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Direito Processual Penal 2 VT

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Centro Universitário Universo Goiânia
Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 2.104, de 05/12/2019, publicada no Diário Oficial da União de 06/12/2019. Mantida pela Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura (ASOEC)
Direito Processual Penal II 
Professor: Silvio Araújo de Oliveira
VT – Tribunal do Júri
 
1. QUAIS SÃO AS FASES DO TRIBUNAL DO JÚRI? 
1ª fase - juízo de acusação. Nessa fase o objetivo é identificar se o crime apontado na acusação deve ser julgado pelo Tribunal do Júri. Essa fase se inicia com o oferecimento da denúncia ou queixa e termina com a sentença de pronúncia, impronúncia, desclassificação ou absolvição sumária. 
2ª fase - juízo da causa. Trata-se da fase de julgamento, pelo Júri, da acusação admitida na fase anterior. Começa com o trânsito em julgado da sentença de pronúncia e se encerra com a sentença do Juiz Presidente do Tribunal Popular. 
2. QUAL O NÚMERO LEGAL DE TESTEMUNHAS NA PRIMEIRA FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI E NA SEGUNDA FASE? 
 No máximo de oito testemunhas 
3. QUAL O PRAZO PARA MÁXIMO PARA SER CONCLUÍDA A PRIMEIRA FASE? 
 Essa primeira fase do procedimento do júri, para a formação da culpa pelo juiz sumariante, de acordo com o art. 412, deve ser concluído no prazo máximo de 90 dias. 
4. QUAIS AS DECISÕES PROFERIDAS PELO JUIZ NA PRIMEIRA FASE E QUAIS OS SEUS RECURSOS? 
Acerca da pronúncia, o juiz decide que o acusado deve ser levado ao plenário do Tribunal do Júri para que pelo povo seja julgado. Segundo o art. 413 do CPP. Acerca da impronúncia, esta ocorre quando o Magistrado não se convence da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. Poderá ainda o Magistrado proferir decisão de desclassificação, fazendo com que seja atribuída nova infração e encaminhado para o Juiz singular. Por fim, o magistrado pode absolver sumariamente o acusado se reconhecer estar provada a inexistência do fato ou que não é ele o autor/ partícipe do fato ou se o fato não constituir infração penal ou até se for demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
5. É POSSÍVEL ALTERAR A CLASSIFICAÇÃO DO CRIME APÓS A PRECLUSÃO DO RECURSO? 
Se alegada a inversão dos quesitos não foi questionada na ocasião própria, que seria no plenário de julgamento, operou-se a preclusão. Caso seja sustentada a tese desclassificatória para crime de competência do juízo singular, será formulada proposição a esse respeito, após o segundo quesito (autoria e participação) 
6. QUANTO AO ALISTAMENTO DOS JURADOS QUAIS AS PRINCIPAIS LISTAS E QUANDO OCORREM? 
Dispõe a lei, que a lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões, será publicada pela imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano, e a lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, data de sua publicação definitiva. o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que antecederem à publicação da lista geral fica dela excluído. 
7. O QUE SIGNIFICA DESAFORAMENTO E QUAIS OS SEUS MOTIVOS? 
O desaforamento é a transferência do julgamento de um crime doloso contra a vida pelo Tribunal do Júri, da comarca, no caso da Justiça Estadual, ou seção ou subseção judiciária, em se tratando de Justiça Federal, onde se consumou, para outra, com jurados dessa última, derrogando-se a regra geral de competência (art. 70 do CPP), em razão de interesse da ordem pública, por haver suspeita de parcialidade dos juízes leigos, por existir risco à segurança pessoal do acusado, ou, em razão do comprovado excesso de prazo, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de seis meses do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. 
Esse instituto, próprio do Júri, é previsto nos arts. 427 e 428 do CPP. Pelo fato de o instituto do desaforamento constituir uma norma que excepciona a regra geral territorial de competência, sua interpretação deve ser restritiva, em outras palavras, apenas as hipóteses legais, que são taxativas, autorizam a mudança de competência, não se admitindo analogia ou interpretação extensiva nesse tema. 
8. QUAL A ORDEM DE PREFERÊNCIA DOS JULGAMENTOS? 
Assim, a lei 13.256 de 2016 modificou o artigo, instituindo nova redação: "Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão". Dessa forma, o julgamento por ordem cronológica passou a ser preferencial e não mais uma obrigação 
9. QUANTOS JURADOS SERÃO SORTEADOS PARA COMPOR A LISTA DAS REUNIÕES PERIÓDICAS OU EXTRAORDINÁRIA? 
25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados 
10. QUAL A COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E DA DORMAÇÃO DO COSELHO DE SENTENÇA? 
O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento. 
