Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) Grupo 6 Alisson Bandeira; Ana Lívia de Souza; Bruna Maciel; Gabriella Avelino; Lucas Emanuel. Disciplina: Genética Médica Docente: Dra. Paula Frassinetti Sumário Conceito Mutação Sinais e sintomas Diagnóstico Tratamento ARAGUAIa, Mariana; 2020 Conceito Doença de herança recessiva, ligada ao X e de caráter neuromuscular. Causada por várias mutações no gene distrofina (DMD; locus Xp21.2) → ausência de distrofina → gera degeneração muscular progressiva grave. Afeta o músculo esquelético e cardíaco de 1 em 5.000 recém-nascidos do sexo masculino. OSORIO, A. et al. 2019. Google Imagens; 2020 Conceito A distrofina é uma proteína do complexo distroglicano que estabiliza a membrana do sarcolema durante a contração e relaxamento muscular Ausência dessa proteína: o constante estresse mecânico ocasionado pela contração causa a desestabilização do complexo. Consequente aumento da fragilidade da membrana + dano difuso sobre as fibras musculares. A ausência da distrofina desencadeia eventos fisiopatológicos referentes às células do paciente afetado, como anormalidade na homeostase do Cálcio. Fibra muscular normal Fibra muscular lesada HORITA, S. CRUZ, F. 2017. MEDCURIO,2018 MUTAÇÃO - Deleções (60-65% dos casos); - Duplicações (5-15% dos casos); - Casos remanescentes (cerca de 20%) - podem ser causados por pequenas mutações tais como microdeleções, microinserções, mutação de ponto, ou mutações de splicing. - Aproximadamente em um terço dos pacientes com DMD, a doença originou-se de mutações novas enquanto o restante são por herança materna ou surgem de mosaicismo da linhagem germinativa. - As alterações genéticas quebram o quadro de leitura do mRNA que sintetiza a distrofina, o que leva à produção de uma proteína não funcional. BIANCO, B. et al. 2017. OSORIO, A. et al. 2019. MEDCURIO,2018 SINAIS E SINTOMAS - As manifestações clínicas normalmente ocorrem na infância; - As alterações funcionais iniciam-se com o enfraquecimento muscular, que ocorre gradualmente e de forma ascendente; - A fraqueza muscular torna-se evidente por volta dos cinco anos de idade; - Sintomas iniciais: dificuldade de deambular, pular e correr, além de quedas frequentes; - Sinal de Gowers. Figura 1 - Sinal de Gowers A. Nascimento Osorio, J. Medina Cantillo, A. Camacho Salas, M. Madruga Garrido, JJ Vilchez Padilla. Consenso sobre o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com distrofia muscular de Duchenne. Neurología (Edição em Inglês), Volume 34, Edição 7, setembro de 2019, Páginas 469-481. https://doi.org/10.1016/j.nrl.2018.01.001 Santos, N. M. et al. 2006. https://doi.org/10.1016/j.nrl.2018.01.001 SINAIS E SINTOMAS - Inclinação da pelve quando a criança se mantém em bipedestação; - Marcha miopática; - Durante a progressão da doença, surge insuficiência respiratória; - O músculo cardíaco também é afetado em praticamente todos os pacientes que sobrevivem por mais tempo; - O óbito ocorre por volta dos 18 aos 25 anos por comprometimento cardíaco ou insuficiência respiratória. Santos, N. M. et al. 2006. SINAIS E SINTOMAS - A história natural clássica dos pacientes é subdividida em cinco períodos clínicos: a) Músculo pré-sintomático ou pré-fraqueza (0-2 anos); b) Deambulação inicial (2-3 anos); c) Deambulação tardia (5-12 anos); d) Não deambulador inicial (12-16 anos); e) Não deambulador tardio (20 anos). Ortez, C. et al. 2019. ARAGUAIa, Mariana; 2020 DIAGNÓSTICO - A maioria dos pacientes são diagnosticados entre 3 e 5 anos; - Dada a suspeita clínica de DMD, os níveis séricos de creatina quinase (CK) devem ser determinados; - Quando a suspeita de DMD é alta, recomenda-se iniciar um estudo genético, que, em muitos casos, pode evitar a biópsia muscular; - Uso da Amplificação de Sonda Multiplex Ligação - dependente (teste MPLA) para detectar deleções e duplicações de éxons; - Se os resultados forem negativos, o gene deve ser sequenciado para procurar mutações pontuais ou pequenas deleções/duplicações. OSORIO, A. et al. 2019. DIAGNÓSTICO - Estudo genético sem nenhuma mutação identificada + concentrações de CK aumentadas + sinais ou sintomas compatíveis com a doença → biópsia muscular para confirmar ou descartar o diagnóstico; - Se a biópsia muscular for a primeira escolha e a doença for diagnosticada pela verificação da deficiência de distrofina, o teste genético é obrigatório para identificar o tipo de mutação causal; - O sequenciamento Sanger é um método mais barato que permite o sequenciamento do gene da distrofina (menor rendimento). OSORIO, A. et al. 2019. DIAGNÓSTICO - Southern blot não costuma mais ser usado para DMD; - O Multiplex PCR é mais eficiente, permitindo detecção rápida de mutações com amostras pequenas; - O CGH array pode captar mutações intrônicas com maior resolução e sensibilidade, podendo ser alternativa ao MLPA; - O NGS (sequenciamento de última geração) pode gerar compreensão mais precisa em mutações ambíguas. OSORIO, A. et al. 2019. Figura 2 - Adaptação do algoritmo diagnóstico de DMD, da suspeita à confirmação. A. Nascimento Osorio, J. Medina Cantillo, A. Camacho Salas, M. Madruga Garrido, JJ Vilchez Padilla. Consenso sobre o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com distrofia muscular de Duchenne. Neurología (Edição em Inglês), Volume 34, Edição 7, setembro de 2019, Páginas 469-481. https://doi.org/10.1016/j.nrl.2018.01.001 OSORIO, A. et al. 2019. https://doi.org/10.1016/j.nrl.2018.01.001 Tratamento - Fisioterapia - Corticosteroides - Terapia gênica Fonte: Google Imagens Como funciona a terapia gênica ? Terapia Salto de Exon: nessa terapia, a célula pula um segmento do gene que contém um códon de parada precoce. Resulta em uma proteína distrofina funcional com uma haste central ligeiramente mais curta.(MEDCURIO, 2018) MEDCURIO. 2018. Como funciona a terapia gênica ? Terapia de vetores virais: consiste no vírus transportar gene da distrofina em vez de gene viral a fim de ser incorporado no DNA das fibras musculares. Assim, as fibras musculares passam a produzir distrofina funcional modificada. No entanto, a principal limitação dessas duas técnicas é garantir que a técnica afete apenas miócitos, mas não outras células. (MEDCURIO,2018) MEDCURIO. 2018. Referências SANTOS, N. M., Rezende, M. de M., Terni, A., Hayashi, M. C. B., Fávero, F. M., Quadros, A. A. J., Reis, L. I. O. dos, Adissi, M., Langer, A. L., Fontes, S. V., & Oliveira, A. S. B. (2006). Perfil clínico e funcional dos pacientes com Distrofia Muscular de Duchenne assistidos na Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABDIM). Revista Neurociências, 14(1), 15-22. https://doi.org/10.34024/rnc.2006.v14.8782 ORTEZ, Carlos & Natera-de Benito, Daniel & Carrera-García, L. & Exposito, Jesica & Nolasco, Gregorio & Nascimento, Andrés. (2019). Avances en el tratamiento de la distrofia de Duchenne. Medicina. 79. 77-81. BIANCO, Bianca et al . Diagnóstico genético pré-implantacional associado à distrofia muscular de Duchenne. Einstein (São Paulo), São Paulo , v. 15, n. 4, p. 489-491, dez. 2017 . OSORIO A.N, et al. Consenso para el diagnóstico, tratamiento y seguimiento del paciente con distrofia muscular de Duchenne. Neurología. v.34, n.7 2017. HORITA, Samuel Iwao Maia; CRUZ, Felipe Mactavisch da. Distrofia Muscular de Duchenne: Eventos Celulares, Teciduais e Tratamentos. Episteme Transversalis, [S.l.], v. 6, n. 2, ago. 2017. ISSN 2236-2649. MEDCURIO. Duchenne Muscular Dystrophy and Dystrophin. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ebu8W8Osuxk. Acesso em: 15 nov. 2020. SHEIKH O, YOKOTA T. Advances in Genetic Characterization and Genotype-Phenotype Correlation of Duchenne and Becker Muscular Dystrophy in the Personalized Medicine Era. J Pers Med. 2020 Sep 3;10(3):111. doi: 10.3390/jpm10030111. PMID: 32899151; PMCID: PMC7565713. ARAGUAIA, Mariana. "Distrofia Muscular";Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/distrofia-muscular.htm. Acesso em 16 de novembro de 2020. https://doi.org/10.34024/rnc.2006.v14.8782 https://www.youtube.com/watch?v=Ebu8W8Osuxk
Compartilhar