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Tumores de Pênis

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1 
 
NEOPLASIA DE PÊNIS 
Introdução 
Os tumores de pênis são neoplasias relativamente raras, mas que configuram como um 
importante problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento. A faixa 
etária acometida situa-se entre 20 e 90 anos de idade e a incidência dele é menor nos indivíduos 
postectomizados (mas a postectomia após a puberdade não confere proteção). 
Os tumores de pênis são mais comuns em indivíduos com fimose ou excesso de prepúcio 
(provavelmente por conta do acumulo de esmegma). Eles correspondem entre 10-20% dos 
tumores malignos na África, América Latina e Ásia. Já em países desenvolvidos, como os EUA, 
representam menos de 1%. 
Fatores de risco 
 Fimose; 
 Falta de Higiene; 
 Traumatismos e cicatrizes; 
 Tabagismo; 
 Infecção viral 
▫ HPV – diagnóstico é feito com peniscopia, com pênis envolto em gases com ácido 
acético a 5%, na qual procura-se lesões hipocrômicas, em que se faz uma biópsia ou 
captura híbrida do DNA para diagnóstico. Atualmente, sabe-se que a transmissão 
não é apenas por via sexual. Se já houver lesões não é necessário a peniscopia, já vai 
para biópsia e tratamento (ácido tricloroacético 60% ou eletrocoagulação que se 
queima com bisturi elétrico). 
Patologias Benignas do Pênis 
 Cistos, angiomas, fibromas, neuromas; 
 Doença de Peyronie inicial; 
 Granuloma piogênico; 
 Linfangite, flebites. 
 
Diagnóstico Diferencial do Câncer de Pênis 
2 
 
 Herpes genital; 
 Líquen; 
 Lues; 
 Ducrey.
Lesões penianas pré-malignas 
1. Lesões cutâneas pré-malignas 
 Balanite xerótica obliterante;  Leucoplaquia.
2. Lesões virais (HPV) 
 Condiloma acuminado (tipos 6, 11, 16, 18, 31 e 33); 
 Pápula Bowenóide (tipo 16); 
 Tumor de Buschke-lowenstein (tipos 6 e 11) 
3. CA in situ (eritroplasia de Queyrat ou Doença de Bowen) 
HPV no Homem 
 DNA vírus da família papovavírus; 
 Mais de 70 subtipos descritos; 
 Causa principal de câncer de colo uterino; 
 Possível relação com câncer de pênis e vulva; 
 500% nos últimos 15 anos (MMWR). 
Quadro Clínico e Diagnóstico 
O CA de pênis se apresenta como uma lesão verrucosa ou ulcerada na glande, prepúcio ou 
corpo do pênis. É mais comum em indivíduos não postectomizados e uma de suas principais e mais 
comuns complicações são as infecções secundárias. Os gânglios inguinais são palpáveis e o paciente 
apresenta pouca ou nenhuma dor. 
Os tumores com mais de 5 cm ou com mais de 75% da haste peniana comprometida têm 
metástases frequentes e maior mortalidade. As metástases para gânglios inguinais femorais e 
pélvicos são as mais comuns e promovem necrose da pele, infecção e lesão vascular. A maioria das 
mortes ocorre em 2 anos, nos casos sem tratamento. 
O estadiamento do tumor é feito com base na classificação do American Joint Committee on 
Cancer, como ilustrado no quadro abaixo: 
3 
 
 
Uma outra classificação utilizada para fazer o estadiamento do tumor é a que foi proposta 
por Jackson, em 1966: 
 
Traçada a história clínica do paciente e feito o e exame físico, o diagnóstico das lesões deve 
ser feito com biópsia da lesão verrucosa ou ulcerada. A principal suspeita deve ser de um carcinoma 
espino-celular. 
Além da biópsia, podem ser solicitados US, CT ou RMN pélvis e abdome, para ajudar na 
conduta e estimar melhor o prognóstico do paciente. 
Os fatores prognósticos mais importantes são: 
 Grau de invasão tecidual; 
 Grau histológico; 
 Configuração tumoral. 
Tratamento 
O CA de pênis mais frequente é o câncer epidermóide (células pequenas) da glande, nesse 
caso de tira-se só a exérese do tumor (só a parte do tumor) ou faz o laser. O mais importante além 
da retirada é o estudo dos gânglios inguinais. 
Cerca de 70% das lesões dos gânglios ocorrem por infecções secundárias à lesão tumoral e 
não são metástases. Então, utiliza-se antibiótico de largo espectro, como a ciprofloxacina, durante 
4 
 
4-6 semanas. Se houver redução das lesões ganglionares, então não é metástase. Nesse caso, 
acompanhamos o paciente de 3 em 3 meses, durante 5 anos. 
Contudo, se não houver essa redução das lesões ganglionares com o uso do antibiótico, não 
era infecção e sim metástase. Nesse caso, tem que retirar os gânglios por linfadenectomia inguinal. 
Se a lesão for no corpo do pênis, for uma lesão maior, pode ser necessário fazer amputação 
parcial do pênis. É importante nesse caso fazer uma TC sem contraste para analisar os gânglios, que 
tem tendência de aumentar e ficarem ulcerados, então é necessário fazer linfadenectomia se 
houver gânglios metastáticos. A retirada desses gânglios pode levar a edema nos membros 
inferiores, dificultando a locomoção do paciente. 
Quando a lesão é grave e muito grande, deve-se fazer a retirada total do pênis. Nesse caso 
coloca-se a uretra na região perineal. Preserva-se a uretra prostática e a membranosa, a bulbar e a 
peniana são perdidas. 
Em alguns casos, podem ser feitas exérese da lesão com laser, radioterapia ou QT tópica ou 
sistêmica.

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