11. O MESMO CONSELHO DE SENTENÇA PODERÁ CONHECER DE MAIS DE UM PROCESSO, NO MESMO DIA? 
Conforme o art. 452 do CPP. O mesmo Conselho de Sentença poderá conhecer mais de um processo no mesmo dia, se as partes o aceitarem, hipótese em que seus integrantes deverão prestas novo compromisso. 
12. O JULGAMENTO DO ACUSADO SOLTO OU PRESO PODERÁ SER ADIADO POR SUAS AUSÊNCIAS? 
O novo art. 457 do CPP esclareceu que “o julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado”. Com efeito, se ao acusado se franqueia o silêncio, nada mais justo do que permitir-lhe também a ausência, se assim o desejar. 
13. QUAL O NÚMERO MÍNIMO DE JURADOS PARA SE INSTALAR OS TRABALHOS NO PLENÁRIO DO TRIBUNAL DO JÚRI? 
Número mínimo para instalar a sessão é de pelo menos 15 jurados 
14. QUAL O MOMENTO PARA ARGUIR AS NULIDADES POSTERIORES À DECISÃO DE PRONÚNCIA? 
No Tribunal do Júri as nulidades devem ser arguidas no momento em que ocorrerem, sob pena de preclusão do ato e perecimento do direito do constituinte, conforme estabelece o art. 571, inciso VIII, do CPP. 
Dessa forma, as nulidades posteriores a sentença de pronúncia, devem ser protestada pelo defensor na abertura da sessão de julgamento, logo após apregoadas as partes e antes da escolha dos jurados (art. 571, V, e art. 447, ambos do CPP), também durante a instrução em plenário e durante os debates orais, deve ser protestada no momento em que ocorrerem.
15. QUAL O MOMENTO PARA SE ARGUIR AS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTOS? 
No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instrui-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas 
16. QUANTOS JURADOS DEVERÃO COMPOR O CONSELHO DE SENTENÇA? 
A constituição do conselho de sentença está prevista no artigo 447 do Código de Processo Penal, que trata da composição do Tribunal do Júri, prevendo que o mesmo é composto de um juiz de direito, que é seu presidente, e de 7 jurados leigos (membros da comunidade), que são sorteados dentre uma lista de 25 indicados. 
17. O QUE SIGNIFICA ESCUSA PEREMPTÓRIA? 
Trata-se da possibilidade de se recusar alguns jurados que formarão o Conselho de Sentença no Plenário. Como se sabe, são convocados 25 jurados, dos quais deverão estar presentes ao menos 15, para que os trabalhos possam ser iniciados no dia do julgamento. 
18. O QUE SIGNIFICA ESTOURO DE URNA? 
O chamado estouro de urna ocorre quando se torna impossível formar um conselho de sentença no plenário do júri por insuficiência de jurados necessários para a instauração da sessão de julgamento. Ocorre dificilmente em casos em que, por exemplo, presentes quinze jurados (art. 463, CPP), são iniciados os trabalhos e dispensados três jurados de forma imotivada, por defesa e acusação respectivamente, e, além dos seis, são dispensados mais três por motivo de suspeição ou impedimento. No exemplo, restariam apenas seis juradose, sendo necessários sete, se tornaria impossível a realização do julgamento. 
19. QUAL O MOMENTO EM QUE SE INICIA A INSTRUÇÃO NO JULGAMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI? 
Será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação 
20. QUAL O TEMPO DESTINADO PARA A ACUSAÇÃO E DEFESA NOS DEBATES EM PLENÁRIO? E CASO HAJA MAIS DE UM ACUSADO? 
Ora, é cediço que tanto a acusação quanto a defesa possuem o mesmo tempo para desempenhar seu ofício, em plenário de julgamento (uma hora e meia, segundo art. 477, caput, do CPP). No caso de ser mais de um réu, acrescer-se-á uma hora (art. 477, § 2º, do CPP), totalizando duas horas e meia para a acusação e duas horas e meia para a defesa.
21. É POSSÍVEL HAVER A DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME PELO CONSELHO DE SENTENÇA? EXPLIQUE! 
Pode ocorrer a desclassificação nas hipóteses em que o Conselho de Sentença, no Tribunal do Júri, analisa crime doloso contra a vida ou tentativa de crime doloso contra a vida. 
