Buscar

Cópia de Sentença do juri - caso dos exploradores de caverna

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NOME: LUANA DOS SANTOS SOUZA. RA: D86JED-9 SENTENÇA DO JÚRI- CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS
“VISTOS,
1. Os quatro réus membros da sociedade espeleológicas, devidamente qualificados nos autos do processo, foram denunciados pelo crime de homicídio do Sr. Roger Whetmore, que na época também era membro da sociedade. 
Como consta nos autos do processo (pág. 17, 10° linha do livro “O Caso Dos Exploradores De Cavernas”), os réus planejaram o crime. Derrubando assim um dos mais importantes argumentos da defesa, alegando que os réus se encontravam em estado de necessidade. Deixando bem evidente que os réus violaram o maior direito de um indivíduo, que é o direito a vida, como consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. III “Toda pessoa tem direito à vida”. Direito este que foi infringido por meio de traição, pois como está disposto nos autos, a vítima Sr. Roger Whetmore pediu para esperarem, mesmo assim foi executado.
2. Após o regular processamento do feito em juízo, os réus sendo pronunciados nos termos da denúncia, remetendo-se a causa a julgamento ao Tribunal do Júri.
3. Os réus foram submetidos a julgamento perante este Tribunal do Júri do Fórum de Bauru, por essa causa. Após a apresentação das partes (Defesa / Promotoria) esta julgadora reconhece que os acusados praticaram um homicídio doloso contra a vítima Roger Whetmore de forma premeditada afastando uma das principais teses sustentadas pela Defesa de Estado de necessidade.
FUNDAMENTAÇÃO
4. Do exposto, pronuncio os acusados culpados pelo crime de homicídio doloso de acordo com o art. 121, § 1º, do CP art. 18, inciso I do mesmo Código.
Pois a culpabilidade dos réus é patente, no presente caso concreto, os réus não se encontravam em perigo de morte iminente, não estavam em estado de inanição, visto que conseguiram planejar e executar o homicídio contra a vítima. 
Foi acolhida também a argumentação da promotoria onde relataram que no final de 1991, o estudante de Medicina James Scott, então com 22 anos, viajou da Austrália para o Nepal para uma caminhada no Himalaia. Após uma tempestade, perdeu-se da trilha e, durante os 43 dias seguintes, sobreviveu apenas com bolas de neve derretidas e uma lagarta. Desfazendo o principal argumento da defesa, evidenciando que o crime poderia ter sido evitado, mas não o fizeram.
Ora.
Aqueles que estão sendo acusados de serem os homicidas do próprio ‘amigo’, merece severidade no tratamento. Pois o que está aprova é a justiça. Tendo em vista que suceder-se de forma diferente estaria abrindo precedentes, deixando desfalecer a credibilidade da justiça.
DECISÃO
Ante o exposto, e por tudo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia manifestada contra os réus para CONDENAR como incursos nas sanções previstas no Código Penal.
- Pena de 4 (quatro) anos, de reclusão, pela prática do crime de homicídio doloso, tendo como atenuantes as quais apesar de criminoso o fato, a pena deve ser atenuada em razão do motivo de relevante valor moral ou social (art. 129, § 4º) pois os réus agiram com violenta emoção ao estarem dias presos dentro de uma caverna sem saber se sairiam com vida, constatado que estavam com descontrole psicológico, sacrificando uma vida para salvar o resto dos indivíduos, Reduzida a pena em 1/3.
Tribunal do Júri, às 09 horas, do dia 04 de outubro de 2019 Bauru.
Registre-se e cumpra-se.
Juíza de Direito”

Continue navegando