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Ação Penal
 
 Prof. Neide Duarte
O que é
Abolida a autodefesa, ou seja, a resolução privada dos conflitos de interesses, cabe ao Estado a função jurisdicional, aplicando o direito objetivo à situação conflituosa. Qualquer pessoa tem o direito de invocar a prestação jurisdicional do Estado já que a este cabe administrar a justiça.
Ação Penal: A ação penal de índole condenatória consiste no direito subjetivo público, abstrato, autônomo e instrumental de exigir do Estado-Juiz, mediante o devido processo legal, que aplique a lei penal a um fato concreto. Art. 5º, XXXV, CF/88: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Classificação da Ação Penal: 
De acordo com o Código Penal e o Código de Processo Penal, as ações penais se classificam segundo o seu titular. O art. 100 do CP e 29 do CPP  dispõe que: “A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”
a) Ação penal pública: cuja titularidade do direito de ação incumbe ao Estado por meio do Ministério Público. Art. 100 § 1º CP e Art. 24, CPP
b) Ação penal privada: a tarefa de movê-la recai sobre o ofendido ou seu representante legal. 100 § 2º CP e art. 30, CPP.
 Condições gerais da ação
a) Legitimidade de parte. Se a ação for pública, deve ser proposta pelo Ministério Público, e, se for privada, pelo ofendido ou por seu representante legal.CADI O acusado deve ser maior de 18 anos e ser pessoa física, pois, salvo nos crimes ambientais, pessoa jurídica  não pode figurar no polo passivo de uma ação penal, pois, em regra, não cometem crime.
☞ Os inimputáveis por doença mental ou por dependência em substância entorpecente podem figurar no polo passivo da ação penal, pois, se provada a acusação, serão absolvidos, mas com aplicação de medida de segurança ou sujeição a tratamento médico para a dependência.
 b) Interesse de agir. Para que a ação penal seja admitida é necessária a existência de indícios suficientes de autoria e de materialidade  a ensejar sua propositura. Além disso, é preciso que não esteja extinta a punibilidade pela prescrição ou qualquer outra causa.
c) Possibilidade jurídica do pedido. No processo penal o pedido que se endereça ao juízo é o de condenação do acusado  a uma pena ou medida de segurança. Para ser possível requerer a condenação é preciso que o fato descrito na denúncia ou queixa seja típico,  ou seja, que se mostrem presentes todas as elementares exigidas na descrição abstrata da infração penal.
 
 
OUTRAS CONDIÇÕES DE PROCEDIMENTABILIDADE
a) a entrada do autor da infração no território nacional,  nas hipóteses de extraterritorialidade da lei penal brasileira previstas nos §§ 2o e 3o, do art. 7o, doCódigo Penal. Exs.: crimes praticados por brasileiro no exterior ou por estrangeiro contra um brasileiro fora do Brasil. Ressalte-se, porém, que o ingresso no território nacional é apenas um dos requisitos para a incidência da lei brasileira.
b) autorização da Câmara dos Deputados para a instauração de processo criminal contra o Presidente da República, Vice-Presidente ou Ministros de Estado, perante o Supremo Tribunal Federal  (art. 51, I, da CF).
Atenção!!!!
Desde o advento da Emenda Constitucional n. 35/2001, o desencadeamento de ação penal contra Senadores da República  e Deputados Federais e Estaduais dispensa a prévia autorização da respectiva Casa Legislativa. 
 
 
 
 
 