É conclusiva a lição de MARREY, SILVA FRANCO sentido de que, desclassificada pelo Tribunal do Júri a tentativa de homicídio para lesões corporais, a competência para o julgamento tanto desse crime remanescente (de lesões corporais) quanto dos crimes conexos, como a resistência, cárcere privado etc., desloca-se para o juiz presidente daquele colégio. 
 
VT- PRISÕES CAUTELARES
 
1. QUAIS OS REQUISITOS OU FUNDAMENTOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA? 
1. Ser imprescindível para a investigação criminal; 
2. Não ter o acusado residência fixa ou; 
3. Não oferecer o acusado elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
4. Haver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) Homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º); 
b) Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
c) Roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
d) Extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
e) Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
f) Estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) Epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º); 
h) Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte 
(art. 270, caput, combinado com art. 285); 
i) Quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
j) Genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889 de 1956), em qualquer de suas formas típicas; 
k) Tráfico de drogas (art. 12 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
l) Crimes contra o sistema financeiro (Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986). 
m) Crimes previstos na Lei de Terrorismo. 
2. QUAIS OS PRAZOS PREVISTOS PARA A PRISÃO TEMPORÁRIA? 
Em regra, esse prazo é de cinco dias, prorrogável por igual período (mais 5 dias), em casos de extrema e comprovada necessidade. Quanto aos crimes hediondos, esse prazo é de 30 dias, prorrogável por igual período (mais 30 dias), também em casos de extrema e comprovada necessidade. 
3. CITE TRÊS DIFERENÇAS ENTRE A PRISÃO TEMPORÁRIA E A PRISÃO PREVENTIVA. 
PRISÃO TEMPORÁRIA 
Assim como a prisão provisória, a temporária também apresenta natureza cautelar, mas, diferentemente daquela, esta é cabível somente na fase do inquérito policial e possui prazo de duração preestabelecido, em regra, de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Sua disciplina não está no CPP, mas sim na Lei n° 7.960/1989. 
Por ser possível apenas na fase do inquérito, essa cautelar não pode ser decretada de ofício pelo juiz, sendo necessária sempre a representação da autoridade policial ou o requerimento do MP. Para que seja determinada a prisão cautelar, ela deve ser necessária à melhor aplicação da lei penal e deve ser adequada à gravidade do crime. 
PRISÃO PREVENTIVA 
A prisão preventiva possui natureza cautelar, isto é, pode ser decretada antes do trânsito em julgado da ação penal, desde que haja ordem judicial escrita e fundamentada nos pressupostos legais. Esses pressupostos, que visam dar o mínimo de segurança à medida cautelar, são: a prova inconteste da ocorrência do crime e os indícios suficientes da autoria. 
Soma-se a esses requisitos a necessidade de comprovação de que, se o réu continuar em liberdade, ele poderá trazer algum risco ao meio social. A fim de garantir mais seriedade a esse instituto, a legislação brasileira se importou em listar quais os fatores que demonstram esse periculum libertatis. 
4. QUAIS AS ESPÉCIES DE PRISÃO EM FLAGRANTE PREVISTAS NO CPP? 
Do artigo 302 do Código de Processo Penal podem-se retirar outras três espécies: o flagrante próprio (aquele que está praticando ou acaba de cometer o delito), o flagrante impróprio (perseguição logo após a prática do crime, em situação que faça presumir ser autor do delito) e o flagrante presumido (logo depois da infração penal, com objetos, instrumentos, que o façam presumir ser o autor). 
5. EXPLIQUE O FLAGRANTE RETARDADO E LEGALMENTE ONDE SE ENCONTRA? 
Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
6. EXISTE PRISÃO EM FLAGRANTE POR APRESENTAÇÃO? JUSTIFIQUE! 
O presente ensaio trata da atual concepção do instituto conhecido como “apresentação espontânea”, consistente no comparecimento voluntário de uma pessoa após praticar conduta potencialmente criminosa, noticiando os fatos para o delegado de polícia, atitude que repele a sua prisão em flagrante delito, consoante escólios doutrinários e fundamentos legais a seguir delineados. 
7. QUAL O PRAZO PREVISTO PARA A CONCLUSÃO DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE E A QUEM SE DESTINA? 
O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
8. QUAIS AS PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS PELO JUIZ AO RECEBER O AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE? 
