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Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física

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A trissomia 21, a chamada síndrome de Down, é uma condição cromossômica causada por um 
cromossomo extra no par 21. Crianças e jovens portadores da síndrome têm características físicas 
semelhantes e estão sujeitos a algumas doenças. Embora apresentem deficiências intelectuais e 
de aprendizado, são pessoas com personalidade única, que estabelecem boa comunicação e 
também são sensíveis e interessantes. Quase sempre o “grau” de acometimento dos sintomas é 
inversamente proporcional ao estímulo dado a essas crianças durante a infância. 
A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em meio à cultura corporal do 
movimento, para que ela possa compreender aprender e desenvolver suas habilidades, 
percebendo o meio ambiente e as adaptações que o mundo oferece. A disciplina tem o dever de 
proporcionar ao aluno práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e 
socioculturais. 
A educação é um direito para todos os alunos com ou sem qualquer tipo de deficiência. Quanto 
ao que se refere à Inclusão Escolar de crianças com algum tipo de deficiência, independente de 
qual seja, é dever do professor fazer todo o possível para que todos os alunos aprendam e 
progridam. 
 A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma forma negativa de desafio e, sim 
apenas como uma consciência sobre as diferenças individuais de cada criança, tal como explica 
Flórez (1997, p.6), “[...] a dificuldade para aprender não deve ser considerada como algo 
generalizável a todo tipo de aprendizagem, mas parcelável”. Isto significa como afirma Mazzotta 
(1982, p.15), “que nem todas as condutas são afetadas pela deficiência. Para isso, é preciso 
procurar e esgotar todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e 
alcançar os objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor”. 
 A criança com SD, apesar de ter várias de suas características físicas e psicológicas limitadas, 
tem uma comprovada capacidade de aprender. A adaptação educativa dos métodos e avaliações 
faz com que haja progresso dentro do contexto educacional. A criança com SD tem uma maior 
facilidade de aprendizado, quando há repetições de atividades antes de modificá-las. As imitações 
também facilitam, pois além de serem divertidas para as crianças elas acabam por copiarem os 
movimentos. 
 Elogiar a criança durante uma brincadeira que foi executada de forma correta, evita que a 
mesma fique frustrada, por exemplo, durante uma atividade que precise ser utilizado os dedos 
como ato de pinçar, devido a suas limitações, ao não conseguir fazer o movimento a criança com 
SD, pode lançar o brinquedo, e ao chegar nesse estágio fica um tanto quanto complicado retirá-
la do mesmo, porém a música, a dança e movimentos corporais podem ajudar a acalmá-las. Por 
tanto, talvez seja necessário evitar brinquedos e atividades que não sejam compatíveis as 
limitações. A segurança das crianças e o acompanhamento de perto das atividades realizadas, 
garantem o primeiro estágio de desenvolvimento, a avaliação do professor, quanto às maiores 
dificuldades da criança é o que irá facilitar quanto aos métodos e atividades a serem desenvolvidas. 
 É fundamental, que ao se iniciar um processo de atividades para crianças com SD, seja 
considerado todo o seu contexto sociocultural, suas deficiências corporais, enfim, suas 
potencialidades. Para que seja construído um trabalho focado no desenvolvimento individual, 
garantindo o direito ao aprendizado e a cidadania. 
 Portanto o professor de Educação Física pode buscar atividades que sejam compatíveis para 
o desenvolvimento das crianças com SD, junto às outras crianças, para que haja a socialização e 
um bom desempenho no aprendizado cognitivo e corporal das mesmas, sem que tenha maiores 
problemas.

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