Ação penal pública
a) Ação penal pública incondicionada: Regra geral.
Titularidade: Cabe ao Ministério Público, havendo prova da materialidade e inícios de autoria delitiva, a propositura da ação penal pública incondicionada independentemente da autorização de quem quer que seja.
Ex.:. Crimes de homicídio, aborto, infanticídio, furto, estelionato, peculato, etc.
b) Ação penal pública condicionada:
Titularidade: Continua sendo iniciada pelo MP, mas dependerá, para sua propositura, da satisfação de uma condição de procedibilidade, sem a qual a ação penal não poderá ser instaurada. Esta condição é a representação do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo, ou, ainda, de requisição do Ministro da Justiça.
Ação penal publica condicionada
Condicionada à representação do ofendido: é um pedido-autorização em que a vítima, seu representante legal, curador nomeado para a função ou pessoas jurídicas, desde que o façam por intermédio da pessoa indicada no respectivo contrato ou estatuto social, ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (art. 37 CPP), expressam o desejo de que a ação seja instaurada, autorizando a persecução penal. Sem essa permissão nem sequer poderá ser instaurado inquérito policial.
“Embora a ação continue sendo pública, em determinados crimes, por considerar os efeitos mais gravosos aos interesses individuais, o Estado atribui ao ofendido o direito de avaliar a oportunidade e a conveniência de promover a ação penal, pois este poderá preferir suportar a lesão sofrida a expor-se nos tribunais.” (BITENCOURT, p. 699) 
EX: Arts. 147, § único; 130, § 2º; 153 § 1º; 154 § único; 156, § 1º; 176, § único; 225 § 2º etc.
Condicionada à requisição do Ministro da Justiça: 
Em casos excepcionais a lei brasileira exige, para o início da ação penal, uma manifestação do Ministro da Justiça. A requisição do Ministro da Justiça é um ato administrativo, discricionário e irrevogável, que deve conter a manifestação de vontade, a autorização para a instauração de ação penal, com menção do fato criminoso, nome e qualidade da vítima, nome e qualificação do autor do crime etc. Atende razões de ordem política que subordinam a ação penal pública em casos específicos a um pronunciamento do Ministro.
Hipóteses de requisição: crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil (art. 7, § 3, b do CP); crimes contra a honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro (art. 141, I, c/c o § único do art. 145 do CP); crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República (art. 141, I, c/c o 145 § único do CP; crimes contra a honra cometidos contra chefe de Estado ou governo estrangeiro ou seus representantes diplomáticos; crimes contra a honra contra ministro do Supremo Tribunal Federal; e crimes contra a honra contra o presidente do Senado e presidente da Câmara dos Deputados.
Princípios reguladores da ação penal pública
a) obrigatoriedade; b) indisponibilidade; c) oficialidade.
Princípio da obrigatoriedade
De acordo com esse princípio, o promotor não pode transigir ou perdoar o autor do crime de ação pública. Caso entenda, de acordo com sua própria apreciação dos elementos de prova — pois a ele cabe formar a opinio delicti — que há indícios suficientes de autoria e materialidade de crime que se apura mediante ação pública, estará obrigado a oferecer denúncia, salvo se houver causa impeditiva, como, por exemplo, a prescrição, hipótese em que deverá requerer o reconhecimento da extinção da punibilidade e, por consequência, o arquivamento do feito.
Princípio da indisponibilidade
Nos termos do art. 42 do Código de Processo Penal, o Ministério Público não pode desistir da ação por ele proposta . Tampouco pode desistir de recurso que tenha interposto (art. 576 do CPP).
ATENÇÃO 
A criação do instituto da suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei n. 9.099/95) atenuou este princípio para os crimes com pena mínima não superior a 1ano, em que o Ministério Público pode propor, ao acusado que demonstre méritos, a suspensão do processo pelo prazo de 2 a 4 anos, mediante o cumprimento de certas condições, sendo que, ao término desse período, sem que o réu tenha dado causa à revogação, será declarada extinta da punibilidade.
Também - o Acordo de não persecução penal. 
 
Princípio da oficialidade
O titular exclusivo da ação pública é um órgão oficial, que integra os quadros do Estado: o Ministério Público. 
Esseprincípio é atenuado pela própria Constituição Federal que, em seu art. 5o,LIX, permite que, subsidiariamente, seja oferecida queixa em crime  de ação pública, desde que o Ministério Público não apresente qualquer manifestação dentro do prazo que a lei lhe confere. Dentro do prazo legal, contudo, o princípio é absoluto.
 
 
 
Da ação penal publica condicionada 
A representação é uma manifestação de vontade da vítima ou de seu representante legalno sentido de solicitar providências do Estado para a apuração de determinado crime e, concomitantemente, autorizar o Ministério Público a ingressar com a ação penal contra os autores do delito. A titularidade da ação penal é exclusiva do Ministério Público, porém, o promotor só pode dar início a ela se presente esta autorização da vítima. A representação, portanto, tem natureza jurídica de condição de procedibilida de — condição para que o titular da ação possa dar causa à sua instauração.
Nos crimes dessa natureza, a lei expressamente menciona junto ao tipo penal que “somente se procede mediante representação”. 
exceção
nos crimes de lesão corporal dolosa leve e lesão culposa, a necessidade de representação encontra-se prevista em outra lei (e não junto ao tipo penal),  conforme art. 88 da Lei n. 9.099/95. 
Igualmente, em relação ao crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, a necessidade de representação encontra -se no art. 291, § 1o, da Lei n. 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro).
 