Ao receber o auto de prisão em flagrante, e admitindo-se que as questões relativas à fiança já tenham sido equacionadas, o magistrado terá três caminhos a trilhar: a) relaxamento da detenção que não obedeceu às formalidades legais; b) concessão de liberdade provisória quando ausentes os motivos que obrigam a decretação da prisão preventiva; c) decretação da prisão preventiva, transformando-se assim a detenção efetuada pelos órgãos da persecução em prisão embasada em decisão fundamentada pela autoridade judicial. 
9. QUAIS OS PRESSUPOSTOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA? 
Para decretação da prisão preventiva, necessário se faz a presença de três requisitos: fumaça do cometimento do crime (a materialidade e indício de autoria) + perigo na liberdade do agente (um dos fundamentos trazidos na parte final no artigo 312) + cabimento.
10. QUAIS OS REQUISITOS OU FUNDAMENTOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA? 
A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria 
11. QUAIS AS HIPÓTESES AUTORIZADORAS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA? 
A primeira situação que admite a prisão preventiva ocorre quando o crime imputado ao investigado/acusado é doloso e punido com pena privativa de liberdade superior a quatro anos (p. ex. roubo). A anterior redação do dispositivo admitia a decretação da prisão preventiva em qualquer crime punido com reclusão ou detenção (quando se tratava de indicado vadio ou quando existiadúvida sobre a sua identidade e ele não fornecia elementos para esclarecê-la). Agora, independentemente da espécie de pena (reclusa ou detentiva) é possível a restrição da liberdade, desde que o delito seja doloso e punido com uma sanção superior a quatro anos. 
12. A AUTORIDADE JUDICIÁRIA PODERÁ SUBSTITUIR A PRISÃO PREVENTIVA POR PRISÃO DOMICILIAR? EM QUAIS SITUAÇÕES? 
Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - Maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - Extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - Gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
V - Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VI - Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016).
13. QUAIS OS FUNDAMENTOS OU REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES? 
Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - Proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
V - Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VI - Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VII - Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VIII - Fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IX - Monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
14. JUSTIFIQUE A SEGUINTE AFIRMATIVA: A PRISÃO PREVENTIVA SOMENTE SERÁ DECRETADA COMO ÚLTIMA RATIO. 
A jurisprudência do STF é no sentido de que “a prisão preventiva é a última ratio, a derradeira medida a que se deve recorrer, e somente poderá ser imposta se as outras medidas cautelares dela diversas não se mostrarem adequadas ou suficientes para a contenção do periculum libertatis. 
15. JUSTIFIQUE A SEGUINTE AFIRMATIVA: A DECISÃO QUE DECRETAR A PRISÃO PREVENTIVA OU MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO SERÁ MOTIVADA E FUNDAMENTADA. 
O art. 315, §2°, do CPP repete ipsis litteris o art. 489, §1º, do CPC, ao estabelecer os requisitos mínimos para se considerar uma sentença como não motivada. Ao dispor que “não se considera fundamentada qualquer decisão judicial que...”, o Código não diz o que é uma decisão fundamentada, mas o que não o é. O que a lei faz é dar exemplos de decisão desmotivada/nula. Apesar disso, acaba por fixar os elementos mínimos da fundamentação. 
Como as hipóteses são meramente exemplificativas, a decisão poderá carecer de fundamentação suficiente por mil razões, ainda que atenda o disposto no §2°. Ou seja, uma decisão conforme o art. 315, §2°, não necessariamente será uma decisão suficientemente motivada. O atendimento do disposto nesse artigo é só um indício de fundamentação. 
A falta de fundamentação da decisão, que variará conforme a complexidade dos temas suscitados pelas partes, poderá comprometê-la no todo ou em parte. Assim, a sentença poderá estar suficientemente motivada quanto às questões principais de fato e de direito suscitadas pela acusação e defesa, mas carecer de fundamentação idônea, por exemplo, quanto à individualização da pena. 
16. O JUIZ DO PROCESSO DEVERÁ REVER A DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA EM QUAL TEMPO? 
O juiz que decretou a prisão preventiva deve justificá-la, até o final da instrução e a prolação da decisão condenatória. A partir daí, não há mais aplicação ao disposto no parágrafo único ao artigo 316 do CPP. E, se houver, não cabe ao juiz de primeira instância, que não mais tem o processo sob sua competência. 
