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Cisticercose e neurocisticercose

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 Doença zoonótica Homem é o hospedeiro definitivo 
 Modo de transmissão: alimentos contaminados, frutas e verduras mal 
lavadas, água contaminada e carnes cruas ou mal cozidas. 
Teníase Causada pela forma larval 
(Cysticercus cellulosae – Taenia 
solium e Cysticercus bovis – Taenia 
saginata) nos tecidos de suínos, 
bovinos e humanos. 
Cisticercose Presença da forma adulta da Taenia 
saginata ou Taenia solium no 
instestino delgado 
 
PATOGENIA 
 
As oncosferas se libertam 
no ID pelo Hcl, penetrando 
na parede intestinal e se 
difundido pelo sangue
Formação de cisticercos 
nos músculos dos animais 
e ingestão de carne mal 
passada por humanos
Por ação do Hcl 
evagina-se e se fixa 
na mucosa do ID, 
dando origem a tênia 
adulta
Formação de proglotes grávidas e 
eliminação delas e de ovos pelas 
fezes, podendo sobreviver no 
ambiente vários meses
Bovinos e suínos ingerem 
ovos ou proglotes presentes 
no ambiente contaminados 
pelas fezes humanas
T. saginata é rara 
em humanos! 
Carne de suínos (T. 
solium) 
Homem pode eliminar 
milhares de ovos por dia 
Cães, gatos, macacos e o 
homem também podem 
ser H. intermediário 
 
 Homem de hospedeiro intermediário? 
Humanos podem se contaminar através da ingestão de ovos ou 
proglotes pela água, alimentos ou ao levar a mão contaminada 
até a boca. 
Patogenia nos hospedeiros intermediários 
1) A oncosfera abandona embrióforo por ação do Hcl e é liberado no ID 
2) Ocorre a penetração na parede intestinal e entra na corrente linfo-
hematogênica 
3) Difusão pelo corpo e instalação nos órgãos e tecidos 
 No homem: músculos esqueléticos, sistema ocular e SNC 
 
NEUROCISTICERCOSE 
 Ocorre através da penetração das larvas Cysticercus cellulosae no 
sistema nervoso central, devido ao seu tropismo. 
 Principal causa de epilepsia de origem secundário no Brasil (2007) 
Cysticercus 
cellulosae 
Alguns gatos com cisticercose não apresentam quaisquer sinais 
clínicos que sugira a presença da formar larvar no cérebro. 
 Diversos distúrbios mentais podem ser evidenciados por animais/seres 
humanos contaminados. 
SINAIS CLÍNICOS 
• Dores abdominais 
• Náuseas 
• Debilidade 
• Perda de peso 
• Flatulência 
• Diarréia frequente 
• Constipação em adultos 
DIAGNÓSTICO 
Bovinos 
• Inspeção post mortem durante abate em abatedouros 
Avaliação visual macroscópica de cisticercos nos tecidos e 
órgãos da carcaça, como coração, músculos da mastigação, 
língua, diafragma e massas musculares. 
 Pode ser aproveitado carcaças com cisticercos já calcificados 
Suínos 
• Exame de língua in vivo • Exame natomopatológico 
post-mortem 
 
 
 
 
Métodos imunodiagnósticos: 
 
 
 
 Não é muito sensível! E subestima a 
prevalência em áreas endêmicas Observação do cisticerco nos 
músculos, língua, masseter, 
membros posteriores, paleta, 
intercostais, cérebro, 
coração, baço e rins. 
Mesmo em baixas infestações, permitem 
identificar focos e direcionar as medidas 
de controle relativas à inspeção sanitária 
da carne. 
Lombo, pernil e masseter de suínos tem 
50% de chance de se achar cisticercos. 
• ELISA 
• Imunoblot 
 
CONTROLE 
Objetivo: interrupção do ciclo de vida do parasita. 
Meio rural 
• Tratamento da água e 
controle da água utilizada na 
irrigação 
• Construção de sistema de 
esgotos 
• Criação de fossas sépticas 
• Conscientização da 
população quanto a doença 
• Tratamento anti-parasitário 
dos funcionários 
• Evitar abate de animais e 
venda sem inspeção 
• Evitar criação de animal a 
solta 
• Melhoras na condição de 
criação dos animais, não 
deixar os suínos com acesso 
a fezes humanas 
• Não consumo de carnes 
cruas e higienização 
adequada dos vegetais
Meio urbano 
• Tratamento da água 
• Tratamento dos esgotos 
• Inspeção correta de 
carcaças 
• Combate a abatedouros 
clandestinos e carnes não 
inspecionadas 
• Higiene pessoal, lavar 
corretamente alimentos 
• Não comer carne crua ou 
mal passada

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