 
A representação obriga o Ministério Público a oferecer 8denúncia??
O art. 127, § 1o, da Constituição Federal confere aos membros do Ministério Público a independência funcional no sentido de tomarem suas decisões, no exercício das funções, de acordo com a própria convicção, sendo que tais decisões só poderão ser eventualmente revistas pelo chefe da Instituição (Procurador-Geral)  naquelas hipóteses em que a lei o permitir. Assim, a existência de representação da vítima não vincula o órgão do Ministério Público .
Se o juiz discordar do pedido de arquivamento do Ministério Público?
aplicará a regra do art. 28, do CPP, remetendo os autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem incumbirá dar a palavra final. Se o Procurador-Geral insistir no arquivamento, o juiz deverá acatar tal decisão, não sendo ela passível de recurso e tampouco se mostrando cabível a propositura de queixa subsidiária por parte da vítima. 
Importante: O autor da representação, por sua vez, não pode acionar diretamente a Procuradoria Geral, a fim de que profira nova decisão sobre o caso , se o juiz, concordando com o pedido do promotor oficiante, determinar o arquivamento do inquérito. Somente o juiz de direito pode aplicar a regra do art. 28 do Código de Processo Penal.
 
 
 Conteúdo da representação
É preciso salientar que a representação é direcionada à apuração de determinado fato criminoso e não a autores da infração penal elencados pela vítima. Por isso, existindo a representação o Ministério Público está autorizado a desencadear a ação penal contra qualquer pessoa identificada como envolvida no delito. O correto, portanto, é constar dos autos apenas que a vítima quer oferecer representação e não que quer representar contra esta ou aquela pessoa.
Deve-se lembrar que, muitas vezes, a representação é oferecida sem que a autoria seja conhecida, para que o delegado inaugure inquérito exatamente para apurá-la. Se, posteriormente, descobre-se que o autor do crime é pessoa íntima da vítima e ela não quer ver tal pessoa processada, a solução encontra-se no art. 25 do Código de Processo, que permite a retratação da representação antes do oferecimento da denúncia, hipótese em que o Ministério Público não poderá desencadear a ação.
 ASPECTOS FORMAIS DA REPRESENTAÇÃO 
Código de Processo Penal, a fim de regulamentar os aspectos formais da representação elenca, em seu art. 39, várias regras atinentes ao tema. Destacamos:
a representação pode ser endereçada ao juiz, ao Ministério Público e à autoridade policial; b) a representação pode ser ofertada pessoalmente ou por procurador com pó deres especiais; c) pode ser apresentada mediante declaração escrita ou verbalmente, mas, na última hipótese, deve ser reduzida a termo (é oral somente na origem).
Prazo para a representação:
De acordo com o art. 38 do Código de Processo penal, o direito de representação deve ser exercido no prazo de 6 meses a contar do dia em que a vítima ou seu representante legal descobrem quem é o autor do delito. O prazo a que a lei se refere é para que a representação seja oferecida, podendo o ministério Público oferecer denúncia mesmo após esse período
De acordo com o art. 38 do Código de Processo Penal, a representação pode ser apresentada pela vítima ou por seu representante legal. A possibilidade de iniciativa do representante legal resume-se às hipóteses em que a vítima é menor de 18 anos ou incapaz em razão de doença ou retardamento mental. Se o prazo se exaure para o representante (que conhece a autoria do delito) enquanto a vítima ainda não completou os 18 anos, mostra-se presente a decadência, não podendo a vítima apresentar representação quando completar a maioridade.
☞ Se a vítima for doente mental e não possuir representante legal ou se houver colidência de interesses com o representante, o juiz também nomeará curador especial. Neste caso, entretanto, a nomeação deve ser feita pelo próprio juiz criminal.
☞ Se a vítima é maior de idade e mentalmente capaz só ela pode oferecer representação.
☞ Se, porventura, a vítima menor de 18 anos sabia da autoria do delito, mas não comunicou ao representante legal, o prazo decadencial só começará a correr quando ela fizer 18 anos.