 
 
 
VT - PROCEDIMENTOS
 
1. DE QUE FORMA ESTÃO DIVIDIDOS OS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO CPP? 
O procedimento comum é a regra, e este pode ser dividido em procedimento comum pelos ritos ordinário, sumário e sumaríssimo. Diz o art. 394, CPP: O procedimento será comum ou especial
2. CASO O JUIZ REJEITE, LIMINARMENTE, A DENÚNCIA OU QUEIXA, CABERÁ RECURSO? QUAL?
O recurso cabível para combater a rejeição da denúncia ou queixa, como se lê do artigo 581, I, do Código de Processo Penal, é o recurso em sentido estrito. Se for recebida, caberá da parte do réu a impetração de habeas corpus, se for o caso, objetivando trancar o processo
3. QUAL O PRAZO PARA A CITAÇÃO DO ACUSADO? 
O artigo 396 do Código de Processo Penal reza que, nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia (ação penal pública) ou queixa (ação penal privada), o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10(dez) dias. 
4. QUAIS AS ESPÉCIES DE CITAÇÕES PREVISTAS NO CPP? 
A doutrina classifica a citação em dois tipos: a real, também chamada pessoal, e a ficta.
Dá-se a citação real quando o ato é feito diretamente à pessoa do acusado. Pode ser efetivada através de mandado, de carta precatória, de carta rogatória ou carta de ordem. 
Já a citação ficta ocorre quando, esgotados todos os meios possíveis para a citação pessoal, a ciência do conteúdo do ato é feita indiretamente ao acusado, presumindo-se, por ficção normativa, tenha tido conhecimento da imputação. 
5. O QUE DEVE CONSTAR DA RESPOSTA À ACUSAÇÃO, PELA DEFESA? 
Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
6. QUAL O PRAZO PARA RESPONDER À ACUSAÇÃO? 
Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
7. O JUIZ PODERÁ ABSOLVER SUMARIAMENTE O ACUSADO? EM QUAIS SITUAÇÕES? 
Chamada por alguns doutrinadores de julgamento antecipado da lide, a absolvição sumária no procedimento comum ocorre nas seguintes hipóteses: 
a) Existência manifesta de causa excludente da ilicitude. 
b) Existência manifesta de causa excludente da culpabilidade, salvo inimputabilidade. Não é possível, portanto, absolvição sumária imprópria. Apesar de a medida de segurança não ser pena, possui nítido caráter de sanção penal, e assim deve se permitir ao acusado que se defenda ao longo do processo para demonstrar sua inocência. 
Observação: No procedimento do júri, o inimputável pode ser absolvido sumariamente, desde que esta seja sua única tese defensiva. 
c) Quando o fato narrado não constitui crime (atipicidade formal ou material). 
d) Causa extintivada punibilidade. O perdão judicial é a única hipótese de causa extintiva da punibilidade que não pode ser concedida nesse momento, pois pressupõe reconhecimento de culpa. CPP, Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente. 
8. QUAL O MOMENTO PROCESSUAL EM QUE ENCERRA A ATUAÇÃO DO JUIZ DAS GARANTIAS, SEGUNDO A LEI 13.964/19? 
Juiz das garantias. O processo penal acusatório e encerra sua participação ao término da investigação criminal 
9. QUAL A ORDEM DOS TRABALHOS PREVISTOS NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO NO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO? 
Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como os esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1° As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2° Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
10. QUAIS OS PRINCÍPIOS ESTÃO PRESENTES NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO? 
Averigua os principais princípios que norteiam a audiência de instrução e julgamento, começando pelo princípio da publicidade, imediação, oralidade e por último os princípios da concentração e da unidade da audiência. 
11. O JUIZ PODERÁ DIVIDIR A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO? EM QUAIS SITUAÇÕES? 
Em regra, a audiência de instrução e julgamento deve ocorrer em ato único e contínuo, ou seja, no mesmo dia, mas dependendo da complexibilidade da causa, pode ser dividida e remarcada para outras datas. 
12. QUANDO AS PARTES DEVERÃO APRESENTAR AS SUAS DEFESAS POR MEIO DE MEMORIAIS NO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO? 
O réu terá o prazo de 10 dias para apresentar a defesa escrita, então, será permitida a apresentação de memoriais 
13. QUANTAS TESTEMUNHAS SERÃO ARROLADAS PELAS PARTES NO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO E SUMÁRIO? 
Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. 
14. QUAIS OS PRAZOS PREVISTOS PARA A CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO E SUMÁRIO? 
As diferenças do procedimento comum sumário com o procedimento comum ordinário são: - A audiência deve ser realizada no prazo máximo de 30 dias. (No rito ordinário o prazo é de 60 dias).