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Aula_04 (8)


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Linguística II
Marilda Franco de Moura
Aula 4
Objetivos
	Descobrir como se dá a aquisição de uma língua;
	Comparar diferentes abordagens teóricas sobre aquisição da linguagem;
	Identificar implicações dos conceitos de competência, desempenho e gramaticalidade no uso da língua.
A Necessidade de uma 
Filosofia da Educação
	A filosofia educacional é uma maneira não apenas de olhar as ideias, mas também de aprender como usá-las de maneiras melhores.
	Uma filosofia da educação apenas se torna significativa quando os educadores reconhecem a necessidade de pensar claramente sobre o que estão fazendo e de ver o que estão fazendo em um contexto maior de desenvolvimento individual e social (p.16)
OZMON, H.A. e CRAVER, S. M. Fundamentos filosóficos da educação. Tradução Ronaldo Cataldo Costa. 6 ed., Porto Alegre: Artmed, 2004.
	O Mercantilismo e as grandes navegações
	Revoluções Francesas e Industrial
	Reforma protestante e o enfraquecimento do poder da igreja cristã católica
	A retomada dos estudos dos textos clássicos gregos
Grandes acontecimentos
Reflexão filosófica
Empirismo X Racionalismo
	“Empirismo” (Behaviorismo) 
	“Racionalismo” (Cognitivismo, Mentalismo), estudos psicolinguísticos sobre como o ser humano usa e compreende a linguagem. 
	Behaviorismo não consegue explicar como produzimos e compreendemos frases que nunca foram proferidas, como entendemos frases, cuja referência não se encontra no contexto em que são produzidas ou como as crianças aprendem a falar tão rapidamente”
(CEZARIO; MARTELOTTA, 2008, p. 207).
	A explicação behaviorista da aquisição da linguagem não consegue explicar o fato de os sistemas linguísticos terem como uma de suas características essenciais a produtividade e a criatividade. 
	A produtividade se refere ao fato de a criança produzir, quando ainda jovem, construções gramaticais que jamais ocorreram antes em sua experiência. 
	A criatividade relaciona-se com o fato de a linguagem humana ser independente de estímulo;
	O enunciado que alguém profere é não predizível e não pode ser descrito como uma resposta a algum estímulo identificável, linguístico ou não linguístico.
(LYONS, 1987, p. 212-213; DUARTE, 2000)
Empirismo
https://philoesocio.files.wordpress.com
O empirismo baseia-se em três aspectos fundamentais:
	A experiência é a origem de todo o conhecimento;
	Todas as ideias têm uma base empírica, mesmo as mais complexas;
	O objeto impõe-se ao sujeito.
Francis Bacon (1561-1626)
Obra "Novum Organum" (1620)
- Objetivo: A descoberta dos fatos depende da observação e da experimentação;
	Crítica ao conhecimento anterior: a busca por um pensamento que apresente um resultado prático na vida do homem;
	Conceito de Conhecimento: Deve servir o homem e dar-lhe poder sobre a natureza.
Para compreender o mundo, é necessário estar consciente dos obstáculos e distrações que são classificados no que ele denomina ‘sistema dos ídolos’:
	Ídolo da tribo - os sentidos podem nos enganar;
	Ídolo da caverna - as nossas limitações podem organizar generalizações erradas;
	Ídolo do mercado - a linguagem é limitada na expressão dos resultados do processo de aprendizagem sobre o mundo;
	Ídolos do teatro - o pensamento filosófico pode falhar e as possíveis carências da demonstração da realidade.
Bacon
Construção de um pensamento
sobre a realidade
A tentativa de uma organização de um método racional para atividade científica. 
Empirismo: enaltecimento da experiência em detrimento à razão e a transcendência do pensamento. 
O que vale cientificamente é o que pode ser provado sem interferência dos Ídolos do pensamento humano.
Frases de Bacon
“Quem não quer pensar, é fanático; quem não pode pensar, idiota; quem não ousa pensar, um covarde.“
"Instrução e capacidade humana são sinônimos."
"O conhecimento é em si mesmo um poder.”
Racionalismo 
https://amarildocharge.files.wordpress.com
Racionalismo 
	A razão é a origem do conhecimento verdadeiro (universal e necessário);
	As ideias fundamentais dos conhecimentos são inatas;
	O sujeito impõe-se ao objeto por meio das noções que traz em si. 
