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Conduta de Urgência em Intoxicações

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Conduta de Urgência em Intoxicações 
Toxicologia Veterinária 
 
Objetivos Gerais 
 Manutenção das funções vitais; 
 Controle da temperatura corporal; 
 Eliminação do toxicante. 
A eliminação do toxicante irá depender do tempo em 
que o animal ficou exposto ao agente tóxico. É 
importante tentar eliminar o tóxico em até uma hora 
(no máximo duas horas) após o contato com o 
mesmo. 
 
 
Prioridades Primárias 
 Reestabelecimento da ventilação 
 Estabelecimento de acessos vascular 
 Controle de hemorragias visíveis 
 Reestabelecimento da circulação 
 
Abordagem Inicial do Paciente 
 Avaliação da Respiração → Avaliar se o 
paciente respira normalmente e administrar 
oxigênio, se necessário. 
 
 
 Avaliação da Circulação → Avaliação geral e 
tratamento inicial. 
• Estabilidade Hemodinâmica → Medir a pressão 
sanguínea, a frequência e o ritmo cardíaco. 
• Monitoramento com ECG contínuo. 
• Acesso venoso. 
• Colheita de sangue para exames de rotina. 
 
Atendimento Inicial à Vítima Crítica 
O atendimento a vítima deve ser realizado de 
maneira rápida, organizada e eficiente em 
consonância com uma decisão correta para que o 
paciente possa assim alcançar uma maior 
sobrevida. 
 
Procedimentos na Conduta de Urgência 
 Instruções preliminares ao proprietário 
• Exposição Cutânea 
• Exposição Ocular 
• Exposição Oral 
✘ Indução da Êmese (Até 2 horas) 
Medicamentos → Apomorfina, Peróxido de 
Hidrogênio 3%, Xarope de Ipeca 
 
 
✘ Lavagem Gástrica (Até 1 hora) 
Imediatamente → 54% de esvaziamento 
Após 30 minutos → 26% de esvaziamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: Indução à diarreia e/ou ao vômito 
assim como lavagem da pele, devem ser tomadas 
antes da absorção (1º Fase da Toxicocinética) do 
agente tóxico. Lavagem gástrica e aumento nos 
níveis de excreção do animal (com fluidoterapia, 
como medida suporte), devem ser tomadas após a 
absorção. 
Sinais de Oxigenação Inadequada: 
Cianose + Taquipnéia + Hipoventilação +
Transpiração + Retração Supraesternal 
Contraindicações da Êmese 
 Em algumas espécies não se consegue 
induzir o vômito; 
 Substâncias ácidas; 
 Substâncias com origem do petróleo. 
Vantagens Desvantagens 
Usada quando a tentativa 
para induzir a êmese foi 
ineficaz ou 
contraindicada 
Necessitade anestesia 
geral 
Remoção rápida do 
conteúdo gástrico 
 
Risco de trauma ao 
esôfago e/ou 
estômago 
Remoção de substâncias 
cáusticas ou corrosivas 
Risco de aspiração do 
carvão ativado e 
fluidos usados na 
lavagem e conteúdo 
estomacal 
principalmente em 
animal 
não entubado. 
Administração de carvão 
ativado diretamente no 
estômago 
Necessidade de se 
obter um treinamento 
✘Medidas Catárticas 
Reduzem o tempo de transito intestinal e os efeitos 
constipantes das doses múltiplas de carvão ativado. 
Mais Usados → Sulfato de Magnésio e Lactulose 
✘ Uso de Adsorventes (Carvão Ativado – não é 
utilizado em microtoxinas). 
Como dificultar a absorção? 
 
 Transformar o toxicante em uma substância 
menos absorvível. 
 Adsorvente: Carvão ativado por via oral ou 
orogástrica – 1g em 3-5mL de água. 
 
 
 
Como inativar o toxicante? 
✘ Uso de Antídoto 
 Atropina → Anticolinesterásicos 
(Organofosforados e Carbamatos). 
 Etanol → Metanol 
 Naloxona → Opioídes 
 Oxigênio → Monóxido de Carbono 
 Nitritos → Cianetos 
 Hipossulfito de Sódio → Nitritos 
 
 
 
Como eliminar o toxicante? 
✘ Eliminação Renal 
 Uso de diurético 
 Alteração no pH da urina 
 Diálise 
 
 
Protocolo Anticonvulsionante 
Quando o animal está na crise indica-se a 
aplicação de Diazepan em intervalos de quinze 
e quinze minutos, com repetição máxima de 
cinco vezes. Caso ocorra persistência, utiliza-se 
o tiopental. Em último caso, recorre-se a 
anestesia do paciente. 
Exames Complementares 
 Hemograma 
 Urinálise 
 Perfil Bioquímico (Renal e Hepático) 
 ECG 
 Provas de Coagulação 
 Radiografia
Observação: Substância Ácida → Administrar uma 
substância básica. Substância Básica → Administrar 
uma substância ácida.

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