomadores de decisão na utilização de dados e modelos e para a resolução de problemas não estruturados; • Sistema Especialista (SE): caracteriza-se pelo uso de Inteligência Artificial (IA), em que um conhecimento especializado é especifico de um domínio de problema; • Sistema de informação Gerencial (SIG): tipo de sistema que se baseia nas informações de vários sistemas utilizados pela organização para o planejamento e apoio à tomada de decisão de forma departamental ou sistêmica; • Sistemas de Gestão Empresarial ou Enterprise Resources Planning (ERP): conjunto de subsistemas integrados, cujos objetivos são suprir as necessidades de informação e automatizar os diversos processos empresariais; • Sistema de Informação Transacional (SIT): sistema que atende a um fato ou evento de negócio (transações) ao qual a empresa deve responder, gerando ou modificando processos no nível operacional� Assim, entende-se sistema de Informação (SI) como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (input), processam, armazenam e disponibilizam (output) informações, destinadas a apoiar a estrutura organizacional em seus níveis estratégico, tático e operacional, nas tomadas de decisões e controle da organização� Os SI classificam-se em diferentes objetivos: Com isso, verificamos a diferença conceitual entre Dado, Informação e Conhecimento� Em seguida, aprofundamos nosso conhecimento ao abordar conceitos próprios do Sistema de Informações Gerenciais (SIG) e suas funções numa organização, isto é, no processamento de dados e, consequentemente, no fornecimento de informações para a organização, além de desempenhar o papel de apoio desde o nível estratégico, passando pelo nível tático até o nível operacional� Introdução aos sistemas de informações gerenciais Neste e-book, fizemos uma breve introdução aos Sistemas de Informação Gerenciais� Para isso, estruturamos o texto em três partes� Na primeira, estudamos os pontos relevantes dos conceitos básicos; na segunda, demos prosseguimento aos conceitos e, na terceira, abordamos os conceitos de Tecnologia da Informação (TI)� SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Referências Bibliográficas& Consultadas BELMIRO, N. J. Tecnologia da informação geren- cial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015 [Biblioteca Virtual]. CASTELLS, M. A sociedade em rede. 10. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007 [Minha Biblioteca]. CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003 [Minha Biblioteca]. CLARKE, R. A.; KNAKE, R. K. Guerra cibernética: a próxima ameaça à segurança e o que fazer a res- peito. Rio de Janeiro: Brasport, 2015 [Biblioteca Virtual]. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais: São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010. OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas, táticas, operacionais. São Paulo: Atlas, 2018 [Minha Biblioteca]. OLIVEIRA, F. B. (Org.). Tecnologia da informação e da comunicação: a busca de uma visão ampla e estruturada. São Paulo: Pearson Prentice Hall/ Fundação Getúlio Vargas, 2007 [Biblioteca Virtual]. REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. 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PLATAFORMA DIGITAL MÓVEL Nanotecnologia Computação em nuvem Computação Autônoma CONSIDERAIS FINAIS SÍNTESE
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