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Pneumologia – revisão da anatomia do sistema respiratório – 12/02/21 Marcella Ferreira Anatomia do sistema respiratório Anatômico – é o sistema que bota em contato o ar com o sangue. Dividido em superior (cavidade nasal, nasofaringe, orofaringe e laringe/corda vocal), divide com o sist. Digestivo e inferior (brônquios lobares e segmentares, brônquios principais, carina e traqueia. Fisiológico - faz a troca de sangue do ar atmosférico com o sangue (co2 é jogado fora e devolvido para a atmosfera). Fisiologicamente não são sistemas separados, estão interligados. O sist. Resp. começa na ponta do nariz e termina no alvéolo. Superior Principal função é a climatização, o ar chega na primeira/segunda geração de brônquios a 35/37 graus, isso ocorre em uma fração de segundos. No ar existe um monte de material particulado, a filtração serve para isso, as partículas mais grosseiras ficam nos pelos da cavidade nasal que tem epitélio pseudoestratificado, os cílios presentes ali fazem a gente deglutir o muco. A umidade relativa é 100% quando chega nos brônquios. Também podemos ventilar pela boca, mas ela não é tão adaptada para isso, a garganta fica seca. Quando corremos é necessário respirar pela boca pois o diâmetro do nariz é muito maior. Terço anterior do nariz é epitélio simples, dois terços posteriores é epitélio pseudoestratificado ciliado. Cilio bate em volta de 1300 vezes por minuto. As partículas maiores vão batendo na parede e grudam no muco, os cílios vão batendo e levam esse muco pra nasolaringe, depois, ele é deglutido e vai para o estômago onde tem um PH bem ácido e é destruído. Seios da face São uma cavidade aerada, existem para diminuir o peso da caixa craniana. Têm o mesmo epitélio que a cavidade nasal, os cílios também batem neles de maneira organizada, fazendo com que a sujeira que grude escorra para o nariz ou para trás. Excesso desse muco causa rinorreia e pode ser posterior (tosse) ou pela frente (coriza = rinorreia anterior). Resfriado é uma rinosinusite catarral aguda. Todos os seios da face têm comunicação com a cavidade nasal. Se o nariz entope você compromete a drenagem dos seios da face. Muito perigoso em crianças, se tem uma sinusite etmoidal pode ir para gordura periorbital e fazer uma celulite peri orbitaria com perigo de comprometimento do músculo ocular e da visão. • Em cima é o frontal. • No meio os etmoidais. • Atras os esfenoidais. Quando aumenta a pressão atmosférica o gás contrai (indo pra sp) e entope o ouvido, faz a manobra de valsava para jogar ar para o ouvido e equilibrar as pressões. • O palato mole veda quando vomitamos (nem sempre). • Comum em pacientes com rinossinusite ter tosse a noite porque cai toda secreção para trás pela gravidade e acorda com catarro seco na garganta. • Quando a gente come, o alimento vai para trás e a via área superior sobe não deixando comida entrar no nariz. Reflexo de deglutição – tem vários pares cranianos envolvidos e músculos também. Tem que ser de maneira coordenada. A laringe que sobe e fecha para lacrar e não ter aspiração. Tudo bem aspirar um pouco de saliva, o pulmão tem um mecanismo de defesa para microaspiração noturna disso, se for muito grande vai ativar o reflexo da tosse. Muitos idosos pós AVC tem esse reflexo de deglutição alterado, então ele tosse no meio da deglutição e aspira. Refluxo gastro esofágico - também podemos aspirar e isso pode levar a rouquidão/dor de garganta, na laringoscopia vemos o edema dessa região. Esôfago está em íntimo contato com a traqueia, se tiver um câncer em um pode invadir o outro. Se engolir algo que pode perfurar o esôfago pode perfurar também a via aérea e ocorre uma fistula traqueoesofagica. Inferior Vias aéreas, caixa toraxica, pleura, pulmões. Traqueia, brônquio principais D (lobo superior, médio e inferior) e E (lobo superior e inferior). Carina – bifurcação da traqueia em brônquio principal D e E. Laringe Membrana crico tireoide – perfurada em emergência de obstrução de via aérea para poder voltar a ventilar. Imagem da esquerda - epiglote levantada e mostrando as cordas vocais. Epiglote esta grudada na base na língua, levantamos ela com o laringoscópio para permeabilizar via aérea na intubação. Lingula equivale ao lobo médio. O pulmão D é mais reto, então o que entrar tem mais tendencia a ir para ele. • Cada divisão é uma geração de brônquios. • Cada bifurcação é sempre em ângulo agudo. Zona de transição Só chega aos bronquíolos partículas de 7 micras de diâmetro, nos alvéolos de até 5. Tem alvéolos que surgem na parede dos brônquios. A partir do bronquíolo terminal que começa a troca gasosa. Um bronquíolo terminal forma um ácino, um lóbulo pulmonar tem de 3 a 5 ácinos. Interstício pulmonar é o espaço entre os alvéolos, tem fibras pulmonar. Brônquio tem cartilagem então não colaba, bronquíolo não tem cartilagem e estrutura própria então pode colabar. Os alvéolos e bronquíolos respiratórios se comunicam entre si. Mucosa é formada pelo epitélio, membrana basal e lâmina própria depois vem a submucosa. Cada célula tem em torno de 250 cílios que batem 1300 vezes por min, ele bate de forma organizada. • Essa camada ‘gel’ que se locomove, o muco tem uma parte estacionaria (sol). • Vai da parte distal para proximal. • O gel tem substâncias bactericidas dissolvidas. • No fumante esse gel não é removido de maneira adequada. • A célula tipo 2 pode se diferenciar em uma célula tipo 