René Descartes (1596-1650)
Obras: Discurso sobre o método (1637)
Meditações Metafísicas (1641)
	Tese: a dúvida é o primeiro passo para o conhecimento;
	Método cartesiano: duvida-se de cada ideia que não seja clara e precisa;
	Dúvida científica: as coisas devem ser provadas pelo raciocínio lógico para que sejam consideradas verdadeiras.
EGO COGITO ERGO SUM = 
PENSO, LOGO EXISTO
Método cartesiano - Regras básicas
	Verificar evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno;
	Analisar as coisas e estudar suas unidades;
	Sintetizar as unidades estruturadas;
	Enumerar conclusões e princípios do pensamento.
	Ideias Inatas - presentes na mente pronto para ser acessado;
	Ideias fictícias - existentes da nossa imaginação;
	Ideias acidentais - advêm das nossas experiências por meio dos sentidos.
 
Formas do pensamento (ideias) que ajudam na compreensão da realidade
	A filosofia da educação encontrada em Descartes e Bacon se transformam em base para a organização de uma prática educacional escolar no período moderno até os dias atuais;
	Teoria do conhecimento: Racionalismo e empirismo trazem a base da construção atual do pensamento organizado pelo construtivismo filosófico presente no trabalho pedagógico em sala de aula.
Behaviorismo e Gerativismo 
	Os racionalistas (Cognitivismo, Mentalismo) partiam do pressuposto de “que a fonte principal do conhecimento humano é a mente, uma vez que a nossa percepção e a nossa compreensão do mundo externo residem no preenchimento de certas proposições e princípios da interpretação, que são inatos, e não derivados da experiência”. 
	A abordagem gerativista, ao contrário do behaviorismo, confere importância “a estruturas intrínsecas nas operações mentais, a processos centrais e princípios de organização na percepção, e a ideias e princípios inatos na aprendizagem” 
(CHOMSKY, 1973, p. 28).
	Devemos entender a adoção da hipótese do inatismo e a crítica à hipótese behaviorista no contexto da filosofia racionalista, que remonta ao pensamento de Descarte. 
	No século XVII, já encontramos a noção de que “as ideias inatas são aquelas que advêm da faculdade de pensar mais do que do mundo externo”
(DUARTE, 2000).
Referências
	CORREA, Letícia Maria Sicuro. Aquisição da linguagem: uma retrospectiva dos últimos trinta anos. DELTA [online]. 1999, vol.15, n.spe, p. 339-383.
	KAUFMAM, Diana. A natureza da linguagem e sua aquisição. INGERBER, Adele. Problemas de aprendizagem relacionados à linguagem: sua natureza e tratamento. Tradução de Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
	LYONS, John. Linguagem e linguística. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981.
	MARTELOTTA, Mário E. (Org .) Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2008.
Referências
	MATOS, Maria Amélia. Behaviorismo metodológico e behaviorismo radical. In: MILHOLLAN, Frank; FORISHA, Bill E. Skinner e Rogers: maneiras contrastantes de encarar a educação. São Paulo: Summus, 1978.
	RANGE, B. Psicoterapia comportamental e cognitiva. Campinas:Psy II 1995. 
	SKINNER, Burrrhus Frederic. Sobre o Behaviorismo. (M. P. Villalobos, Trad.). São Paulo: Cultrix, 2006. (Trabalho original publicado em 1974). 
	______.Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Linguística II
Marilda Franco de Moura
Atividade 4
	Das mudanças na história da ciência, uma foi a passagem do racionalismo para o empirismo. Explique essa passagem.
A passagem acima descrita é caracterizada com a mudança na forma do ser humano de analisar ou conhecer as coisas, a saber, que o ser humano racionalista crê que somente da razão vem o conhecimento seguro, sendo assim, o empirista, ao contrário, dá credibilidade a experiência como forma de conhecimento. Desse modo, o racionalismo é o conhecimento pelarazão e o empirismo pela experiência.
	Uma das características da atitude científica é a tentativa de padronização. O que vem a ser essa tentativa?
A tentativa de padronizar é compatível com a ideia de tornar o conhecimento o mais exato possível. Esta característica pertence a ciência na medida que ela busca dar credibilidade universal aos conhecimentos que credencia. Sendo assim, aquilo que um conhecimento científico vale para um indivíduo deve valer também para os outros que por ventura vierem a analisá-lo. Daí a necessidade de padronizar os procedimentos e conhecimentos.
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