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Essas particularidades são suscetíveis ao desenvolvimento de problemas respiratórios: Língua maior, mandíbula menor; Respiração nasal; Formato da laringe (funil): facilitam com que ela possa desenvolver problemas respiratórios como infecções; Musculatura da criança é menos desenvolvida; Diafragma horizontal; Maior frequência respiratória e maior suscetibilidade a fadiga, Formato: normalmente é em formato de cilíndrico, com ligeiro achatamento no sentido anteroposterior; simetria e mobilidade do tórax; Nas deformidades do tórax temos: pectus carinatum (peito de pombo); pectus excavatum (peito escavado) ou tórax em barril. Lesões de pele; Presença de tiragem; Padrão respiratório; → Se é regular ou não; → Se varia em profundidade e intervalos; → Pausas respiratórias < 6 segundos são comuns em crianças < 3 meses; → É comum em recém-nascidos as pausas respiratórias rápidas e depois rapidamente voltar a respirar. Expansibilidade torácica; Uso de músculos acessórios; Esforço respiratório; Ictus cordis: impulsões e tamanho; Mamas: desenvolvimento e simetria; Tufos capilares na região sacral. Frequência respiratória: deve ser avaliado com criança em repouso ou dormindo; contagem por 1 minuto. → É importante sabermos que as frequências maiores serão nas crianças pequenas e depois tende a diminuir. → Se pegar uma criança com 10 anos e a frequência de 60, ela está totalmente dispnéica. → Esforço respiratório: avaliar se há presença de aumento do esforço durante ciclo respiratório. → Sinais de desconforto: tiragem (intercostal, supraesternal, subesternal, supraclavicular); uso da musculatura acessória; batimento de asas do nariz e ortopnéia. Sempre relatar e colocar a localização. MANOBRA DE RUAULT: examinador por trás coloca as mãos (dedos polegares unidos formando um ângulo) apoiadas nas costas (por cima da fossa supraclavicular) do paciente sentado. Comparar movimentos das mãos bilateralmente. Fazer anteriormente também (N= mãos angularem iguais) Pesquisa de frêmito tóraco-vocal (pedir para a criança contar “1,2,3”, ou “33”, ou durante o choro). Usar apenas uma das mãos (Palpar tanto anteriormente quanto posteriormente). Consiste na vibração dos tecidos desde o tegumento até a profundidade dos órgãos, permitindo obter sons, ruídos normais e patológicos torácicos na sua delimitação. Os sons obtidos no tórax dependem do volume de ar, da densidade e da tensão dos tecidos. É difícil interpretar a percussão na criança pequena. Deve ser realizada com leves batidos do dedo médio sobre a falange e distal do dedo médio da outra mão, seguindo as aéreas: Coração: área de submacicez. Espaço de traube: área de timpanismo entre o sexto e o décimo espaço intercostal esquerdo no sentido de fora para dentro, corresponde à bolsa gasosa do fundo gástrico. Limite superior do fígado: área submaciça e logo depois maciça, no nível do quinto espaço intercostal direito. LACTENTE IDADE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (IPM) 0 – 28 DIAS 30 – 60 6 MESES 25 – 40 1 – 3 ANOS 20 – 30 6 ANOS 18 – 25 10 ANOS 15 – 20 Limites inferiores dos pulmões: percute-se de cima para baixo até perceber som submaciço. Nos primeiros anos de vida, é mais alto devido à posição das costelas. Os tipos de som detectados durante a percussão são: → Som claro pulmonar: som da percussão do pulmão normal. Entre a macicez e o timpanismo. Mais bem percebido na face anterior do tórax. → Submacicez: consolidação do parênquima pulmonar. Ocorre quando há líquido interposto entre o parênquima pulmonar e a parede torácica, como em derrames pleurais → Macicez: obtido quando se percute regiões mais “densas”, ou seja, quando há uma diminuição da quantidade de ar no pulmão ou em suas proximidades. Isto está presente em tumores periféricos e em pneumonias (consolidação). → Hipersonoridade: aparece no enfisema pulmonar. Na fase inicial da atelectasia por obstrução súbita, ocorre hipersonoridade, depois, com a absorção do ar, passa a haver submacicez ou macicez. → Timpanismo: som de característico de estruturas mais “ocas”, ou seja, com grande quantidade de ar no parênquima pulmonar ou na cavidade torácica, é encontrado em casos de enfisema pulmonar e de pneumotórax Ausculta: compreende a audição dos ruídos normais e anormais do aparelho respiratório durante a inspiração e a expiração, e da ressonância vocal; Deve ser realiza da com estetoscópio e abranger toda a extensão dos pulmões. Ruídos respiratórios: o murmúrio vesicular da criança é mais forte e mais rude que o do adulto (quando diminuído ou ausente pode