☞ Havendo duas ou mais vítimas, se apenas um delas representar, somente em relação a ela a denúncia poderá ser oferecida. Por isso, se alguém provoca lesão culposa em duas pessoas e apenas uma delas representa, a denúncia só poderá ser apresentada em relação àquela que representou, desprezando-se, nesse caso, o concurso formal de crimes.
☞ Em caso de morte da vítima maior de idade, o direito de representação poderá ser exercido pelo cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão.
Retratação
Prevê o art. 25 do Código de Processo Penal que a representação é retratável até o oferecimento da denúncia. A vítima, portanto, pode retirar a representação, de forma a impossibilitar o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público.
☞ Deve ser salientado, ainda, que, dentro do prazo decadencial, a representação pode ser novamente oferecida tornando a ser viável a apresentação de denúncia pelo Ministério Público. É o que se chama de retratação da retratação.
Representação e Lei Maria da Penha
A Lei conhecida como Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006) trata da apuração dos crimes que envolvem violência doméstica ou familiar contra a mulher e, especificamente no que se refere à representação nos crimes de ação pública condicionada. O ARTIGO 5, §4° do Código de Processo exige a prévia existência da representação. Por isso, quando há inquérito instaurado para apurar crime que envolva violência doméstica ou familiar contra a mulher, correta a conclusão de que já existe a representação. 
É comum, contudo, que a mulher, posteriormente, se arrependa e compareça ao distrito policial ou ao cartório judicial para se retratar. Em tais casos a autoridade policial ou o escrevente devem elaborar certidão dando conta do comparecimento da vítima e de sua intenção de se retratar. 
O juiz, então, à vista dessa manifestação de vontade, caso ainda não tenha recebido a denúncia, deve observar o que dispõe o art.16 da Lei Maria da Penha e designar audiência para a quala vítima será notificada e na qual Ministério Público deve estar presente. A única finalidade desta audiência é questioná-la se ela realmente quer se retratar e se o faz de forma livre e espontânea.
Deverá, ainda, ser alertada das consequências de seu ato caso insista na retratação. Se ela efetivamente confirmar sua intenção de se retratar, essa manifestação de vontade será reduzida a termo e a retratação será tida como renúncia à representação, de forma que, nessa hipótese, não será possível a retratação da retratação.
Ação pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça
A requisição do Ministro da Justiça é também uma condição de procedibilidade. Em determinados ilícitos penais, entendeu o legislador ser pertinente que o Ministro da Justiça avalie a conveniência política de ser iniciada a ação penal pelo Ministério Público. É o que ocorre quando um estrangeiro pratica crime brasileiro fora do território nacional (art. 7o, § 3o, b, do Código Penal) ou quando é cometido crime contra a honra do Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (art. 145, parágrafo único, do Código Penal). 
Nesses casos, somente se presente a requisição é que poderá ser oferecida a denúncia.
Nos crimes dessa natureza, a lei expressamente utiliza a expressão “somente se procede mediante requisição do Ministro da Justiça”.
☞ A existência da requisição, entretanto, não vincula o Ministério Público, que apesar dela, pode requerer o arquivamento do feito, uma vez que a Constituição Federal, em seu art. 127, § 1o, assegura independência funcional e livre convencimento aos membros do Ministério Público, possuindo seus integrantes total autonomia na formação da opinio delicti.
Prazo
Ao contrário do que ocorre com a representação, não existe prazo decadencial para o oferecimento da requisição por parte do Ministro da Justiça. Assim, a requisição pode ser oferecida a qualquer tempo, desde que antes da prescrição.
Retratação
Existem duas correntes quanto à possibilidade de retratação por parte do Ministro da Justiça;
a) A requisição é irretratável, uma vez que o art. 25 do Código de Processo Penal somente admite a retratação da representação. É a opinião de José Frederico Marques.etc
b) A requisição é retratável. Apesar de o art. 25 só mencionar expressamente a possibilidade de retratação da representação, pode ele ser aplicado por analogia à requisição, já que todo ato administrativo pode ser revogado. É a opinião de Damásio E. de Jesus

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