Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Trabalho de Penal Casos Aluno: Caso 1 R= Sim. Conforme o artigo 327 do Código Penal, considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. No entanto, o defensor dativo não se enquadra nessa definição, visto que ele exerce apenas um encargo público. Os Tribunais superiores que afirmam que o Defensor Dativo, ao contrário do integrante da Defensoria Pública, não exerce função pública, mas somente múnus publicum (encargo público), razão pela qual a sua conduta, referente à cobrança indevida de honorários, não pode ser enquadrada como ato de funcionário público. Portanto, o fato descrito na denúncia é atípico. Caso 2 R= Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função pública. Segundo o Superior Tribunal de Justiça Os médicos e administradores de hospitais particulares participantes do sistema único de saúde exercem atividades típicas da adm pública e se equiparam a funcionário públicos para fins penais. Vejamos a decisão: Recurso Especial. Direito Constitucional e Penal. Conceito de funcionário público e equiparação. Art. 327, "caput" e § 1º, Código Penal. Médicos e administradores de hospitais particulares participantes do sistema único de saúde. Enquadramento. Nos termos da nova redação atribuída ao § 1º do art. 327 do Código Penal, "equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública." Os médicos e administradores de hospitais particulares participantes do sistema único de saúde exercem atividades típicas da Administração Pública, mediante contrato de direito público ou convênio, nos termos do § 1º do art. 199 da Constituição da República, equiparando-se, pois, a funcionário público para fins penais, nos termos do § 1º do art. 327 do Código Penal. Recurso especial provido. (STJ - REsp: 331055 RS 2001/0091863-7, Relator: Ministro PAULO MEDINA, Data de Julgamento: 26/06/2003, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJ 25.08.2003 p. 377) Caso 3: De acordo com a Súmula 599 do STJ, é inaplicável o princípio da insignificância em crimes contra a administração pública, Isso porque, segundo o Tribunal, os crimes contra a Administração Pública buscam resguardar ambos os aspectos patrimonial e moral da Administração, haverá a sanção penal, devido à ofensa à moralidade administrativa. Há a exceção a regra que deve ser comentada. No caso do crime de descaminho, tipificado no artigo 334 do Código Penal, é aceito pela jurisprudência, pacificamente, que o princípio da insignificância possa ser aplicado. Isso devido a condições específicas desse crime, trazidas pela Lei nº 10.522/2002, conforme entendimento do próprio STJ. É relevante comentar também que o Supremo Tribunal Federal não coaduna com o entendimento do STJ, conforme pode ser retirado de julgamentos recentes daquele tribunal. Para o Supremo, a prática de crime contra a Administração Pública não inviabilizaria a aplicação do princípio da insignificância. Deveria haver uma análise do caso concreto para averiguar a incidência ou não da insignificância. De acordo com os conhecimentos adquiridos ao decorrer dos estudos da matéria, o STF tem demonstra observar a decisão mais equilibrada para a solução dos casos concretos, operacionalizando de forma mais prática os conceitos do direito penal, e entregando um julgamento justo para a sociedade em geral.
Compartilhar