significar pneumotórax, atelectasias, enfisemas e fase inicial de pneumonia), quando aumentado pode significar bronquite aguda. Os roncos: são ruídos intensos, contínuos e audíveis tanto à inspiração como à expiração, podendo desaparecer com a tosse ou a inspiração profunda (quando presentes significam ou estenose ou secreções em brônquios de grande calibre). Sibilos: é um ruído semelhante a um assobio agudo de um edema, secreção ou espasmo da musculatura brônquica que acometem os brônquios de pequeno calibre. Estertores crepitantes: são finas bolhas audíveis ao final da inspeção, são provocados pelo deslocamento das paredes alveolares do líquido existente nos alvéolos, são observados nas pneumonias e nas ICC. Estertores subcrepitantes/ médios, grossos e bolhosos: decorrem da passagem de ar pelos brônquios ou bronquíolos são audíveis com a inspiração e expiração – são observados em quadros de bronquite –. Estridor: som (abafado) de alta tonalidade durante a inspiração decorrente de obstrução da via aérea superior, ou seja, extrapulmonar. Ocorre em distúrbios agudos tal como aspiração de corpo estranho. Geralmente ouve-se sem o estetoscópio na região de laringe que compreende do mento a fúrcula esternal. Em pediatria é comum o termo laringite estridulosa. → Causa de estridor em criança menores de 6 meses: laringotraqueomalácia, paralisia de corda vocal, estenose subglótica, hemangioma de vias aéreas e anel vascular. → Causas de estridor em criança maiores de 6 meses: crupe, epiglotite, traqueite, bacteriana, aspiração de corpo estranho e abscesso retrofaríngeo. O sopro tubário: é um ruído intenso inspiratório e expiratório (ou somente expiratório) encontrado nas condensações e cavidades. Ressonância vocal: → É a transmissão de palavras, choro e tosse ao Estetoscópio; → Podem estar aumentada nas consolidações pneumônicas e diminuídas no enfisemas pulmonares. → Broncofonia é a percepção da voz ausculta da, é normais na região da bifurcação da traquéia e mais intensa no lado direito. Apneia: cessação dos movimentos respiratórios por 15 segundos ou mais, ou por menos de 15 segundos, desde que acompanhada por bradicardia (o que é preocupante). Mais vale lembrar que em bebês é fisiológica essa pausa respiratória, mas logo voltar à respiratória. Obstrução da via aérea superior: as principais causas incluem o deslocamento posterior da língua, o estridor pós operatório e outras menos como laringomalácia, edema de partes moles e sangramentos intensos na nasofaringe, orofaringe ou hipofaringe. Em casos de epilepsia, a criança pode acabar se engasgando com o deslocamento da língua. Estridor: geralmente pode ocorrer em 1 a 2% de todos os pacientes pediátricos em período pós- operatório imediato. Que pode ocorrer por edema subglótico – por uso de cânula traqueal muito calibrosa –, traumatismo da hipofaringe e glote (tentativas repetidas de intubação, tosse com tubo traqueal bem posicionado), e deslocamento do tubo traqueal. Obstrução da viaárea inferior: suspeitar sempre de obstrução da via aérea inferior em criança ou adolescente quando apresentar taquipneia, dispnéia, redução do murmúrio vesicular (geralmente é bilateral) ou sibilância. A mais comum é broncoespasmo. Quem tem problema de asma terá o aumento da secreção que vai ter o edema. Atelectasia: complicação respiratória que impede a passagem de ar suficiente, devido ao colapso dos alvéolos pulmonares. Podem ocorrer por causa de secreções na via aérea ou hipoventilação secundária a dor. Podem acontecer também após cirurgia, infecções. Edema pulmonar: acontece nos portador de cardiopatias congênitas, em pacientes que receberam grandes volumes de fluidos durante a cirurgia. Em cirurgia para desobstrução da via aérea superior. Pneumonia: achados como taquipneia, com ou sem desconforto respiratório. Redução do murmúrio vesicular e presença de estertores finos. Pode haver macicez ou submacicez à percussão nas pneumonias. Coleções pleurais: no pulmão existem duas pleuras. Em condições patológicas pode acontecer de serem preenchidos por fluidos (efusão pleural), como: pus (empiema), sangue (hemotórax), linfa (quilotórax) ou ar (pneumotórax). Quando o paciente apresentar alguma dessas coleções pleurais irá apresentar taquipneia com desconforto respiratório de intensidade variável, na ausculta, abolição do murmúrio vesicular no lado que for acometido, quando o paciente estiver sentado ou em pé, principalmente nas bases. Na percussão permite a diferenciação do conteúdo, se é aéreo (timpanismo) ou líquido (macicez).
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