1. Gradeado Costal Tudo é protegido pelo gradeado costal. São as costelas e vertebras. Vem de anteriormente e se conectam ao externo. As primeiras sete costelas são as verdadeiras pois se juntam com a cartilagem e se inserem diretamente com o esterno. As outras se inserem na cartilagem da 7 então são falsas. A 11 e 12 são costelas flutuantes. Na frente tem o esterno que é composto por 3 partes: manúbrios, corpo e apêndice xifoide. Na junção do manúbrio com o corpo tem a inserção da 2 costela então achamos o 2O espaço intercostal ali (angulo de louis). Pleuras Os pulmões são ligados a essa caixa torácica pela pleura, ela cobre o pulmão vai até o mediastino, rebate e volta cobrindo o diafragma e por cima das costelas. O folheto pleural é uma folha só e forma um envelope. A parte grudada no arcabouço torácico é a parietal. A que está em cima do pulmão é o folheto visceral. Eles são grudados então gruda o pulmão a caixa torácica. Entre eles forma um fino espaço – espaço pleural, tem aproximadamente 15 ml de líquido → espaço virtual. Se tiver um trauma penetrante no tórax entra ar nesse espaço e elas desgrudam – pneumotórax. Se acumular muito líquido na cavidade – derrame pleural. Nervos intercostais que saem da costela. Nervo embaixo, artéria no meio e veia em cima passam embaixo de cada costela, então a punção é em cima → importante para toracocentese. Bordo superior da costela de baixo para toracocentese. Músculos da respiração Escalenos não são mais musculatura acessória. Quando solta o ar as costelas abaixam e diminui o diâmetro latero lateral. Quando respira aumenta o diâmetro latero lateral e as costelas sobem, o esterno vai para frente e aumenta o diâmetro antero-posterior, principalmente nas bases do pulmão. O diafragma abaixa → aumenta o diâmetro supero inferior. Na respiração o pulmão expande em 3 dimensões, o diâmetro que mais expande é o crânio caudal, o diafragma abaixa até 10 cm. Diafragma é o principal musculo da ventilação, apenas abaixando 1 cm entra em torno de 500 ml de ar. Músculo expiratório – normalmente não usa, usa mais quando está correndo, intercostais externos da parte óssea fazem o gradeado costal abaixar e o reto do abdome contrair. Diafragma Separa cavidade torácica da cavidade abdominal,tem um centro tendíneo, quando a fibra muscular contrai puxa o musculo para baixo, essa fibra é inserida no rebordo das costelas e na coluna. Em volta do diafragma cabe líquido, até 400 ml e não aparece no raio x – recesso coftofrenico. O diafragma D é um pouco mais alto que o esquerdo porque o coração se apoia desse lado. Nervo frênico – inerva o diafragma, nasce da cervical c1 c3 c4 c5 - se lesar tem paralisia do diafragma do mesmo lado. O que pode lesar? tumor no mediastino, cirurgia no mediastino pode cortar o frênico se não isolar, câncer de pulmão. Laríngeo recorrente – se lesar pode dar rouquidão e paralisia diafragmática, inerva laringe e corda vocal. Circulação pulmonar O pulmão tem dupla circulação. Sistêmica Leva sangue pra nutrir a via aérea e vai pelas veias captar o co2 e volta p coração (lado D), ali recebe sangue pobre em o2 das cavas superior e inferior, cai no ventrículo direito e vai para a artéria pulmonar que é a pequena circulação (menor pressão sistêmica). Muita diferença de pressão entre a pequena e a grande circulação. Grande circulação – ramo da aorta (aa brônquica) que vai para o pulmão, ela emite ramos para levar sangue arterial para oxigenar as células da via aérea. Pequena circulação – artéria pulmonar chega p levar sangue nos alvéolos e fazer a troca gasosa. Sangue da pequena circulação passa pelo capilar pulmonar que está em contato com o alvéolo, joga co2 para fora e capta o2, volta pela veia pulmonar e vai para o átrio esquerdo e vai para o resto do organismo pela aorta. Artéria brônquica vem pelo brônquio e irriga a via aérea ou se junta com a veia pulmonar e mistura sangue venoso com sangue arterializado, vira um sangue venoso rico em o2 (veia pulmonar), é o único shunt pulmonar entre a pequena e grande circulação. • Pressão média da artéria pulmonar: 20 25 mmhg. • Aorta: 100 mmhg. Sistema simpático e parassimpático. Tipo de inervação autônoma não adrenérgica e não colinérgica O sist. Simp. libera o nervo simpático. No órgão o sist. simpático libera noroadrenalina (neurônio pós ganglionar que libera). Pelo vago vem o parassimpático que é o nervo longo, no órgão tem um gânglio e um neurônio pós ganglionar curto que libera acetilcolina. Simpático vem da emergência dos nervos autônomos que saem da coluna, neurônio pré ganglionar → curto, pós ganglionar → longo (paravertebral). Parassimpáticos vem do crânio caudal. Inervação mais embaixo é principalmente o vago. Parte sacral é o sist. Parassimpático: bexiga útero etc. Nas vias aéreas podem ocorrer brônquio espasmo, não tem inervação simpática. Quando o vago é estimulado e libera acetilcolina existe broncoconstricção Quando o vago diminui o tônus, chega menos acetilcolina e o brônquio dilata. Brônquio dilatador – antimuscarinico – bloqueia a ação da acetilcolina. A via simpática não chega até a via aérea do paciente. A adrenalina se liga ao receptor beta 2 – estimulando a medular da adrenal que libera noroadrenalina na circulação sanguínea, adrenalina chega no capilar se liga ao receptor beta 2 agonista e causa broncodilatação. • Simpático é indireto. • Parassimpático é estimulação direta.
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